Trabalho Discente Efetivo

June 16, 2017 | Autor: P. Poggere | Categoría: Engenharia de Produção
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Descripción

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁESCOLA POLITÉCNICACURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃODisciplina: Planejamento e Controle da Produção I – 6º PeríodoDocente: Franco ManfroiDiscente: Paula Andreia Poggere
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I – 6º Período
Docente: Franco Manfroi
Discente: Paula Andreia Poggere



Trabalho Discente Efetivo – Resumo do artigo "Contribuição do MRP na Gestão Estratégica de Manufatura"

No trabalho estudado, o objetivo era demonstrar o auxílio da ferramenta MRP na redução de quantidade de estoques, a fim de melhorar o fluxo de caixa das empresas, ou seja, reduzir custos. Para isto foi realizado um estudo de caso numa empresa fabricante de aparelhos eletrônicos no setor de diagnóstico automotivo.
A estratégia de operações tem sido cada vez mais valorizada no cenário econômico atual, devido aos aspectos mercadológicos do mundo moderno, como concorrência, globalização e alta exigência de consumidores.
A empresa em estudo, Alfatest, aposta na diferenciação como sua estratégia competitiva. Como valores, tem-se inovação, ética e excelência de seus produtos. Assim, consegue se destacar em seu segmento, inclusive pelo design de seus produtos. Seu sistema de produção é o make-to-stock, onde a fábrica produz e vende os bens com base na quantidade de produtos acabados.
Conforme apresentado pelo autor do estudo, os objetivos principais do MRP são controlar o nível de estoque, planejar a capacidade de operação e suas prioridades, para abastecer o sistema de produção. Assim, seus resultados vão desde menores níveis de estoque e formação de preços mais competitivos até redução de tempo de set-up.
Este é utilizado na forma de software, especificamente para nortear as empresas no gerenciamento de seus estoques, levando em consideração a demanda dependente para programar os pedidos de reposição. Assim, faz- se um plano de prioridades, que demonstrará quais os componentes exigidos em cada etapa do processo. Utilizando os lead times, o MRP calcula ainda a quantidade e o momento em que cada insumo é necessário.
Assim, é analisada ainda a natureza da demanda de cada componente, se este é dependente ou independente. Para isso, utiliza-se a composição da árvore de cada produto.
O sistema do software é estatístico e deve ser alimentado a cada nova informação, devido a diversos fatores: as demandas são dinâmicas, os bens produzidos podem sofrer modificações, fornecedores podem falhar nos prazos de entregas e em quantidades, equipamentos podem ser danificados, etc.
No caso da empresa estudada, a Alfatest, um de seus maiores problemas era faltar material na etapa de produção em que era necessário, o que prejudicava o cumprimento das metas de entregas de produtos acabados.
O departamento de compras, devido à urgência de seus pedidos, perdia oportunidade de fazer boas negociações e, como consequência, havia produtos de menor qualidade e clima organizacional tenso. Os estoques tinham altos valores e baixa rotatividade. Um controle de estoques ineficiente ocasionava na compra de materiais desnecessários, desperdício de tempo e mão de obra com atividades não planejadas, e as informações se perdiam em pouco tempo.
Para se implantar o sistema, foram feitas algumas mudanças, conforme relato do autor:
Criação de estruturas de produtos;
Inventário dos estoques de matéria-prima, produtos semi-acabados e acabados;
Levantamento de informações das datas e quantidades de pedidos para compras futuras para alimentação do sistema;
Abertura de ordens de produção com o novo módulo de chão de fábrica;
Adoção do plano para previsão de vendas para o prazo de seis meses, sendo mensalmente revisado;
Implantação de módulo de planejamento que conciliasse todas as informações citadas anteriormente, gerando o plano mestre de produção e o cálculo de MRP.

Não havia antes nenhum sistema que integrasse todas as informações, e por isso utilizavam-se sistemas manuais e Excel® para gerar dados aos departamentos de compras e de produção. Levaram-se, aproximadamente, 15 meses para implantação do software MRP escolhido.
Os métodos anteriores eram ineficientes porque se compravam lotes de componentes de acordo com o volume em estoque, e não de acordo com a demanda do produto final.
A implantação do MRP nas organizações também gera inconvenientes, como os recursos computacionais exigidos, adaptação do programa para com a realidade da empresa, envolvimento total e comprometimento dos níveis gerencial e produtivo com as mudanças, o alto tempo de retorno do investimento, etc. Porém, o alto valor dos estoques da empresa foi um fator determinante para aceitação da implantação do software.
Após a etapa de implantação e com o funcionamento pleno do MRP na empresa, obtiveram-se os seguintes resultados:
Diminuição de 25% dos estoques, comparando-se o 1º trimestre com o último;
Integração de saldos de estoques de matérias-primas, produtos semi-acabados e acabados;
Maior flexibilidade no plano de produção;
Maior agilidade para mudanças nos produtos;
Menor tempo de aquisição de materiais;
Comunicação mais assertiva entre os departamentos operacionais.

A apuração de dados contábeis, como conta de estoque de matérias-primas e custo de produto vendido, comprovou a diminuição dos índices de estoque. O ciclo de compras, durante o período estudado, era bimestral. No primeiro mês de uso do cálculo de MRP, devido aos lotes mínimos de fornecedores, o estoque encontrava-se mais acentuado do que no segundo mês, onde a redução foi mais relevante.
Houve ainda eventos que ocasionaram estoques maiores, devido à participação da empresa nestes, e que foram, portanto, situações isoladas. Como resultado final, os estoques da empresa diminuíram, em média, 7% por trimestre, confirmando a eficiência da ferramenta MRP como estratégia na gestão na empresa.
Como conclusão do estudo realizado, verifica-se que a utilização do MRP ultrapassa a função operacional e exerce papel importante também na estratégia organizacional. Os níveis de estoque passam a ser otimizados e, consequentemente, tem-se uma diminuição dos custos de produção dos bens, o que ajuda a diminuir o preço de venda, tornando-os mais atraentes para os consumidores.
Mesmo o custo elevado da implantação do MRP pode ser entendido como um investimento, sendo uma oportunidade para gestores, nos diversos níveis hierárquicos, melhorarem seus processos e se tornarem mais competitivos no mercado atual.




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