Modelos de rastreio do cancro do colo do útero
Descripción
19/05/15
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+
Modelos de rastreio do cancro do colo do útero Pedro Vieira Baptista Maputo 16 de Maio de 2015
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Rastreio de mulheres em risco
Teste de diagnóstico
1.
A condição precisa ser um importante problema de saúde.
2.
A condição deve possuir tratamento.
3.
Devem haver facilidades de diagnóstico e tratamento.
4.
A doença precisa ter um estágio latente.
5.
Deve haver um exame diagnóstico para a condição.
6.
Este exame deve ser aceitável pelo paciente.
7.
A história natural da doença deve ser adequadamente compreendida.
8.
Deve haver um política de tratamento definida.
9.
O custo de encontrar os casos deve ser economicamente favorável em relação ao custo do tratamento tardio.
10.
A busca de novos casos deve ser contínua, e não um processo "de uma vez por todas".
+
Rastreio do CCU
VIA Visual inspection with acetic acid
n
Ácido acético a 3% primeiramente utilizado por Hans Hinselmann;
n
Pode ser realizada a olho nu ou com baixa ampliação;
Tratamento
n
n
+
Exigências para um rastreio
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VIA Visual inspection with acetic acid
n=19665 mulheres 10/2005-05/2009
Ácido acético 3-5%;
Tratamento imediato ou teste de confirmação.
VIA Visual inspection with acetic acid n
Sensibilidade 81%
n
Especificidade 83% (Gaffikin L et al. Obstet Gynecol Surv. 2003)
n
Impacto sobre as lesões precursoras e invasoras (CIN2+):
1,7% suspeitas de invasão 87,7% elegíveis para criocoagulação
n
7,8% 9,7% 12,4% 5,7%
Média 10,1% 11,3%
n
CIN2 aos 6 meses após criocoagulação 3,8% vs. 5,6% se não tratado (p=0,02). (Denny L et al. J Natl Cancer Inst. 2010 )
Impacto sobre a mortalidade (Sankaranarayanan R et al. Lancet 2007): n
Hazard ratio de morte por CCU: 0,65 (0,47-0,89).
20,8%
1
19/05/15
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VIA Visual inspection with acetic acid n
Vantagens n n n n n n
n
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VILI Visual inspection with lugol iodine n
Princípios descritos por Walter Schiller em 1928.
n
“The procedure is specific only in its staining, not in its lack of staining, as keratotic epithelium and inflamed epithelium stain much lighter” (Schiller W et al. Zentralbl f Gynak 1928)
Barato Não invasivo Sem necessidade de grandes meios/espaços Resultado imediato Tratamento imediato (crioterapia) (Denny L et al. JAMA 2005) Diminui a mortalidade atribuível ao cancro do colo do útero
Desvantagens n n n n n
Formação Supervisão Especificidade relativamente baixa Perda de seguimento Papel na menopausa?
WHO, 2012
+
n
n
VILI Visual inspection with lugol iodine
+
Taxa global de positivos 23,7% (América Latina). (Sarian LO et al. J Med Screen. 2005) Vantagens e desvantagens muito semelhantes às do VIA. n n
Sens.
Espec.
VPP
VPN
Citologia
14,3-84,2%
30,4-98,8%
10,0-59,3%
60,0-99,9%
VIA
71,4-96,8%
50,0-96,8%
55,2%
81,8-99,9%
VILI
63,6-89,5%
75,9-95,8%
76,3%
91,7-99,9%
94,7%
48,3%
54,5%
93,3%
VIA+VILI
Sem evidência de impacto na mortalidade; Preparação do soluto de Lugol mais fácil e mais duradoura que a do ácido acético. (Ghosh P
VIA/VILI melhores de que citologia sem controlo de qualidade…
et al. Indian J Med Res. 2012)
IARC
+
VIA vs. VILI vs. citologia vs. HPV
Teste de Papanicolaou
Agrawal A et al. Indian Journal of Medical and Paediatric Oncology 2012 Khan M et al. J Pak Med Assoc. 2015 J Coll Physicians Surg Pak. 2003 Apr;13(4):201-3. Tayyeb R et al. J Coll Physicians Surg Pak. 2003 Pourasad-Shahrak S et al. Niger Med J. 2015 Zong LJ et al. Asian Pacific Journal of Cancer Prevention 2015 Labani S et al. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2014
+
Citologia cervical n
Um teste isolado na vida de uma mulher diminui a mortalidade: OR 0,82 (CI 0, 53-1,26).
n
Mas rastreio organizado tem um impacto muito maior: 0,38 (CI 0,26-0,56). (Nieminen P et al. Int J Cancer. 1999)
n
Vantagens do rastreio organizado (Rebolj et al, Int J Cancer 2006): n
Maior taxa de cobertura;
n
Menos testes positivos sem aumento dos cancros de intervalo;
n
Melhor adesão ao seguimento;
n
Limitação no número de exames desnecessários.
2
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+
Citologia cervical
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Citologia cervical n
Grande variação de desempenho entre laboratórios: n
Sensibilidade: 11-99%
n
Especificidade: 14-97% (Fahey MT et al. Am J Epidemiol. 1995) • Limiar ASC-US/CIN1 • Sensibilidade 68% • Especificidade 75%
n
Valores médios
(Nanda K et al. Ann Intern Med 2000):
• Limiar LSIL/CIN2+ • Sensibilidade 70-80% • Especificidade 95%
Quinn M et al. BMJ 1999
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Citologia cervical n
+
Citologia cervical
Meio líquido vs. convencional n n
Taxas de detecção, VPP e VPN semelhantes (Siebers AG, et al. JAMA 2009) ou discretamente melhores usando meio líquido; (Abulafia O et
n
Baixa reprodutibilidade para ASC-US e LSIL;
n
ASC-US pouco específico para CIN2+;
n
Elevada variabilidade entre laboratórios;
M et al. Cancer 2004)
n
Inapropriado para a detecção de adenocarcinoma;
Amostra de mais fácil leitura/melhor qualidade; (Cox JT. J Natl Compr
n
Necessidade de repetição frequente de exames;
n
Na era pós-vacina, o VPP do teste de Papanicolaou vai diminuir!
al. Gynecol Oncol 2003, Cox JT. J Natl Compr Canc Netw. 2004) n
Menor número de ASC-US;
n
Diminuição do número de amostras não satisfatórias; (Fremont-Smith
n
(Zhu J et al. Oncol Rep. 2007 )
Canc Netw. 2004) n
Realização de testes adicionais se usado meio líquido (HPV, Neisseria, Chlamydia, Trichomonas).
Os meios líquidos são diferentes entre si e nem todos são adequados!
+
Limitações do teste de Papanicolaou:
Citologia cervical
Castle PE, et al. Lancet Oncol 2011 Herzog et al. Am J Obstet Gynecol 2007
+
Testes de HPV n
E.L. Franco et al. Vaccine 2006
Evidência crescente ao longo dos últimos anos de que o cancro do colo do útero é causado por 14 tipos de HPV de alto risco n
HPV-AR detectado em 99% dos cancros do colo;
n
HPV 16 e 18 responsáveis por 70% dos casos.
n
Utilização de testes de pesquisa de HPV-AR no rastreio!
n
Identificação de mulheres com doença e
n
Identificação de mulheres com risco futuro de desenvolver doença;
n
Vacinação contra o HPV16/18.
3
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n
2011 USPSTF Review: Whitlock Ann Intern Med 2011
+
Testes de HPV Porque continuam a existir cancros do colo, mesmo em países com rastreios organizados?
Pe tr y
M
2011 USPSTF Review: Whitlock Ann Intern Med 2011
+
ay ra nd
ng am as i
Ku l
ta
gr as Bi
Pe tr y
ay ra nd
Pap
Diminuição da especificidade semsignificado
M
as i
ng am
ta
na s C ar de
Bi
gr as
Aumento médio de sensibilidade: 64,5%
HPV
Ku l
Pap
C os
HPV
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
na s
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
Testes de HPV
C ar de
+
Testes de HPV
C os
+
Testes de HPV
% 30 25 HPV16
20 Percentagem de cancros invasores Não participaram no rastreio (não adesão)
50-65%
Adequamente rastreadas (falta de sensibilidade do teste)
24-40%
Má orientação de resultados alterados
5-13%
HPV18 HPV33
15
HPV31
10
HPV-AR outros HPV negativo
5 0
National Eurogin Survey 1995 Boulanger GOF 2007 Sunghy and al. Cancer, 2000 Shy and al. Obstet. Gynecol. 1989 Kinney and al. Obstet. Gynecol. 2001
+
1:5 cancros do colo em mulheres com NILM HPV positivo
0
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12
Anos
Pap NILM; HPV16+; 12 anos
+
Testes de HPV
1
Risco cumulativo de CIN3+
Kjaer et al. JNCI. 2010: 102; 1478
Testes de HPV
% 60 Especificidade 50 Sensibilidade
40 HPV16
30
CH2 Pos 20 10
Geno%pagem completa (ADN HPV)
Pesquisa de HPV ADN de alto risco
Pesquisa de HPV ARNm
Detecção da p16/ ki67
Detecta o quê?
Presença de HPV
Proliferação ac>va do HPV
Expressão de oncogenes
Disrupção do ciclo celular
Aplicação
Epidemiologia
Teste
0 0
1
2
3
4
Risco de CIN3+ após 12 anos de infecção por HPV-AR
5
6
7
8
9
10
11
12 Anos
Kjaer et al. JNCI; 2010: 102; 1478
Risco de desenvolvimento e progressão de CIN2+
(Decisão de tratar)
cobas® HPV Linear Array® Clinical Array HPV 2®
Abboth RT® PCR HC2®
Ap>ma® HPV
CINtec PLUS®
Proofer® HPV
Cervista®
4
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+
+
Testes de HPV
NILM
1.
> ASC-US
+
HPV
-
Avaliação aos 3 anos
Positivo
Colposcopia
+
Testes de HPV Negativo
Repete em 3-5 anos
Colposcopia
+
HPV
Negativo
2.
Repete em 3 anos
ASC-US
Citologia
Testes de HPV
Colposcopia
Testes de HPV
Repete em 3-5 anos
3.
4.
Teste de HPV-AR
+
Genotipagem 16/18 Positivo >NILM
Pap
NILM
Negativo
Repete em 3-5 anos
Colposcopia
-
Teste de HPV-AR com genotipagem 16/18
Colposcopia Avaliação aos 12 meses
>NILM
Positivo para outros
+
Testes de HPV
Colposc
Colposc. por CIN3+
0
816
7,7
19
0
2341
13,8
101
19
69
580
5,7
37126
98
19
72
596
6,1
36423
136
19
34
982
7,2
Nº testes
CIN3+
CIN3+ falhados
posteriori
35546
106
83
2. HPV
34254
170
e 3. HPV genotipagem
34254
HPV e Pap reflexo
1.
3.
Pap+HPV reflexo
HPV+geno com
4. Pap reflexo
Avaliação aos 12 m
CIN3+ a
Colposcopia
Testes de HPV n
Criocoagulação em todos os casos de HPV-AR positivo pode ser uma opção nos países em vias de desenvolvimento. (Denny L et al. J Natl Cancer Inst. 2010 )
n
n= 34.254 (mulheres >30 anos) CIN3+ = 189
Colposcopia
ProEx C Positivo para 16/18
ProEx C
Modalidade rastreio
NILM
P16/Ki67
P16/Ki67
+
Pap
CIN2 aos 6 meses após criococoagulação 1,5% vs. 5,6% se não tratado (p
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