Previdência Usiminas

July 23, 2017 | Autor: Jorge Felix | Categoría: Gerontologia, Idosos, Previdência Social, Previdência Complementar, Gerontologia Social
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Descripción

Previdência

USIMINAS &VOCÊ Ano 3 - Setembro 2014 - nº 9

Publicação trimestral da Previdência Usiminas

Economia da longevidade Entenda o conceito de economia criado pelo jornalista e professor Jorge Félix para que o Brasil possa atender às demandas de sua nova dinâmica populacional Página

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Aplicativos financeiros para smartphones facilitam a rotina de quem quer ter controle sobre os gastos e é do tipo que gosta de tecnologia

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Participantes do COSIprev que desejam alterar o percentual de contribuição ao plano devem ficar de olho no calendário, pois o prazo termina dia 31 de outubro

Previdência USIMINAS & VOCÊ

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ÍNDICE

EDITORIAL EXPEDIENTE Previdência USIMINAS & VOCÊ Publicação da Previdência Usiminas

Envelhecimento da população

Diretora-Presidente Rita Rebelo Horta de Assis Fonseca

Atual e desafiador, o tema pede uma abordagem multidisciplinar e sensível

Diretor de Benefícios Chrysantho de Miranda Sá Júnior Diretor-Financeiro Marcos Aurélio Alves Edição Direta Estudos Sociambientais e Comunicação Empresarial Comitê de Comunicação da Previdência Usiminas

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Quer fazer a gestão de sua rotina com apenas um clique? Então experimente os aplicativos de finanças pessoais disponíveis para smartphones e escolha o seu.

GOVERNANÇA Conheça o novo diretor-financeiro da Previdência Usiminas, Marcos Aurélio Alves, e a nova composição dos Conselhos Deliberativo e Fiscal.

CAPA A população brasileira está envelhecendo e a nova dinâmica demográfica do país aponta para a necessidade de transformações radicais na economia e nas políticas públicas.

FIQUE POR DENTRO Se você é participante do COSIprev e quer alterar sua contribuição, o prazo vai até 31 de outubro. O novo valor passará a vigorar a partir de janeiro de 2015.

SEU PLANO DE BENEFÍCIOS Acompanhe o desempenho dos investimentos de seu plano de benefícios no 2º trimestre de 2014 e o resultado consolidado do 1º semestre.

SAÚDE E BEM-ESTAR Situações caseiras que parecem simples e inofensivas podem representar sérias ameaças. Saiba como evitar os acidentes domésticos.

Previdência USIMINAS & VOCÊ

Jornalista responsável Dilene Ferreira (MG 4599-JP) Projeto Gráfico Sandra Fuji Diagramação Tiago Farias Fotografias e ilustrações Mary Lane Vaz, Tiago Farias e arquivo Impressão EGL Editores Gráficos Ltda Tiragem 21.500 exemplares

FALE CONOSCO Previdência Usiminas Sede - Rua Professor José Vieira de Mendonça, 3011 - 1º andar Bairro Engenho Nogueira Belo Horizonte - MG CEP: 31.310-260 Telefone: 0800-0831111

Q

uando o assunto é o envelhecimento da população, a tendência dos governantes e da maioria dos economistas é discutir a questão apenas do ponto de vista da previdência social. Este é, sem dúvida, um aspecto muito importante. Mas medidas isoladas como postergar a idade da aposentadoria, por exemplo, não dão a resposta necessária aos desafios que se impõem ao Brasil. Vivemos em nosso país um momento de desequilíbrio da balança populacional: ao lado do fato de as mulheres terem cada vez menos filhos, as pessoas estão vivendo mais, o que leva ao aumento da população idosa. Segundo projeções do IBGE a expectativa média de vida do brasileiro subirá dos atuais 75 anos para 81 anos nas próximas cinco décadas. Para suprir as necessidades dessa nova dinâmica demográfica, ou seja, para que as pessoas possam envelhecer com saúde e qualidade de vida, nosso país depende, também, de políticas públicas, da responsabilidade social das empresas para com seus empregados, de uma gestão mais eficiente do Sistema Único de Saúde, de investimentos em educação, de iniciativas da sociedade civil organizada e de uma mudança de paradigma da economia.

A matéria de capa desta edição reflete sobre essas e outras questões inerentes ao fenômeno do envelhecimento populacional. O entrevistado é o jornalista, professor e pesquisador Jorge Félix, autor do conceito da economia da longevidade. (páginas 6, 7 e 8) Outros assuntos de destaque neste número são: a posse do novo diretor-financeiro, Marcos Aurélio Alves, a apresentação da nova composição dos Conselhos Deliberativo e Fiscal (página 4) e os resultados dos planos de benefícios no 1º semestre de 2014. (páginas 10 e 11) Você pode acompanhar, ainda, a editoria de educação financeira, que fala dos aplicativos de gestão de finanças disponíveis para smartphones (página 5) e as orientações para os participantes do COSIprev que desejam alterar o percentual de contribuição ao plano. (página 9) Fechando a edição, a editoria Saúde e Bem-estar apresenta dicas sobre como evitar os acidentes que acontecem dentro de casa, especialmente aqueles que são causados pelo mau uso dos eletrodomésticos. (página 12)

Na nova dinâmica demográfica as pessoas estão vivendo mais e tendo cada vez menos filhos.

www.previdenciausiminas.com Cartas, comentários e sugestões: [email protected]

As opiniões de terceiros expressas ao longo da publicação pertencem aos seus autores e não refletem, necessariamente, a visão da Previdência Usiminas.

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GOVERNANÇA

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Novo diretor-financeiro

T

omou posse como diretor-financeiro da Previdência Usiminas, no dia 1/8/2014, para um mandato de dois anos, Marcos Aurélio Alves. Por sua vez, Rita Rebelo Horta de Assis Fonseca e Chrysantho de Miranda Sá Júnior foram reconduzidos aos cargos de diretora-presidente e diretor de benefícios, respectivamente. Alves ocupa o cargo no lugar de Amaro Lanari Neto, que esteve à frente da diretoria da entidade desde 2012. Com 55 anos, casado e natural de Belo Horizonte, o novo diretor é graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com pós-graduações em Gestão Empresarial (UFMG), Contabilidade (FGV) e Negócios Tecnológicos e Sistemas Integrados (USP). Possui vasta experiência profissional, com 36 anos de trabalho na Usiminas, onde atuou nas áreas de Controladoria e Finanças. Em 2010 assumiu o cargo de gerente de Contabilidade, tendo sido responsável técnico pela elaboração das demonstrações financeiras e padronização das práticas contábeis das empresas Usiminas.

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Para Marcos Aurélio Alves, assumir a Diretoria Financeira da entidade é uma responsabilidade que vai além da contabilidade e dos números. “Nosso patrimônio mais importante são os participantes e assistidos. Todo o trabalho é direcionado para eles. Minha principal missão será contribuir para garantir a sustentabilidade dos planos. Estou muito orgulhoso de fazer parte desta equipe de primeira linha. Trago comigo todos os conceitos que me nortearam durante minha permanência na Usiminas”, declarou.

Novos Conselheiros

Representantes dos participantes e assistidos

Neste segundo semestre também tomaram posse, para um mandato de dois anos, os novos integrantes dos Conselhos Deliberativo e Fiscal da Entidade. Vamos conhecer os representantes já empossados

Membros Efetivos: José Augusto de Oliveira; Ailton Saraiva Lessa; Maria Ignez Gerken de Sousa. Membros Suplentes: Milton Marques de Oliveira; Valmir Galli; Wellington Cândido de Almeida.

CONSELHO DELIBERATIVO

CONSELHO FISCAL

Representantes das patrocinadoras

Representantes das patrocinadoras

Membros efetivos: Gileno Antônio de Oliveira (presidente); Roberto Luis Prosdocimi Maia (presidente substituto); Cristina Morgan Cavalcanti Drumond; Paulo Roberto Tôrres Matta; Ítalo Quidicomo; Eduardo Moreira Pereira; Adilson Pereira Gonçalves; José Geraldo de Oliveira Meireles. Membros suplentes: Eduardo Cortes Sarmento; Edílio Geraldo de Mendonça; Ivan Lage de Araújo; Jackson Soares de Souza Reis; Paula Corgosinho Nogueira; José Carlos de Carvalho Gallinari; Salvador Prado Júnior; Gustavo Torres da Cunha Jardim.

Membros efetivos: Marcelo Héctor Barreiro (presidente); Rodrigo Trindade Fogaça; Sérgio Carvalho Campos; Geraldo Magela Moura. Membros suplentes: Letícia Domingues Costa Braga; Romolo Gonçalves de Paula; Diego Castro Giglio; Luís Márcio Araújo Ramos.

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Gestão das finanças na palma da mão Com o uso de um bom aplicativo é possível se planejar e adquirir a disciplina necessária para controlar os gastos do dia a dia

O

s aplicativos - ou simplesmente APPs, como são conhecidos - multiplicam-se a cada dia e já fazem parte da rotina de muita gente. Com eles é possível programar viagens, encontrar táxis próximos, comprar passagens de avião, consultar mapas, publicar fotos instantaneamente, acompanhar as notas dos filhos na escola, administrar agendas e horários de remédios e, até mesmo, gerenciar os gastos para colocar as finanças em dia. No campo das finanças pessoais, existe uma infinidade de APPs para ajudar as pessoas a se planejarem. Em versões pagas ou gratuitas para Androids e iOS, os aplicativos permitem a separação de gastos por categorias (casa, compras, transporte, lazer etc.), a visualização de gráficos e a comparação entre rendimentos e gastos, entre outros recursos. Para quem deseja experimentar um desses APPs, preparamos uma lista dos mais utilizados atualmente. Acompanhe:

Disponíveis para Androids

Disponíveis para iOS

DESPESAS DIÁRIAS - É um dos aplicativos mais bem avaliados no Google Play, com nota média de 4,6 (de 5). Além de registrar receitas e despesas, ele fornece relatórios por período (diário, semanal, quinzenal, mensal ou anual).

FINANCE - O forte desse APP é organizar as despesas em categorias e apresentá-las em um gráfico que permite observar qual delas consome mais dinheiro do orçamento. Lançando também as receitas, é possível monitorar o saldo final das contas. Outro recurso é o cadastro de despesas futuras.

GFP - É um aplicativo nacional. Simples, prático e pensado para a realidade brasileira, permite o controle do fluxo de entrada de dinheiro e gastos. Possui suporte para contas correntes, cartão de crédito, aplicações financeiras e realiza previsão de movimentos futuros baseado no histórico das contas. MONEYWISE - Em 2012 foi considerado o melhor aplicativo de monitoramento financeiro para Android pela revista LifeHacker. O forte do Moneywise são os gráficos. Ele também permite exportar planilhas para Excel e HTML.

MINHAS FINANÇAS - Os gastos e ganhos são cadastrados de acordo com a categoria e registrados em um calendário. O usuário visualiza as despesas mensais em um gráfico e pode comparar receitas e despesas. Há a opção de ser notificado sobre gastos próximos do vencimento. GASTOS DIÁRIOS - O usuário registra receitas e despesas por categorias, programa gastos fixos e acompanha o saldo final. Também há uma versão paga, que permite exportar dados em arquivos de Excel.

Representantes dos participantes e assistidos Membro efetivo: Ailton Salgado Ribeiro. Membro suplente: Jussara Martins Paiva Araújo.

Lance no Google o nome do APP financeiro que mais chamou sua atenção e obtenha outras informações e orientações para download.

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CAPA

Viver mais e melhor!

Ao mesmo tempo em que viver mais é uma conquista da sociedade, resultado de políticas públicas e investimentos feitos no passado, o fenômeno suscita uma série de preocupações. Quais os principais desafios impostos pelo envelhecimento populacional?

O Brasil está ficando de cabelos grisalhos mais rápido do que previam as estatísticas e é preciso, agora, conquistar mais saúde e qualidade de vida

O que a gente está colocando há muito tempo, não apenas eu, mas também outros pesquisadores do Brasil que foram pioneiros na reflexão do fenômeno do envelhecimento é a necessidade de que haja planejamento. As discussões até agora convergem somente para uma vertente, que é a previdência social, ignorando todas as outras. Não existe bomba relógio se nós nos planejarmos. Não é culpa desse ou daquele governo, é fruto de um século de políticas públicas mal planejadas. Nós ainda temos no Brasil, por exemplo, 9% de analfabetismo absoluto e 30 % de analfabetismo funcional. É uma questão gravíssima, pois prolongar a vida laboral e protelar a aposentadoria são ações que dependem diretamente do nível de educação que se tem no país. O trabalhador braçal vai, evidentemente, ficar impedido de exercer sua atividade na velhice. Para compensar, é preciso ter uma grande parte da população desenvolvendo trabalhos que não dependam apenas da força física. Para isso é preciso ter educação e nós já pecamos por aí. Os países europeus acabaram com o analfabetismo 50 anos antes de começarem a envelhecer. Em países aqui da América Latina ocorreu o mesmo, como na Argentina e no Chile, que erradicaram o analfabetismo. Com essa falta de planejamento total, o envelhecimento passou a ser culpabilizado por todos os problemas nacionais. O nosso problema econômico maior é o déficit da previdência social, o nosso problema de saúde decorre do volume de idosos que pressionam o Sistema Único de Saúde e assim por diante. Tudo passou a ser culpa do envelhecimento. Nossos políticos não visam uma sociedade envelhecida e não têm noção do que o Brasil vai enfrentar.

O

sonho de viver mais, acalentado durante as décadas passadas, tornou-se uma das conquistas sociais mais importantes da segunda metade do século XX. De acordo com as projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseadas no Censo de 2010, o número de brasileiros com idade acima de 65 anos irá praticamente quadruplicar nas

próximas cinco décadas, saltando de 14,9 milhões em 2013 (7,4% do total geral da população) para 58,4 milhões em 2060 (26,7% do total). Nesse período, a expectativa média de vida no país subirá dos atuais 75 anos para 81 anos. Realizado o desejo de uma vida mais longa, o desafio que se impõe à sociedade agora é outro: encarar essa novidade histórica com uma abordagem integrada, inteligente e sensível para garantir saúde e qualidade de vida para essa nova e representativa parcela da população. O caminho, de acordo com o jornalista, professor universitário, pesquisador e escritor Jorge Félix, passa pela transformação da economia financista que temos atualmente na chamada economia da longevidade. Abrangente, o conceito de economia defendido por Félix abarca todas as questões inerentes à vida humana, da saúde ao direito, passando pela educação, arquitetura, comunicação, psicologia e engenharias. “É uma economia capaz de atender às demandas da nova dinâmica populacional do Brasil”, define. Doutorando em Sociologia e mestre em Economia Política pela PUC de São Paulo, Jorge Félix é também pesquisador do tema envelhecimento populacional pelo CNPq. Em 2011 ele publicou, pela Editora Leya, o livro “Viver Muito - Outras ideias sobre envelhecer bem no século XXI (e como isso afeta a economia e seu futuro)”, sobre o qual conversou com o jornal Previdência Usiminas & Você. Acompanhe: O IBGE utiliza o parâmetro de 65 anos para considerar uma pessoa idosa e a mesma referência é usada pela Constituição Federal, em seu artigo 230 (parágrafo 2º), que trata da gratuidade do transporte público. O Estatuto do Idoso, porém, considera os 60 anos, parâmetro adotado nos estudos do pesquisador Jorge Félix.

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Você critica os políticos e os economistas por tratarem a questão do envelhecimento da população somente do ponto de vista da previdência social. Que outros enfoques o fenômeno deve ter? O envelhecimento populacional, que é o fato de nós termos um percentual cada vez maior de idosos na população, tem sito tratado de forma equivocada. Até agora o fenômeno é que tem se

adaptado à economia. Mas o certo seria ocorrer justamente o contrário: a economia passar a ter uma lógica de atender às demandas de uma sociedade envelhecida. É isso que eu chamo de economia da longevidade. E dentro desse conceito a questão previdenciária é apenas um desafio, ao lado de vários outros que deveriam ser pensados em termos de políticas públicas e de iniciativa privada. A obsessão de discutir o envelhecimento apenas sob a lógica da previdência social impede o Estado, as empresas e os indivíduos de assumirem, cada um, o seu papel para garantir um envelhecimento melhor. Somente com a ampliação do foco desse debate será possível impedir que uma das grandes conquistas do século XX, que é o fato de as pessoas viverem mais, transforme-se em uma bomba relógio no século XXI.

Tudo tem sido discutido somente do ponto de vista fiscal, com o objetivo de equilibrar as contas do governo. Então, em sua avaliação, a reforma previdenciária não seria o caminho? A reforma é importante, mas está longe de ser o único caminho e não pode ser encarada como a questão definidora do bem-estar no futuro. Nós tivemos reformas previdenciárias no governo Fernando Henrique Cardoso e no governo Lula, além de algumas mudanças no governo Dilma, mas sempre com o objetivo de protelar a idade da aposentadoria e estabelecer uma idade mínima. Não houve até hoje, por exemplo, nenhuma legislação, campanha, pacto ou acordo sobre como as empresas participariam desse esforço. Até então tudo tem sido discutido somente do ponto de vista fiscal, com o objetivo de equilibrar as contas do governo. Falta uma articulação das políticas públicas. E é bom que se saiba que uma lei apenas não deu certo em nenhum país, especialmente as que focaram apenas a previdência. Só vamos conseguir a protelação da aposentadoria se pensarmos o conjunto.

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FIQUE POR DENTRO Como você define a economia da longevidade e que contribuição ela pode oferecer nesse processo? A conquista de vivermos mais e o desafio de vivermos melhor dependem de um questionamento maior: que economia sustentará o Brasil na segunda metade do século XXI, quando a população de 65 anos ou mais atingir índices de uma sociedade envelhecida? Até que ponto isso depende apenas do indivíduo como muitos economistas e analistas financeiros transmitem às pessoas? É aí que entra a necessidade de termos uma economia voltada para atender às demandas da nova realidade demográfica brasileira. Se a economia é uma ciência destinada a servir o homem, ela precisa ser repensada para reduzir a distribuição desigual de seus benefícios. É claro que o sistema de previdência social e outras intervenções públicas podem ajudar a diminuir a desigualdade e a pobreza. Mas tudo vai depender da capacidade da economia de gerar uma série de condições habilitadoras para o indivíduo. O fato das pessoas viverem mais e terem menos filhos torna insustentável a lógica econômica financista, que somente produz pobreza e subdesenvolvimento nas sociedades envelhecidas. O tempo é curto e o Brasil tem apenas mais duas décadas para transformar a atual economia em uma economia voltada a dar respostas ao envelhecimento populacional. Como vamos enfrentar o fenômeno de viver mais, com menos filhos e, portanto, em uma sociedade com um número maior de idosos, sem deixar de garantir o bem-estar na velhice? É claro que a economia não é responsável sozinha. Envelhecer bem no Brasil vai depender também das políticas públicas adotadas daqui por diante, da responsabilidade social das empresas para com os empregados e, claro, do Estado. Dentro do conceito da economia da longevidade um ponto crucial é a questão dos cuidadores. Em que aspectos precisamos avançar? O fenômeno do envelhecimento traz à tona essa questão do cuidador, pois muitos idosos tornam-se dependentes. Nós estamos neste momento num debate imenso sobre a regulamentação da profis-

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são de cuidador. Por exemplo: como as famílias vão conseguir bancar uma empregada doméstica e mais um cuidador, dando a cada um desses profissionais todos os seus direitos trabalhistas? Por outro lado, como fica a situação da empregada doméstica que acaba cuidando do idoso sem ser reconhecida como cuidadora? As famílias estão pressionadas porque no Brasil nós não temos serviços de cuidadores públicos. O cuidado em nosso país ainda é relegado à filantropia. Temos apenas 1% dos nossos idosos em instituições. Então esse discurso de “coloca no asilo” não faz sentido. Primeiro porque as famílias brasileiras tradicionalmente cuidam dos seus idosos. E, segundo, porque não contamos com programas públicos de atendimento. Aí entra a grande polêmica: a responsabilidade é da saúde, da educação ou da assistência social? O Brasil precisa atribuir responsabilidades a cada nível de governo (municipal, estadual e federal) e ver também o que é de responsabilidade da iniciativa privada. Da mesma forma que as empresas hoje oferecem creches ou ajuda para os funcionários matricularem seus filhos, elas vão ter que se preocupar com o idoso. Como os jovens de hoje podem se preparar para o futuro? Os desafios são muitos e os jovens precisam estar bem preparados. Antes de se preocuparem consigo mesmos, eles vão ter que cuidar dos pais, do sogro ou da sogra. Isso é o que a gente chama da pirâmide invertida. Portanto, os jovens devem fazer, desde cedo, um planejamento da sua vida laboral. É preciso pensar no que farão a partir dos 45, 50 ou 60 anos. Se hoje os jovens de 18 anos acham difícil escolher uma profissão, daqui para frente terão que ser ainda mais estratégicos. Assim, quando chegarem aos 35 anos, poderão avaliar que habilidades a mais precisarão ter e terão tempo de se reprogramar. Se aos 50 anos, por exemplo, ele tiver que fazer uma transformação em sua vida profissional, como vai se reinventar? Essa reinvenção precisa ser pensada muito antes. Enfim, os jovens vão ter que aumentar o seu grau de instrução, ter um estilo de vida mais saudável, um bom planejamento profissional e um plano B para continuarem produtivos após os 60 anos, ou mesmo antes disso, no caso de perderem o emprego.

Quer alterar sua contribuição ao COSIprev? Então fique de olho, pois o prazo termina dia 31 de outubro

T

odo ano o calendário é o mesmo: os participantes do COSIprev que desejam alterar o percentual de contribuição ao plano têm até o dia 31 de outubro para comunicar essa decisão à Previdência Usiminas. Segundo o regulamento do COSIprev o participante pode escolher pagar 50%, 70% ou 100%, do valor simulado (veja exemplos). Para aqueles que ingressaram no plano a partir de dezembro de 2000, as opções para alteração da contribuição são apenas duas: 50% ou 70%. As alterações feitas até 31 de outubro terão vigor a partir de janeiro de 2015. Depois desse prazo, novas solicitações de alterações de contribuições ao COSIprev somente poderão ser efetuadas no ano que vem, novamente até 31 de outubro, passando a vigorar a partir de janeiro de 2016. Para a faixa salarial até 10 Unidades de Referência Previdência Usiminas (URPU), que atualmente equivale a R$ 3.166,90, é aplicado o percentual de 2%. Para as faixas que excedem esse valor, o percentual sobe para 9%.

Reflita antes de decidir Uma das vantagens para quem eleva o percentual de contribuição ao COSIprev é o aumento da contrapartida da patrocinadora. Outra, sem dúvida, é o incentivo fiscal, uma vez que os valores pagos podem ser deduzidos do Ajuste Anual do Imposto de Renda até o limite de 12% do rendimento tributável. Para o coordenador de processamento de benefícios da Unidade de Santos, Fernando Antonio Sampaio Bamonte, o fundamental é que o participante reflita com calma e tome uma decisão consciente. “A elevação da contribuição poderá gerar um retorno maior no futuro, mas tudo vai depender da rentabilidade do plano” alerta.

Veja os exemplos Compreenda os cálculos por meio das simulações abaixo: EXEMPLO 1 - Salário de R$ 2.900,00 Como o valor do salário está dentro da faixa até dez URPUs, aplica-se o percentual de 2%. R$ 2.900.00 X 2% = R$ 58,00 O resultado (R$ 58,00) equivale a 100% da contribuição devida pelo participante. Se esse mesmo participante preferir contribuir com 70%, pagará R$ 40,60. Se optar por uma contribuição de 50%, o valor será de 29,00. EXEMPLO 2 - Salário de R$ 4.000,00 • Até o valor de R$ 3.166,90 aplica-se o percentual de 2% R$ 3.166,90 x 2% = R$ 63,33 • Calcula-se o valor de salário que excede a faixa acima e, sobre o resultado, aplica-se o percentual de 9%: R$ 4.000,00 – R$ 3.166,90 = R$ 833,10 R$ 833,10 X 9% = 74,97 • Somam-se as duas parcelas R$ 63,33 + R$ 74,97 = R$ 138,30 O valor encontrado (R$ 138,30) corresponde a 100% da contribuição. O participante também poderá optar por contribuir com 70% (R$ 96,81) ou com 50% (R$ 69,15), observando a data de ingresso no plano.

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SEU PLANO DE BENEFÍCIOS

Resultados consolidados

Desempenho COSIprev

10,18%

4,74%

C

omo nos números anteriores, esta edição do jornal “Previdência Usiminas & Você” traz os resultados dos quatro planos de benefícios administrados pela entidade. A novidade é que, a partir de agora, os participantes terão como comparar o desempenho de seu plano no período que acaba de ser fechado, no caso o 2º trimestre de 2014, com o trimestre anterior. E será possível, ainda, conhecer os resultados consolidados dos dois períodos analisados. Acompanhe, a seguir, a análise feita pela Área de Investimentos sobre o comportamento dos segmentos de renda fixa e renda variável, que são os mais representativos no universo de investimentos do USIPREV, COSIprev, PB1 e PBD.

Renda Fixa No segmento de renda fixa o Banco Central, em abril de 2014, elevou mais uma vez a taxa SELIC, em 0,25%. Com isso, a taxa passou de 10,75% ao ano para 11,00% ao ano e os sinais, até o momento, são de que esse patamar será mantido. Já as taxas de juros reais de médio e longo prazos apresentaram queda no período. O fenômeno ocorreu, principalmente, em virtude do recuo das taxas de juros dos países desenvolvidos e do forte fluxo de investimentos estrangeiros no mercado de renda fixa local. Com isto, a rentabilidade do segmento de renda fixa dos planos USIPREV e COSIprev foi superior aos seus respectivos benchmarks no 2º trimestre e no acumulado no ano. No PB1 a rentabilidade do segmento de renda fixa ficou abaixo da meta atuarial do plano no 2º trimestre. Porém, no 1º semestre do ano, foi superior à meta. Já no plano PBD a rentabilidade do 2º trimestre e do acumulado do ano foram inferiores à meta atuarial.

Renda Variável A bolsa, medida pelo Ibovespa, acumulou alta de 6,83% no 2º trimestre e 3,22% no 1º semestre de 2014. A alta observada no 2º trimestre foi influenciada pelos resultados das pesquisas eleitorais e de aprovação do governo, o que beneficiou as ações de empresas estatais ou de capital misto e as empresas de setores regulados. O índice IBrX apresentou alta de 5,25% no trimestre e 3,01% no semestre. Esta movimentação foi positiva no 2º trimestre para a rentabilidade dos planos USIPREV, PBD e COSIprev. No semestre, os setores de mineração e siderúrgico foram destaques negativos da bolsa, em virtude da queda no preço do minério de ferro, perspectiva de menor crescimento da China e fraqueza da indústria automobilística local, com queda na venda de veículos leves. As ações da Usiminas ON (USIM3) tiveram desempenho negativo de 24,86% no 2º trimestre acumulando queda de 44,19% no semestre. O fato impactou negativamente a rentabilidade do PB1, já que em 30/06/2014 as ações da Usiminas ON representavam 96,72% do segmento de renda variável do plano.

5,23%

3,01%

3,00%

3,67%

3,40% 2,58%

Renda Fixa Operações com Participantes (Empréstimo Simples)

3,49% 2,58%

2,07%

2,33%

Renda Variável

0,25%

Investimentos Estruturados

1º trimestre 2014

2º trimestre 2014

Consolidado*

1º semestre 2014

BENCHMARK / COSIPREV *Cota Contábil

-5,67%

-9,00%

Desempenho PB1

Renda Fixa 9,39%

3,44%

4,31%

9,16%

6,78%

5,62%

4,87% 3,13%

6,58%

3,35%

3,35%

3,23%

0,87%

1º trimestre 2014

Imóveis

2º trimestre 2014

1º semestre 2014

*Cota Contábil Quebra de escala

-43,44%

9,12%

Desempenho USIPREV

6,21%

6,14%

5,04%

4,93%

Renda Fixa

3,93% 3,26%

6,73%

2,78%

2,79%

Operações com Participantes (Empréstimo Simples)

3,33% 2,49%

2,49%

2,41%

Renda Variável

6,43%

6,15%

Consolidado* META ATUARIAL PB1

-24,16%

-25,42%

4,99%

7,09%

Operações com Participantes (Empréstimo Simples) Renda Variável

1,76%

0,88%

9,94%

Desempenho PBD

6,60%

6,51% 5,19%

Consolidado*

4,90%

Renda Fixa

4,81% 3,38%

3,20%

BENCHMARK / USIPREV

Operações com Participantes (Empréstimo Simples)

3,42% 3,59%

3,43%

*Cota Contábil

2,91%

1º trimestre 2014

Renda Variável

2,15%

2º trimestre 2014

1º semestre 2014

Imóveis 0,30% 0,31%

0,44%

0,74% 0,21%

-0,10% 1º trimestre 2014

2º trimestre 2014

Investimentos Estruturados Consolidado*

1º semestre 2014

META ATUARIAL PBD *Cota Contábil

-3,77%

10 Previdência USIMINAS & VOCÊ

-2,40%

Desempenho Perfis de Investimento Perfis de Investimento

USIPREV 1º tri 2014

2º tri 2014

1º sem 2014

Conservador

2,80%

3,32%

6,22%

Moderado

2,00%

3,62%

5,68%

Agressivo

1,17%

3,93%

5,15%

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SAÚDE E BEM-ESTAR

Acidentes domésticos Com cuidados básicos é possível anular os riscos que existem dentro de casa

U

ma tomada sobrecarregada, emaranhados de fios, parafusos mal apertados e a velha mania de usar aquela banqueta para alcançar o maleiro. Nossas casas escondem sérios riscos. Não daria para elencar todos aqui, mas eles raramente são obras do acaso ou sinais de má-sorte. Em geral, os acidentes domésticos podem ser evitados ou prevenidos com cuidados básicos. Para quem pretende fugir do perigo, separamos algumas dicas práticas e simples. A palavra de ordem é prevenção. Acompanhe: Liquidificadores

Refrigeradores

A limpeza de eletrodomésticos com lâminas, como os liquidificadores, requer atenção redobrada. É preciso retirar o plugue da tomada na hora de limpar e também quando os aparelhos não estiverem em uso.

Não use objetos afiados ou pontiagudos, como facas ou garfos, para remover o gelo do congelador. Evite também o hábito de colocar roupas ou sapatos atrás do motor do refrigerador para secar, pois isso pode causar graves incêndios.

Fogões Jamais deixe algo cozinhando sem supervisão e sempre mantenha os cabos das panelas voltados para dentro do fogão. Outra dica é evitar cozinhar usando roupas de tecidos sintéticos, que são facilmente inflamáveis.

Panelas de pressão Limpe periodicamente os furos da tampa da panela de pressão. Os furos da válvula também devem estar sem obstruções para permitir a saída do vapor interno.

Cafeteiras elétricas

Micro-ondas

A cafeteira deve ficar sempre sobre uma superfície seca. Líquidos próximos do aparelho podem provocar mau funcionamento e curtos-circuitos. Nunca coloque um eletrodoméstico sobre superfícies úmidas e não obstrua suas saídas de ventilação.

Alimentos com casca ou película, como batatas, pimentões e ovos cozidos, devem ser perfurados com um palito ou garfo antes de ser colocados no micro-ondas. Eles podem estourar quando aquecidos, provocando queimaduras.

Os riscos da cozinha e do banheiro De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS) cerca de 40% dos acidentes acontecem dentro de casa. Os locais com maior risco são a cozinha e o banheiro. Na cozinha, normalmente, há perigo de queimaduras, além de quedas e escorregões. No banheiro o risco de quedas é ainda maior, especialmente para crianças e idosos. Por isso, cuide para deixar essas áreas bem iluminadas e secas.

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