Meio Ambiente e Sustentabilidade

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Descripción

Meio Ambiente e Sustentabilidade Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos

Ministério do Esporte

Universidade de Brasília – UnB Instituto de Ciências Biológicas

Meio Ambiente e Sustentabilidade Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos

CARGA HORÁRIA: 20 horas/aula

AUTORES: Carlos Hiroo Saito (UnB), Ercilia Torres Steinke (UnB) Christian Niel Berlinck (ICMBio) Everaldo Skalinski Ferreira (UnB) Ivete Teresinha Saito (UnB) Romero Gomes Pereira Silva (UnB) Sofia Araújo Zagallo (UnB) Alexandre de Gusmão Pedrini (UERJ) Claudia Beltrame Porto (Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo) Fabio da Purificação de Bastos (UFSM) Maria Ligia Cassol Pinto (UEPG) Jesuete Pacheco Brandão (UFAM) Diana Gonçalves Lunardi (UFERSA) Giovanni de Farias Seabra (UFPB) Marianna de Santana Pinho (INEMA-BA) Maria do Socorro Lima Castello Branco (ANA) Erika Germanos (doutoranda na UFU) Universidade de Brasília Março, 2014

Ministério do Esporte - Ministro do Esporte José Aldo Rebelo Figueiredo

Secretário da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social Ricardo Capelli Gerente do Programa Brasil Voluntário Sarah Carvalho Universidade de Brasília - Reitor Ivan Marques de Toledo Camargo Vice-reitora Sônia Nair Báo

Coordenação Geral do Projeto Desenvolvimento de Processos Inovadores Para Formulação de Políticas Públicas de Voluntariado em Megaeventos Thérèse Hofmann Gatti Rodrigues da Costa (Decana de Extensão da Universidade de Brasília) Cecília Leite (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT)

Realização Faculdade de Ciência da Informação (FCI-UnB), Faculdade de Educação Física (FEF-UnB), Centro de Excelência em Turismo (CET-UnB), Instituto de Psicologia (IP-UnB), Instituto de Ciências Biológicas (ICB-UnB) Instituto de Letras (LET-UnB). Colaboração na Pesquisa Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), Centro de Produção Cultural e Educativa (UnBTV), Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), Centro de Voluntariado de São Paulo (CVSP), Childhood Brasil. Customização do Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle Equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Organização Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília – CEAD-UnB Diretora Wilsa Maria Ramos

Coordenadora da Unidade de Pedagogia Simone Bordallo de Oliveira Escalante Gestão Pedagógica do curso Rute Nogueira de Morais Bicalho Professor Colaborador José Vieira de Sousa

Gerente do Núcleo de Tecnologia Eduardo Diniz

Gestão Ambiente Virtual de Aprendizagem Danilo Santana, Fabiano Rocha de Moraes Núcleo de Tecnologia João Paulo Andrade Lima, Wesley Gongora Help Desk Karla Almeida, Luana Messias

Gerente do Núcleo de Produção de Materiais Didáticos Jitone Leônidas Soares Revisão de texto Letícia Barcelos de Oliveira Marcela Margareth Passos da Silva Natália Tissiani Calderon Ramos Sílvia Urmila Almeida Santos Ilustração Tiago Botelho

Designer Instrucional Amaliair Cristine Atallah

Projeto Gráfico e Diagramação Carla Clen

Apoio à produção de vídeos e multimídia Jean Lima Designer gráfico e animador 2D Cristiano Alves de Oliveira Relatórios Estatísticos Dione Ramos Canuto Moura

Web Designer Marcelo Horacio Fortino

Todos direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.

M499 Meio Ambiente e Sustentabilidade / Carlos Hiroo Saito... [et. al.]. – Brasília: Universidade de Brasília, Decanato de Extensão, CEAD, 2014. (Curso de Capacitação para o Voluntariado em Megaeventos) Disponível em: Título da página da WEB (acesso em 10 mar. 2014). ISBN: 978-85-88130-17-3 I. Saito, Carlos Hiroo. II. Série. CDU 338.48-61

Sumário Apresentação____________________________________________________ 5 Unidade 1 Conhecendo os biomas brasileiros__________________________ 7

1.1. Distribuição das cidades-sede Copa do Mundo da FIFA 2014 em relação aos biomas brasileiros_________________________ 7



1.2. Principais características dos biomas brasileiros ______________ 8



2.1 Os tipos climáticos brasileiros____________________________ 18

Unidade 2 Tipos e subtipos climáticos do Brasil________________________ 17

2.2 Algumas características climáticas das cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 no mês de julho________________ 23 Unidade 3 Características ambientais, saneamento básico e saúde nas cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014________________ 26

3.1. Saneamento básico e saúde pública______________________ 26

3.2 Principais doenças locais relacionadas às características ambientais_____________________________ 27 Unidade 4 Programas Governamentais Federais para a Copa do Mundo da FIFA 2014_____________________________________ 37

4.1 Breve resumo das ações governamentais federais em relação ao meio ambiente______________________________ 37

4.2 Parques da Copa_____________________________________ 38



4.4. Conduta consciente em ambientes naturais_________________ 42

4.3 Outras Unidades de Conservação da Natureza que vale a pena visitar ou saber de sua existência ____________________ 42

4.5 Outras orientações importantes sobre segurança e boa conduta__ 43

Textos Complementares__________________________________________ 48 Glossário – Módulo Meio Ambiente e Sustentabilidade__________________112 Referências _____________________________________________________113

Apresentação Seja bem-vindo(a) ao Módulo Meio Ambiente!

Esperamos que esse Módulo possa auxiliá-lo, caso atue como voluntário, a prestar esclarecimentos e orientar o visitante que, por conta dos jogos da Copa do Mundo da FIFA 2014, venha assistir às partidas de futebol em sua cidade. Nesse contexto, dois principais tipos de situações são esperados: (i) o visitante que chegar à sua cidade nela permanecerá por determinado tempo, necessitando de informações sobre o próprio local; (ii) esse mesmo visitante estará de passagem, e desejando informações sobre os locais de destino. Considerando que o tema proposto na discussão desse Módulo é o meio ambiente, esperamos que possamos auxiliá-lo na compreensão do local onde se encontra, quanto ao bioma onde ele está inserido, suas características climáticas e possíveis áreas protegidas próximas que possam ser visitadas. Além disso, o material apresenta importantes informações sobre o Projeto Parques da Copa e informações específicas das Unidades de Conservação da Natureza que o integram, bem como diretrizes de conduta consciente do visitante em ambientes naturais.

Ao estudar com atenção os temas abordados no presente Módulo, você estará apto a orientar o visitante sobre as características tanto da cidade-sede onde você reside quanto das próximas a serem por ele visitadas, seguindo a tabela e datas de realização dos jogos da Copa do Mundo da FIFA 2014. O mesmo tipo de informações ambientais para cada cidade-sede será abordado, bem como alguns alertas sobre doenças locais e clima que possam ajudar o visitante a se prevenir e tirar o melhor proveito da viagem, evitando dissabores. Ao longo do texto você encontrará ícones que sinalizam o destaque de informações complementares importantes. Recomendamos essa leitura, pois será útil e lhe ajudará muito.

Ao final de cada Unidade de estudo você poderá fixar o conteúdo e verificar sua aprendizagem, por meio de questões apresentadas no “Teste seus Conhecimentos”. E, então, animado para iniciar os estudos do Módulo?

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Unidade 1

Conhecendo os biomas brasileiros Nesta Unidade, você estudará sobre os biomas brasileiros, sua distribuição pelo território brasileiro e em qual deles sua cidade-sede se localiza. Conhecer os biomas ajuda a entender melhor as características ambientais da região e a apreciá-las.

1.1. Distribuição das cidades-sede Copa do Mundo da FIFA 2014 em relação aos biomas brasileiros

Antes de iniciarmos esse tópico, é importante conhecermos o significado da palavra bioma. Vejamos, então: bioma (bio = vida + oma = grupo ou massa) é entendido como um agrupamento de fisionomia homogênea que se estende por uma área bastante grande e cuja existência é controlada pelo macroclima.

Os biomas terrestres correspondem às principais formações vegetais naturais. É desta ideia que surge a delimitação de biomas brasileiros feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em 2004 na escala de 1:5.000.000. Nessa perspectiva, é possível distinguir seis biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa (an-

Para ampliar seus conhecimentos a respeito da definição do termo bioma leia o seguinte livro: DAJOZ, Roger. Ecologia geral, 4 ed. Petrópolis: Vozes, 1988.

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Unidade 1 – Conhecendo os biomas brasileiros teriormente chamado de Campos Sulinos), além dos Ambientes Costeiros e Marinhos, que podem ser tratados, para fins didáticos, como um bioma.

Observe no mapa a seguir como cada cidade-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 tem uma inserção em determinado bioma. Repare, também, que os Ambientes Costeiros e Marinhos não aparecem nesse mapa.

Figura 1 – Mapa de localização das cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 em relação aos biomas brasileiros. (Fonte: própria.)

Viajar pelas cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 significa transitar por diferentes biomas! É uma oportunidade para conhecer a diversidade ambiental do país.

Para aprofundar seus conhecimentos a respeito dos biomas brasileiros, recomendamos a leitura do texto disponível em http://www.mma.gov.br/ estruturas/chm/_arquivos/livroprofessuer.pdf Acesso em 28 jan. 2014. 8

1.2. Principais características dos biomas brasileiros

Neste tópico estudaremos as principais características dos vários biomas brasileiros. Para tanto, leia as informações constantes nos vários quadros a seguir. Ao fazer isso, é importante que você volte no mapa anteriormente apresentado para ver como essas características se relacionam com a forma, extensão e localização dos biomas.

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos Quadros – Território, abrangência, especificidades e curiosidades sobre os biomas brasileiros

BIOMAS

Amazônia

TERRITÓRIO PAÍSES/ESTADOS (ABRANGÊNCIA)

ESPECIFICIDADES

CURIOSIDADES

Área de mais de 4,100 milhões de km² no território brasileiro, segundo cálculo atualizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Países: Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela e Peru. Estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.

Apresenta predomínio da floresta Amazônica, sendo a maior floresta tropical remanescente do mundo, visto que representa cerca de 40% das florestas tropicais do planeta. Em seu interior, esse bioma guarda uma grande diversidade de ecossistemas, que vai desde as matas de terra firme, matas de várzeas e matas de igapós até campos abertos e cerrados. O bioma apresenta baixa fertilidade natural dos solos, apesar de conter uma grande reserva em minerais de diferentes tipos.

Para ampliar seus conhecimentos a respeito dos biomas brasileiros, leia o texto “Biopirataria”, disponível na seção “Textos Complementares”, ao final deste Módulo.

• Você sabia que é um equívoco acreditar que a floresta amazônica é o “pulmão do mundo”? Na verdade, o oxigênio produzido pela vegetação é consumido pela própria vegetação e pelos animais, resultando num balanço equilibrado em que as necessidades são atendidas pelo próprio sistema. • A região abrangida por esse bioma ainda apresenta baixos índices de desenvolvimento humano e socioeconômico, com grandes obstáculos geográficos para comunicação e transporte.

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Unidade 1 – Conhecendo os biomas brasileiros BIOMAS

Caatinga

TERRITÓRIO PAÍSES/ESTADOS (ABRANGÊNCIA)

ESPECIFICIDADES

CURIOSIDADES

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Área de mais de 840.000 km2, correspondendo acerca de 11% do território nacional.

Superfície dos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Minas Gerais.

Adaptada ao clima seco, a vegetação típica da caatinga é constituída de espécies predominantemente dotadas de espinhos e caducifólias. Todavia, conta também com algumas espécies perenes que mantêm suas folhas durante todo o ano. Outras formas de adaptação ao clima seco estão presentes na caatinga, entre elas, plantas que armazenam água (cactos), e outras que têm raízes espalhadas pela superfície do solo para absorver o máximo de água da chuva. • Na língua indígena tupi-guarani o termo “caatinga” significa “mata branca”, que é como a vegetação se aparenta nos períodos secos, mas que imediatamente após o início das chuvas, se torna bastante verde. Porém, regionalmente, a caatinga é conhecida por vários nomes como agreste, sertão, cariri, seridó, carrasco, entre outros; • É um bioma totalmente brasileiro com grande diversidade biológica e muitas espécies encontradas apenas na região abrangida por ele.

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos BIOMAS

Mata Atlântica

TERRITÓRIO

PAÍSES/ESTADOS (ABRANGÊNCIA)

ESPECIFICIDADES

CURIOSIDADES

Área aproximada de 1.360 milhões km , encontrase atualmente reduzida a menos de 8% de sua área original considerando-se apenas aquelas porções bem conservadas em fragmentos acima de 100 hectares. 2

Integra as condições de clima subtropical úmido, nos estados do sul, como Paraná, Santa Catarina e rio Grande do Sul, o clima tropical propriamente dito e o entorno do clima tropical semiárido, onde está a Caatinga brasileira.

É um bioma com predomínio da floresta tropical, mas que reflete a diversidade dos solos, relevos e clima dos locais onde ocorre, que têm em comum a exposição aos ventos úmidos que sopram do oceano. Abriga a grande maioria dos animais e plantas ameaçados de extinção do Brasil e apresenta um grande número de espécies típicas da região. Juntamente com o Bioma Cerrado, foi enquadrado entre os hotspots do mundo. Atualmente, cerca de 120 milhões de habitantes vivem nessa região. Historicamente, alguns povos indígenas ainda têm seu lugar associado a esse bioma, como os Kaiagang, Terena, Potiguara, Kadiweu, Pataxó, Wassu, Krenak, Guarani, Kaiowa e Tupiniquim.

Para ver o mapa dos remanescentes da cobertura vegetal nativa na Mata Atlântica, acesse http://www.mma.gov. br/images/arquivos/ biomas/mata_atlantica/ mapa_mata_atlantica_ lei_11428_2006_e_decreto6660_2008.pdf

• Uma vez que o “descobrimento” e a colonização do Brasil deram-se a partir do litoral, a Mata Atlântica foi o primeiro bioma impactado pela atividade humana. Neste contexto, as principais atividades que provocaram sua devastação foram a extração de madeira – retirada de paubrasil) – e a caça ilegal, primeiros exemplos de biopirataria; • Posteriormente, as queimadas para preparação do terreno para o plantio da cana-de-açúcar e café transformaram a extensa cobertura vegetal do bioma em fragmentos bastante degradados;

• Esse bioma é importante não apenas pela sua biodiversidade – que a levou a ser considerada como um patrimônio natural nacional (Constituição Federal de 1988), mas porque tem o seu dia comemorado em 27 de maio – Dia da Mata Atlântica.

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Unidade 1 – Conhecendo os biomas brasileiros BIOMAS

Para saber mais sobre o Cerrado, leia o texto, “Perigo de incêndio no Cerrado”, disponível na seção de Textos Complementares, ao final deste Módulo.

TERRITÓRIO PAÍSES/ESTADOS (ABRANGÊNCIA)

ESPECIFICIDADES

CURIOSIDADES

Cerrado

Área com um pouco mais de 2 milhões de km2, equivale acerca de 22% do território nacional.

Planalto Central do Brasil, além de áreas dos seguintes países: Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai e Peru.

Sua vegetação apresenta um mosaico de fisionomias vegetais que englobam formações savânicas. Em termos de diversidade biológica, esse bioma brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. São reconhecidas cerca de 200 espécies de mamíferos e mais de 800 espécies de aves. Em virtude da seca, o bioma é especialmente sujeito à ocorrência de incêndios. • O fogo é naturalmente presente no cerrado, encontrando-se sua vegetação a ele adaptado. Algumas espécies de plantas necessitam da passagem do fogo para germinar ou florir. Porém, deve-se distinguir o fogo natural (provocado por raios na mudança entre os períodos chuvosos e secos) do fogo antrópico (provocado pelo ser humano); • A vegetação rasteira ressecada do cerrado transforma-se em combustível sobre o solo e qualquer centelha de fogo, como a ponta de um cigarro aceso jogado pela janela do carro, provoca incêndio.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos BIOMAS

TERRITÓRIO

Pantanal

Área de pouco mais de 150.000 km², ocupando assim 1,76% do total do território brasileiro.

PAÍSES/ESTADOS (ABRANGÊNCIA)

Zona de contato entre o cerrado, no Brasil Central, o Chaco, na Bolívia, e a região Amazônica correspondendo, aproximadamente, à bacia do alto Paraguai.

ESPECIFICIDADES

Ambiente de transição que liga o cerrado e a região amazônica. Nas porções mais altas da bacia e no planalto, predominam formações vegetais abertas, como campos limpos, campos sujos, cerrados e cerradões. Nessa área também são encontradas florestas úmidas, como extensão ou contato com o ecossistema amazônico. Já a planície inundável, que forma o Pantanal propriamente dito, apresenta regime de inundação periódica, que determina uma alta produtividade biológica e diversidade de fauna.

CURIOSIDADES

• O Pantanal vem sofrendo grandes alterações, desde a sua ocupação com a implantação da pecuária na planície inundável. Na atualidade, os conflitos socioambientais têm origem nas atividades de garimpo de ouro e diamantes, caça, pesca, e agropecuária extensiva;

• Essa região constitui uma das áreas úmidas de maior importância na América do Sul, constituindo-se em grandes reservatórios de água. Por conta destas características, foram reconhecidos dois sítios Ramsar na região.

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Unidade 1 – Conhecendo os biomas brasileiros BIOMAS Pampa

TERRITÓRIO PAÍSES/ESTADOS (ABRANGÊNCIA)

ESPECIFICIDADES

Área de mais de 175.000 km² que corresponde a 2,07% do território nacional. Metade sul do estado do Rio Grande do Sul; Argentina e Uruguai. Reúne uma diversidade de paisagens, tais como:

• paisagem de relevo suavemente ondulado na forma de colinas recobertas por gramíneas de pequeno porte e arbustos (campos da metade sul do Rio Grande do Sul);

• vegetação das áreas úmidas do extremo sul, junto ao litoral gaúcho, onde se encontram os banhados (ecossistemas alagados);

• para alguns, os Campos de Cima da Serra, das regiões de maior altitude nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. • O termo "pampas" tem origem indígena e significa "região plana"; CURIOSIDADES

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• O Bioma Pampa anteriormente era designado por “campos sulinos”;

• c) Os Campos de Cima da Serra aparecem como enclave de campos em meio à região de domínio da Mata Atlântica. Dessa forma, no mapa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a delimitação do Bioma Pampas corresponde à metade sul e o extremo sul e não inclui esta formação.

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos BIOMAS

Ambientes Costeiros e Marinhos TERRITÓRIO PAÍSES/ESTADOS (ABRANGÊNCIA)

ESPECIFICIDADES

CURIOSIDADES

Área de 3,5 milhões de km2 correspondente à Zona Econômica Exclusiva, que totaliza as 200 milhas náuticas a partir da costa, ao longo de todo o litoral brasileiro, mais 200 milhas náuticas ao redor das ilhas oceânicas brasileiras. Região oceânica relativa à plataforma continental de cada país banhado pelo mar.

Constituem um “Bioma”, reunindo uma grande diversidade de ecossistemas que respondem pelos diferentes tipos de paisagens na costa brasileira. Dentre essas paisagens, pode-se identificar os estuários, os manguezais, a restinga, as praias, os recifes de coral e muitos outros ambientes costeiros e marinhos, que abrigam uma alta diversidade de espécies animais e vegetais.

• Os Ambientes Costeiros e Marinhos são altamente pressionados pela atividade humana, por duas razões básicas: (i) a ocupação do território brasileiro ter se dado historicamente pelo litoral; (ii) o fato de sofrerem grande influência dos biomas continentais adjacentes ou dos que têm cursos d'água que deságuam no litoral, trazendo poluentes e sedimentos;

Para conhecer mais sobre a proposta do governo brasileiro junto à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), para ampliar essa área, consulte a proposta chamada Amazônia Azul disponível no site http://www.mar.mil. br/menu_v/amazonia_ azul/html/definicao.html.

• Além de desfigurar a paisagem para construção dos núcleos urbanos, a intensa urbanização das áreas costeiras ainda responde pelo lançamento de esgotos nos corpos d’água, incluindo os emissários submarinos.

Chegamos ao final da Unidade 1. Nesta Unidade tratamos dos biomas brasileiros e sua relação com as cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014, de maneira a facilitar a localização destas nos vários biomas estudados. Para tanto, apresentamos a distribuição dos biomas no Brasil, sua forma e extensão recorrendo a um mapa, o que permitiu indicar sua abrangência para além do território brasileiro. Também vimos informações sobre as características dos biomas e algumas curiosidades a respeito deles, visando uma melhor compreensão das características ambientais da região onde eles se situam, e apreciá-las. Então, agora, vamos testar os seus conhecimentos!

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Unidade 1 – Conhecendo os biomas brasileiros

Teste seus conhecimentos Atividade 1 Leia inicialmente o conceito a seguir e, depois, faça o que se pede. Os biomas são também chamados por diversos autores de formações ou complexos [...] Na comunidade terrestre os biomas correspondem às principais formações vegetais naturais. (DAJOZ, R. Ecologia geral, 4 ed. Petrópolis: Vozes, 1988, p. 47). Considerando esse conceito e os estudos realizados, avalie as afirmativas que se seguem, em relação aos biomas: I. Correspondem a um agrupamento de formação homogênea e de grande extensão. II. Possuem uma composição que leva em conta apenas os diferentes tipos de flora. III. Revelam estrutura e funcionalidade próprias a partir da integração de vários fatores. IV. Referem-se a um tipo de agrupamento cuja existência é controlada pelo macroclima. São corretas APENAS as afirmativas: a) II b) IV c) I, II e III d) I, III e IV e) II, III e IV Atividade 2 Um visitante que reside em Cuiabá, Mato Grosso, conhece bem o Bioma do Pantanal, entretanto deseja saber mais a respeito dos outros cinco biomas brasileiros. Para isso, pede informações a você. Diante disso e visando apresentar uma visão mais geral dos biomas brasileiros para o referido torcedor, você primeiro mostraria o seguinte mapa para ele.

Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004 biomashtml.shtm Acesso em 22 jan. 2014 Quais das afirmativas a seguir você selecionaria para orientar adequadamente o visitante? Leia-as com atenção e depois marque a alternativa correta. I. O Bioma Caatinga, além de ser aquele situado totalmente em terras brasileiras, é, também, um dos mais degradados pela ação do homem. II. O fenômeno das inundações periódicas acaba por contribuir para a existência de uma expressiva diversidade de fauna no Bioma Pampa. III. O fato de conviver com intensas e constantes secas faz com que o Bioma Cerrado seja especialmente propenso aos incêndios. IV. O maior bioma brasileiro em extensão territorial – Amazônia – apresenta, também, uma alta fertilidade natural dos seus solos. V. O Bioma Mata Atlântica possui uma vegetação formada predominantemente por florestas tropicais e é patrimônio natural do Brasil. São corretas APENAS as afirmativas: a) I e III b) II e III c) I, II e IV d) I, III e IV e) I, III e V

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Unidade 2

Tipos e subtipos climáticos do Brasil Nesta Unidade você terá a oportunidade de conhecer os tipos e subtipos climáticos do Brasil e aprofundar nas particularidades climáticas das 12 cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014. O estudo destes temas pode prepará-lo melhor para orientar os visitantes sobre as mudanças que eles poderão sentir em relação a aspectos diversos, como temperatura, regime de chuvas e umidade do ar, ao sair de uma cidade-sede e ir para outra, acompanhando os jogos da seleção de seu país ou de outros.

Ao discutir esse tema, você perceberá que ele mantém relação com aqueles tratados no “Módulo Hospitalidade e Turismo”, pois são abordados no sentido de ajudá-lo a perceber alternativas para melhor apoiar o visitante durante a Copa do Mundo da FIFA 2014.

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Unidade 2 – Tipos e subtipos climáticos do Brasil

2.1 Os tipos climáticos brasileiros

O Brasil apresenta cinco tipos climáticos, na classificação feita por Mendonça e Danni-Oliveira (2007), e cada qual guarda suas especificidades.

Existem outras classificações climáticas genéricas usadas no mundo todo, todavia a que adotamos aqui foi especificamente elaborada considerando a realidade do Brasil.

Apresentamos a seguir um mapa que fornece um panorama climático das cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014. Examine com atenção a disposição numérica dentro do mapa e a legenda a ela correspondente.

Figura 2: Domínios Climáticos do Brasil, principais subtipos e cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014. Adaptado de Mendonça e Danni-Oliveira (2007).

Agora que você observou o mapa, leia as informações apresentadas nos quadros a seguir, que dizem respeito às características gerais do clima das cidades-sede. A leitura atenta dessas informações tem a finalidade de ajudar você a conhecer as especificidades dos climas brasileiros e seus subtipos.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos Quadros – Tipos, subtipos, regiões, temperaturas e características dos climas brasileiros

Tipos de Clima

1. Clima equatorial

Subtipos Região

Temperatura

Característica

• Clima equatorial sem seca ou superúmido.

• Clima equatorial com um a dois meses secos. • Clima equatorial com três meses secos. Predominante na porção norte do Brasil. 24°C e 26°C

O clima é quente, cujos valores mais baixos, encontrados nas regiões serranas e os mais elevados, ao longo do vale do Rio Amazonas, chegam a ultrapassar essas médias. De maneira geral, a área é considerada de expressiva homogeneidade térmica, não apresentando grande amplitude térmica diária ou sazonal em função da umidade atmosférica e a nebulosidade serem ali muito elevadas. Setembro e outubro são considerados os meses mais quentes do ano. Nos meses de junho a agosto, a temperatura do ar apresenta pequena queda em relação aos totais anuais, pois as penetrações de frentes frias por meio de seu ramo continental podem provocar quedas bruscas de temperatura.

Para ampliar seus conhecimentos a respeito do clima brasileiro, leia o texto “Tipos e subtipos de climas brasileiros”, disponível na seção “Textos Complementares”, ao final deste Módulo.

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Unidade 2 – Tipos e subtipos climáticos do Brasil Tipos de Clima

2. Clima tropical equatorial

Subtipos

Região

Temperatura

Característica

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• Clima tropical equatorial com quatro a cinco meses secos. • Clima tropical equatorial com seis meses secos.

• Clima tropical equatorial com sete a oito meses secos.

• Clima tropical equatorial com nove a onze meses secos.

Distribuído nas Regiões Norte (centro-norte do estado do Tocantins) e Nordeste (quase todo o estado do Maranhão e parte dos seguintes estados: Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, e todo o estado do Ceará).

Médias que variam entre 19,5°C e 35,5°C. As temperaturas máximas podem ultrapassar 40°C em várias localidades, e caírem para 10°C em algumas outras.

No âmbito desse domínio climático observa-se a formação de subtipos definidos pela sazonalidade térmica e pela pluviométrica, nos quais se encontram variações úmidas e semiúmidas. A associação entre a vegetação de transição, a floresta amazônica e a caatinga reflete a grande variabilidade pluviométrica e de temperatura desse domínio, que apresenta localidades tanto com índices elevados, quanto com índices pouco expressivos. A influência do relevo da porção oriental da região, a expressiva continentalidade no sentido leste-oeste e os sistemas atmosféricos atuantes contribuem para a definição de áreas com reduzidos totais pluviométrica em suas diferentes localidades.

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos Tipos de Clima

3. Clima tropical litorâneo do nordeste oriental

Subtipos

• Clima tropical litorâneo do Nordeste oriental com cinco a sete meses secos.

• Clima tropical litorâneo do Nordeste oriental com três a cinco meses secos. • Clima tropical litorâneo do Nordeste oriental com um a três meses secos.

Região Temperatura

Característica

Faixa de terra que se estende do litoral atlântico oriental do Nordeste até algumas centenas de quilômetros em direção ao interior. Exemplo: Natal (RN), Campina Grande (PB), Arcoverde (PE), João Pessoa (PB), Recife (PE), Porto de Pedras (AL), Aracaju (SE), Propriá (SE) e Salvador (BA).

23°C e 26°C, podendo a média das máximas atingir 30°C, e máximas absolutas de até 42°C.

A particularidade da área é definida pela formação de um clima úmido e quente, litorâneo, que se diferencia dos climas mais secos do interior da região. A unidade climática deste domínio é garantida pelas temperaturas elevadas durante o ano todo, com pequena queda nos meses de inverno, e pela concentração da pluviosidade entre o final do verão e o inverno, com grande destaque para o outono. Isto se explica pelo fato de a Massa Tropical Atlântica, de ar quente e úmido, ao se encontrar com a Massa Polar Atlântica, de ar frio e úmido, gerar chuvas frontais. Em geral, a umidade do ar e a quantidade de chuvas diminuem do litoral para o interior. Em função da proximidade do mar, as brisas suaves amenizam a temperatura. Por isso, a existência de espaços vazios entre as construções na orla são importantes, para favorecer a circulação da brisa.

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Unidade 2 – Tipos e subtipos climáticos do Brasil Tipos de Clima

4. Clima tropical do Brasil central Para aprofundar no tema clima, recomendamos também, a leitura de MENDONÇA, F. A.; DANNIOLIVEIRA, I. M. Climatologia: noções bá-sicas e climas do Brasil. São Paulo: Editora Oficina de Textos, 2007.

• Clima Tropical do Brasil central sem seca.

Subtipos

• Clima tropical do Brasil central com quatro a cinco meses secos. • Clima tropical do Brasil central com seis ou oito meses secos.

Região Temperatura

Característica

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• Clima tropical do Brasil central com um a três meses secos.

Florestadas ao norte e ao leste sul, e o centro -oeste brasileiro.

Médias que variam de 20°C, na porção Sul a 26°C, na porção centro-norte.

Apresenta expressiva condição de transição climática, de forma que a média das máximas pode atingir 36°C em setembro, o mês mais quente na região e as temperaturas máximas absolutas ultrapassam 40°C. No inverno, a média das mínimas pode atingir 8°C na parte meridional. As chuvas são concentradas no verão, e cerca de 70% do total médio de 2.000 a 3.000 mm da área precipitam-se entre novembro e março. É considerada uma grande área de transição entre os climas predominantemente quentes e úmidos, ao norte, e subtropical úmido, ao sul. Essa área de domínio do clima úmido-seco apresenta características próprias, todavia, diferenciadas em sua extensa área de domínio. Embora o cerrado seja o principal bioma ao qual se associa o tipo climático do Brasil central, ele não apresenta característica de homogeneidade. Este fato se explica porque o próprio bioma, o relevo e os sistemas atmosféricos, para se restringir aos fatores principais, são bastante heterogêneos nessa grande área.

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos Procure juntar as informações deste quadro com aquelas do mapa anteriormente apresentado para compreender melhor a diversidade de climas que o visitante e as seleções enfrentarão durante a Copa do Mundo da FIFA 2014.

2.2 Algumas características climáticas das cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 no mês de julho

Como grande parte dos jogos da Copa do Mundo da FIFA 2014 ocorrerá no mês de julho, preparamos também uma tabela na qual é possível identificar a média das temperaturas média, máxima e mínima, a umidade relativa do ar às 9h, 15h e 21h, e a precipitação esperada para esse mês.

Dessa forma, você pode ampliar seus conhecimentos sobre o clima durante a Copa do Mundo da FIFA 2014, bem como prestar informações mais precisas para os visitantes a respeito desse tema. Cidade-sede Manaus

Fortaleza Natal

Média 26,4

29,6 24,9

Temperatura Máxima

Mínima

29,6

22,8

31,0

28,2

Umidade Relativa (Horário local)

09h

15h

23,0

90,8

70,1

87,8

85,4

21,5

85,2

81,1

89,8

196,9

88,7

175,0

84,6

77,5

Recife

24,5

27,9

21,6

87,4

83,7

Brasília

18,5

25,2

13,3

80,4

61,6

Salvador Cuiabá

Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Curitiba

Porto Alegre

24,3 23,0 18,5 21,8

15,6 13,1 14,3

26,5 30,7 25,0 25,2

22,0 19,6 19,4

21h

Precipitação (mm)

22,0 18,1 13,4 18,7

10,5 8,4

10,7

86,9 90,5 83,0 88,5

86,2 94,4 95,0

84,5 63,4 67,1 78,4

60,9 76,2 80,8

91,0 93,8 80,8

94,7

388,1 11,1

86,9

12,3

85,8

24,7

93,9

98,8

85,7 84,9 91,8

15,3

53,1 118,5

Quadro 3 – Temperaturas média, máxima e mínima, umidade relativa e precipitação no mês de julho nas cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014.

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Unidade 2 – Tipos e subtipos climáticos do Brasil

Para poder ter acesso às normais climatológicas de várias cidades, mesmo aquelas que não correspondem às cidades-sede da Copa, acesse: http:// www.inmet.gov.br/portal/ index.php?r=clima/normaisClimatologicas

Ao consultar essa página, repare que o mapa muda mês a mês, basta escolher o mês de visualização. Se quiser ver um gráfico da normal climatológica específica de uma cidade, clique na aba superior de “CLIMA” e selecione a opção “Gráficos climatológicos”.

Também leia o texto, “Clima e médias de temperaturas por cidade-sede da Copa”, disponível na seção “Textos Complementares”, ao final deste Módulo.

Após analisar as informações do Quadro 3, imagine que você mesmo ou o visitante queiram voltar à cidade-sede em outra oportunidade, ou fazer uma viagem de férias com a família e se depara com ofertas de agências de viagem. Muitas vezes, essas ofertas são enganosas porque não informam que justamente aquele período para o qual a oferta é válida não é a melhor época para se viajar rumo a tal destino. Sendo assim, é sempre bom conhecer as características climáticas do destino antes de decidir pelas viagens, usando para isso as normais climatológicas.

É importante conhecer uma descrição mais específica sobre o clima de cada cidade-sede, tomando-se como base os sistemas atmosféricos e os tipos de clima descritos anteriormente. Para tanto, preparamos um texto complementar no qual apresentamos uma descrição mais específica sobre o clima de cada cidade-sede, tomandose como base os sistemas atmosféricos e os tipos de clima descritos anteriormente, no Quadro 2. O mesmo texto contém um gráfico baseado na normal climatológica, identificando a variação de temperatura e chuva ao longo do ano todo, para ver as condições climáticas esperadas em cada mês e decidir sobre as viagens às cidades-sede. Assim, clique no nome de cada uma dessas cidades para acessar mais esse outro nível de informações.

Nesta Unidade vimos os tipos e subtipos climáticos do Brasil, bem como as particularidades climáticas das doze cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014. Além de consultar um mapa com a extensão territorial de cada tipo e subtipo climático, você teve a oportunidade de examinar nos textos de apoio gráficos com as normais climatológicas. Ao fazer isso, foi possível conhecer a variação da temperatura, regime de chuvas, umidade do ar em cada cidade-sede ao longo do ano, e não apenas durante o período de realização Copa do Mundo da FIFA 2014. Agora, antes de seguirmos para a próxima Unidade, vamos testar seus conhecimentos!

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Teste seus conhecimentos Atividade 1

Imagine que determinado visitante mora na cidade-sede de Natal/RN onde predomina o clima tropical litorâneo do nordeste oriental, mas deseja saber mais sobre os outros quatro tipos de climas brasileiros. Para informá-lo, você inicialmente apresenta o mapa a seguir com os cinco domínios climáticos do Brasil com seus principais subtipos e as cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014.

Fonte: Adaptado de MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.

Em seguida, sobre os climas brasileiros, você diria que é INCORRETO afirmar:

a) O clima equatorial tem uma média que varia de 24º a 26ºC, predomina na região norte do Brasil, e tem setembro e outubro como os meses mais quentes do ano. b) O clima tropical equatorial possui uma média entre 19,5º e 35,5ºC, que pode chegar a 40ºC, e alcança parte da região norte e quase toda a região nordeste.

c) A média do clima tropical do Brasil central é de 20ºC, em toda a área por ele alcançada, o que se explica pelo fato de esse clima apresentar pouca transição.

d) A variação das médias anuais do clima subtropical úmido situa-se entre 14ºC e 22ºC, porém pode cair para cerca de 10ºC, quando ocorre a queda de neve. Atividade 2

O clima caracteriza-se pela temperatura e pela umidade relativa do ar. O sol fornece o calor e a energia para a Terra. A umidade do ar é definida pela evaporação da água dos oceanos, rios e lagos, como também pela água eliminada pelos animais e vegetais. Assim, a conservação de matas e florestas é muito importante para o clima de uma região. (SILVA, Aparecida Valquíria Pereira da; CICILLINI, Graça Aparecida; SICCA, Natalina Aparecida Laguna. Diversidade de ambientes. Proformação. Módulo III, Unidade 2. Brasília: FUNDESCOLA, 2002, p. 75). Considerando a ideia do texto apresentado e os estudos feitos, qual o tipo de clima que está mais associado ao domínio do cerrado?

a) Equatorial.



c) Tropical litorâneo do nordeste oriental.





b) Tropical equatorial.

d) Tropical do Brasil central. e) Subtropical úmido.

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Unidade 3

Características ambientais, saneamento básico e saúde nas cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 Nesta Unidade, será apresentada uma visão resumida das cidades-sede no que tange aos seguintes aspectos: saneamento básico, políticas públicas para melhoria da qualidade ambiental e informações sobre doenças locais.

3.1. Saneamento básico e saúde pública

Sabemos que o Brasil é um país de dimensões continentais com uma grande diversidade de ecossistemas, paisagens e biomas que interagem com o clima regional. Por isso, cada cidade-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 tem um conjunto de características ambientais que diferem entre si, ajudam a imprimir aspectos particulares nas cidades-sede, assim como determinam algumas doenças próprias do lugar ou onde têm ampla disseminação. Nesse cenário, a estrutura de saneamento básico e as políticas públicas ajudam a agravar ou combater e minimizar esses problemas. A Lei Federal no 11.445, de 05 de janeiro de 2007, estabeleceu as diretrizes nacionais para o saneamento básico e elegeu a universalização do acesso como primeiro princípio

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos fundamental da prestação dos serviços públicos de saneamento básico no país. Trata-se do reconhecimento oficial das desigualdades sociais e a necessidade de ampliar progressivamente o acesso de todos os domicílios ao saneamento básico, em suas quatro modalidades (água, esgoto, lixo e drenagem urbana). A universalização do acesso ao saneamento básico é um direito do cidadão e uma obrigação do Estado. Nos últimos dez anos, a situação do saneamento básico no país melhorou muito, pois políticas públicas têm sido formuladas e desenvolvidas pelos governos municipal, estadual/distrital e federal. Mas ainda há muito a ser feito no sentido de melhorar a qualidade de vida das pessoas, focando a questão urbana que apresenta um processo intenso e descontrolado de urbanização. É importante conhecer um pouco das características ambientais em cada cidade-sede para mostrar aos visitantes brasileiros e estrangeiros, o que tem sido feito e os cuidados a serem tomados. Afinal, é importante que todos estejam envolvidos no processo de melhoria da qualidade de vida nas cidades. Ao estudar esse conteúdo você perceberá que ele também mantém relação com aqueles discutidos no “Módulo Hospitalidade e Turismo”.

3.2 Principais doenças locais relacionadas às características ambientais

Para conhecer mais a respeito dos aspectos ambientais gerais e das condições de saneamento básico e saúde das cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014, veja e leia o quadro referente ao texto “Aspectos ambientais, saneamento básico e saúde das cidades-sede”, disponível na seção “Textos Complementares”, ao final deste Módulo.

Depois de consultar o texto indicado anteriormente e conhecer um pouco mais sobre o saneamento básico e as políticas ambientais urbanas nessas cidades-sede, é possível verificar também que algumas doenças se destacam, como a dengue e a gripe A H1N1 – amplamente disseminada – a hantavirose, a leptospirose, a malária, a filariose, e a leishmaniose, estas três últimas mais localizadas. É importante conhecer um pouco mais sobre as referidas doenças, como discutido a seguir. As informações apresentadas neste tópico sobre as doenças têm como fonte original o site http://portal.saude.gov.br/portal/saude/ visualizar_texto.cfm?idtxt=23630&janela=1

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Unidade 3 – Características ambientais, saneamento básico e saúde nas cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 a) Dengue

A dengue é uma doença que está relacionada ao meio ambiente, pois é causada por um vírus que penetra no organismo do indivíduo por meio da picada de um mosquito infectado, o Aedes aegypti. Por conta da existência desse transmissor (lembre que você não contrai a doença pelo simples contato com uma pessoa doente), as principais medidas de combate têm sido concentradas no mosquito. No verão, com o calor e a chuva, o mosquito se reproduz, aumentando as chances de epidemia. Existem quatro tipos distintos de vírus dengue, DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV4, o que torna importante que a doença seja corretamente identificada pelo profissional de medicina. Quando os mosquitos estão infectados, após 3 a 15 dias de sua picada, é que surgem os sintomas da dengue, como febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoo, vômitos, manchas vermelhas na pele e dor abdominal (principalmente em crianças).

É importante que você saiba que há diferenças em relação aos sintomas da dengue. Vejamos: no caso da dengue clássica seus sintomas duram até uma semana; em se tratando de dengue hemorrágica, seus sintomas surgem posteriormente. Apesar de não existir vacinas ou um remédio específico contra a dengue, isso não significa que a doença não tem tratamento. Medidas simples, tais como identificar os sinais de suspeita e iniciar hidratação, podem ser salvadoras porque podem impedir a evolução para as formas graves da dengue.

Há outro aspecto importantíssimo sobre essa doença: nem todo mosquito Aedes aegypti transmite a dengue ao picar uma pessoa – é preciso que ele tenha sido contaminado com o vírus. A transmissão do vírus para os mosquitos ocorre quando ele suga o sangue de uma pessoa já infectada com o vírus da dengue. Entre 8 e 12 dias depois que o mosquito chupa o sangue do doente e se contamina (período que é chamado de incubação), o mosquito está apto a transmitir a doença para outro ser humano. É fundamental que toda pessoa que contrair a dengue mantenha-se isolada, com telas mosquiteiras nas janelas, repelentes, e não saia de casa. Assim, essa pessoa não será fonte propagadora da doença.

A sua responsabilidade social como cidadão solidário e consciente, é não se deixar picar pelo mosquito.

b) Gripe A H1N1

Esta é uma doença causada por um tipo de vírus da mesma família que transmite a gripe. Seu nome correto é Influenza A/H1N1 e não mais gripe suína. Os principais sintomas são febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Surgindo os sintomas, deve-se visitar um posto de atendimento médico, pois é o profissional médico que pode dar o correto diagnóstico. A confirmação deverá ser feita através de exame laboratorial. 28

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos

Não é apenas a gripe A que preocupa os profissionais da saúde, porque existem atualmente três variações do Influenza que estão circulando: o Influenza A H1N1, A H3N2 e o Influenza B.

O Ministério da Saúde traz uma série de recomendações que, justamente para o caso da Copa do Mundo da FIFA 2014, são mais importantes ainda de serem seguidas, por causa do trânsito de pessoas de diferentes lugares do mundo. É importante que você explique aos visitantes que, no caso de comparecimento aos jogos nos estádios de futebol, o fato de estar em meio à aglomeração de pessoas, é fundamental tomar cuidados como os listados a seguir: b.1) Aos viajantes que se destinam às áreas afetadas:

yy Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca com um lenço descartável;

yy Evite o contato direto com pessoas doentes, sobretudo tocar olhos, nariz ou boca; yy Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;

yy Lave as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente após tossir ou espirrar;

yy Em caso de adoecimento, procure assistência médica e informe história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes às áreas afetadas; yy Não use medicamentos sem orientação médica.

b.2) Aos viajantes procedentes, nos últimos 10 dias, de áreas com casos confirmados de influenza A (H1N1) em humanos e que apresentem febre alta repentina, superior a 38ºC, acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações: yy Procure assistência médica na unidade de saúde mais próxima; yy Informe ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem. Estima-se que demora entre 3 a 7 dias para aparecerem os sintomas depois da infecção e que o contágio de outras pessoas acontece até 7 dias após o início da doença.

Para conhecer mais a respeito do Plano Brasileiro de Preparação para o enfrentamento de uma Pandemia de Influenza acesse http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/plano_influenza_iv_maio10_web2.pdf

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Unidade 3 – Características ambientais, saneamento básico e saúde nas cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014

A malária também é conhecida como: paludismo, impaludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna, além de nomes populares como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre.

Desde 2005, portanto antes mesmo da primeira onda de Influenza pandêmica em 2009, o Brasil dispunha de um Plano Brasileiro de Preparação para o enfrentamento de uma Pandemia de Influenza, plano este que foi revisto em 2010. c) Malária

A malária é uma doença causada por protozoários do gênero Plasmodium, com três espécies diferentes no Brasil: o P. vivax, o P. malarie, e o P. falciparum, sendo este último o causador do maior número de óbitos. O principal vetor da malária no Brasil é o mosquito (conhecido como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego, bicuda) do gênero Anopheles. Mais raro, a transmissão da doença pode ocorrer por transfusão de sangue e pela placenta, durante a gravidez.

O protozoário causador da malária é transmitido às pessoas pela picada do mosquito se ele já estiver contaminado pelo parasita. Durante a picada, o mosquito introduz na corrente sanguínea da pessoa, por meio de sua saliva, o esporozoíta (uma fase da vida do Plasmodium). Portanto, a pessoa doente deve, antes de mais nada, evitar ser picada por mosquitos, para que não se torne um propagador da doença! 

Em geral, após 12 dias da picada, surgem febre alta acompanhada de calafrios, suores, dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, às vezes, delírios. A confirmação do diagnóstico é por meio de exame de sangue (teste de gota espessa, com coleta de uma pequena amostra da ponta do dedo do paciente), que pode ser realizado nos postos de saúde de qualquer município do Amazonas, assim como no Hospital Tropical em Manaus. Nas comunidades do interior, as pessoas são atendidas pelos agentes de saúde que trabalham no combate à doença. A malária não tem vacina disponível e o tratamento consiste no uso de fármacos orais que deve ser iniciado logo que a malária tenha sido diagnosticada. O tratamento dura até 10 dias e não pode ser interrompido, pois a doença mal curada retorna com reações mais graves.

Apesar do alerta, e do número de casos registrados, o município de Manaus em si é considerado um dos locais com o menor risco de contrair malária, seguido do município de Parintins onde ocorre o festival folclórico do Boi Bumbá (SOUZA JÚNIOR, GUEDES e MESQUITA, 2013).

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos Veja no mapa a seguir áreas de grande risco e de baixo risco de incidência da malária no Amazonas, estado no qual se situa a cidade-sede Manaus.

1 Manaus

2 Manaus

Figura 3 – Áreas municipais do estado do Amazonas de alto risco (Mapa 1) e de baixo risco (Mapa 2). (Disponível em ).

Informações sobre o risco de contrair malária são importantes de serem transmitidas para você, participante, que, por sua vez, pode repassá-las aos visitantes: yy A época em que os casos de malária aumentam na Amazônia é quando as águas dos rios começam a subir, entre novembro e dezembro;

yy O mosquito se reproduz principalmente nos igapós, nas regiões inundadas da floresta amazônica; yy Nas proximidades de rios e áreas alagadas, deve-se evitar a permanência no período que abrange o amanhecer e no final da tarde a partir das 17 horas até às 20 horas;

yy Quando estiver em hotel de selva ou outra área rural, deve-se dormir com cortinados nas camas, telas nas janelas, mosqueteiros em redes, todos borrifados por inseticida. Outro cuidado importante em relação à malária é proteger o corpo com camisas de mangas compridas e usar repelente com frequência. O repelente deve ser à base de DEET (N-N-Dietiltoluamida), observando que para adultos e jovens acima de 12 anos o recomendado é o repelente com 30 a 35% de DEET para uma proteção de até 5 horas. Em mulheres grávidas e crianças o uso de repelente deve ser a base de icardina (ANDRADE, 2013).

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Unidade 3 – Características ambientais, saneamento básico e saúde nas cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 d) Leptospirose

Trata-se de uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira presente na urina do rato. Nas enchentes e inundações essa urina, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama contaminadas poderá se infectar, pois a bactéria penetra no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum ferimento ou arranhão. Em relação à leptospirose, é fundamental que as pessoas não joguem lixo na rua. O lixo jogado no chão, com as chuvas, pode ser arrastado para os bueiros, entupindo-os, e causando, assim, alagamentos nas ruas. Além disso, o mesmo lixo pode ser fonte de atração de ratos, que se sentem atraídos pela sujeira e restos de alimentos.

Amplie seus conhecimentos a respeito da lepstopirose acessando e lendo o texto disponível em http://portal.saude.gov. br/portal/arquivos/pdf/leptospirose_oquefazer.pdf

Os principais sintomas da leptospirose são a febre repentina, comumente acompanhada de dores de cabeça e nos músculos e icterícia (pele amarelada). Os primeiros sintomas podem aparecer entre uma e duas semanas após o contato com a urina, mas também pode demorar até 30 dias.

Caso o visitante apresente os sintomas alguns dias depois de ter entrado em contato com as águas de enchente ou esgoto, é preciso que ele procure imediatamente o Centro de Saúde mais próximo. Lembre a ele de não se esquecer de contar ao médico o seu eventual contato com água ou lama de enchente, bem como evitar as áreas de enchentes e alagamentos. Caso venha a se encontrar nesses lugares, é preciso diminuir, ao máximo, o tempo de contato com a água das enchentes.

É importante que você oriente o visitante principalmente das cidades que apresentarem prognóstico de chuvas intensas no período da Copa do Mundo da FIFA 2014. Veja que esta é uma das razões pelas quais é importante conhecer o clima das idades-sede dos jogos, que estudamos na Unidade 2 deste Módulo. Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a leptospirose. Como essa doença curável, o diagnóstico e o tratamento precoces são a melhor solução.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos e) Filariose

A filariose (ou filaríase) é popularmente chamada de elefantíase e, tal como na dengue e na malária, o mosquito só transmite a doença quando foi previamente infectado ao picar uma pessoa doente.

Em 2004, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estimava-se que a filariose afetava cerca de 120 milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente nas regiões tropicais úmidas. Esse número tem diminuído, e estima-se eliminar a filariose do mundo até 2020 (ABCMED, 2013). No Brasil, as regiões norte e nordeste são as mais afetadas por essa doença. Ha três tipos de filariose, como comentado a seguir:

yy filariose linfática, que ataca o sistema e os gânglios linfáticos obstruindo-os, causando edema linfático (inchaço); yy filariose subcutânea, cuja parte do corpo afetada é a camada subcutânea de gordura;

yy filariose da cavidade serosa, que afeta a cavidade serosa do abdome.

Existem três formas básicas de apresentação da doença: (i) infecção assintomática, quando os pacientes não apresentam sintomas de filariose linfática, mesmo com a presença do parasito; (ii) doença aguda ou febre filarial, que apresenta dor, inflamação dos linfonodos, geralmente acompanhada por náuseas e vômitos; (iii) doença crônica, que pode ocasionar edema com a obstrução do sistema e os gânglios linfáticos. f) Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença causada por protozoários do gênero leishmania. A doença é transmitida por mosquitos conhecidos como flebotomíneos. No Brasil, esses mosquitos são conhecidos por diferentes nomes dependendo da região: tatuquira, mosquito palha, asa dura, asa branca, cangalhinha, birigui, anjinho, entre outros. A transmissão acontece quando um mosquito infectado passa o protozoário a uma vítima, enquanto se alimenta de seu sangue.

No caso da filariose, apesar das filárias permanecerem no corpo do infectado, estudos indicam que as microfilárias apresentam uma periodicidade noturna. Durante o dia, as microfilárias se localizam nos capilares profundos, principalmente nos pulmões, e à noite, se dirigem para os capilares periféricos, junto à pele, com maior concentração perto da meia-noite. Infelizmente essa migração para os capilares periféricos à noite coincide com o período de atividade do mosquito transmissor. Por isso, é fundamental se proteger de picadas de mosquito nesses horários.

Para conhecer mais a respeito deste tema, acesse o site http:// p o r t a l . s a u d e . g o v. b r / portal/arquivos/pdf/ leptospirose_oquefazer. pdf

Esta doença não é exclusiva do homem, afetando também vários mamíferos silvestres (como preguiça, gambá, roedores e canídeos) e domésticos (cão, cavalo etc.). Seus principais sintomas incluem febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço, hemorragias e imunodeficiência.

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Unidade 3 – Características ambientais, saneamento básico e saúde nas cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 A leishmaniose se divide em dois tipos:

Não há vacina contra as leishmanioses humanas, mas existe atualmente no mercado brasileiro vacinas contra a leishmaniose visceral canina, licenciadas no Brasil e na Europa, que confere proteção superior a 92% e já protegeram mais de 70.000 cães em todo o país.

Para conhecer mais a respeito deste tema, acesse o site http:// tudosobrecachorros.com. br/2012/08/leishmaniosecanina.html

yy leishmaniose tegumentar, que causa lesões na pele, mais comumente ulcerações e, em casos mais graves ataca as mucosas do nariz e da boca; yy leishmaniose visceral, que afeta as vísceras (ou órgãos internos), sobretudo fígado, baço, gânglios linfáticos e medula óssea, podendo levar à morte quando não tratada.

De acordo com Soares (2013), dos 88 países do mundo onde a doença é endêmica, o Brasil é o único que utiliza a morte dos animais como instrumento de saúde pública. A polêmica se arrasta por anos, colocando em polos opostos os defensores do sacrifício de animais (que acreditam na necessidade de eliminar os repositórios da leishmania e vêm o risco de perda de eficácia se fossem utilizados medicamentos já existentes de tratamento humano em cães), e os donos dos animais. Decisão recente da justiça passou a permitir o tratamento de cães infectados, que foi comemorada pelos donos dos animais e muitos médicos veterinários, que antes, mesmo desejosos, eram proibidos por lei de praticar o tratamento.

As medidas mais utilizadas para o combate da leishmaniose se baseiam no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde.

g) Hantavirose

Nas Américas, a hantavirose é considerada uma doença emergente. Ela foi detectada pela primeira vez na década de 1950, durante a Guerra da Coreia, sendo denominada, então, de febre hemorrágica com síndrome renal. Atualmente, são reconhecidos dois tipos distintos da doença: (i) febre hemorrágica com síndrome renal (FHSR); (ii) síndrome cardiopulmonar pelo hantavírus (SCPH). Os primeiros casos de SCPH foram detectados nos Estados Unidos, em maio de 1993. Em novembro do mesmo ano, ela foi identificada no Brasil, no estado de São Paulo e, depois, em outras regiões do país.

A hantavirose, também conhecida como Febre do Songo, é causada pelo vírus pertence ao gênero hantavirus. No entanto, são vários os tipos de vírus, a depender da região, sendo os roedores (silvestres) os principais transmissores da doença.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos No roedor, a infecção pelo hantavírus é transmitida de forma horizontal e não é letal, o que o torna um reservatório por longo período, provavelmente por toda vida. Nos seres humanos, a contaminação se dá através da inalação do vírus contidos nos aerossóis junto a fezes e urina contaminadas dos roedores, e outras vezes através da ingestão de água e alimentos contaminados. Diversos fatores ambientais estão associados com o aumento no registro de casos de hantavirose: o desmatamento desordenado, a expansão das cidades para áreas rurais e as áreas de grande plantio. Todos  esses fatores favorecem a contato entre homens e roedores silvestres. O contágio é maior nos períodos de seca, que corresponde à época de realização dos jogos da Copa do Mundo da FIFA 2014 no Distrito Federal e Cuiabá. Portanto, ao se dirigir-se a áreas rurais, é importante evitar o contato com locais que possam servir de abrigo ou passagem de roedores silvestres, como depósitos de alimentos em galpões. Todo caso suspeito de SCPH deve ser removido para unidade de terapia intensiva (UTI), o mais breve possível. O período médio de incubação é de 14 dias, a partir do qual os sintomas se manifestam, e o paciente, quando não for tratado, pode vir a falecer. O Brasil dispõe de um Programa Nacional de Hantavirose. Para conhecer mais sobre esse programa, acesse o endereço eletrônico: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1558

A hantavirose se manifesta sob diferentes formas, desde doença febril aguda inespecífica até comprometimento pulmonar e cardiovascular mais grave. Assim, podem aparecer sintomas iniciais de febre, mialgias, cefaleia, desconfortos gastrointestinais, seguidos da fase cardiopulmonar com febre, dispneia, taquipneia, taquicardia, tosse seca, hipotensão, edema pulmonar não cardiogênico, evoluindo para insuficiência respiratória aguda e choque.

Nesta Unidade tratamos de características ambientais das cidades-sede como estrutura de saneamento básico, políticas públicas para melhoria da qualidade ambiental e informações sobre principais doenças locais relacionadas às características ambientais. Particularmente, em relação a este último tema, vimos também a forma de transmissão dessas doenças, seus sintomas, dando ênfase às formas de preveni-las. Agora, para dar continuidade aos estudos teste seus conhecimentos e não havendo dúvidas siga para a próxima Unidade.

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Unidade 3 – Características ambientais, saneamento básico e saúde nas cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014

Teste seus conhecimentos Atividade 1

Um visitante deseja acompanhar os jogos da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo da FIFA 2014 que acontecerão nas cidades-sede de São Paulo (12/06/2014), Fortaleza (17/06/2014) e Brasília (23/06/2014).

Com base no que você aprendeu, qual informação você daria a esse visitante, sobre os biomas pelos quais ele vai passar para acompanhar os três jogos?



a) Mata Atlântica, Pantanal e Caatinga/Ambientes Costeiros e Marinhos.



c) Pampa, Mata Atlântica e Caatinga/Ambientes Costeiros e Marinhos.





b) Mata Atlântica, Caatinga/Ambientes Costeiros e Marinhos e Cerrado.

d) Amazônia, Mata Atlântica e Caatinga/Ambientes Costeiros e Marinhos.

Atividade 2

Em relação aos sintomas das principais doenças locais relacionadas às características ambientais, é INCORRETO afirmar:

a) Gripe A H1N1: Febre repentina, tosse, dores de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza.

b) Malária: Febre, dispneia, taquipneia, taquicardia, tosse seca, hipotensão e edema pulmonar não cardiogênico.  c) Leptospirose: Febre repentina, comumente acompanhada de dores de cabeça e nos músculos e icterícia (pele amarelada). d) Dengue: febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, dor no abdômen, cansaço, enjoo, vômitos e manchas vermelhas na pele. e) Leishmaniose: Febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço, hemorragias e imunodeficiência.

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Unidade 4

Programas Governamentais Federais para a Copa do Mundo da FIFA 2014 Nesta Unidade, vamos conhecer algumas das ações que o governo federal desencadeou especialmente para a Copa do Mundo da FIFA 2014, na área ambiental, e estudar uma delas em maior profundidade.

4.1 Breve resumo das ações governamentais federais em relação ao meio ambiente

O governo federal criou a Câmara Técnica de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CTMAS) em maio de 2010, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, para pactuar as políticas da Agenda de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa do Mundo da FIFA 2014. Essa ação governamental tomou como referência as seguintes diretrizes: (i) promoção da sustentabilidade ambiental com inclusão social; (ii) valorização da proteção à biodiversidade brasileira; (iii) incentivo ao consumo de produtos orgânicos e/ou sustentáveis; (iv) promoção do ecoturismo nos biomas brasileiros. 37

Unidade 4 – Programas Governamentais Federais para a Copa do Mundo da FIFA 2014 A partir dessas diretrizes, a CTMAS identificou sete Núcleos Temáticos (NT) em torno dos quais elaborou projetos específicos:

a) Certificação de Construção Sustentável das Arenas – para que as arenas incorporem práticas de construção e gestão sustentáveis certificadas por meio de selo reconhecido internacionalmente; b) Mudanças Climáticas – para contabilizar as emissões geradas pelo evento e apresentar estratégias para redução, neutralização e compensação;

c) Copa Orgânica e Sustentável – para induzir relações favoráveis de mercado, estruturar a oferta e a demanda por produtos orgânicos e sustentáveis; d) Parques da Copa – para estruturá-los para que tenham condições de absorver a demanda de visitantes interessados em conhecer áreas preservadas no país;

e) Resíduos e Reciclagem – para organizar os sistemas de gestão de resíduos das cidades-sede, com disposição final adequada, coleta seletiva com inclusão dos catadores, e iniciativas voltadas à minimização da geração de resíduos e substituição de embalagens; f) Campanha Passaporte Verde – para informar sobre atividades e estabelecimentos com bens e serviços considerados sustentáveis;

g) Compras Sustentáveis – para identificar janelas de oportunidades para compras e contratações sustentáveis no processo de organização e realização da Copa do Mundo da FIFA 2014. Dentre esses Núcleos Temáticos, os projetos concretos que foram viabilizados, estudaremos no tópico a seguir o Projeto Parques da Copa, em virtude de sua relação mais direta com o “Módulo Hospitalidade e Turismo”.

4.2 Parques da Copa

O Projeto Parques da Copa é uma parceria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)/ Ministério do Meio Ambiente com o Ministério do Turismo e Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) para garantir estrutura adequada para receber os visitantes nas Unidades de Conservação da Natureza próximas às cidades-sede dos jogos. O projeto envolve diversas Unidades de Conservação da Natureza, sediadas em 14 Unidades da Federação.

Vamos conhecer um pouco desses Parques da Copa? Quem sabe teremos oportunidade de conhecer algum deles, ou indicá-lo para alguém? A distribuição e a localização dos Parques da Copa encontram-se nas figuras a seguir.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos

Figura 4: Localização dos Parques da Copa e sua relação com os biomas brasileiros.

Como são muitas as Unidades de Conservação da Natureza integrantes do projeto Parques da Copa, e a dificuldade de localização de todas no imenso território brasileiro, vamos apresentá-los agrupados por região geoeconômica para facilitar sua localização, e incentivar você a buscar conhecer mais sobre aqueles situados próximos a sua cidade-sede.

A divisão do território brasileiro por biomas e por região geoeconômica dão resultados diferentes. Por isso, em cada mapa de região geoeconômica mostramos os biomas que nele são encontrados. Observe no quadro e nas próximas figuras que todas as regiões geoeconômicas estão contempladas no Projeto Parques da Copa.

Para conhecer mais sobre cada um dos Parque da Copa, leia o texto “Parques da Copa”, disponível na seção “Textos Complementares”, ao final deste Módulo.

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Unidade 4 – Programas Governamentais Federais para a Copa do Mundo da FIFA 2014 Figura 5 – Parques da Copa e localização das Unidades de Conservação da Natureza

Região

Norte

Nordeste

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Parques da Copa • Parque Nacional do Jaú (AM). • Parque Nacional de Anavilhanas (AM). • Resex Unini (AM).

• Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA) • Parque Nacional da Serra da Capivara (PI) • Parque Nacional de Ubajara (CE) • Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (BA) • Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE) • Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA) • Parque Nacional de Jericoacoara (CE) • Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba (PI). • Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (AL)

Mapa com a localização das Unidades de Conservação da Natureza integrantes do Projeto Parques da Copa na Região

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos

Região

Centro-Oeste

Sudeste

Sul

Parques da Copa • Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (MT) • Parque Nacional Chapada dos Guimarães (MT) • Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (GO) • Parque Nacional de Brasília (DF).

Mapa com a localização das Unidades de Conservação da Natureza integrantes do Projeto Parques da Copa na Região

• Parque Nacional do Itatiaia (RJ • Parque Nacional Serra dos Órgãos (RJ) • Parque Nacional da Tijuca (RJ) • Reserva Extrativista Arraial do Cabo (RJ) • Parque Nacional Restinga de Jurubatiba (RJ) • Parque Nacional da Serra da Bocaina (SP/RJ) • Parque Nacional do Caparaó (MG) • Parque Nacional da Serra do Cipó (MG)

• Parque Nacional do Iguaçu (PR); • Parque Nacional Aparados da Serra (RS/SC) • Parque Nacional da Serra Geral (RS/SC)

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Unidade 4 – Programas Governamentais Federais para a Copa do Mundo da FIFA 2014

4.3 Outras Unidades de Conservação da Natureza que vale a pena visitar ou saber de sua existência

Conheça mais a respeito dessas outras Unidades de Conservação da Natureza lendo o texto “Outras unidades de conservação da natureza que vale a pena visitar ou saber de sua existência”, disponível na seção “Textos Complementares”, ao final deste Módulo.

Além dos parques que estudamos há outros que não estão incluídos no Projeto Parques da Copa, mas que vale a pena saber de sua existência, e em alguns casos, até visitar: Parque Estadual de Vila Velha (PR), Parque Nacional do Catimbau (PE), Reserva Biológica de Ibirapuitã (RS).

4.4. Conduta consciente em ambientes naturais

O Ministério do Meio Ambiente desenvolveu uma campanha para que o visitante possa contribuir na proteção das Unidades de Conservação da Natureza e seus ecossistemas. São princípios e regras adotados no mundo inteiro que visam à segurança, aos cuidados e ao respeito das pessoas com a natureza.

Ao estudar esses temas, observe como eles mantêm certa proximidade com algumas questões abordadas no “Módulo Segurança e Primeiros Socorros”.

Conheça e divulgue esses princípios de conduta consciente em ambientes naturais, dentre os quais se destacam os seguintes: Para conhecer mais a respeito da conduta consciente em ambientes naturais consulte as informações disponíveis em http://www.mma.gov. br/informma/item/1757conduta-consciente-emambientes-naturais

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yy Entre em contato prévio com a administração da área que vai visitar para tomar conhecimento dos regulamentos e das restrições existentes; yy Informe-se sobre as condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer atividade em ambientes naturais;

yy Escolha as atividades que você vai realizar com sua visita, conforme o nível de condicionamento físico e experiência; yy Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas, pois grupos menores se harmonizam melhor com a natureza e causam menos impacto a ela;

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos

Exploração sexual não é turismo, é crime. Entre em campo pelos direitos de crianças e adolescentes. Se você presenciar qualquer violação de direitos, denuncie, ligue 100. Para mais informações, estude o Módulo turismo e hospitalidade ou acesse: www.childhood.org.br

4.5 Outras orientações importantes sobre segurança e boa conduta

yy Calcule o tempo total do passeio, faça um roteiro previamente e deixe uma cópia com alguém de confiança e com a administração da área que irá visitar; yy Faça contato com centros excursionistas, empresas de ecoturismo ou condutores de visitas;

yy Contrate guias especializados para acompanhá-lo durante os percursos, pois eles são treinados para orientá-lo sobre o que deve e o que não deve ser feito, além de possuírem conhecimentos sobre o local;

yy Aprenda técnicas básicas de primeiros socorros e de segurança, como, por exemplo, de navegação e do uso de um mapa e uma bússola; yy Verifique se tem o equipamento apropriado, uma vez que acidentes e agressões à natureza são causados por improvisações, negligência e uso inadequado de equipamentos;

yy Leve sempre lanterna, agasalho, capa de chuva, estojo de primeiros socorros, alimento e água, mesmo em atividades de um dia de duração; yy Mantenha-se nas trilhas pré-determinadas, mesmo se ela estiver molhada, lamacenta ou escorregadia, afinal a dificuldade das trilhas é parte do passeio;

yy Não corte nem arranque a vegetação, nem remova pedras ao acampar, pois podem estar servindo de abrigo para aves ou outros animais – bons locais de acampamento são encontrados, não construídos; yy Acampe a, pelo menos, 60 metros de qualquer fonte de água;

yy Proteja o patrimônio natural e cultural dos locais visitados;

yy Seja cortês com outros visitantes e com a população local, e respeite normas existentes;

yy Mantenha as porteiras do modo que encontrou e não entre em casas e galpões sem pedir permissão. Aproveite para aprender algo sobre os hábitos e a cultura do meio rural. yy Não queime nem enterre o lixo, pois as embalagens podem não queimar completamente, e animais podem cavar até o lixo e espalhá-lo. Traga todo o seu lixo de volta com você;

yy Resista à tentação de levar lembranças para sua casa. Deixe pedras, artefatos, flores, conchas etc. onde você os encontrou, para que outros também possam apreciá-los. Tire apenas fotografias e leve apenas suas memórias. 43

Unidade 4 – Programas Governamentais Federais para a Copa do Mundo da FIFA 2014 yy Evite fazer fogueiras, visto que elas enfraquecem o solo, enfeiam os locais de acampamento e representam uma das grandes causas de incêndios florestais;

yy Para se aquecer, tenha a roupa adequada ao clima do local que está visitando. Se você precisar de uma fogueira para se aquecer, planejou mal sua viagem;

yy Observe os animais a distância, visto que a proximidade pode ser interpretada como uma ameaça e provocar um ataque, mesmo de pequenos animais. Além disso, lembre que animais silvestres podem transmitir doenças graves.

Aprofunde seus conhecimentos sobre os ambientes recifais acessando o site http://www.mma.gov. br/estruturas/205/ _arquivos/livromultiplicador_2011_205.pdf

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yyNão alimente os animais – eles podem acabar se acostumando com comida humana e passar a invadir os acampamentos em busca de alimento; yyColabore com a educação de outros visitantes, transmitindo a eles os princípios de mínimo impacto sempre que houver oportunidade;

yyDê preferência para embarcações não motorizadas (movidas a remo), pois diminuem a poluição por óleo combustível dos motores, reduz o ruído e evita acidentes com ferimentos e mortes de animais em contato com a hélice do motor; yyCaso esteja mergulhando em áreas de recifes de coral, siga as orientações específicas da Campanha de Conduta Consciente em Ambientes Recifais.

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos yy Além das áreas de recifes de coral, o visitante pode, em algumas regiões litorâneas como, por exemplo, Caravelas ou Praia do Forte, ambas na Bahia, tentar fazer o turismo de observação de baleias (como as baleias jubarte). Para este tipo de atividade, também existe orientação específica para que o visitante desfrute melhor da visita e contribua positivamente para a conservação da baleia jubarte e de seu ecossistema.

Para saber mais sobre o tema ecossistema visite o site http://www.mma. gov.br/estruturas/205/_ arquivos/folder_baleiajubarte_205.pdf

Nesta Unidade, vimos algumas das ações que o governo federal desencadeou especialmente para a Copa do Mundo da FIFA 2014, na área ambiental, aprofundando a discussão sobre uma delas – o Projeto Parques da Copa. Para tanto, estudamos a descrição de cada uma das Unidades de Conservação da Natureza integrantes do Projeto Parques da Copa, destacando sua localização, peculiaridades e relação com os biomas brasileiros. Por último, foram dadas orientações para o visitante desfrutar dessas áreas com segurança e sem também causar prejuízos à natureza protegida.

Chegamos ao final da Unidade 4, teste seus conhecimentos e siga para a síntese deste Módulo.

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Unidade 4 – Programas Governamentais Federais para a Copa do Mundo da FIFA 2014

Teste seus conhecimentos Atividade 1

O êxito de uma visita a um Parque da Copa – área protegida – exige um cuidadoso e detalhado planejamento.

Partindo dessa ideia, em relação às orientações sobre segurança e boa conduta no planejamento de uma visita desse tipo, é INCORRETO afirmar:

a) Calcular o tempo total do passeio, mediante um roteiro previamente elaborado.



c) Deixar cópia do roteiro do passeio com a administração da área a ser visitada.





b) Verificar se possui os equipamentos apropriados ao passeio a ser realizado.

d) Dispensar contato com empresas de ecoturismo ou condutores de visitantes.

e) Aprender técnicas básicas de segurança, bem como de primeiros socorros.

Atividade 2

Disponível em http://www.isa.utl.pt/home/book/export/html/301

Acesso em 28 jan. 2014

Imagine a seguinte situação. Determinada pessoa foi designada para acompanhar um grupo de visitantes que vieram assistir aos jogos da Copa do Mundo da FIFA 2014 a um parque – área protegida. Nessa situação, a pessoa que acompanha os visitantes deverá ressaltar para eles que constitui um comportamento INCORRETO:

a) Mostrar cortesia com outros visitantes e com a população local.



c) Remover pedras, no caso de montar o próprio acampamento.



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b) Deixar flores e conchas nos locais onde elas foram encontradas. d) Evitar acender fogueiras de maneira a não enfraquecer o solo.

e) Observar os animais à distância para evitar possíveis ataques.

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos

Chegamos, assim, ao fim deste Módulo. Esperamos que você tenha aprendido um pouco mais sobre o nosso próprio país, sua riqueza, diversidade e complexidade. Você aprendeu sobre biomas, os tipos de climas, a situação do saneamento básico e saúde pública de cada cidade-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 e as ações do governo federal preparadas especialmente para este Megaevento, com ênfase no projeto Parques da Copa e a diversidade biológica.

De posse desses conhecimentos, desejamos que você se sinta preparado, caso venha a atuar como voluntário, para ajudar o visitante que chegar à sua cidade e orientá-lo a prosseguir na viagem por outras cidades-sede, acompanhando os jogos da seleção que escolheu assistir. Este tipo de conhecimento contribui, sem dúvida, para ajudar a construir uma imagem mais real e positiva do Brasil para o mundo.

Certamente você construiu muitos conhecimentos ao estudar os temas abordados neste Módulo! Vamos colocar em prática no Fórum Temático o que você aprendeu? Em interação com seus colegas, você poderá ampliar seus conhecimentos. Afinal, sempre aprendemos com o coletivo!

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Textos Complementares BIOPIRATARIA

Dentro dessa diversidade de ambientes, existe também uma grande diversidade de espécies, inclusive ainda pouco conhecida. O Bioma Amazônia guarda também uma riqueza cultural que inclui o conhecimento tradicional sobre os usos e a forma de explorar sua biodiversidade, que, pelo seu potencial de exploração pelo setor bioquímico e farmacológico, passa a ser objeto de biopirataria ou disputas em torno de registro de patentes. É importante que o visitante seja orientado a não levar consigo ou em sua bagagem plantas ou animais silvestres nativos ou parte deles, seja vivo, doente ou morto. Mesmo sem a intenção de comercializar, a pessoa que for apanhada portando, negociando, comprando ou vendendo animais, plantas, fósseis ou minerais será criminalizada.

PERIGO DE INCÊNDIO NO CERRADO

Durante o período de realização dos jogos da Copa do Mundo de 2014, nos meses de junho e julho, estaremos no período da seca no Bioma Cerrado. Nessa época, a umidade relativa do ar costuma reduzir-se bastante, sendo recomendada a ingestão de muito líquido e diminuição das atividades físicas, sobretudo nas horas mais quentes do dia. Algumas pessoas mais sensíveis podem sentir dor de cabeça, cansaço, secura nos olhos, lábios rachados, pele ressecada e apresentar sangramento do nariz. Para essas pessoas, sugere-se o uso de colírio nos olhos, cremes hidratantes na pele do corpo, manteiga de cacau nos lábios, e inclusive colocar toalhas molhadas no chão do quarto, para que a água evapore durante a noite e umidifique o ar do interior do dormitório. É importante lembrar a importância de não jogar nada pela janela dos carros, principalmente pontas de cigarro. As queimadas provocadas pelo ser humano desequilibram o cerrado, mas também prejudicam o próprio ser humano, com o aumento da fumaça na atmosfera que justamente no período de baixa umidade relativa do ar, agravam mais ainda os problemas respiratórios.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos

TIPOS E SUBTIPOS DE CLIMAS BRASILEIROS 1 - CLIMA EQUATORIAL

1a – Clima equatorial sem seca ou superúmido

Ocorre no extremo oeste do Estado do Amazonas, apresentando em todos os meses elevadas temperaturas e umidade/pluviosidade. Esse subtipo climático é influenciado pela elevada evaporação e evapotranspiração regional, baixa latitude, forte continentalidade, e pelo acúmulo de umidade trazida pela mEa, fatores que fazem com que a região apresente elevada nebulosidade.

1b – Clima equatorial com um a dois meses secos

Neste subtipo climático, observa-se uma forte atuação das mEc, mEa e da ZCIT. Distribui-se pela porção centro-oeste dos Estados do Amazonas, Acre e Amapá; o sudoeste do Estado de Roraima e norte-nordeste do Estado do Pará. Apresenta elevadas temperaturas em todos os meses do ano, mas com um a dois meses menos chuvosos. Os mesmos fatores que influenciam o subtipo anterior são observados nessa porção do território acrescidos da maritimidade.

1c – Clima equatorial com três meses secos

Neste subtipo climático o efeito da continentalidade sobressai e a atuação da mEc, mEa e ZCIT é fundamental. Ocorre nas fronteiras desse domínio climático com o clima tropical úmido-seco do Brasil Central e no centro do Estado do Pará.

2 - CLIMA TROPICAL EQUATORIAL

2a – Clima tropical equatorial com 4 a 5 meses secos

Caracteriza-se tanto pela influência da maritimidade quanto da continentalidade. Possui temperaturas com pequena variação sazonal, e a pluviosidade com maior variação que os índices térmicos.

2b – Clima tropical equatorial com 6 seis meses secos

Os índices pluviométricos apresentam-se menores em uma maior parte do ano. A sazonalidade explicita uma característica mais próxima da condição de tropicalidade da área.

2c – Clima tropical equatorial com 7 a 8 meses secos

Mais conhecido como clima semi-árido, apresenta redução dos totais pluviométricos mensais e elevadas temperaturas do ar durante a maior parte do ano. Evidencia baixa amplitude térmica anual. 49

Textos Complementares

2d – Clima tropical equatorial com 9 a 11 meses secos

Também conhecido como clima semi-árido de porções do sertão do Nordeste marcadas por irregularidades pluviométricas e elevadas temperaturas do ar. Mesmo apresentando alguma pluviosidade em parte do ano, esse subtipo climático é caracterizado por paisagens secas.

3 – CLIMA TROPICAL LITORÂNEO DO NORDESTE ORIENTAL

3a – Clima tropical litorâneo do Nordeste oriental com cinco a sete meses secos

Apresenta maior variabilidade térmica sazonal e baixos índices pluviométricos mensais. As chuvas são mais concentradas em quatro meses do ano, não apresentando meses totalmente secos. Os mais baixos índices térmicos mensais coincidem com os mais elevados índices pluviométricos. Representa uma situação de transição entre o clima úmido litorâneo e o clima semiárido do sertão nordestino.

3b – Clima tropical litorâneo do Nordeste oriental com três a cinco meses secos

Apresenta uma expressiva redução das chuvas na primavera e no início do verão. São exemplos desse subtipo as cidades de Campina Grande/PB, Arcoverde/PE e Natal/ RN, localidades de climas quentes, com pequena queda de temperatura no inverno e totais pluviométricos mensais que atingem o máximo de 270 mm no mês de abril, um dos mais chuvosos da área.

3c – Clima tropical litorâneo do Nordeste oriental com um a três meses secos

Nesse subtipo, a pluviosidade acontece em todos os meses do ano, não apresentando estação seca, mas uma redução dos totais pluviométricos no período que vai de outubro a fevereiro. Evidencia baixa variação térmica sazonal, como acontece, por exemplo, nas cidades de João Pessoa/PB, Recife/PE, Porto de Pedras/AL, Aracaju/SE e Salvador/BA.

4 – CLIMA TROPICAL DO BRASIL CENTRAL

4a – Clima Tropical do Brasil central sem seca

Esse subtipo climático é influenciado pelos sistemas atmosféricos oceânicos tropicais (mTa) e polares (mPa), que provocam chuva em todos os meses do ano com maior concentração na estação de verão e redução na estação de inverno. No verão, as temperaturas são elevadas e, no inverno, reduzidas.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos

4b – Clima tropical do Brasil central com um a três meses secos

Os meses de junho, julho e agosto são os menos chuvosos do ano quando se observa uma redução das temperaturas, sendo as quedas mais observadas durante a noite, enquanto os dias são quentes. Nas outras partes do ano, as temperaturas são mais elevadas, assim como os índices pluviométricos médios mensais.

4c – Clima tropical do Brasil central com quatro a cinco meses secos

A principal característica desse subtipo é a redução dos totais pluviométricos durante a estação de inverno prolongada, sendo o trimestre de junho, julho e agosto o que apresenta os mais baixos índices pluviométricos médios. As chuvas são concentradas no verão prolongado (de outubro a abril). As médias térmicas mensais evidenciam a formação de dois períodos bem distintos: primavera e verão quentes, particularmente os meses de setembro e outubro, e o inverno com uma pequena queda térmica.

4d – Clima tropical do Brasil central com seis ou oito meses secos

Nesse subtipo climático, médias térmicas mensais evidenciam pequena variabilidade anual. Como consequência de uma redução térmica de inverno observa-se elevação na primavera, sendo outubro o mês mais quente. No inverno, os totais pluviométricos médios mensais também são reduzidos. São exemplos desse subtipo as cidades de Barra e Bom Jesus da Lapa, ambas na Bahia.

5 – CLIMA SUBTROPICAL ÚMIDO

5a – Clima subtropical úmido com inverno fresco a frio

Este subtipo apresenta características de verão quente ou mesotérmico brando e superúmido sem seca, com média pluviométrica anual elevada e bem distribuída ao longo do ano. Porto Alegre/RS reflete essas características.

5b – Clima subtropical úmido com inverno frio

A cidade de Curitiba/PR representa esse subtipo, que apresenta médias térmicas não muito elevadas que variam de 12.9ºC, no mês mais frio, com 22.5ºC, no mês mais quente, com temperaturas médias de 16.4ºC. Trata-se de um subtipo climático mesotérmico, subtropical, com verões frescos, sem estação seca e com ocorrência frequente de geadas severas no inverno.

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Textos Complementares

CLIMA E MÉDIAS DE TEMPERATURAS POR CIDADE-SEDE DA COPA DO MUNDO DA FIFA 2014 a) Rio de Janeiro/RJ

Seu clima é classificado em Tropical do Brasil Central sem Seca (4a), segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007). A média anual das temperaturas é de 23,1 °C. Por se tratar de uma cidade litorânea, sente-se o efeito da maritimidade, que causa amplitudes térmicas baixas. De modo geral, o ano pode ser dividido em duas estações: uma quente e relativamente chuvosa, e outra de temperaturas amenas. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos b) São Paulo/SP

O clima é Tropical do Brasil Central sem Seca (4a), segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007), com chuvas de verão e temperatura média anual entre 19º C e 27º C. No verão, muitas vezes, a cidade pode amanhecer ensolarada e sem nuvens e terminar o dia com um temporal. O inverno costuma ter dias ensolarados e secos, com temperaturas que raramente caem abaixo dos 15º C. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Textos Complementares c) Belo Horizonte/MG

Clima Tropical do Brasil Central com 4 a 5 meses secos (4c), segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007). A cidade tem temperaturas médias acima de 18 °C no mês mais frio, e acima de 22 °C no mês mais quente. O inverno é bastante seco e o verão quente e chuvoso. A umidade relativa do ar gira em torno de 65%. A cidade conta com a proteção da Serra do Curral, que barra os ventos mais fortes. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos d) Porto Alegre/RS

Seu clima é o Subtropical Úmido com inverno fresco a frio (5a), segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007), tendo como característica a grande variabilidade. A presença da grande massa de água do lago Guaíba contribui para elevar as taxas de umidade atmosférica e modificar as condições climáticas locais, com a formação de microclimas. Os meses de janeiro e fevereiro têm a temperatura média mais alta do ano, enquanto junho e julho a mais baixa. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Textos Complementares e) Brasília/DF

Seu clima é o Tropical do Brasil Central com 4 a 5 meses secos (4c) segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007). Apresenta verão úmido e chuvoso e um inverno seco e relativamente frio. A temperatura média anual é de cerca de 21 °C, podendo diminuir bastante no inverno. A umidade relativa do ar é de aproximadamente 70%, podendo chegar aos 20% ou menos durante o inverno. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos f) Cuiabá/MT

O clima é o Tropical do Brasil Central com 4 a 5 meses secos (4c), segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007). Com temperatura média girando em torno dos 32 °C, as temperaturas mais baixas são registradas pela madrugada. As chuvas ocorrem de setembro a maio, e no resto do ano, as massas de ar seco e o calor, associado à fumaça pelas queimadas, fazem com que a umidade relativa do ar fique, às vezes, abaixo de 15%. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Textos Complementares g) Curitiba/PR

O clima de Curitiba é o Subtropical Úmido com Inverno frio (5b), segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007). Tem temperatura média de 11 °C no mês mais frio, caindo por vezes abaixo de 2 °C, em dias mais frios. No verão, a temperatura média é em torno de 23 °C, mas pode subir acima de 32 °C. Podem ocorrer ondas de calor durante o inverno e ondas de frio no verão, além de uma grande variação mesmo dentro de um único dia. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos h) Fortaleza/CE

O clima é o Tropical Equatorial com 6 meses secos (2b), segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007). Apesar de estar no semi-árido, as chuvas de  verão  ocorrem com mais frequência na cidade e entorno do que no resto do estado, por estar entre serras próximas. A temperatura média anual é elevada, com diferenças mínimas de temperatura entre meses quentes e frios. A média pluviométrica é de cerca de 1.600mm. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Textos Complementares i) Manaus/AM

O clima de Manaus/AM é classificado como Equatorial com subseca – 1 a 2 meses secos (1b), segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007). A precipitação média anual é de 2.194,9 mm, e as chuvas aumentam no verão. A temperatura média anual é de 40,5 °C, tendo uma umidade relativa elevada durante o ano. Devido à proximidade da linha do equador, o calor é constante do clima local. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos j) Natal/RN

O clima de Natal/RN é o Tropical Litorâneo do Nordeste Oriental com 3 a 5 meses secos (3b), segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007). Apresenta temperatura média elevada, mas por estar localizado a menos de 100 metros de altitude, o município recebe ventos constantes. A média de quantidade de chuva é de 1 263 mm, sendo que o mês de abril registra a maior pluviosidade. A umidade relativa do ar média é de 76%. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Textos Complementares k) Recife/PE

O clima é o Tropical Litorâneo do Nordeste Oriental com 1 a 3 meses secos (3c), segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007). Tem temperaturas equilibradas ao longo do ano devido à proximidade com o mar, com temperatura média anual de 25,4 °C, sendo julho o mês de temperaturas mais baixas. Os totais pluviométricos são elevados, em torno de 1.500 mm, com chuvas concentradas nos meses de outono e inverno. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos l) Salvador

O clima de Salvador é o Tropical Litorâneo do Nordeste Oriental com 1 a 3 meses secos (3c), segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007). As temperaturas são relativamente constantes ao longo do ano, com condições de clima quentes e  úmidas. Os  meses mais chuvosos em Salvador/BA são os de maio a julho, 789 mm de chuva caem durante estes 3 meses. As temperaturas chegam ao extremo de 17 °C no inverno e de 32 °C no verão. Veja gráficos a seguir, todos baseados nas Normais Climatológicas 1961-1990.

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Textos Complementares

ASPECTOS AMBIENTAIS, SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE DAS CIDADES-SEDE CIDADE

Rio de Janeiro (RJ)

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ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS

A cidade do Rio de Janeiro/RJ ocupa a margem ocidental da Baía de Guanabara e se consolidou nas áreas de planície comprimidas entre montanhas e morros. Possui um litoral com três características diferentes: (i) o litoral da baía de Sepetiba é arenoso, baixo e pouco recortado; (ii) o litoral da baía de Guanabara é bastante recortado com muitas ilhas; (iii) o litoral voltado para o Oceano Atlântico apresenta trechos altos, quando em contato com as ramificações costeiras dos maciços da Pedra Branca e da Tijuca, e trechos mais baixos, onde se situam as praias integradas à paisagem urbana. Devido ao seu perfil costeiro, a cidade apresenta também diversas lagoas, como a Lagoa Rodrigo de Freitas e de Marapendi, que se formaram nas baixadas, muitas de terreno pantanoso a ainda não completamente drenado.

Em termos de áreas verdes, a cidade é uma das poucas do mundo que possui uma grande floresta urbana, que contribui para o índice de 56,28 metros quadrados por habitante em 2001, e que vem progressivamente diminuindo em função da urbanização desregrada, sobretudo pela expansão de favelas nas encostas. (Disponível em http://agenciabrasil.ebc.com. br/noticia/2012-06-02/area-verde-por-habitante-cai-26-no-rio-com-avanco-de-favelas-e-especulacao-imobiliaria). Graças ao contraste harmonioso do verde das montanhas, o azul do mar e as montanhas, o Rio de Janeiro vem sendo chamado de Cidade Maravilhosa.

SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE

O Pacto pelo Saneamento foi instituído pelo Governo do Estado, em abril de 2011, objetivando universalizar o acesso a sistemas de saneamento básico, minimizando os impactos ambientais e sociais negativos decorrentes da inexistência desses sistemas sobre a saúde da população, o meio ambiente e as atividades econômicas. Esse Pacto envolve três programas – Lixão Zero, Rio Mais Limpo e Guanabara Limpa. Em 2007, a situação dos lixões era dramática: dos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, 76 descartavam seus resíduos em lixões e 12, em locais remediados e controlados. Apenas quatro cidades destinavam seu lixo adequadamente para aterros sanitários. A projeção é de que no final de 2013, 82 cidades estejam descartando 14.626,66 toneladas dos resíduos sólidos gerados no território fluminense em local ecologicamente correto; sobrando apenas pequenos municípios para se adequar à legislação até 2014), O Rio Mais Limpo tem como meta coletar e tratar 80% do esgoto de todo o Estado do Rio de Janeiro até 2018. De 2006 a 2010, foi ampliado de 20% para 30% do percentual de esgoto tratado. (Disponível em http://download.rj.gov.br/documentos/ 10112/1454015/DLFE-58839.pdf/PMSB_ consultoras19fev2013.pdf Como parte do Pacto pelo Saneamento, o Plano Guanabara Limpa reúne 12 iniciativas do Governo do Estado para a recuperação ambiental da Baía de Guanabara. Com a conclusão dessas 12 ações ambientais planejadas pelo atual Governo do Estado, cerca de 80% do esgoto despejado na Baía de Guanabara estará recebendo tratamento adequado até a realização das Olimpíadas do Rio, em 2016. Esse trabalho é resultado de parcerias com as secretarias estaduais do Ambiente, de Agricultura e Pecuária e de Obras, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e a Fundação Nacional de Saúde – Funasa (Disponível em )

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CIDADE

ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS

Rio de Janeiro (RJ)

A cidade é conhecida como a terra da garoa, porque nos finais de tarde da primavera e do outono uma chuva fina caía constantemente na cidade. Nos últimos anos percebe-se uma mudança nesse padrão e tal fenômeno é cada vez mais raro, sendo a fina garoa frequentemente substituída por chuvas rápidas e torrenciais. Devido à impermeabilização do solo (asfaltamento e estruturas de concreto), e também do entupimento de bueiros e redes de escoamento causado pelo lixo, as chuvas de verão têm causado alagamentos e transmissão de doenças pela água contaminada.

São Paulo (SP)

Antigamente, o local onde a cidade se originou era uma paisagem belíssima, com áreas de várzeas formadas por uma mistura de campos cerrados, florestas e matas. Até o início dos anos 1950, a urbanização ficou concentrada entre as várzeas dos rios Pinheiros e Tietê. Atualmente, são poucos os locais dentro dos limites do município onde encontramos resquícios desse antigo mosaico de vegetação nativa. Os últimos fragmentos dessa vegetação são encontrados nos três Parques Estaduais e nos cerca de 100 parques urbanos municipais. A localização dos parques reflete desigualdade em sua distribuição espacial, que coincide com a exclusão social da população. A cidade não tem nenhum Parque Nacional dentro dos seus limites, mas encontra-se no centro da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, decretada pela Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco), em 1994, e coordenada pelo Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado.

SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE

A respeito das doenças associadas ao meio ambiente, a dengue é uma doença de grande incidência na cidade e no estado de modo geral. (Disponível em http://portal. saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto. cfm?idtxt=23630&janela=1

No estado do Rio de Janeiro, durante a 14ª semana epidemiológica de 2013 (de 1º de janeiro até 6 de abril) já haviam sido notificados 92.324 casos suspeitos de dengue (Disponível em http://www.fiocruz. br/rededengue/cgi/cgilua.exe/sys/start. htm?infoid=206&sid=9).

O Projeto Tietê é a principal iniciativa da Sabesp para expandir a estrutura de esgotamento sanitário e melhorar a qualidade da água de córregos e rios, em especial o rio Tietê. (Disponível em http:// site.sabesp.com.br/site/interna/Default. aspx?secaoId=81)

Em 2013, a Sabesp executou a terceira etapa do projeto, com obras destinadas a elevar os índices de cobertura com coleta e tratamento dos esgotos. O objetivo do Governo do Estado e da Sabesp era passar dos atuais 84% na coleta para 87%, e o tratamento de 70% para 84%. Outra iniciativa do Governo do Estado e da Sabesp é o Programa "Se Liga na Rede". A iniciativa faz, gratuitamente, obras dentro dos imóveis das famílias de baixa renda, permitindo que as casas sejam ligadas à rede de esgoto. Estima-se que até 2014, mais de 40 mil moradias serão conectadas à rede. (Disponível em: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ lenoticia.php?id=229954. Uma das enfermidades que tem destaque em São Paulo, e que tem relação com o meio ambiente, é a gripe A H1N1.

Para saber mais sobre a origem, desenvolvimento e causas dos problemas ambientais da cidade de São Paulo assista ao documentário “Entre Rios”. O vídeo tem duração de 25 minutos e é facilmente encontrado na internet no seguinte endereço: http:// www.youtube.com/watch?v=Fwh-cZfWNIc

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Textos Complementares

CIDADE

Belo Horizonte (MG)

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ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS

A origem desta cidade remonta ao ano de 1701, quando a desconta do ouro na região atraiu a atenção dos brasileiros e moveu nossas fronteiras para além do meridiano de Tordesilhas. Essa expansão se deu em função de suas características topográficas, seu clima ameno e fertilidade do solo. Belo Horizonte é uma cidade planejada e foi concebida para acolher 40.000 habitantes. Sua construção foi determinada por meio do Decreto 680, de 14 de fevereiro de 1894. Ao ser inaugurada, em 12 de dezembro de 1897, contava com uma população de 10.000 habitantes e 500 casas novas. No passado, essa cidade já foi conhecida como a Cidade Jardim, por causa da farta arborização planejada na época de sua fundação. No entanto, estima-se que entre 1986 e 2010, a capital mineira perdeu quase um terço de sua cobertura vegetal, resultando numa média de 18,22 metros quadrados de área verde por habitante. (Disponível em http://vejabh.abril.com. br/edicoes/bh-perdeu-30-sua-coberturavegetal-ultimos-25-anos-751000.shtml). Embora essa média seja superior aos 12 metros quadrados definidos como limite mínimo de preservação estabelecido no plano diretor da cidade de 1996 (mínimo de 12 metros quadrados por habitante), a distribuição dessa área verde é desigual entre os bairros.

SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE

O Programa de Despoluição da Bacia da Lagoa da Pampulha, iniciado em 2012, objetiva reduzir em mais de 95% a carga orgânica (esgoto sanitário) lançada na Lagoa e mais da metade das obras já foi concluída (Disponível em http://cidades. ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codm un=310620&search=minas-gerais|belohorizonte).

Na área de resíduos sólidos, desde 1992, há uma parceria entre a prefeitura e a Associação dos Catadores do Papel, Papelão e Material Reaproveitável de Belo Horizonte (ASMARE) visando à coleta seletiva e à conscientização da população. Em Belo Horizonte é feita também coleta individual pelos catadores que possuem carrinhos motorizados – para diminuir o esforço físico deles – e trabalham nas áreas centrais da cidade. No que se refere à saúde pública associada ao meio ambiente, a dengue é um problema em Minas Gerais, com 328.457 casos confirmados em todo o estado, sendo que Belo Horizonte apresentou 79.984 casos com oito óbitos – dados de outubro 2013. (Disponível em http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/ comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc= ecpTaxonomiaMenuPortal&app= saude&tax=16010&lang= pt_BR&pg=5571&taxp=0&).

A prefeitura de Belo Horizonte desenvolve um trabalho de combate permanente à dengue por meio do Grupo Executivo de Controle da Dengue, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde e composto por 16 secretarias municipais e a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). A cidade também é hoje, dentre os municípios com alta densidade populacional, aquele que mais sofre com a ocorrência da leishmaniose visceral (LV) e também a que mais investe em ações de controle e prevenção da doença, segundo a própria prefeitura. (Disponível em http://portalpbh. pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=saude&tax=12768&lang=pt_ BR&pg=5571&taxp=0&)

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CIDADE

Porto Alegre (RS)

ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS

O povoamento da região onde hoje está a capital dos gaúchos começou em 1752, com a chegada de 60 casais portugueses trazidos por meio do Tratado de Madri para se instalarem na região noroeste do Rio Grande do Sul. A demarcação dessas terras demorou, e os açorianos permaneceram no então chamado Porto de Viamão, ou Porto dos Casais, como a cidade ficou conhecida primeiramente. No Rio Grande do Sul, estão presentes o Bioma Mata Atlântica e o Bioma Pampa. Por estar próximo ao limite entre os dois biomas, a cidade de Porto Alegre apresenta características de ambos. Nesta paisagem destaca-se, ainda, o seu elemento integrador natural, representado pelo Lago Guaíba, um corredor de troca e condução de matéria e energia, com importante função ecológica, econômica e social. No Rio Grande do Sul, os gaúchos chamam erroneamente o Lago Guaíba de Rio Guaíba. Porto Alegre é considerada uma das cidades mais arborizadas do país, com 1,3 milhão de árvores em via pública. Cerca de 69% da paisagem é de ambientes naturais e 31% de ambiente construído. No entanto, da cobertura vegetal original, restam apenas 24% de remanescentes. As porções que ainda guardam características da vegetação original são os campos e matas sobre os morros da metade sul e os campos de banhados do Delta do Jacuí, no extremo noroeste do município.

SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE

O abastecimento de água, coleta de lixo, esgoto sanitário e a existência de energia elétrica estão disponíveis para mais de 93% da população. Em 2013, o Programa Integrado Socioambiental (Pisa) era a maior obra de sane­amento básico da história de Porto Alegre-RS. (Disponível em http:// www.quimica.com.br/pquimica/tecnologiaambiental/saneamento-programa-vai-tiraresgoto-do-guaiba/

Tal projeto visa elevar de 27% para 80% o percentual de esgoto tratado, e deixarão de ser jogados no lago Guaíba 145 mil m³/dia de esgoto in natura. Após sua conclusão, o projeto beneficiará 800 mil pessoas e, indiretamente, toda a população da cidade. O resultado será a recuperação da balneabilidade do lago Guaíba, melhorando a qualidade de vida, protegendo as nascentes e recupe­rando os arroios do município. A respeito das doenças associadas ao meio ambiente, destaca-se a dengue, com 206 casos de confirmados até junho de 2013, sendo que desses, 144 são autóctones (doença contraída na cidade) e 62 de pessoas que foram contagiadas em viagem a outros estados. Na comparação dos dados de 2012 com 2013, o número de casos em Porto Alegre nos cinco primeiros meses do ano sofreu um aumento de 796%. Também cabe mencionar um favorecimento do clima local (frio e úmido) à circulação do vírus da gripe A H1/N1.

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Textos Complementares

CIDADE

Brasília (DF)

ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS

Brasília é a capital do país, e foi construída a cerca de 1.000 metros acima do nível do mar, no Planalto Central, a partir de um planejamento urbanístico. Em virtude das características físicas locais, os rios do Distrito Federal, apesar de estarem bem supridos pelos lençóis freáticos, apresentam baixo volume de água. O Lago Paranoá, com 38 km2 de área, foi criado a partir do represamento de um dos rios da região, com o intuito de assegurar maior disponibilidade hídrica e conforto térmico à cidade. A crescente expansão urbana tem contribuído para a diminuição da vegetação nativa, que somado aos frequentes incêndios que ocorrem no período da seca, tem comprometido tanto a beleza da paisagem como a qualidade do ar. Dos 581 mil hectares de cerrado existentes quando a nova capital do Brasil ainda era um sonho, sobraram pouco mais de 189 mil, sendo que apenas 10% estão sob a proteção de áreas permanentes de preservação (APP). Esses dados indicam uma taxa de cobertura vegetal de aproximadamente 32% do total da área do DF.

SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE

Um dos problemas enfrentados pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) é o assoreamento do Lago Paranoá, entendido como o processo de carreamento de resíduos de toda espécie.

Em Brasília, o Programa de Despoluição da Água, iniciado há dez anos, já permitiu uma área de 70% do lago com excelente balneabilidade. Para isso, estações de tratamento de esgotos foram instaladas, e foi realizado o “flushing” (abertura abrupta de comportas da barragem para descarregar especialmente a água mais superficial contendo muitas algas e cianobactérias). Restam poucas áreas em que a água do lago tem a balneabilidade comprometida. Para saber mais sobre as mudanças na qualidade de água do Lago Paranoá leia o seguinte texto: Angelini, R.; Bini, L. M.; Starlign, F. L. R. M. Efeitos de diferentes intervenções no processo de eutrofização do Lago Paranoá (Brasilia-DF). Revista Oecologia Brasiliensis, v.12, n.3, p.564-571, 2008. Sobre doenças associadas ao ambiente, destacam-se os surtos de leishmaniose com 550 casos confirmados em cães em 2012, e 230 novos casos até março de 2013. (Disponível em http://www.confea. org.br/media/leishmaniose.pdf e http:// www.correiobraziliense.com.br). A hantavirose é outra preocupação com 76 casos notificados em 2012 (52 residentes no DF e outros 24 no entorno). Em 2013, de janeiro a março, foram notificados 26 casos. (Disponível em http://www.saude. df.gov.br/images/Hantavirose/).

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CIDADE

Cuiabá (MT)

ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS

Cuiabá abriga o Centro Geodésico da América do Sul, que corresponde às coordenadas 15°35'56",80 de latitude sul e 56°06'05",55 de longitude oeste. A cidade é cercada por três grandes biomas – Amazônia, Cerrado e Pantanal – e é considerada a porta de entrada da floresta amazônica. Pertence à Região Hidrográfica do Paraguai, daí sua forte vinculação com o Pantanal Mato-grossense.

Em Cuiabá, são recolhidas em torno de 530 toneladas de resíduos por dia com a coleta de lixo normal, sendo que 30% deste material poderiam ser reciclados. A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Smades) iniciou em agosto de 2013, a implantação da coleta seletiva de lixo nos condomínios residenciais, nas indústrias e comércios da cidade. 

Os campos de Curitiba (ou o Sertão de Paranaguá) entram na história do Brasil com o ciclo do ouro. Inicialmente os garimpeiros chegaram pelo vale do Rio Ribeira, enquanto outros subiam a “Serra do Mar”, partindo de Paranaguá. Os primeiros bandeirantes chegaram por volta de 1661.

Curitiba é a cidade que possui o mais elevado índice de coleta e tratamento de esgoto de todas as capitais brasileiras, já tendo ultrapassado os 90%. O lodo resultante do tratamento do esgoto, depois de desinfectado, pode ser utilizado como insumo agrícola. A coleta de resíduos é seletiva já há 18 anos. A cidade produz 2,2 mil/ton, e destas 550 ton. são separadas pela população. (Disponível em http://www. bemparana.com.br/noticia/43642/em-curitiba-coleta-seletiva-de-lixo-passa-por-todas-as-residencias#.Un_KvfmbODk). Os recicláveis também podem ser trocados pelos alimentos, no Programa Câmbio Verde: quatro quilos de material reciclável valem um quilo de alimento.

Cuiabá também é conhecida como “cidade verde”, devido à grande arborização em sua área urbana, porém essa arborização não garante o conforto térmico na cidade. Durante o período da seca, que coincide com a realização dos jogos da Copa do Mundo da FIFA 2014, o calor associado à fumaça decorrente de queimadas contribui para acentuar os efeitos da baixa umidade relativa do ar, aumentando a ocorrência de doenças respiratórias.

O Distrito de Curitiba foi instituído em 1654, passando à categoria de município apenas em 1693. A cidade de Curitiba nasce em 1842, e passa a ser capital da Província do Paraná, em julho de 1854.

Curitiba (PR)

SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE

Um mapeamento concluído em dezembro de 2011, indicou que o índice de área verde em Curitiba passou de 51,5 metros quadrados por habitante em 2000 para 64,5 metros quadrados por pessoa, bastante superior aos padrões recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU) de, no mínimo, 18 metros quadrados de área verde por habitante. (Disponível em http:// www.curitiba.pr.gov.br/noticias/indicede-area-verde-passa-para-645-m2-porhabitante/25525). Um dos fatores que justificam essa melhora é o aumento do número de parques e bosques urbanos na cidade Em julho de 2001, Curitiba tornou-se a primeira cidade a receber o prêmio "Polo de Informática" concedido pela Revista Info Exame, pelo desempenho de suas empresas de tecnologia.

Entre as doenças associadas ao ambiente, as diarréicas ocuparam o primeiro lugar das preocupações em 2012, com 8.091 casos com incidência de 1.468 casos por 100 mil habitantes. Essas ocorrências devem estar relacionadas com o saneamento básico local, visto que em Cuiabá e em Várzea Grande em torno de 20% da água servida à população não passa por nenhum tipo de tratamento, seja físico (filtragem ou fervura) ou químico (cloragem). Também preocupa o atendimento antirrábico, com 1.422 casos e a dengue em terceiro lugar com 940 casos. (Disponível em http://www.mtnacopa.com.br/download.php?id=229485).

Entre as doenças associadas ao meio ambiente, a leptospirose destaca-se. Nos últimos três anos foram registrados 141 óbitos e nos seis primeiros meses de 2013, 420 casos suspeitos foram notificados no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Destes, 65 foram confirmados e 10 vieram a óbito (Disponível em em http:// www.curitiba.pr.gov.br/noticias/saude-alerta-para-perigos-com-a-leptospirose/29945) Também cabe mencionar um favorecimento do clima local (frio e úmido) à circulação do vírus da gripe A H1/N1.

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Textos Complementares

CIDADE

Fortaleza (CE)

Manaus (AM)

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ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS

Fortaleza é a maior cidade do Ceará, possuindo uma faixa litorânea com uma extensão de 34,2 km de praia banhada pelo Oceano Atlântico. Incluindo a orla do rio Ceará, a extensão total de orla pode abranger 43,4 km.

Fortaleza reserva, de acordo com o mapeamento, 32,4% de sua área à cobertura vegetal. Em números comparativos, o índice representa uma proporção de 41 m² de área verde por habitante – o valor recomendado pela Organização das Nações Unidas é de 12m²/hab. (Disponível em http://www.opovo.com.br/app/opovo/ cotidiano/2013/09/06/noticiasjornalcotidia no,3124540/32-do-territorio-de-fortalezae-de-area-verde-aponta-mapeamento. shtml). A área de Manaus é coberta por floresta tropical úmida de terra firme (Floresta Perenifolia Hileiana Amazônica), com características típicas da parte central da Amazônia. Outro tipo de vegetação existente são florestas de baixio (mata de igapó - sempre inundada). A cidade vem perdendo rapidamente a cobertura vegetal nos últimos 15 anos, decorrente da expansão urbana. Em 2008, a cobertura vegetal era estimada em mais de 63% da área urbana de Manaus. (Para saber mais sobre este tema leia o seguinte texto: MARQUES, J. P. C. & Pinheiro, E. S. Análise da fragmentação florestal em Manaus/AM. XVI Encontro Nacional de Geógrafos, 25 a 31 de julho de 2010. A cidade de Manaus é banhada pelo rio Negro, todavia no limite deste sítio está o Encontro das Águas do rio Negro com o rio Amazonas/Solimões. Nesse ponto há o desague do rio Negro no final do curso médio do rio Amazonas/Solimões, um dos pontos turísticos mais visitados. Á área urbana de Manaus é modelada por extensas malhas hídricas regionalmente denominadas de igarapés quando modeladores dos ecossistemas de terras firmes. Na rede hidrográfica do rio Amazonas/Solimões a identificação desses sistemas acontece em decorrência principalmente da cor de suas águas que variam do verde esmeralda, verde oliva, cristalinos até café fraco.

SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE

Segundo a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE), a cobertura da rede de esgoto em Fortaleza abrange 53%, sendo que 100% do que é coletado é tratado. A previsão é chegar a 65% após a Copa do Mundo da FIFA 2014. Já a cobertura de água em Fortaleza é de 98,25%. Na relação saúde-ambiente, a dengue é um problema de saúde pública que continua afetando o estado como um todo. Foram notificados 52.734 casos de dengue em 184 (100%) municípios, destacando-se os municípios de Fortaleza e Maracanaú, com 8.248 (35,2%) e 1.639 (7,1%) dos casos confirmados, respectivamente. (Disponível em http://www.saude.ce.gov.br/index.php/ boletins) Em termos de saneamento básico, Manaus vem fazendo progressos importantes. Dados divulgados em 2013 indicam que 95,58%da população é servida de abastecimento de água, faltando está a apenas 36.312 ligações de água para atingir a universalização do serviço até 2030. Já a cobertura do serviço de esgoto encontra-se em 21,28%. (Disponível em http://www.d24am.com/noticias/amazonas/ manaus-sobe-dez-posices-no-rankingbrasileiro-do-saneamento-basico/97049).

Dados da Secretaria de Saúde de Manaus (SEMSA) registraram 2.532 casos de malária (doença infecciosa causada por protozoários transmitidos por vetores), na cidade de Manaus, no primeiro semestre de 2013. Esses dados apontam uma redução de 46% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. As áreas de maior risco são a Zona Rural e próximas a regiões de floresta, como, por exemplo, o bairro Tarumã, na Zona Oeste de Manaus.

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CIDADE

Natal (RN)

ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS

A cidade vem sofrendo de crescente elevação de temperatura, decorrente do adensamento urbano, e assim, o recuo e o espaçamento entre os edifícios na orla se tornam fundamentais para a entrada dos ventos alísios. Porém, o Parque das Dunas se comporta como uma barreira natural à entrada dos ventos, restando, para a cidade, duas entradas principais de vento, uma junto ao Morro do Careca, e outra, no trecho entre a Ponta dos Morcegos e o Forte dos Reis Magos. (Para saber mais sobre este tema consultar: Marques, R. S.Ventilação e prescrições urbanísticas: uma aplicação simulada para a Orla do Meio em Natal-RN. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo), Natal-PPGAU/UFRN, 2002).

SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE

A cidade de Natal conta com 36% de serviço de coleta e tratamento de esgoto. Até final de 2015, com o Plano de Ações Sanear RN, é previsto que esse percentual atinja em 100% a área saneada. Já o abastecimento de água tem cobertura de atendimento de quase 100% da população. Na cidade de Natal foram notificados 998 casos de dengue até maio/2013, sendo que desses, 72 são de casos de dengue grave (Disponível em http://portal.natal. rn.gov.br/_anexos/boletimdengue/boletim_ dengue_a06n20.pdf).

Outro fator que contribui para a percepção de elevação de temperatura é a perda crescente de cobertura vegetal na cidade. Estima-se que nos últimos 10 anos, a cidade perdeu cerca de 30% de área verde. Para tentar reverter o quadro, foi aprovada uma Lei municipal – Lei 289/2011, regulamentada pelo Decreto municipal 9.511/2011 – que estabelece o plantio de uma muda a cada dois carros zero km vendidos em Natal, estando as concessionárias de automóveis obrigadas a comprovar o plantio de árvores compensando quantidade de carros novos vendidos no período de 03 (três) meses. O valor arrecadado com multas aplicadas aos infratores dessa Lei é  destinado integralmente à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo – SEMURB, para  financiar campanhas e outros eventos ligados à conscientização do aquecimento global.

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Textos Complementares

CIDADE

Recife (PE)

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ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS

A cidade de Recife teve seu crescimento acelerado no século XIX, com sua atual estrutura urbana em forma de estrela e em cinco direções (norte, sul, sudeste, oeste e noroeste), seguindo a ligação entre seu núcleo primitivo e os antigos engenhos. Apresenta rica paisagem natural composta por praias, rios, mangues, matas e mananciais.

Do ponto de vista das políticas ambientais, diz-se que Recife foi pioneiro no Brasil em termos de zoneamento urbano, através da Lei municipal de uso e ocupação do solo n. 14.511 de 1983, estabelecendo as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS). As ZEIS, em número de 66, são delimitadas como “áreas de assentamento habitacionais de população de baixa renda, surgidas espontaneamente, existentes, consolidadas ou propostas pelo Poder Público, onde haja possibilidade de urbanização e regularização fundiária”. (Disponível em http://www2.recife.pe.gov. br/a-cidade/aspectos-gerais/aspectosurbanisticos-e-ambientais/)

SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE

Atualmente, menos de 50% da cidade do Recife e de sua Região Metropolitana são atendidos por sistema de coleta de esgoto. O programa Cidade Saneada, implantado em 2013, tem como objetivo atingir em 12 anos, o índice de 90% no atendimento em esgotamento sanitário da Região Metropolitana do Recife. (Disponível em http://www.compesa.com.br/saneamento/ esgotamentosantiario).

Em termos de doenças associadas ao ambiente, na cidade do Recife, a filariose, causadora da elefantíase, é endêmica há várias décadas. No ano de 2009, o governo do estado lançou o Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas (Projeto Sanar) e estabeleceu como meta reduzir os níveis de transmissão a menos de 1% nos municípios endêmicos (um total de quatro) da região metropolitana do Recife até 2014. (Disponível em http:// www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/ start.htm?infoid=106&sid=8).

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CIDADE

Salvador (BA)

ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS

Salvador está localizada em uma pequena península, de formato triangular que separa a Baía de Todos os Santos de águas abertas do Oceano Atlântico. Graças à essa Baía, Salvador é um dos principais portos de exportação, encontrando-se no coração do Recôncavo Baiano, que corresponde a uma rica região agrícola e industrial, englobando a porção norte do litoral do estado. Esses fatores têm dinamizado o crescimento da cidade e a perda de cobertura vegetal nativa. Mas ainda assim, Salvador sustenta um índice de cobertura vegetal de cerca de 28% da área urbana e aproximadamente 32 m2 de área verde por habitante. Para melhorar ainda mais estes índices, em 2013 foi criada a Secretaria Cidade Sustentável (SECIS), responsável pela gestão ambiental do município. Dentre os programas em desenvolvimento estão o Verde Perto – Salvador cada vez mais verde. Trata-se de um programa integrado de projetos que tem como objetivos: (i) ampliar a cobertura vegetal na cidade melhorando o microclima; (ii) revitalizar espaços públicos; (iii) integrar corredores ecológicos; (iv) revitalizar corpos d’água que cortam a cidade.

SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), colhidos no Censo 2010, revelaram que aproximadamente 99% da população de Salvador têm acesso à rede de esgoto e de distribuição de água. No que se refere a esgotamento sanitário a porcentagem é de 85%, de acordo com o órgão oficial. De acordo com Luiz Moraes, Doutor em Saúde Ambiental e professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), esses números precisam ser encarados com certa parcimônia. Ele alerta para o fato de que o 1% que não tem acesso à rede de esgoto representa uma média de 30 mil pessoas, se considerarmos o contingente populacional do município, e isso não pode ser desconsiderado. Quanto ao esgotamento sanitário, revela ainda mais reserva. “Numa pesquisa realizada na UFBA – que resultou na publicação Caminho das Águas de Salvador – comprovamos que todos os rios da cidade estão poluídos. Portanto, se existisse o manejo correto dos esgotos e o tratamento dos mesmos até serem lançados no mar, através dos emissários, os rios não estariam em tal condição” analisa o pesquisador. A pesquisa revelou que na escala de poluição os rios Ipitanga e o Rio do Cobre, no subúrbio ferroviário são os menos poluídos. Porém, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) desconsidera o controle dos transmissores potenciais de doenças, sendo a dengue uma delas.

Salvador não possui ainda uma política pública de coleta seletiva, o que deverá ser sanado com a exigência federal de que os municípios formulem seu plano municipal de saneamento básico até 2014. De acordo com a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (LIMPURB), empresa responsável pela coleta de lixo na capital baiana, a coleta é feita em parceria com 18 cooperativas e ou associações de catadores de materiais recicláveis cadastradas pela Prefeitura de Salvador. Em 2013 foi aprovado pela Câmara Municipal de Salvador projeto de Lei que prevê punições para quem jogar lixo em locais impróprios na cidade. Até a data de produção deste material, a Lei ainda não tinha entrado em vigor.

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Textos Complementares

PARQUES DA COPA a) Parque Nacional do Jaú (AM)

NOME DA UNIDADE: Parque Nacional do Jaú BIOMA: Amazônia ÁREA: 2.367.333,44 hectares DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Decreto n. 85.200, de 24 de setembro de 1980 COORDENAÇÃO REGIONAL/VINCULAÇÃO: CR2 – Manaus ENDEREÇO / CIDADE / UF / CEP: Rua Antenor Carlos Frederico, 69, Novo Airão-AM, CEP 69730000 TELEFONE: (92) 3365-1345 Descrição do parque e seus atrativos

A construção deste tópico tomou como referência informações disponíveis em http://www.icmbio. gov.br/portal/ biodiversidade/unidadesde-conservacao/ biomas-brasileiros/ amazonia/unidadesde-conservacaoamazonia/1980-parnado-jau.html e http:// www.icmbio.gov.br/ portal/o-que-fazemos/ visitacao/ucs-abertasa-visitacao/189-parquenacional-do-jau)

O Parque Nacional do Jaú é uma Unidade de Conservação da Natureza de proteção integral localizada no Amazonas. Com uma área de 2.272,000  hectares e um perímetro de 1.213  km, Jaú é a quarta maior reserva florestal do Brasil e o terceiro maior parque do mundo em floresta tropical úmida intacta. No ano de 2000, esse parque foi inscrito pela UNESCO na lista do Patrimônio Mundial. Nas proximidades do rio Jaú estão localizadas as ruínas de Airão Velho, que fora povoado pela colonização portuguesa e representou um importante centro de comércio durante o Ciclo da Borracha. Nessa área do Parque, nos rios Negro, Jaú e Unini, existem vestígios de antigos povos indígenas, na forma de cerâmica e petroglifos.

Uma das peculiaridades mais extraordinárias do Parque Nacional do Jaú é o fato de ser esta a única Unidade de Conservação da Natureza do Brasil que protege totalmente a bacia de um rio extenso e volumoso: a do rio Jaú, de aproximadamente 450 km, com águas pretas. O parque permite as práticas de caminhada e canoagem e oferece uma paisagem com belezas cênicas. A época mais chuvosa compreende os meses de dezembro a abril. Uma curiosidade: no parque existe aproximadamente um jacaré por quilômetro, em todos os habitats.

Como chegar ao Parque: partindo de Manaus, pode-se viajar de lancha ou barco de centro pelo rio Negro até o município de Novo Airão, com a duração que varia entre 6 a 18 horas dependendo da força (Hp do motor) do transporte fluvial. Nesse município, deve-se fretar outro barco e seguir pelo rio Jaú até a área do Parque. O acesso, por via terrestre, pode ser realizado pela estrada Manacapuru/Novo Airão.

O visitante pode ficar hospedado na cidade de Novo Airão, ao sul do parque, e em Barcelos, ao norte ou se alocar na própria embarcação. 74

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos Espécies ameaçadas de extinção protegidas pelo Parque: Maracajá-peludo – (Leopardus wiedii), Onça-pintada (Panthera onca), Ariranha (Pteronura brasiliensis), Peixe-boida-Amazônia (Trichechus inunguis). Para saber mais a respeito desse parque leia: UNESCO. Patrimônio mundial no Brasil, 2. ed. Brasília: UNESCO, Caixa Econômica Federal, 2002. b) Parque Nacional de Anavilhanas (AM)

NOME DA UNIDADE: Parque Nacional de Anavilhanas BIOMA: Amazônia ÁREA: 340.831,53 hectares DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: , n. 86.061 de 02 de junho de 1981 / Lei n. 11.799, de 29 de outubro de 2008. COORDENAÇÃO REGIONAL / VINCULAÇÃO: CR2 – Manaus ENDEREÇO / CIDADE / UF / CEP: Rua Antenor Carlos Frederico, 69 - Novo Airão/AM – CEP:  69.750-000 TELEFONE: (92) 3365-1345 Descrição do parque e seus atrativos

O Parque Nacional de Anavilhanas é uma Unidade de Conservação da Natureza do tipo proteção integral, com abrangência aproximada de 400 ilhas fluviais. Localiza-se no curso inferior do rio Negro, próximo ao parque nacional do Jaú, com área distribuída entre os municípios de Iranduba, Manaus e Novo Airão.

A área dessa unidade é de domínio público, estando sua permissão atrelada às seguintes situações: (i) as visitas na unidade são proibidas (exceto com objetivo educacional e previsto em seu plano de manejo); (ii) a pesquisa científica depende do órgão responsável, que nesse caso é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); (iii) não são permitidas alterações em seus ecossistemas, salvo algumas exceções. Essas situações fazem parte do estudo sobre o ordenamento do uso público desse Parque Nacional, significando que o controle da atividade turística ainda não está regulamentada.

A construção deste tópico tomou como referência informações disponíveis em http://www.icmbio.gov. br/portal/o-que- azemos/ visitacao/ucs-abertasa-visitacao/212-parquenacional-anavilhanas e http://www.icmbio.gov. br/portal/biodiversidade/ unidades-deconservacao/ biomas-brasileiros/ amazonia/unidadesde-conservacaoamazonia/1977-parnade-anavilhanas.html

A visitação acontece em função das características geográficas dessa Unidade, tendo em vista ser um arquipélago fluvial por onde passa uma hidrovia com mais de 60 comunidades no entorno, da proximidade da capital Manaus, da localização da cidade de Novo Airão, cuja parte de sua economia está na dependência da atividade turística realizada no Arquipélago de Anavilhanas. Seus maiores atrativos são: praias (na seca, de setembro a fevereiro), trilhas aquáticas de igapó, ilhas e trilhas terrestres (ainda não abertas à visitação).

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Textos Complementares O acesso, saindo da cidade de Manaus, por via terrestre se dá da seguinte forma: atravesse a ponte sobre o rio Negro, seguindo pela AM-070 em direção a Manacapuru (86 km aproximados), e depois, em um entroncamento à direita, pela AM-352 em direção a Novo Airão (mais 98 km). As estradas são asfaltadas e as condições são razoavelmente boas o ano todo. Em média, completa-se o trajeto em, no máximo, 2h30min. Pela via fluvial, as embarcações são do tipo regional: barcos fluviais com motor de centro com capacidade aproximada para 45 pessoas e lanchas rápidas para 2, 6 e até 15 pessoas. As viagens fluviais duram de três a nove horas, até Novo Airão. Espécies ameaçadas de extinção protegidas pelo Parque: Maracajá-peludo (Leopardus wiedii), Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), Onça-pintada (Panthera onca), Tatu-canastra (Priodontes maximus), Ariranha (Pteronura brasiliensis), Peixe-boi-da -Amazônia (Trichechus inunguis). Para saber mais a respeito desse parque, acesse o site: c) Resex Rio Unini (AM)

NOME DA UNIDADE: Reserva Extrativista Rio Unini BIOMA: Amazônia ÁREA: 849684,79 hectares DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Decreto s/n. de 21 de junho de 2006 COORDENAÇÃO REGIONAL / VINCULAÇÃO: CR2 – Manaus ENDEREÇO / CIDADE / UF / CEP: Rua Antenor Carlos Frederico, 69 - Centro. Novo Airão/AM. CEP: 69730-000 TELEFONE: (92) 3365-1345 Descrição do parque e seus atrativos

A construção deste tópico tomou como referência informações disponíveis em http://www.icmbio. gov.br/portal/ comunicacao/noticias/ 20-geral/1715-aprovadoplano-de-manejoparticipativo-para-areserva-extrativistado-rio-unini.html e http://www.fva.org.br/ index.php?option= com_content&view= article&id=61&Itemid=68 76

A Reserva Extrativista rio Unini é uma Unidade de Conservação da Natureza categorizada como reserva extrativista e criada por Decreto Presidencial em 21 de junho de 2006, a partir das reivindicações das populações ribeirinhas do referido rio.

Essa RESEX – reserva extrativista – com o rio Unini, ao norte, está localizada acerca de 500 km de Manaus (AM.), junto com a RDS Amanã, limitam rio Unini, afluente do rio Negro pela faixa justafluvial direita (município de Barcelos/AM.a oeste), ao sul, na faixa justafluvial esquerda com Parque Nacional do Jaú (PNJ). Nas cabeceiras do rio Unini (RDS Amanã), estão as instalações de hotéis de pesca esportiva. Segundo a legislação ambiental brasileira as Reservas Extrativistas têm como objetivo proteger os meios de vida e a cultura das populações tradicionais residentes, assegurando o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. A Resex do Rio Unini é a primeira unida-

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos de de conservação de uso sustentável criada na sub-bacia hidrográfica do rio Negro e já com o Plano de Manejo aprovado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ ICMBio – 07 e 08 de agosto de 2011, em Novo Airão.

Espécies da fauna endêmica protegidas pela Reserva: acará-disco-cabeça-azul (Symphysodon discus) e uacari-de-costas-douradas (Cacajao melanocephalus) – espécie endêmica da bacia do rio Negro. d) Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA)

NOME DA UNIDADE: Parque Nacional da Chapada Diamantina BIOMA: Caatinga ÁREA: 152.141,87 hectares DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Decreto n. 91.655, de 17 de setembro de 1985 COORDENAÇÃO REGIONAL / VINCULAÇÃO: CR7 – Porto Seguro ENDEREÇO / CIDADE / UF / CEP: Rua Barão do Rio Branco, 25 - Palmeiras/BA – CEP: 46.930-000 TELEFONE: (75) 3332-2418/3332-2310/VOIP (61) 3103-9882 Descrição do parque e seus atrativos

O Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) protege uma parte da Chapada Diamantina, que é uma denominação regional para a Serra do Sincorá, abrangendo territórios dos municípios de Andaraí, Ibicoara, Itaetê, Lençóis, Mucugê e Palmeiras.

A Chapada Diamantina pode ser entendida como um mosaico ecológico formado por campos rupestres, cerrados, caatingas, matas ciliares, mata atlântica e pelas “fronteiras” entre cada um desses ambientes, nas quais novas e singulares conformações ecológicas se apresentam. Nesses ambientes ocorre uma rica diversidade de plantas e animais. A Chapada Diamantina é um dos principais destinos ecoturísticos do país, tendo, também, grande repercussão no turismo internacional. Parte desse poder de atração da região é devido à sua privilegiada geomorfologia, repleta de cânions, montanhas, cachoeiras, cavernas e as chapadas, propriamente ditas.

A sede administrativa do Parque Nacional da Chapada Diamantina fica na cidade de Palmeiras, que está a 470 km de Salvador.

Espécies ameaçadas de extinção protegidas pelo Parque: Gavião-pomba (Leucopternis lacernulatus), Guigó-da-caatinga (Callicebus barbarabrownae), Gato-do-mato (Leopardus tigrinus), Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), Onça-pintada (Panthera

A construção deste tópico tomou como referência informações disponíveis em http:// www.icmbio.gov.br/ portal/biodiversidade/ unidades-deconservacao/ biomas-brasileiros/ caatinga/unidadesde-conservacaocaatinga/2129-parnada-chapada-diamantina. html; http:// parnachapada diamantina. blogspot.com.br/ p/visitacao.html e http://www. guiachapada diamantina.com.br/ mapa-do-parque

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Textos Complementares onca), Borboletinha-baiano (Phylloscartes beckeri), Tatu-canastra (Priodontes maximus), Onça-parda (Puma concolor greeni), Tiriba-grande (Pyrrhura cruentata), João-baiano (Synallaxis cinerea), Águia-cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus). e) Parque Nacional de Ubajara (CE)

NOME DA UNIDADE: Parque Nacional de Ubajara NOME POPULAR: Parque de Ubajara BIOMA: Caatinga ÁREA: 6.288 hectares DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: O Parque foi criado pelo Decreto 45.954, de 30 de abril de 1959, e alterado em seus limites pelos Decretos n. 72.144, de 26 abril de 1973 e Decreto presidencial sem número, de 13 de dezembro de 2002. COORDENAÇÃO REGIONAL / VINCULAÇÃO: CR5 – Parnaíba ENDEREÇO / CIDADE / UF / CEP: Rodovia da Confiança, CE-187, Zona Rural. CEP: 62.350-000 Ubajara – CE TELEFONE: (88) 3634-1388/ 9961-8841 Descrição do parque e seus atrativos

A construção deste tópico tomou como referência informações disponíveis em http:// www.icmbio.gov.br/ parnaubajara/planosde-manejo e http:// www.icmbio.gov.br/portal/ biodiversidade/unidadesde-conservacao/ biomas-brasileiros/ caatinga/unidades-deconservacao-caatinga/ 2134-parna-deubajara.html

A criação do Parque Nacional de Ubajara (PNU) foi motivada principalmente formação geológica singular, a gruta de Ubajara. Inicialmente, o Decreto de criação do Parque previa uma área de aproximadamente 4.000 hectares, reduzido para 563 hectares em 1973, e passando em 2002 a ter a área atual que abrange os municípios de Ubajara, Tianguá e Frecheirinha.

Embora o Parque Nacional de Ubajara esteja inserido no Bioma Caatinga, ele é composto por três importantes ecossistemas: Floresta Ombrófila Aberta e Floresta Subperenifólia (Floresta Úmida) e Caatinga. O PNU também é responsável pela preservação e conservação de, pelo menos, 11 cavernas, com destaque para a Gruta de Ubajara, principal atrativo do Parque. Essa gruta possui um rio subterrâneo e restos fossilizados de animais. Em sua área há também a Gruta do Urso Fóssil, denominada assim por ter abrigado um crânio fossilizado de um urso datado em aproximadamente 10.000 anos e que hoje se encontra depositado no museu da Universidade de São Paulo.

O Parque Nacional de Ubajara dispõe de alguns atrativos, tais como: trilhas, mirante, grutas e cachoeiras. Todas as visitas no interior do Parque são orientadas por guias associados a um cooperativa local e há um teleférico (bondinho) que percorre um trajeto de 550m até a Gruta de Ubajara, única caverna aberta à visitação. O principal acesso ao Parque Nacional de Ubajara se dá por meio da BR-222, que liga Fortaleza à Teresina, até à cidade de Tianguá. De Tianguá, segue-se pela CE-187 até a

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Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos cidade de Ubajara, por 17 km. Saindo do município de Ubajara, segue-se por uma estrada pavimentada até a entrada do Parque, por mais 3 km. A distância entre Fortaleza e Ubajara é de aproximadamente 340 km.

Espécies ameaçadas de extinção protegidas pelo Parque: planta samambaiaçu (Cyathea sp.), lagartinho (Colobosauroides cearenses), tamanduá (Tamandua tetradactyla), maria-do-nordeste (Hemitriccus mirandae), pintassilgo-do-nordeste (Carduelis yarellii), Rãzinha (Adelophryne baturitensis Hoogmoed), Guariba e Capelão (Alouatta belzebul ululata), Rãzinha (Adelophryne maranguapensis), Gato-do-mato (Leopardus tigrinus), Onça-parda (Puma concolor greeni), Choró-da-mata (Thamnophilus caerulescens cearensis). f) Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (BA)

NOME DA UNIDADE: Parque Nacional Marinho dos Abrolhos BIOMA: Marinho Costeiro ÁREA: 87.942,03 hectares DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Decreto n. 88.218, de 06 de abril de 1983 COORDENAÇÃO REGIONAL / VINCULAÇÃO: CR7 – Porto Seguro ENDEREÇO/CIDADE/UF/CEP: Praia do Kitongo S/N, Caravelas/BA – CEP: 45.900000 TELEFONE: (73) 3297-2258 / 3297-2260/VOIP (61) 3103-9877 Descrição do parque e seus atrativos

O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos abrange cinco ilhas, sendo que uma não faz parte dele e está sob jurisdição da Marinha do Brasil, que mantém lá o Rádio-Farol de Abrolhos. Centenas de pequenas conchas e corais se acumulam na ponta sudoeste da ilha, formando uma espécie de praia. A outra extremidade é formada por piscinas naturais que abrigam peixes coloridos e outros organismos marinhos. Nos mergulhos podem-se apreciar os recifes e toda fauna marinha. A observação de baleias jubartes, no período de julho a novembro, é a grande diversão dos passeios de barco. Aves marinhas de diversas espécies também são abundantes, tais como atobás, rabos-de-palha e fragatas.

A construção deste tópico tomou como referência informações disponíveis em http:// www.icmbio.gov.br/ portal/biodiversidade/ unidades-deconservacao/ biomas-brasileiros/ marinho/unidadesde-conservacaomarinho/2267-parnamarinho-dos-abrolhos. html e http://www.icmbio. gov.br/parnaabrolhos

É importante estar atento ao fato de que o mergulho autônomo no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos somente é permitido quando acompanhado de condutor de visitantes, neste caso denominado condutor de ecoturismo subaquático. As empresas de turismo que realizam passeios ao Parque fornecem este tipo de serviço. É obrigatório que o mergulhador esteja portando sua credencial de mergulho. Caso deseje pegar, portar, pescar ou levar organismos vivos, mortos ou fósseis ou minerais, mesmo que para pesquisa sua ou de outrem a pessoa terá que ter o termo de autorização fornecido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

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Textos Complementares (CMBio), autarquia em regime especial. Criado em 28 de agosto de 2007, pela Lei n. 11.516, o ICMBio é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).

O referido termo é obtido pelo Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (Sisbio), implementado em 2007 com o objetivo de permitir aos pesquisadores a solicitação, à distância, de autorizações para a realização de pesquisas e a coleta de material biológico em todo o território nacional, sobretudo aquelas com espécies ameaçadas, em unidades de conservação federais ou cavernas.

Espécies ameaçadas de extinção protegidas pelo Parque: Anêmona-gigante (Condylactis gigantea), Estrela-do-mar (Coscinasterias tenuispina), Estrela-do-mar (Echinaster (Othilia) guyanensis), Néon (Elacatinus figaro), Ouriço-satélite (Eucidaris tribuloides), Baleia-franca (Eubalaena australis), Coral-de-fogo (Millepora alcicornis), Pepino-do-mar (Isostichopus badionotus), Tubarão-limão (Negaprion brevirostris), Estrelado-mar (Narcissia trigonaria), Estrela-do-mar (Oreaster reticulatus), Rabo-de-palha-de-bicovermelho (Phaethon aethereus), Gorgônia  (Phyllogorgia dilatata), Rabo de junco de bico laranja (Phaethon lepturus). g) Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha (PE)

A construção deste tópico tomou como referência informações disponíveis em

http://www.icmbio. gov.br/portal/ biodiversidade/unidadesde-conservacao/ biomas-brasileiros/ marinho/unidadesde-conservacaomarinho/2265-parnamarinho-de-fernandode-noronha.html; http:// www.icmbio.gov.br/ portal/o-que-fazemos/ visitacao/ucs-abertasa-visitacao/192-parquenacional-marinhofernando-de-noronha e http://www.parnanoronha. com.br/

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NOME DA UNIDADE: Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha NOME POPULAR: Noronha BIOMA: Marinho Costeiro ÁREA: 10.972 hectares DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Decreto n. 96.693, de 14 de setembro de 1988  COORDENAÇÃO REGIONAL / VINCULAÇÃO: CR6 – Cabedelo ENDEREÇO / CIDADE / UF / CEP: Alameda do Bodró, S/N – Boldró – Fernando de Noronha/PE – CEP: 53.990-000 TELEFONE: (81) 3619-1220; 36191220 Descrição do parque e seus atrativos

Situado a uma distância de 545 km do Recife, a área do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha abrange todo o arquipélago (conjunto de vinte ilhas e ilhotas) e porções oceânicas correspondentes. As ilhas de São José, Chapéus de Nordeste e de Sueste, Rasa e Conceição estão ligadas à ilha maior de Fernando de Noronha por estreitos cordões de cascalhos e matacões, originando tômbolos que ficam inteiramente submersos na preamar e expostos nas marés baixas, permitindo caminhar até essas ilhas.

Nos meses secos, entre agosto e janeiro, a evaporação excede a precipitação e a estiagem dá à Ilha um aspecto de semiaridez. A

Meio Ambiente e Sustentabilidade – Curso de Capacitação para o voluntariado em Megaeventos pluviosidade nesse período não ultrapassa 8 mm. Nos meses de fevereiro a junho, a precipitação atinge o seu máximo, sendo março, abril e maio os meses mais chuvosos, chegando a 193,3 mm em 24 horas. A fauna marinha é rica, destacando-se os bancos de corais, tubarões, arraias, golfinhos rotatores (Stenella longirostris). As praias do Leão e do Sancho são locais de desova das tartarugas marinhas aruanãs (Chelonia midas), protegidas pelo Projeto TAMAR – Centro Nacional de Conservação e Manejo das Tartarugas Marinhas e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Natureza – ICMBio. O Arquipélago abriga ainda as maiores colônias de aves marinhas entre as ilhas oceânicas do Atlântico Sul Tropical.

Para chegar ao Parque, são oferecidos voos diários (1 hora de duração), a partir de Recife e Natal para a Ilha de Fernando de Noronha, que dispõe de uma vasta lista de pousadas, com diferentes tarifas e nível de conforto. Para entrar no Parque, é cobrado um ingresso que tem valor diferenciado para brasileiros e estrangeiros. O ingresso vale 10 dias e dá ao visitante o direito de acessar todas as áreas deste Parque Nacional destinadas ao uso público.

Espécies ameaçadas de extinção protegidas pelo Parque: Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), Tartaruga-verde (Chelonia mydas), Cebito (Elaenia ridleyana), Estrelado-mar (Echinaster (Othilia) guyanensis), Ouriço-satélite (Eucidaris tribuloides), Tartarugade-pente (Eretmochelys imbricata), Caranguejo (Johngarthia lagostoma), Tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea), Coral-de-fogo (Millepora alcicornis), Tubarão-limão (Negaprion brevirostris), Rabo-de-palha-de-bico-vermelho (Phaethon aethereus), Caranguejo (Percnon gibbesii), Gorgônia (Phyllogorgia dilatata), Rabo de junco de bico laranja (Phaethon lepturus), Pardela de asa-larga (Puffinus lherminieri), Juruviara-de-noronha (Vireo gracilirostris). h) Parque Nacional de Jericoacoara (CE)

NOME DA UNIDADE: Parque Nacional de Jericoacoara NOME POPULAR: Parque de Jericoacoara BIOMA: Marinho Costeiro ÁREA: 8.862,89 hectares DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: O Parque foi criado pelo Decreto Presidencial sem número em 04 de fevereiro de 2002 e teve seus limites definidos pela Lei 11.986/07. COORDENAÇÃO REGIONAL / VINCULAÇÃO: CR5 – Parnaíba ENDEREÇO / CIDADE / UF / CEP: Rua Oceano Atlântico s/n Jijoca de Jericoacoara – CEP: 62.598-000. TELEFONE: (88) 3669-2140/ 3669-2345/ 9961-1420 Descrição do parque e seus atrativos

O Parque Nacional de Jericoacoara (PNJ) é um dos mais encantadores Parques Nacionais costeiros e marinhos do Brasil e apresenta uma série de ecossistemas de grande relevância ecológica como restingas, manguezais e dunas. A área marinha do Parque se estende por 1 km mar-adentro, ao longo dos 22 km de costa, composta principalmente por praias arenosas.

A construção deste tópico tomou como referência informações disponíveis em http://www.icmbio.gov. br/portal/biodiversidade/ unidades-deconservacao/biomasbrasileiros/marinho/ unidades-deconservacao-marinho/ 2261-parna-dejericoacoara e
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