La Arqueología Peninsular en el Marco de las VI Jornadas de Investigación del Valle del Duero

Share Embed


Descripción

EDITORIAL

O

Capa | Rui Barros e Jorge Raposo Composição gráfica sobre desenho de escudela vidrada recolhida, em 2000, no interior de um poço situado junto aos antigos Paços do Concelho de Torres Vedras. Desenho © Luísa Batalha, Guilherme Cardoso e Isabel Luna.

II Série, n.º 21, tomo 2, Janeiro 2017 Propriedade e Edição | Centro de Arqueologia de Almada, Apartado 603 EC Pragal, 2801-601 Almada Portugal Tel. / Fax | 212 766 975 E-mail | [email protected] Internet | www.almadan.publ.pt Registo de imprensa | 108998 ISSN | 2182-7265 Periodicidade | Semestral Distribuição | http://issuu.com/almadan Patrocínio | Câmara M. de Almada Parceria | ArqueoHoje - Conservação e Restauro do Património Monumental, Ld.ª Apoio | Neoépica, Ld.ª Director | Jorge Raposo ([email protected])

suporte digital da Al-Madan Online continua a revelar-se uma alternativa interessante para muitos autores, que nele acreditam para valorizar e divulgar os seus trabalhos teóricos e práticos, tal como os projectos e as actividades em que se envolvem. Este tomo reúne assim mais um bom conjunto de conteúdos, diversos e plurais mas enquadrados no âmbito temático desta edição do Centro de Arqueologia de Almada, que se centra na Arqueologia, na História e no Património, mas passa, cada vez mais, por muitas das disciplinas científicas que aqui convergem. Deste modo, nas páginas seguintes encontramos estudos dedicados a cerâmicas de uso doméstico dos séculos XV e XVI recolhidas em poço situado junto aos antigos Paços do Concelho de Torres Vedras, ou ainda a uma pedra de anel de cronologia romana, em pasta vítrea, proveniente do sítio do Moinho do Castelinho, na Amadora. A investigação arqueológica, na sua íntima relação com a gestão, a valorização e a divulgação do Património arqueológico, está representada pela experiência dos municípios de Avis e de Oeiras. Mais um contributo para a História da Arqueologia portuguesa enfatiza o papel desempenhado por D. Fernando II no contexto de criação da Sociedade Arqueológica Lusitana, a primeira instituição académica do nosso país dedicada a uma área que, nessa segunda metade do século XIX, procurava afirmar-se no plano científico. Entre os artigos de opinião, defende-se uma estratégia de valorização do Património cultural aplicável ao Parque Arqueológico / Museu do Côa, sob o conceito “a comunidade em primeiro lugar” e a perspectiva da “ciência cidadã”. Noutro âmbito, a recente reabertura do Museu de Lisboa - Teatro Romano com um novo percurso museográfico e programas de teatro clássico, nomeadamente a encenação da obra A Paz, criada por Aristófanes no século IV a.C., permite abordar as questões cénicas colocadas pela adaptação e representação desse repertório. Por fim, tomando por exemplo a vila de Ega (Condeixa-a-Nova), cuja origem remonta ao século XII, reflecte-se sobre a estratégia de povoamento que, cerca do ano mil, conduziu ao aparecimento da aldeia medieval e da forma rádio-concêntrica. No âmbito do Património, discute-se a recriação de estéticas antigas e o influxo da Arte Nova no couro lavrado por artífices portugueses na transição dos séculos XIX-XX, é apresentada documentação inédita sobre a ermida de Nossa Senhora do Socorro (Alcácer do Sal), consagrada para os “ofícios do divino” em 1601, e procede-se à análise comparativa da taipa militar presente em várias fortificações do Sul português, de Alcácer do Sal ao Algarve. Uma secção final dá destaque a edições e eventos científicos recentes, como notas de balanço que partilham resultados muito relevantes. Vários espaços de agenda apelam ainda à participação em acções do mesmo tipo programadas para curto e médio prazo. Enfim, como sempre, votos de boa leitura!... Jorge Raposo

Publicidade | Elisabete Gonçalves ([email protected]) Conselho Científico | Amílcar Guerra, António Nabais, Luís Raposo, Carlos Marques da Silva e Carlos Tavares da Silva Redacção | Vanessa Dias, Ana Luísa Duarte, Elisabete Gonçalves e Francisco Silva Resumos | Jorge Raposo (português), Luisa Pinho (inglês) e Maria Isabel dos Santos (francês)

Modelo gráfico, tratamento de imagem e paginação electrónica | Jorge Raposo Revisão | Vanessa Dias, Graziela Duarte, Fernanda Lourenço e Sónia Tchissole Colaboram neste número | Mila Abreu, Rui R. de Almeida, Pedro Barros, Luísa Batalha, Carlos Boavida, Maria Teresa Caetano, Guilherme Cardoso, A. Rafael Carvalho, Tânia

Casimiro, M. Catarina Coelho, Graça Cravinho, Íris Dias, Vanessa Dias, Gisela Encarnação, José d’Encarnação, Lídia Fernandes, Silvério Figueiredo, José Paulo Francisco, Bruno de Freitas, Mário V. Gomes, Luís J. Gonçalves, N. Hernández Gutiérrez, Marta Leitão, Isabel Luna, João Marques, Teresa Marques, Archer Martin, Ana C. Martins, Ana A. de Melo, Victor Mestre, Filipa Neto, Cláudia Pereira, Franklin Pereira,

Silvina Pereira, Rita Pimenta, Inês V. Pinto, R. Portero Hernández, Ana Cristina Ribeiro, J. Senna-Martinez, A. Monge Soares, Frederico Troletti, António C. Valera e Catarina Viegas Os conteúdos editoriais da Al-Madan Online não seguem o Acordo Ortográfico de 1990. No entanto, a revista respeita a vontade dos autores, incluindo nas suas páginas tanto artigos que partilham a opção do editor como aqueles que aplicam o dito Acordo.

3

ÍNDICE EDITORIAL

...3

Arqueologia Urbana em Oeiras | Íris Dias...43

CRÓNICAS A Viagem do Tempo: o viço, essa beleza instável que se projecta na paisagem patrimonial | Victor Mestre...6 O Destino dos Materiais Arqueológicos | José d’Encarnação...8

ARQUEOLOGIA

ESTUDOS

HISTÓRIA DA PORTUGUESA

O Rei D. Fernando II e a Arqueologia Portuguesa: mecenato régio e associativismo patrimonial | Maria Teresa Caetano...54

Cerâmicas Quatrocentistas e Quinhentistas do Poço dos Paços do Concelho de Torres Vedras | Luísa Batalha, Guilherme Cardoso e Isabel Luna...11

OPINIÃO Uma Peça Glíptica Proveniente do Sítio Arqueológico do Moinho do Castelinho (Amadora) | Graça Cravinho, Gisela Encarnação e Vanessa Dias...28

Da Gestão Pública à Co-Gestão: novos modelos de governança em áreas protegidas - uma visão desde a Arqueologia comunitária aplicada ao Parque Arqueológico / Museu do Côa | José Paulo Francisco...63

A Paz no Teatro Romano de Lisboa: um repertório clássico no palco mais antigo da cidade | Lídia Fernandes e Silvina Pereira...71

ARQUEOLOGIA

Plano de Gestão e Valorização de Sítios e Monumentos Arqueológicos: um contributo para a salvaguarda do Património megalítico de Avis | Ana Cristina Ribeiro...33 “Anatomia” de um Mito Medieval: a aldeia e a forma rádio-concêntrica | Bruno Ricardo Bairrão de Freitas...81

4

online

II SÉRIE (21)

Tomo 2

JANEIRO 2017

PATRIMÓNIO

A Recriação de Estéticas Antigas e o Influxo da Arte Nova no Couro Lavrado de Finais do Século XIX - Inícios do Século XX | Franklin Pereira...92

A Ermida de Nossa Senhora do Socorro, Alcácer do Sal: documentação referente à sua consagração em 1601, assim como outra relacionada com o espaço envolvente, desde a Comporta até ao Moinho da Ordem | António Rafael Carvalho...103

O Uso da Taipa Militar nas Fortificações Muçulmanas do Actual Território Português | Marta Isabel Caetano Leitão...113 Lusitanian Amphorae:

EVENTOS

LIVROS

Production and Distribution ĞĚŝƚĞĚďLJ

/ŶġƐsĂnjWŝŶƚŽ͕ZƵŝZŽďĞƌƚŽĚĞůŵĞŝĚĂ ĂŶĚƌĐŚĞƌDĂƌƟŶ

Agenda...122, 131 e 135 30.º Congresso dos Fautores Reuniu em Lisboa Especialistas Europeus no Estudo da Cerâmica Romana: breve crónica | Catarina Viegas...123 IX Mesa-Redonda Internacional da Lusitânia: um balanço de 25 anos de investigação | José d’Encarnação...126 Colóquio Internacional Enclosing Worlds: algumas notas | António Carlos Valera...129 III Congresso Internacional Santuários, Cultura, Arte, Romarias, Peregrinações, Paisagens e Pessoas | Mila Simões de Abreu, Luís Jorge Gonçalves, Cláudia Matos Pereira e Frederico Troletti...132

Lançamento do Livro Lusitanian Amphorae: Production and Distribution | Inês Vaz Pinto, Rui Roberto de Almeida e Archer Martin...120 ZŽŵĂŶĂŶĚ>ĂƚĞŶƟƋƵĞDĞĚŝƚĞƌƌĂŶĞĂŶWŽƩĞƌLJϭϬ ϮϬϭϲ

IX Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular | Comissão Organizadora do IX EASP...137 La Arqueología Peninsular en el Marco de las VI Jornadas de Investigación del Valle del Duero | Noelia Hernández Gutiérrez y Rodrigo Portero Hernández...139 As III Jornadas de Arqueologia do Vale do Tejo: um balanço final | Silvério Figueiredo e Rita Pimenta...142

Cronometrias para a História da Península Ibérica | António M. Monge Soares...133

Carta Arqueológica do Distrito de Castelo Branco. Contributos para uma revisão cem anos depois: colóquio de homenagem a Francisco Tavares Proença Júnior (1883-1916) | João Marques, Teresa Marques, Carlos Boavida, Ana Cristina Martins, João Carlos Senna-Martinez e Ana Ávila de Melo...143

Arqueologia em Portugal: recuperar o passado em 2015 - evento de divulgação científica | Maria Catarina Coelho, Filipa Neto, João Marques e Pedro Barros...136

Do Carmo a São Vicente: colóquio de homenagem a Fernando E. Rodrigues Ferreira (1943-2014) | Mário Varela Gomes, Tânia Casimiro e Carlos Boavida...145

5

La Arqueología Peninsular en el Marco de las VI Jornadas de Investigación del Valle del Duero Noelia Hernández Gutiérrez y Rodrigo Portero Hernández [Asociación Científico-Cultural Zamora Protohistorica ([email protected])] FIG. 1

1. La labor de la Asociación Científico-Cultural Zamora Protohistórica en la Arqueología peninsular

2. Las VI Jornadas de Arqueología en el Valle del Duero: un punto de encuentro

L

En el año 2011 se organizaron en Zamora las I Jornadas de Jóvenes Investigadores del Valle del Duero, con las que se pretendía crear un espacio donde los investigadores, fundamentalmente aquellos en los primeros estadios de su carrera, dieran a conocer sus trabajos arqueológicos. Estas jornadas han sido un referente en la difusión de la arqueología a nivel nacional e internacional, especialmente en los últimos años con las colaboraciones entre España y Portugal. El interés mostrado por diversas universidades y museos hizo posible la organización de las siguientes Jornadas en León (2012), Salamanca (2013), Segovia (2014) y Valladolid (2015). Su espíritu investigador dio el salto, en 2016, a territorio portugués, concretamente a Oporto. Las VI Jornadas de Arqueología del Valle del Duero tuvieron lugar los días 17, 18 y 19 de noviembre de 2016 en Oporto (Portugal), concretamente en la Casa das Artes de Oporto, fruto de la colaboración entre la Asociación Científico-Cultural Zamora Protohistórica, y el Laboratório de Paisagens, Património e Território - LabPT2 de la Universidade do Minho, junto con Direção Regional de Cultura Norte (DRCN), Fundação para a Ciência e e a Tecnologia (FCT), Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Beta Analytic y Tras las Huellas del Tiempo. Como en años anteriores, estas jornadas pretendieron ser un punto de reunión para todos aquellos jóvenes que están realizando sus proyectos de investigación desde Tesis Doctorales, Trabajos de fin de Máster, etc. pero también para investigadores consagrados, reuniendo cerca de 150 participantes (82 comunicaciones y 18 posters), y más de 200 asistentes. Los trabajos presentados abarcaron un marco cronológico desde el Paleolítico hasta la Edad Media, dividido en ocho sesiones, cada una de ellas coronada con un debate en el que los asistentes pudieron plantear dudas a los comunicantes.

a Asociación Científico-Cultural Zamora Protohistórica nació al abrigo del proyecto arqueológico “Proyecto de Investigación y Difusión Arqueológica en la Provincia de Zamora” (PIDPADZ), surgido en el año 2007. Gracias a ambos se han venido realizando distintas actividades que abarcan las excavaciones arqueológicas de yacimientos como Peñas de la Cerca (Rionegrito de Sanabria, Zamora), y El Castillón (Santa Eulalia de Tábara, Zamora), así como congresos y jornadas, y un festival de cine que en 2017 tendrá su segunda edición. Desde sus inicios, la Asociación se ha esforzado por no ceñirse al ámbito académico, haciendo llegar el conocimiento científico a todos los públicos y edades; para ello se han realizado diferentes actividades, tales como visitas guiadas a yacimientos, excursiones, talleres arqueológicos, exposiciones fotográficas, etc. Los objetivos de la Asociación son diversos, desde la búsqueda del conocimiento, protección y divulgación del patrimonio arqueológico en general, hasta la creación de espacios de encuentro y difusión dentro del ámbito de la investigación. Es así como surgieron las Jornadas de Jóvenes investigadores del Valle del Duero, el Congreso Internacional sobre Fortificaciones en la Tardoantigüedad y el Congreso Internacional de Cerámicas Altomedievales en Hispania y su Entorno (Siglos V-VII D.C.), estos dos últimos congresos con presencia de investigadores procedentes de Francia, Portugal, Italia y Reino Unido entre otros países. Para cumplir con estos objetivos, Zamora Protohistórica cuenta tanto con el trabajo de sus miembros, como con la ayuda prestada por diversos organismos a lo largo de los años de su existencia, entre los que se cuentan universidades, centros de investigación, y administraciones provinciales y municipales.

El primer día estuvo dividido en tres sesiones. La primera se centró en trabajos acerca del Paleolítico y Mesolítico de la cuenca del Duero, y estuvo dirigida por José Meireles (Universidade do Minho) y Sérgio Monteiro-Rodrigues (Universidade do Porto). Las comunicaciones abordaron aspectos como el hábitat y poblamiento, las formas de intercambio a larga distancia, el arte y las industrias líticas, recorriendo el espacio desde la Cornisa Cantábrica hasta el valle del Duero y el Noreste portugués en los Vale do Côa y Sabor. La Sesión 2 se centró en el Neolítico y el Calcolítico, y estuvo a cargo de Maria Jesus Sanches (Universidade do Porto). Es de destacar que este año las comunicaciones acerca de estos periodos fueron más numerosas que en Jornadas anteriores. Se trataron temas como los hábitats y sistemas de poblamiento, el arte esquemático y rupestre, y la arquitectura fortificada en la cuenca del río Duero. La Sesión 3, que tuvo lugar por la tarde, trató la Edad del Bronce en el Valle del Duero. Los coordinadores fueron Ana M. S. Bettencourt (Universidade do Minho) y Hugo Aluai Sampaio (Instituto Politécnico do Cávado e Ave). Esta sesión fue la que más comunicaciones tuvo, con un total de 13 presentaciones. Además, se amplió la perspectiva portuguesa con respecto a años anteriores, con investigaciones acerca de la Edad del Bronce en Alto Duero portugués o la margen sur del bajo Duero y zonas del Noreste de Portugal. Se abordaron temas parecidos a los de las sesiones anteriores, añadiendo en este caso la metalurgia, estudios carpológicos y los contactos culturales y comerciales. El congreso continuó con la apertura de la sesión de la Edad del Hierro la mañana del 18 de noviembre bajo la coordinación de Javier Larrazabal (Universidade do Minho). En este caso las contribuciones estuvieron mucho más repartidas a

139

LIVROS & EVENTOS

nivel geográfico. En lo referente a Castilla y León se abordaron temas relacionados con El Cerro del Berrueco y los asentamientos en los Montes de León. En el caso portugués entre los diversos yacimientos se trataron los de Crestelos, las murallas del Alto da Fonte do Milho o Castro de Ovil. La sesión de la tarde (Sesión 5) se abrió con la temática de la romanización en el Valle del Duero y estuvo coordinada por Maria Manuela dos Reis Martins (Universidade do Minho) y se trataron entre otros temas la cerámica romana y su producción, así como las comunidades y paisajes indígenas romanizados. Las contribuciones en el ámbito portugués se centraron entre otros en los yacimientos de Trás do Castelo y Aquae Flaviae. En el caso español se presentaron temas relacionados con la cerámica de Herrera de Pisuerga, los sistemas defensivos de “La Ciudad” en Paredes de Nava, o de los espacios domésticos de Cuevas Ciegas en Clunia. El broche final a la sesión lo puso la proyección del documental El Oro de Tresminas - Tecnología Minera Romana ganador del 1er premio del Festival Internacional de Cine Arqueológico de Castilla y León, y la presentación del libro de O Ouro de Tresminas (Vila Pouca de Aguiar). Um dos mais importantes territórios mineiros do Imperio Romano, de Pedro C. Carvalho (Universidade de Coimbra) y Francisco Javier Sánchez Palencia (CSIC, Madrid). La sesión de Antigüedad Tardía abrió la mañana del 19 de noviembre. La coordinación estuvo a cargo de Iñaki Martín Viso (Universidad de Salamanca). Se abordaron las dinámicas poblacionales de los yacimientos de Póvoa do Mileu y Matabuey, así como de las zonas rurales del Noroeste del Duero, además de la cultura material de Castelo de Crestuma y Quinta de Crestelos. Finalmente, se presentaron comunicaciones que tuvieron como protagonistas a los restos óseos, tanto los animales de El Castillón, como los humanos de Prado Guadaña. Por la tarde, la Sesión 7 estuvo dedicada a la arqueología medieval y coordinada por Alicia Álvarez Rodríguez (ZamoraProtohistorica). Se abordaron aspectos funerarios de los yacimientos de Santa María del Templo y el Camino Francés, junto con las cerámicas de O Bordel, las porcelanas del monasterio de Santa María de Palazuelos, y cuestiones territoriales en diversos yaci-

140

online

II SÉRIE (21)

Tomo 2

JANEIRO 2017

FIGS. 2 Y 3 − Sesiones sobre la Edad del Hierro (arriba) y la Antigüedad tardía en el valle del Duero (izquierda).

mientos peninsulares. Además, en esta sesión hubo una comunicación centrada en la divulgación como arma de difusión arqueológica a partir de la fotogrametría digital. La sesión de clausura contó con la presentación de tres grandes proyectos de Portugal, presentados por Paulo Amaral de la DRCN sobre el “Carril mourisco: um eixo patrimonial no Leste Transmontano”; Paulo Dordio sobre: “O Plano de Salvaguarda do Património do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor (2008-2015)” y Pedro C. Carvalho, Luís Filipe Gomes y João Nuno Marques sobre los: “Estudo Histórico e Etnológico do Vale do Tua (2012-2016): traços gerais de uma investigação interdisciplinar e cruzada na longa diacronia”. Cabe señalar además la realización de sesiones de presentación de pósters, las cuales giraron en torno a aspectos tan variados como la arquitectura, el arte y la cerámica. Posteriormente a la clausura de las Jornadas, el día 20 tuvo lugar una excursión a Tongóbriga (Freixo, Marco de Canaveses), yacimiento de época galaico-romana declarado Monumento Nacional, a la cual asistieron una treintena de personas.

3. La colaboración científica entre España y Portugal en la Arqueología del Valle del Duero A la variedad y calidad de las comunicaciones presentadas a estas Jornadas, queremos añadir la importancia que en las mismas ha tenido la estrecha colaboración entre los diversos organismos españoles y portugueses. La realización del encuentro no habría sido posible sin el trabajo conjunto de la Asociación Científico-Cultural Zamora Protohistórica y Lab2PT de la Universidade do Minho, organizadores del evento, así como los diversos colaboradores: República Portuguesa, DRCN, FCT, Compete 2020, Portugal 2020, Fundo Europeu de Desenvolvimiento Regional, y Tras las Huellas del Tiempo. Por otro lado, cabe destacar la diversidad de organismos de investigación de ambos países que han formado parte de las Jornadas: las universidades de Minho, Salamanca, Porto, Coimbra, Valladolid, Santiago de Compostela, Autónoma de Madrid, UNED, Lisboa, Barcelona, Burgos, Alicante, Rey Juan Carlos, Évora y Valencia, así como Museo de Valladolid, las Câmaras Municipais de Porto, Guarda, Espinho, Paredes y Baião, Estação Arqueológica do Freixo, Wessex Archaeo-

Leia também a

Al-Madan em papel...

[N.º 20 - 2016]

Edição anual, com distribuição no circuito comercial e por venda directa (portes de correio gratuitos *) FIGS. 4 Y 5 − Sesión de clausura con la presentación de diversos proyectos arqueológicos en Portugal (arriba) y vista general de los asistentes a las VI Jornadas de Arqueología del valle del Duero, durante la inauguración de las mismas.

deben dar pie a pensar el cuidado, la investigación y la difusión de nuestro Patrimonio de forma conjunta, aportando una visión global de las herramientas de conocimiento y conservación del Pasado, y abriendo oportunidades de colaboración futuras. La enorme presencia de comunicaciones y posters presentados en esta edición nos hace ser optimistas para continuar, en los próximos años, realizando esta serie de jornadas y congresos en nuevas zonas de Portugal y España, que permitan seguir conectando a los investigadores de ambos países.

Pedidos: Centro de Arqueologia de Almada Tel.: 212 766 975 E-mail: [email protected]

* no território nacional continental

outra revista... ...o mesmo cuidado editorial [http://www.almadan.publ.pt]

PUBLICIDADE

logy, Museo do Côa, Fundação Côa Parque, Real Academia de la Historia, Patrimonio Inteligente S.L, Aratikos, Arqueobriga, Clunia Sulpicia, DRCN, y Centro Interpretativo do Castro de Monte Padrão (CIMP). Esta colaboración entre ambos países ha permitido llevar más allá el ámbito de actuación de la Asociación Científico-Cultural Zamora Protohistórica, que en el momento de su creación se ceñía a la zona castellano-leonesa. En este sentido, no debemos olvidar que las fronteras políticas sufren cambios a lo largo del tiempo, pero que en ellas existen espacios geográficos que presentaron características comunes para sociedades de épocas pasadas. La realización de reuniones como la que aquí se reseña se constituye como una vía para crear foros de intercambio, debate y colaboración en los que participen aquellos investigadores cuyos trabajos se centran en este tipo de espacios, actualmente pertenecientes a dos entidades políticas diferentes. Foros que, además,

edição

141

[http://www.almadan.publ.pt] [http://issuu.com/almadan]

uma edição

[http://www.caa.org.pt] [http://www.facebook.com] [[email protected]] [212 766 975 | 967 354 861] [travessa luís teotónio pereira, cova da piedade, almada]

Lihat lebih banyak...

Comentarios

Copyright © 2017 DATOSPDF Inc.