VILA MADALENA SEUS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER PARA SEUS MORADORES E VISITANTES

July 24, 2017 | Autor: Yuri Siqueira | Categoría: Leisure, Lazer, São Paulo (Brazil), Equipamentos Culturais, Vila Madalena
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES BACHARELADO EM LAZER E TURISMO

YURI SIQUEIRA

VILA MADALENA SEUS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER PARA SEUS MORADORES E VISITANTES

São Paulo 2015

YURI SIQUEIRA

VILA MADALENA SEUS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER PARA SEUS MORADORES E VISITANTES

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, como parte das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Lazer e Turismo.

Escola de Artes, Ciências e Humanidades Universidade de São Paulo

Orientadora: Profª Drª Rita de Cassia Giraldi

São Paulo 2015

À minha família, pоr sua capacidade dе acreditar еm mіm е investir еm mim. Ao meu filho Lorenzo que chegará em breve.

AGRADECIMENTOS A Deus, por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades. A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que propiciaram a janela onde hoje vislumbro um horizonte superior, cercado de confiança no mérito e ética aqui presentes. À minha orientadora Profª Drª Rita de Cássia Giraldi, por ter confiado e dado suporte, pelas suas correções e incentivos. Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional. Aos meus amigos que me ajudaram em tudo que foi necessário. E a todos que, direta ou indiretamente, fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1. Delimitação da Vila Madalena ......................................................... 11 Figura 2. Foto aérea do bairro Vila Madalena ................................................. 26 Figura 3. Transporte Público na Vila Madalena .............................................. 28 Figura 4. Bares na Vila Madalena ................................................................... 29 Figura 5. Restaurantes, Padarias e Cafés na Vila Madalena ......................... 30 Figura 6. Bares, Baladas, Casa de Show, Restaurantes, Padarias e Cafés na Vila Madalena............................................................................................................ 31 Figura 7. Ateliês, Centro Cultural, Teatro, Cinema e Galerias ......................... 32 Figura 8. Praças na Vila Madalena ................................................................. 33 Gráfico 1. Sexo ............................................................................................... 35 Gráfico 2. Idade .............................................................................................. 36 Gráfico 3. Renda Familiar ............................................................................... 36 Gráfico 4. Frequência de visita aos equipamentos ......................................... 36 Gráfico 5. Comparativo Idade x Frequência ................................................... 37 Gráfico 6. Renda (em salários mínimos) x Frequência ................................... 38 Gráfico 7. Público alvo dos espaços de lazer ................................................. 38 Gráfico 8. A conservação dos espaços públicos ............................................. 39 Gráfico 9. Sexo ............................................................................................... 40 Gráfico 10 . Idade ........................................................................................... 40 Gráfico 11. Renda familiar .............................................................................. 41 Gráfico 12. Frequência de visitação ............................................................... 41 Gráfico 13. Principal motivação na visita ao bairro ......................................... 42 Gráfico 14. Idade x Frequência ....................................................................... 42 Gráfico 15. Renda x Frequência ..................................................................... 43 Gráfico 16. Motivação x Idade ........................................................................ 43

SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES ........................................................................................... 5 RESUMO................................................................................................................. 8 ABSTRACT .............................................................................................................. 8 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 Objetivos .................................................................................................................... 10 Justificativa................................................................................................................. 10 Objeto de Pesquisa ..................................................................................................... 10 Hipótese ..................................................................................................................... 12 Metodologia ............................................................................................................... 12

1. LAZER – CONCEITOS E DEFINIÇÕES .................................................................... 14 2. ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS de Lazer e Turismo ................................................. 17 2.1. Espaço do Lazer .................................................................................................... 17 2.2. Lazer e Equipamentos ........................................................................................... 18

3. SÃO PAULO ....................................................................................................... 24 3.1. Vila Madalena: um pedaço de São Paulo ............................................................... 25

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS................................................................................ 35 4.1. MORADORES........................................................................................................ 35 4.2. VISITANTES........................................................................................................... 40

CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 45 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 47 ANEXOS ................................................................................................................ 49 ANEXO I – BARES E BALADAS ................................................................................ 50 ANEXO II – RESTAURANTES, CAFÉS E PADARIAS ..................................................... 51 ANEXO III – GALERIAS, ATELIÊS E TEATROS ............................................................ 52 ANEXO IV – QUESTIONÁRIOS ................................................................................ 53 Questionário de Visitantes .......................................................................................... 53

Questionário de Moradores ........................................................................................ 54

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RESUMO O presente trabalho apresenta um breve estudo sobre lazer no bairro da Vila Madalena, com ênfase nos equipamentos. Serão abordados os conceitos de lazer, espaços e equipamentos, assim como um breve histórico de São Paulo e do bairro da Vila Madalena. Este trabalho tem como objetivo identificar as atividades de lazer no Bairro da Vila Madalena (São Paulo/SP), mapeando os equipamentos existentes na região elegida e classificando-os de acordo com os diferentes interesses que a atividade envolve. Palavras-Chave: Lazer, Equipamentos, São Paulo, Vila Madalena

ABSTRACT This paper presents a brief study about leisure at Vila Madalena, emphasizing equipments. Leisure concepts, spaces, equipments and a short history of São Paulo and Vila Madalena will be addressed. This paper aims to identify leisure activities at Vila Madalena (São Paulo/SP), mapping the existing equipments at the elected region and classifying them according to the different interests involving the activity. Keywords: Leisure, Equipments, São Paulo, Vila Madalena

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INTRODUÇÃO Observa-se que é muito comum a prática de atividades de lazer de cunho social em diversos bairros de uma cidade, principalmente se esta for considerada uma megalópole; entretanto esse estudo busca compreender quais são e como são realizadas as atividades de lazer e sua influência na vida dos moradores dos arredores destes equipamentos. Para tanto, primeiramente torna-se necessária a compreensão do que se entende por lazer, o que nem sempre é de fácil conceituação e, deste modo, abaixo segue uma abordam quanto ao conceito de lazer: “O conceito de lazer é difícil de limitar a uma única definição. Como uma experiência compreendida por indivíduos diante de variados contextos, o estudo do lazer tem estado envolvido em três abordagens: tempo, atividade e estado da mente.” (HENDERSON, 2001, p. 15).

De acordo com o autor se têm que o indivíduo vive o seu lazer a partir das suas possibilidades de tempo, a atividade que ele exerce e o seu estado de mente. Porém, uma conceituação consagrada nesta área de estudos é a elaborada por Dumazedier, sendo que lazer é: “Um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçarse das obrigações profissionais, familiares e sociais” (DUMAZEDIER, 1980, p. 19)

Tal conceituação possui em sua essência o uso do livre arbítrio individual onde o indivíduo tem o poder da escolha da prática das atividades, sendo as mesmas agrupadas de acordo com o objetivo em

descansar, divertir ou se desenvolver. As

duas abordagens apresentam que a partir da disponibilidade de tempo, o ser humano pode optar por qual atividade exercer e como exerce-la.

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Objetivos O presente estudo tem como objetivo identificar as atividades de lazer no Bairro da Vila Madalena (São Paulo/SP), mapeando os equipamentos existentes na região elegida e classificando-os de acordo com os diferentes interesses que a atividade envolve. No entanto, o objetivo não se restringe à realização do inventário de tais equipamentos, buscou-se também detectar se a frequência aos mesmos por pessoas de diferentes partes da cidade e até mesmo turistas gera algum tipo de influência nos moradores do bairro, alterando ou não seu ‘modus vivendi’ Para tanto, alguns objetivos secundários também serão abordados: 1 Qual a incidência temporal de maior frequência das atividades realizadas no bairro elegido; 2. Buscar mensurar se a frequência é predominantemente por pessoas oriundas de outras partes da cidade ou por turistas ou por moradores do bairro; 3. Além dos conteúdos sociais praticados nos equipamentos de lazer existentes no bairro, levantar se existe outro conteúdo que se destaca nas atividades do bairro 4.Levantar e analisar qual o papel dos moradores nas atividades de lazer existentes no bairro

Justificativa Este trabalho visou estudar as relações entre os moradores do bairro da Vila Madalena e suas atividades de lazer, bem como a utilização dos equipamentos existentes no bairro pelos moradores. Foi escolhido o bairro da Vila Madalena, por ser um bairro tradicionalmente conhecido como um bairro boêmio de São Paulo, de “Vida Noturna” ativa, ou seja, com elevada quantidade de bares e casas noturnas, principais equipamentos dos conteúdos culturais sociais do lazer (DUMAZEDIER, 1980) sendo assim possível contrastar com os demais conteúdos.

Objeto de Pesquisa

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Delimitamos, para o presente estudo, o bairro pelas seguintes ruas, conforme mapa abaixo: 

Rua Morás



Rua Iquitos



Rua Deputado Lacerda Franco



Rua Cardeal Arcoverde



Rua Horácio Lane



Rua Luís Murat



Rua Medeiros de Albuquerque



Rua Harmonia



Rua Madalena



Rua Irmão Gonçalo



Rua Iperó



Rua Agissê



Rua Paulistânia



Travessa Tim Maia



Rua Fradique Coutinho



Rua Natingui

Figura 1. Delimitação da Vila Madalena

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Hipótese Para nortear o presente trabalho foram construídas algumas hipóteses, a saber: H1 – As atividades de lazer de conteúdo social (DUMAZEDIER, 1980) são as principais atividades realizadas no bairro tanto para moradores quanto para visitantes e turistas. H2 – Dentre os equipamentos de conteúdo social, os que se destacam são os bares e casas noturnas. H3 – Os principais usuários destes equipamentos não são moradores do bairro. H4 – A incidência temporal das atividades no bairro é quinzenal por parte do visitante e semanal no caso dos moradores. H5 – Existem outros conteúdos que se destaquem no bairro e que os moradores não têm papel influenciador nas atividades dos visitantes, mas são meros usuários dos equipamentos já existentes.

Metodologia Para a realização do presente trabalho utilizaremos como tipo de pesquisa o método exploratório, entendido como aquele que: “(...) têm como objetivo proporcionar maior familiaridade como problema com vistas a torná-lo mais explícito ou construir hipóteses. Pode-se dizer que tais pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de instituições.” (GIL ,1988, apud BERTUCCI, 2008) Quanto à técnica será utilizado o estudo de caso que é “(...) caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos de maneira que permita sem amplo e detalhado conhecimento” (GIL ,1988, apud BERTUCCI, 2008) e pode também ser caracterizado “como um tipo de pesquisa cujo objetivo é uma unidade que se analisa profundamente e visa ao exame detalhado de um ambiente, de um simples sujeito ou de uma situação em particular” (GODOY, 1995 apud BERTUCCI, 2008). Visando o melhor aprofundamento da pesquisa, utilizaremos os seguintes instrumentos de coleta de dados, entrevistas e questionários com moradores, trabalhadores e visitantes (turistas e não turistas), buscando entender a realidade e a necessidade dos mesmos quanto aos equipamentos de lazer existentes (ou não) no

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bairro. Buscando, também, compreender sua relação com o bairro através da observação direta.

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1. LAZER – CONCEITOS E DEFINIÇÕES Assim como qualquer questão que envolva a vida social do homem, o lazer também possui antecedentes bastante longínquos, em termos de reflexão. Com relação a utilização da palavra, o que podemos perceber é que ela está sempre vinculada com experiências individuais dentro de um contexto mais abrangente que caracteriza a sociedade de consumo, contribuindo para que, algumas vezes, ocorra a redução do conceito a visões parciais, restritas a determinadas atividades (MARCELLINO, 2006). Os estudos do lazer, no mundo moderno ocidental, surgem e ganham impulso com o processo de urbanização (MARCELLINO, 2007). O lazer, da forma como o conhecemos hoje, é uma questão tipicamente urbana, característica das grandes cidades, porém ultrapassa suas “fronteiras”, uma vez que os grandes centros urbanos a colocam, com as mesmas características, através da mídia, para outras regiões do país, menores, e não tão urbanizadas (MARCELLINO, 2007). Para compreender nosso objeto de estudo, devemos buscar dentre as abordagens de lazer Apesar de Lazer ser um conceito difícil de definir, devido as suas várias abordagens, como diz Henderson, “O conceito de lazer é difícil de limitar a uma única definição. Como uma experiência compreendida por indivíduos diante de variados contextos, o estudo do lazer tem estado envolvido em três abordagens: tempo, atividade e estado da mente.” (HENDERSON, 2001, p. 15). É relevante observar o lazer segundo distintas formações, pois cada etimologia transcende uma nova visão do tema, o que reflete novos valores ao conteúdo. Orthmeyer; Peixoto (2007) escreve: “No que toca às áreas do conhecimento, a produção regular catalogada até este instante é oriunda da sociologia (do lazer e do trabalho), do direito do trabalho – referindo-se ao repouso semanal, em feriados” (p. 20). Utilizando uma das mais importantes abordagens da área de estudos, é possível entender o Lazer, segundo Dumazedier, como: “Um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçarse das obrigações profissionais, familiares e sociais.” (DUMAZEDIER, 1980, p. 19)

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O lazer “funciona como uma limpeza da alma, que dá lugar para que outras emoções mais positivas se instalem. Sentimentos como raiva, tristeza ou frustração fazem parte de nossa vida diária.” (BARRETO; CRUZ. 2001, p. 11) Alguns autores, entre eles Barreto e Cruz (2001), compreendem o lazer como parte dos momentos mais prazerosos e felizes da vida do homem. Tais autores comentam que: “O grande trunfo das atividades de lazer é o fato de elas estarem centradas na emoção e no prazer”. O lazer em suas múltiplas facetas transmite um desenvolvimento saudável, ele é um direito do cidadão, e consta na Constituição Federal, sendo dever do estado fornecer parâmetros para a realização desta atividade. A ideia de lazer como direito social foi publicado a sociedade na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, onde a ONU declara que todo indivíduo tem direito ao lazer e que este momento difere do repouso. Já na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943 cria apenas o direito ao repouso, através das férias remuneradas, feriados, descansos semanais remunerados. Embora a CLT não trate diretamente como direito social o lazer, propriamente dito, foi um grande avanço para a área, pois criasse um tempo social, ou seja, a população procura algo para ocupar este horário “vago”. PINTO (2008) nos enfatiza que “A implementação da CLT gerou a elaboração de políticas de atividades recreativas – de caráter assistencialista e corporativista, privilegiando apenas o grupo social dos trabalhadores-, com o propósito de ocupar o seu tempo de não-trabalho legalmente regulamentado” (p. 81).

Os trabalhadores da zona rural não chegam a prestigiar essas mudanças na sociedade, que só foi estendida aos mesmos ao longo do Governo Castelo Branco (1964-1967). Um marco das políticas de lazer voltado a ocupar esse tempo livre do trabalhador veio em 1946 com a criação do Serviço Social do Comércio (SESC) e o Serviço Social da Indústria (SESI) como prestadores de serviços de saúde, lazer, educação e ação social, do comércio e da indústria, respectivamente. A década de 80 também foi importante para o reconhecimento do lazer no país, porém de outra maneira, se ao longo das décadas de 40, 50 e 60 era voltado a uma política assistencialista, agora o lazer era visto como uma força econômica para o país, PINTO (2008) nos mostra que,

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“As exigências do modo de vida capitalista influenciaram na propagação do lazer como tempo-espaço necessário para o consumo de várias formas de entretenimento produzidas e difundidas pela indústria cultural. Com isso, ampliou-se a produção e consumo de bens, a oferta de serviços e geração de empregos atendendo demandas específicas ligadas ao lazer” (p. 85).

A década de 80 também fora marcada pela participação da sociedade na luta pela democratização do país, surgem as grandes mobilizações, como a Diretas Já. No entanto o lazer como direito fora incluso apenas na Constituição Federal de 1988, e Marcelino (2001) afirma que a inclusão do lazer na CF ainda não é vista como fator de desenvolvimento social e humano, mas é

compreendida como

assistencialista. E mesmo com essa limitação podemos afirmar que é um marco pois agora é estendida a toda a população, pelo menos em sua teoria, não ficando limitada a classe trabalhadora como no SESC e SESI Outro decreto-lei importante para a difusão do lazer como direito social foi a Lei 8.069 de 13 de julho de 1990, conhecida com o Estatuto da Criança e do Adolescente onde podemos ver nas seguintes trecho: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.” Artigo 4

E também no trecho: “Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude” Artigo 59

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2. ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS de Lazer e Turismo

2.1. Espaço do Lazer A questão espacial sempre foi mote de diferentes áreas do saber, perpassando pela filosofia, geografia, arquitetura, sociologia, antropologia dentre outras. No entanto, a busca por uma definição acerca do que consiste a questão espacial é tônica ainda presente nos estudos apresentados. Dentre as categorias de análise do espaço, a ótica geográfica apresenta de modo, mais abrangente que é o espaço que pode ser entendido como a totalidade de objetos, suas ações entrelaçadas por uma temporalidade, e compreende-lo é analisalo através do passado, presente e futuro. Milton Santos propõe a análise de quatros entidades espaciais: “[...]forma, função, estrutura e processos são quatro termos disjuntivos associados a empregar segundo um contexto de um mundo de todo o dia. Tomados individualmente, representam apenas realidades parciais, limitadas, do mundo. Considerados em conjunto, porém, e relacionados entre si, eles constroem uma base teórica e metodológica a partir do qual podemos discutir os fenômenos espaciais em totalidade[...] Em outras palavras, forma, função, processo e estrutura devem ser estudados concomitantemente e vistos na maneira como interagem para criar e moldar o espaço através do tempo“. (SANTOS, 1997a, p 52).

Assim, a forma espacial é o aspecto visível, exterior de um objeto, mas que tem uma orientação motivada por causas sociais, culturais, econômicas ou mesmo naturais. A função nos remete ao papel, tarefa ou atividade a ser desempenhado pelo objeto criado (a forma). Segundo SANTOS (1997) a estrutura do espaço geográfico é defendida como as características, socioeconômicas de uma sociedade em uma certa temporalidade: é a matriz social onde as formas e funções são criadas e justificadas. Santos (1996) também afirma que o espaço geográfico é constituído pelas transformações de uma estrutura (sociedade) sobre a forma (meio) resultando assim numa função a ser exercida. O processo é definido, assim, como uma ação que se realiza continuamente sobre a estrutura, objetivando algum resultado, implicando tempo e mudança. Dentro do conceito de espaço Magnani (1984) nos apresenta o contexto de pedaço, como uma forma de definir o lazer dentro dos bairros, sendo o pedaço uma

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rede de relação de parentesco, dos moradores daqueles locais e seus respectivos pontos de encontro. No entanto pedaço se difere do espaço, pois o pedaço você não consegue limitar fisicamente, pois o mesmo é um espaço onde se desenvolve as relações sociais entre o espaço privado e o espaço público.

2.2. Lazer e Equipamentos O ser humano vem perdendo gradativamente seu local de lazer no espaço urbano, gerando uma queda na qualidade de vida, por isso a necessidade de tornar a questão do espaço em uma das preocupações da sociedade moderna. (SANTINI, 1993). O lazer numa cidade de grande porte como é a cidade de São Paulo, necessita de espaços dedicados ao mesmo para que haja essa inversão de valores da sociedade como podemos ver em SANTINI (1993, p.42) “O preenchimento do tempo livre da população com atividades de lazer está no cerne da problemática urbana; e, dentro da relação homem/lazer, o aspecto principal são as mudanças que estas atividades podem produzir no nível de qualidade de vida”

O processo de ocupação do solo urbano se deu com foco na moradia deixando como um dos aspectos vulneráveis os espaços dedicados ao lazer.

Com a

verticalização da cidade e a ausência de espaços específicos para a atividade de lazer, muitos edifícios e condomínios estão implantando seus próprios espaços de lazer nas suas dependências para buscar suprir as necessidades de lazer dos seus moradores, este fato apenas nos mostra que a existência de equipamentos abertos a todo o público é uma necessidade da sociedade, principalmente numa megalópole, como é São Paulo, nosso objeto de estudo. Compreendemos como a definição de espaço de lazer como o suporte para os equipamentos, e os equipamentos como os objetos que ocupam o espaço em função de uma certa atividade (SANTINI, 1993), ou seja, o equipamento se dá sempre em um espaço, desde que este espaço exerça a função de alguma atividade de lazer. Para definir os tipos de equipamentos devemos definir os tipos de lazeres, Dumazedier (1980), aponta cinco conteúdos culturais do lazer que expressam as aspirações que motivam os indivíduos a satisfazerem suas necessidades de vivenciar uma determinada atividade, sendo eles:

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• Interesse físico: é representado pela prática de atividades físicas de modo geral. • Interesse artístico: abrange as mais diversas manifestações artísticas, como o teatro, cinema, artes plásticas, buscando a satisfação do imaginário (imagens, emoções e sentimentos); seu conteúdo é estético. As festas podem ser incluídas neste segmento do lazer. • Interesse prático: representado pela capacidade de manipulação, exploração e transformação de objetos/materiais, como também no trato de elementos naturais e/ou animais. • Interesse intelectual: a ênfase é dada ao conhecimento vivido, experimentado, fundamental para a formação do indivíduo. O que se busca é o contato com as informações objetivas e explicações racionais, através de cursos ou leitura, por exemplo. • Interesse social: quando se procura um contato direto com outras pessoas, através de um relacionamento ou convívio social, manifestam-se os interesses sociais. A classificação inicialmente proposta por Dumazedier (1980) foi ampliada pela inserção do conteúdo turístico, proposto por Camargo (2003), cuja motivação central está na busca de novas paisagens, ritmos e costumes distintos daqueles vivenciados cotidianamente, e do conteúdo virtual, idealizado por Schwartz (2003) que se caracteriza pelas formas de atividades de lazer que utilizam tecnologia. Quanto aos equipamentos podemos defini-los, segundo SANTINI (1993) por sua finalidade, função e/ou por critério de composição e uso.

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES DE LAZER Classificação

Tipologia

Instalações

Equipamento não-especifico Residências, bar e café, ruas, escolas Finalidade

Função

Equipamento específico

Comerciais (cinemas, academias) Não comerciais (parques, zoos)

Culturais

Cinemas, teatros, centros culturais

Sociais e Associativas

Clubes, bares

Esportivas

Clubes, quadras esportivas

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De expressão atlética

física

e

Academias de dança, ioga

Recreativa

Jardins, praças, centros infantis

De Turismo

Colônia de férias, hotéis

Micro centros específicos

Praças, academias

Por critério de Centro médios polivalentes composição e Macrocentros polivalentes uso Centros de Turismo

Parques Centros campestres, clubes de campo Colônias de férias, hotéis

Tabela 1 –Equipamentos e Instalações de Lazer. (SANTINI, 1993)

Tipologia dos Equipamentos de Lazer Tipo - Função

Função Básica Espaços trabalho

Equipamentos Não Específicos

Uso p/ Lazer Atividades de caráter

Local de

Social, cultural, esportivo

Espaços de Escolas educação formal

Social, cultural, esportivo

Espaços religiosos

Igrejas

Social, cultural, recreativo

Espaços cívicos

Quartéis, palácios Esportivo, governamentais, Edifícios cultural Públicos

Espaços viários

Praças, ruas, calçadões

Social, Cultural, esportivo

Espaços domésticos

Residências

Social, cultural, hobbies

Espaços gastronômicos

Bares, restaurantes

Social

Tabela 2 –Tipologia dos Equipamentos de Lazer (SANTINI, 1993)

Tipologia dos Equipamentos de Lazer Tipo - Função Tempo Tamanho

Equipamentos Específicos

Diário

Micro

Local Uso Centros Atividades de infantis, Lazer de cineclube, caráter: Físico, clube de manual, fotografia, artístico, atelier de intelectual e artesanato, social instituições de

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ioga

Médio

Macro urbano Fim de Semana Macro periférico Férias

Macro

Cinema, teatro, piscina, quadras de esportes, salas para curso, áreas de criatividade Clubes, parques, jardins, zoos Praias, campos, clubes de campo Colônias de férias, camping, hotéis

Atividades de lazer ao ar livre

Atividades de caráter múltiplo

Tabela 3 – Tipologia dos Equipamentos de Lazer (SANTINI, 1993)

Seguindo também a classificação de Santini, Stucchi (1997) apresenta-nos a seguinte descrição: 

Equipamentos Específicos: A frequência de determinado equipamento vai depender do local em que se situa e da demanda existente pela facilidade de acesso. As formas de existência dos equipamentos podem ser visualizados quanto à dimensão física do espaço e suas finalidades programáticas, como segue:



Equipamentos Especializados: São equipamentos propostos a atender a um segmento específico das áreas de Lazer. Geralmente estes

equipamentos

estão

localizados

em

áreas

de

grande

concentração populacional, majoritariamente urbana. Exemplo deste tipo de equipamento são: cinemas, auditórios, academias,

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teatro, parques aquáticos, e bibliotecas. 

Equipamentos Polivalentes de Dimensões e Capacidades Médias: São denominados dessa forma, equipamentos destinados a receber uma programação mais ampla que o equipamento especializado, atende mais que um segmento dos conteúdos culturais. Em geral sua capacidade gira está preparada para atender até 2.500 pessoas/dia, nas atividades permanentes, e até 5.000 pessoas simultaneamente, em eventos especiais ou de fins de semana. Por ter uma capacidade grande e uma variedade na oferta de atividades suas atividades podem ser permanentes, temporárias e eventuais diversificadas, se adaptando assim para o público e dos interesses culturais desejados ou solicitados. Assim como os Específicos, os Equipamentos Polivalentes também estão localizados em áreas urbanas, tanto no centro da cidade como em regiões comerciais e/ou de a grande concentração populacional, e seu público abrange os moradores da cidade e muitas vezes moradores das cidades vizinhas. Alguns exemplos desses equipamentos são as áreas de exposição, bibliotecas, centro poliesportivo em geral, parques urbanos e centros culturais e esportivos.



Equipamentos Polivalentes de Dimensão e Capacidade Grande: São equipamentos com o objetivo de atender uma alta demanda abrangendo variados interesses socioculturais. Com instalações de grandes dimensões e capacidades. Assim como os equipamentos polivalentes médios suas atividades podem ser permanentes, temporárias e de eventuais, amplamente diversificada, dependendo do público, dos interesses socioculturais, político e financeiro, além do conteúdo em questão. São localizados em regiões importantes de um estado ou de uma grande cidade, pode também se localizar em regiões da periferia das cidades, devido às dimensões de terreno necessário. Normalmente tem seu funcionamento estipulado para os finais de semana, durante a semana, principalmente nos grandes eventos. Seu público-alvo abrange toda uma cidade, ou uma região do estado. É composto

por

várias

instalações

de

grande

capacidade,

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complementada por algumas instalações menores, diversificadas por interesses socioculturais, conteúdos e públicos 

Equipamentos de turismo: Estes equipamentos são voltados a um conteúdo especifico do lazer, o turismo, porém pode conter parte dos demais interesses culturais, pois os mesmos não são coisas separadas, se complementam em sua maioria. É localizada em áreas de interesse turístico, seja ela por suas características geográficas naturais e/ou histórico-culturais. Tem o seu período de atividade estabelecido normalmente em temporadas de férias, em períodos determinados, em feriados e nos fins de semana. Seu público-alvo é de forma genérica o mais extenso possível sendo do estado, do país e do exterior. Composta por instalações para hospedagem, para alimentação (restaurantes, lanchonetes), e instalações para atividades de lazer, de preferência diversificadas, listando como exemplo destes equipamentos, temos os hotéis de lazer, colônia de férias, grandes parques regionais, resorts, parques estaduais, e parques nacionais.

Os equipamentos são essenciais para o desenvolvimento das mais diversas atividades de lazer em uma cidade, sem eles as atividades acabam utilizando lugares não recomendados, ou pelo menos não tão apropriados para tais atividades. A cidade de São Paulo, uma das principais do país possui uma vasta quantidade de equipamentos de lazer, abrangendo todos os interesses do lazer, tendo destaque para os de conteúdos sociais.

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3. SÃO PAULO A cidade de São Paulo atualmente é considerada uma das maiores aglomerações mundiais, com cerca de 11 milhões de habitantes, expandindo para sua região metropolitana, obtemos o número de 22 milhões. (EMPLASA, 2011). Conhecida pelo seu multiculturalismo, sua identidade cultural se deve a chegada das imigrantes ao longo do século XX, em sua grande parte italianos, alemães e japoneses, mas também se deve muito a migração de brasileiros vindo de todas as partes do país, principalmente da região nordeste, devido a grande oferta de trabalho na cidade e em sua região metropolitana. Historicamente, podemos dizer que o processo de ocupação na cidade teve seu início pelo atual centro da cidade, inicialmente formado pelas ruas Direita, XV de novembro e São Bento, chamado de triangulo para todas as direções da cidade (SCARLATO, 2004), triangulo esse que tem em suas vértices três igrejas que representam as principais ordens da igreja católica na cidade, A Igreja São Bento e os Beneditinos, a Igreja de São Francisco e os Franciscanos e a Igreja do Carmo e os Carmelitas.(AZZI apud GUMIERO, 2013). Em 1681, São Paulo foi considerada cabeça da Capitania de São Paulo e, em 1711, a Vila foi elevada à categoria de Cidade. Apesar disso, até o século XVIII, São Paulo continuava como um quartel-general de onde partiam as "bandeiras", expedições organizadas para apresar índios e procurar minerais preciosos nos sertões distantes. Ainda que não tenha contribuído para o crescimento econômico de São Paulo, a atividade bandeirante foi a responsável pelo devassamento e ampliação do território brasileiro a sul e a sudoeste, na proporção direta do extermínio das nações indígenas que opunham resistência a esse empreendimento. Nesse período, a área urbana se expandiu para além do perímetro do triângulo, surgiram as primeiras linhas de bondes, os reservatórios de água e a iluminação a gás. Esses fatores somados já esboçavam a formação de um parque industrial paulistano. A ocupação do espaço urbano registrou essas transformações, como por exemplo os bairros do Brás e da Lapa que se transformaram-se em bairros operários por excelência; ali concentravam-se as indústrias próximas aos trilhos da estrada de ferro inglesa, nas várzeas alagadiças dos rios Tamanduateí e Tietê. A região do Bixiga

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(Bela Vista) foi ocupada, sobretudo, pelos imigrantes italianos e a Av. Paulista e adjacências, áreas arborizadas, elevadas e arejadas, pelos palacetes dos grandes cafeicultores. As mais importantes realizações urbanísticas do final do século foram, de fato, a abertura da Av. Paulista (1891) e a construção do Viaduto do Chá (1892), que promoveu a ligação do "centro velho" com a "cidade nova", formada pela rua Barão de Itapetininga e adjacências. É importante lembrar, ainda, que a seguir (1901) foi construída a nova estação da São Paulo Railway, a notável Estação da Luz. O século XX, em suas manifestações econômicas, culturais e artísticas, passa a ser sinônimo de progresso. Na década de 1970, o setor de serviços ganhou maior destaque na economia paulistana. As indústrias migraram para municípios da Grande São Paulo, como o chamado ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema). Hoje, a capital paulista é o centro financeiro da América Latina e seu multiculturalismo além de garantir com que a metrópole, um dos maiores polos receptores de turistas do país, à cidade o título de Capital Mundial da Gastronomia.

3.1. Vila Madalena: um pedaço de São Paulo Conhecido pela boêmia a Vila Madalena fica localizada na região do distrito de Pinheiros, Zona Oeste da cidade de São Paulo, tendo como seus bairros vizinhos a vila Ida, Vila Beatriz, Sumarezinho, Pinheiros, Alto de Pinheiros e Sumaré. Durante o século XVI, a região era ocupada pelos índios, que saíram da região central onde os jesuítas se instalaram; a região, que beirava as margens do Rio Pinheiros e era cortada em seus morros e planaltos pelo córrego do Rio Verde, era chamada de Vila dos Farrapos ou Aldeia dos Pinheiros e, juntamente com a Aldeia de São Miguel, era a mais populosa com cerca de 1000 índios (SQUEFF, 2002). Com o movimento bandeirista a região da aldeia começou a ser ocupada por bandeirantes devido à proximidade com o Rio Pinheiros, surgindo assim a Vila dos Pinheiros. Assim como a grande maioria das vilas paulistanas, a vila de Pinheiros surgiu no entorno de uma igreja, que era um ponto de encontro para os viajantes que chegavam e partiam rumo ao sul do país. A herança dos bandeirantes permanece até

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hoje no bairro, onde se nota o nome das ruas, uma vez que boa parte das ruas que cortam a Vila Madalena levam nome de bandeirantes, como por exemplo: Rua Fradique Coutinho, Rua Morato Coelho, Rua Simão Alvares. Ao redor da igreja de Pinheiros foi surgindo um povoado que até o fim século XVII continha cerca de 200 casas e com a chegada do café em São Paulo o povoado foi crescendo. No início do século XX foram chegando os portugueses ao local, ainda não loteado, conta-se uma história entre os antigos moradores da Vila Madalena que o local era de um rico fazendeiro que dividiu seu terreno para suas três filhas: Ida, Beatriz e Madalena, que gerou a criação dos bairros da região.

Figura 2. Foto aérea do bairro Vila Madalena

Com o crescimento da região, a cidade precisava interligar o centro da cidade ao bairro, e então a Light, principal urbanizadora da época, criou a linha de bonde que ligava a Vila Madalena ao centro da cidade. E a cada dia o bairro recebia novos moradores, em sua grande maioria portugueses e, pouco a pouco, a vila começou a ser loteada. Um marco para a urbanização da Vila Madalena foi a construção do conjunto de prédios do início da década de 70. Entre as ruas João Miguel Jarra,

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Natingui e Manuel Henrique Lopes. Com o regime militar e a invasão dos militares ao CRUSP (Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo), localizado na atual Cidade Universitária Armando Sales de Oliveira, o campus Butantã da USP, muitos estudantes da USP começaram a se mudar para o bairro, devido à proximidade a Universidade, assim os portugueses donos das casas da região passaram a alugar as residências para a criação de republicas. O aluguel barato atraia também os hippies para a Vila Madalena, estes, inspirados na filosofia “Paz e Amor” deram nomes airosos as demais ruas como por exemplo: Rua Laboriosa, Rua Harmonia e Rua Purpurina. Ao longo da década de 70 surgem alguns marcos importantes na Vila Madalena, como em 1973 a criação da Escola de Samba Pérola Negra, criada após a união da Escola de Samba Acadêmicos da Vila Madalena e o Bloco Boca da Bruxa. Já em 1977 nasce um os principais eventos do bairro, a Feira de Artes e Artesanatos da Vila Madalena, visando incentivar a produção local e a mobilização social, a feira é realizada anualmente até hoje e reúne visitantes da cidade toda e reúne barracas de artesanatos, roupas, comidas, além de ter shows ao longo do dia. Começam a surgir na década de 70, também, os primeiros bares e galerias de arte que hoje são os principais atrativos do bairro. Atualmente, os bares da vila Madalena são referência quando se fala em boemia paulistana e é listado com um dos pontos turísticos da cidade. Sua vasta diversidade de bares permite agradar aos mais diferentes públicos. O acesso via transporte público é possível através de ônibus e metrô. As linhas que cortam o bairro são as seguintes: 

847P/10 – Terminal Pirituba/Itaim Bibi



847P/41 – Vila Zatt/Itaim Bibi



847P/42 – Brasilândia/Itaim Bibi



701A/10 – Metrô Vila Madalena/Pq. Edu Chaves



748N/10 – Lapa/Itaim Bibi (Linha Noturna)



138 – Osasco (Munhoz Junior) /Metrô Vila Madalena Além das três estações de metrô que ficam próximas ao bairro



Metrô Vila Madalena (Linha 2 Verde)



Metrô Fradique Coutinho (Linha 4 Amarela)

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Metrô Faria Lima (Linha 4 Amarela)

Figura 3. Transporte Público na Vila Madalena

Notamos que os bares seguem uma proximidade um dos outros, conforme mapa abaixo:

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Figura 4. Bares na Vila Madalena

Além dos bares, a Vila Madalena também se destaca pela grande quantidade de Restaurantes, Padarias e Cafés estes que estão mais espaçados, diferentemente

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dos bares que se concentram em sua maioria em uma região do bairro, conforme mapa abaixo:

Figura 5. Restaurantes, Padarias e Cafés na Vila Madalena

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Figura 6. Bares, Baladas, Casa de Show, Restaurantes, Padarias e Cafés na Vila Madalena

Conhecida não só pela boemia, a “Vila” exala arte por suas galerias e ateliês como podemos observar abaixo:

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Figura 7. Ateliês, Centro Cultural, Teatro, Cinema e Galerias

Os espaços públicos da Vila Madalena são basicamente praças com alguns

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equipamentos, no mapa abaixo podemos verificar as praças que contém algum tipo de atrativo tanto para os moradores quando para os visitantes:

Figura 8. Praças na Vila Madalena



Praça José Carlos Burle – Localizada entre as ruas Fradique Coutinho e Girassol, a praça é cortada pela Travessa Tim Maia e contém uma quadra

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descoberta que fica aberta ao público, a quadra também serve para algumas atividades da EMEF Olavo Pezzotti que fica ao lado da mesma. 

Praça do Mangue ou Praça Eder Sader – Localizada no entre as ruas Fidalga e Fradique Coutinho, a praça tem um parque infantil e uma quadra descoberta, aberta ao público.



Praça do BNH, ou Praça Marli Noeli Carly Lacerda – Fica no meio do conjunto habitacional (conjunto que não é um condomínio fechado, e toda a população tem livre acesso). A praça possui uma quadra poliesportiva, uma vasta área verde, um parque infantil e também uma academia ao ar livre. A praça é conservada pelos próprios moradores do bairro. É comum nesta praça o passeio com animais.



Praça Rafael Sapienza – Localizada entre a Rua Filinto de Almeida e a Rua Irmão Gonçalo, a Praça Rafael Sapienza possui uma grande área verde e um parque infantil.



Praça Senador Lineu Prestes - Localizada no cruzamento da Rua Morás com a Rua Simão Alvares, a praça não possui nenhum atrativo físico além de bancos e área verde, porém as segundas e quartas feiras possui aula de Yoga gratuito para a terceira idade, oferecido pela UBS Joaquim Pera (localizada na Rua Purpurina).



Praça do Aprendiz das Letras e Beco do Batman – A praça do Aprendiz apesar de não ser um espaço propriamente público faz parte do conjunto das vielas do Beco do Batman, um dos pontos turísticos não só da vila Madalena, mas da cidade de São Paulo, o beco pode ser considerado uma galeria a céu aberto e mistura elementos da cultura Hip-Hop como o grafite, o Skate ( apesar de não ter uma pista, os becos são utilizados frequentemente por participantes) e o Basquete que tem uma quadra reservada para a prática na Praça do Aprendiz. Todo último domingo do mês a praça recebe uma roda de Samba, do grupo Kolombolo Diá Piratininga.

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4. ANÁLISE DOS RESULTADOS A análise de dados desta pesquisa buscou encontrar as respostas aos objetivos geral e específicos definidos para este trabalho, assim como constatar se as hipóteses podem ou não ser ratificadas a partir dos dados coletados na pesquisa de campo. Os dados foram tabulados para que pudéssemos analisar de forma apropriada as mais variadas questões presentes na pesquisa Foram realizados 139 questionários, sendo 103 de não-moradores do bairro da Vila Madalena, doravante chamados de visitantes, e 36 questionários de moradores do bairro. Os dados foram coletados entre os dias 09 a 15 de novembro de 2014 pelas ruas do bairro, visando buscar nos diferentes pontos do bairro, todos os entrevistados foram selecionados indiscriminadamente de acordo com o seu perfil e com sua disponibilidade para responder. Primeiramente são apresentados os dados gráficos relativos ao perfil social dos entrevistados, posteriormente serão feitos comparativos a fim de que possamos responder as questões norteadoras deste trabalho.

4.1. MORADORES

Sexo

16 20

Feminino Gráfico 1. Sexo

Masculino

36

Idade 2 7

15

12

Acima de 50

35 a 50

25 a 35

18 a 24

Gráfico 2. Idade

Renda Familiar 1 6

9

3

17

Acima de 12 Salários mínimos

De 1 a 3 Salários mínimos

De 3 a 6 Salários mínimos

De 6 a 9 Salários mínimos

De 9 a 12 Salários mínimos Gráfico 3. Renda Familiar

Frequência 10

3

5

18

De duas a cinco vezes ao ano Mais que duas vezes na semana Quinzenalmente

Semanalmente Gráfico 4. Frequência de visita aos equipamentos

37

Com os gráficos acima podemos notar que a faixa etária predominante na visita são os mais jovens, as faixas entre 18 e 24 e a faixa de 25 a 35 e renda familiar predominante entre 3 a 6 salários mínimos. Conseguimos notar que os moradores em sua maioria frequentam bastante os equipamentos, ou seja, são ativamente participantes nas atividades de lazer dentro do próprio bairro. Nos gráficos subsequentes conseguiremos traçar um corporativo do perfil do morador comparando com sua frequência nos equipamentos. 9 mais que 2 vez por semana

8 7

semanal

6 quinzenal

5 4

mensal

3 mais que 5 vezes no ano

2 1

De 2 a 5 vezes no ano

0 18 a 24

25 a 35

35 a 50

Acima de 50

Gráfico 5. Comparativo Idade x Frequência

Anteriormente já notamos a grande presença de jovens na utilização dos equipamentos e este gráfico vem nos ajudar a ratificar esta afirmação e alinhar com a frequência dos mesmos que em sua maioria plena frequentam os equipamentos semanalmente ou mais que duas vezes. Em contrapartida conforme vai aumentando a faixa etária menor é a frequência da utilização dos equipamentos.

38

10 9 8 7 6

1a3

5

3a6

4

6a9

3

9 a 12

2

12+

1 0 mais que 2 semanal quinzenal vez por semana

mensal mais que 5 De 2 a 5 vezes no vezes no ano ano

Gráfico 6. Renda (em salários mínimos) x Frequência

Com este gráfico podemos notar que a renda não é um fator que influencia diretamente na frequência da utilização, mas podemos notar que a faixa de renda entre 3 a 6 salários é faixa mais frequentadora dos espaços, diferentemente das demais, esta faixa apresenta uma grande diferença entre cada escala de frequência.

Os Espaços voltados para: 3

33

Visitantes Gráfico 7. Público alvo dos espaços de lazer

Moradores

39

Boa Conservação dos Espaços Publicos 7

21

Não

8

Não sabe responder

Sim

Gráfico 8. A conservação dos espaços públicos

Quando o assunto é o público alvo dos espaços de lazer a imensa maioria afirma que os equipamentos são voltados para os visitantes do bairro, mas juntamente com isso podemos afirmar que mesmo não sendo o público alvo dos equipamentos, os moradores utilizam os equipamentos com frequência. Dentre os equipamentos que eles mais frequentam estão os restaurantes, bares e as praças. Quanto a conservação dos equipamentos a maioria informou que o papel do morador é cuidar e preservar os espaços, foi citado também cobrar uma postura da subprefeitura, isso nos remete a um sentimento de pertencimento ao local, que ao mesmo tempo se contradiz com a questão em que eles informam que os equipamentos são voltados aos visitantes.

40

4.2. VISITANTES

Sexo

44 59

Feminino

Masculino

Gráfico 9. Sexo

Idade 2 7 28 66

Acima de 50 Gráfico 10 . Idade

35 a 50

25 a 35

18 a 24

41

Renda Familiar 1 8

16

16 29 33

Acima de 12 Salários mínimos

Até 1 salário minimo

De 1 a 3 Salários mínimos

De 3 a 6 Salários mínimos

De 6 a 9 Salários mínimos

De 9 a 12 Salários mínimos

Gráfico 11. Renda familiar

Frequência 15

4

8 49 25 2

De duas a cinco vezes ao ano Mais que duas vezes na semana Mais que cinco vezes ao ano Mensalmente Quinzenalmente

Semanalmente Gráfico 12. Frequência de visitação

42

Principal Motivação 9 3 4

87

Lazer

Trabalho

Passagem

Visita a familiares e amigos

Gráfico 13. Principal motivação na visita ao bairro

Assim como os moradores a predominância do público de visitantes são adultos entre 18 e 35 anos e renda entre 3 a 9 salários mínimos. Isso se deve a oferta de equipamentos ser voltados a essa demanda, com por exemplo bares e baladas. Diferentemente dos moradores a frequência dos visitantes ao bairro é mais espaçada, mas a motivação principal em sua notória maioria é para lazer. 40 35 30

18 a 24

25 20

25 a 35

15

35 a 50

10

Acima de 50

5 0 Mais que 2 vezes por semana

semanal

Gráfico 14. Idade x Frequência

quinzenal

mensal

Mais que 5 De 2 a 5 vezes ao ano vezes ao ano

43

18 16 14 12

Menor que 1

10

1a3

8

Mais que 12

6

3a6

4

6a9

2

9 a 12

0 Mais que semanal quinzenal mensal De 2 a 5 Mais que duas vezes ao 5 vezes vezes na ano ao ano semana Gráfico 15. Renda x Frequência

60 50 40

18 a 24 25 a 35

30

35 a 50 20

Acima de 50

10 0 Lazer

Trabalho

Visita

Passagem

Gráfico 16. Motivação x Idade

Com estes gráficos podemos notar que a frequência num menor intervalo de tempo é algo mais presente nas pessoas mais jovens, e que em sua grande maioria os visitantes não visitam os equipamentos dos bairros com frequência, diferentemente dos moradores. A renda é um fator que interfere na frequência, podemos verificar que os casos de maiores frequências são rendas maiores. Verificamos que as rendas menores, como a faixa entre 1 e 3 salários se concentram no campo de pouca visitação ao bairro, notamos neste caso uma barreira de acesso se desenhando conforme a renda.

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A idade não é um fator decisivo na motivação da visita, majoritariamente de Lazer, porém vale ressaltar a grande presença dos jovens de 18 a 24 anos na motivação visita a amigos e familiares. Mesmo não tendo uma frequência alta, os visitantes são maioria nos espaços de lazer, podemos dizer assim que o público da Vila Madalena é um público muito rotativo, não é o mesmo semanalmente pelo bairro. Nos questionários aplicados pudemos verificar que os principais equipamentos usados pelos visitantes são, assim como os moradores, os bares e restaurantes.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo teve como objetivo identificar os equipamentos de lazer no Bairro da Vila Madalena (São Paulo/SP), mapeando os equipamentos existentes na região elegida e classificando-os de acordo com os diferentes interesses que a atividade envolve. Conseguimos então cumprir todos os objetivos do trabalho, construímos um inventário dos espaços e dos equipamentos existentes no bairro. Pudemos verificar a incidência também do uso dos mesmos, e concluímos que para os não moradores a incidência é pouco mais que semestral, já para os moradores, em sua grande maioria é semanal com frequência, tornando assim o público rotativo aos equipamentos oferecidos. Após a pesquisa conseguimos confirmar a maioria das hipóteses apresentadas no início desse trabalho, tais quais: H1 – As atividades de lazer de conteúdo social (DUMAZEDIER, 1980) são as principais atividades realizadas no bairro tanto para moradores quanto para visitantes e turistas. H2 – Dentre os equipamentos de conteúdo social, os que se destacam são os bares e casas noturnas Os equipamentos de conteúdo predominantes social são os que se destacam no bairro os bares, baladas e restaurantes são os principais no bairro, tanto em questão numérica, quanto em questão de uso. H3 – Os principais usuários destes equipamentos não são moradores do bairro. Podemos comprovar que a maioria dos usuários são os não moradores porém em contrapartida os moradores visitam os equipamentos com maior frequência temporária. H4 – A incidência temporal das atividades no bairro é quinzenal por parte do visitante e semanal no caso dos moradores. Esta hipótese não conseguimos confirmar em sua totalidade, a frequência dos não-moradores se mostrou semestral em sua grande maioria, o que nos leva a compreender que os equipamentos têm um público bastante rotativo. Quanto aos moradores foi confirmado o que tivemos como hipótese, e muito se deve a proximidade da residência e a vasta gama de espaços e equipamentos no bairro. H5 – Existem outros conteúdos que se destaquem no bairro e que os

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moradores não têm papel influenciador nas atividades dos visitantes, mas são meros usuários dos equipamentos já existentes. Durante o inventário e mapeamento do bairro pudemos notar que outros tipos de equipamentos se destacam no quesito quantidade no bairro, como por exemplo as galerias e ateliês, comprovando que assim como apresentado na hipótese existem outros tipos de equipamentos, mas deixando claro que os bares, baladas e restaurantes são maioria. Este trabalho foi muito importante para a compreensão do tema de espaços e equipamentos na cidade, visto a cada dia mais as pessoas saem em busca do lazer fora de casa, cabendo assim aos profissionais da área, não só do lazer como do urbanismo e do turismo buscar meios para que esta demanda seja suprida.

47

REFERÊNCIAS AIEST.

Turismo

e

relações

decorrentes.

Disponível

em:

. Acesso em 20 set 2013. BARRETO, S.; CRUZ, L..

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SP.

História

da

Vila

Madalena.

Disponível

em

. Acesso em 30 set 2013. GIL, António Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa, São Paulo, Editora Atlas S.A., 1988 GUIMERO, F. As ordens religiosas e a construção sócio-política no Brasil: Colônia e Império Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 46, p. 63-78, Curitiba, 2013. HENDERSON, K. A. et. al. Introduction to recreation and leisure services. State College, USA: Venture Publishing, 2001. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO (OMT). Lo que todo gestor turístico debe saber. Madrid (Espanha): OMT, 1995. ORTHMEYER, J; PEIXOTO, E.. Produção do conhecimento referente á formação profissional em educação física no brasil. Dissertação de Mestrado,

48

Londrina, 2010. PANOSSO NETTO, A.; TRIGO, L. G. G. Cenários do turismo brasileiro. São Paulo: Aleph, 2009. Resenha de: BANUTH, Érica. Revista Hospitalidade, Ano VI, n. 1, p. 105-107, jan-jun. 2009. PANOSSO NETTO, A. O que é turismo. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 2010. v. 1. 127 p. SANTINI, R. de C. G. Dimensões do lazer e da recreação. São Paulo: Angelotti, 1993. SCHWARTZ, G. M. O conteúdo virtual do lazer: contemporizando Dumazedier. Belo Horizonte: Revista Licere, v.2, n.6, p.23 – 31, 2003. SQUIEFF, E. Vila Madalena – Cronica Histórica e Sentimental. Boi tempo editorial. 2002 STUCCHI, Sérgio. Espaços e equipamentos de lazer e recreação. IN: BRUHNS, Heloísa T. (Org.) Introdução aos estudos do lazer. Campinas: UNICAMP, 1997. EMPLASA. Rede urbana e regionalização do Estado de São Paulo. São Paulo: EMPLASA, 2011 VEJA SÃO PAULO. Vila Madalena: alegria na tristeza. Disponível em . Acesso em 30 set 2014.

ANEXOS

ANEXO I – BARES E BALADAS

ANEXO II – RESTAURANTES, CAFÉS E PADARIAS

ANEXO III – GALERIAS, ATELIÊS E TEATROS

ANEXO IV – QUESTIONÁRIOS

Questionário de Visitantes 1. Sexo 2. Idade 3. Renda Familiar a. Até 1 salário mínimo b. De 1 a 3 Salários mínimos c. De 3 a 6 Salários mínimos d. De 6 a 9 Salários mínimos e. De 9 a 12 Salários mínimos f. Acima de 12 Salários mínimos 4. Com que frequência você visita o bairro da Vila Madalena a. Mais que duas vezes na semana b. Semanalmente c. Quinzenalmente d. Mensalmente e. De duas a cinco vezes ao ano f. Menos que cinco vezes ao ano 5. Qual sua principal motivação em suas visitas ao bairro a. Lazer b. Trabalho c. Visita a familiares d. Outros. Quais? 6. Além dos bares que outro atrativo de lazer você conhece da Vila Madalena?

Questionário de Moradores 1. Sexo 2. Idade 3. Renda Familiar a. Até 1 salário mínimo b. De 1 a 3 Salários mínimos c. De 3 a 6 Salários mínimos d. De 6 a 9 Salários mínimos e. De 9 a 12 Salários mínimos f. Acima de 12 Salários mínimos 4. Com que frequência você frequenta os espaços de lazer no bairro da Vila Madalena? a. Mais que duas vezes na semana b. Semanalmente c. Quinzenalmente d. Mensalmente e. De duas a cinco vezes ao ano f. Menos que cinco vezes ao ano 5. Além dos bares que outro atrativo de lazer você conhece da Vila Madalena? 6. O que você costuma frequentar no bairro em seu momento de lazer? [MULTIPLA ESCOLHA] a. Bares e Baladas b. Restaurantes c. Praças d. Galerias e. Teatro f. Outros 7. Você acha que os espaços de lazer do bairro são suficientes? 8. Você acredita que, majoritariamente, os espaços de lazer da Vila Madalena são voltados para: a. Moradores do Bairro b. Visitantes

c. Ambos 9. Os espaços públicos de lazer têm boa conservação? 10. Qual o papel dos moradores na conservação dos espaços públicos?

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