LAICIDADE, LIBERDADE E IDENTIDADE RELIGIOSA: A CRUZ

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Descripción

Os mitos e as ficções acostumam a gente, quase desde o momento do nascimento, a pensar de determinada maneira, a comportar-se de acordo com determinados standard, desejar certas coisas e observar determinadas normas (humanas e sobrehumanas). Por exemplo, todos nascemos ateus, mas, desde muito pequeno, nos “ensinam” fábulas fantásticas sobre um «amigo invisível» (ou vários) com superpoderes que nos protegerá, que não nos castigará e que atenderá diligentemente nossas súplicas, sempre e quando cumpramos, com cega adesão, seus mandamentos ou nos comprometamos incondicionalmente com as leis e valores de outro mundo que seus vicários deste mundo decidiram impor em seu nome. O problemático deste peculiar e incoerente tipo de lavagem cerebral monoteísta é que não somente os poderes, características e caprichos desse «amigo invisível» a quem deves obedecer, crer e “amar sobre todas as coisas” variam (essencial e ostensivamente) segundo a cultura/comunidade em que nos educam, senão que toda “educação” fundada em «pensamento mágico» escarniça a autonomia individual, amordaça a liberdade, viola e manipula cérebros indefesos, silencia aos cordeiros, alimenta a idolatria, fomenta a possibilidade de que os indivíduos não se reconheçam entre si como iguais, discrimina com base em ideias ou crenças infundadas, destroça a pulcritude e os benefícios da laicidade, além de jogar no lixo a natureza não confessional do Estado e de suas instituições... Um brutal insulto à dignidade humana.
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