Juventude Mal Vivida

July 6, 2017 | Autor: O. Chirute | Categoría: Literature, Literatura, Filosofía, SEXOLOGIA
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Descripción

Juventude mal vivida

Osvaldo Simão Chirute

Inhambane 2012

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Introdução

Vou falar de mim - Osvaldo Simão Chirute. É quase uma espécie de auto-biografia mas com muito “show” dentro de si. Vou falar em especial de uma fase que me foi mais marcante na minha vida e espero que até ao final seja capaz de ajudar-me a analisar se a fase foi marcante pela positiva ou pela negativa e enviar o seu posicionamento para [email protected]. Agradeceria bastante a sua colaboração. Vou falar especialmente de mim e de duas garotas que as considero, assassinas de paixões, e aposto que depois da leitura poderás ajudar-me a achar um adjectivo melhor e mais adequado para cada uma delas. Após ter completado os meus 18 anos iniciou realmente a verdadeira fase mais indesejada da minha vida. Se existe algo que nunca adorei é assumir a culpa por isso desta vez prefiro culpar a minha imprudência, o maldito crescimento, a imaturidade e a incompetência que muitas das vezes tem abalado a todas as mulheres. Por questões de falta de noção e total súper dependência de regras estipuladas por outrens, elas preferiram perder a oportunidade de divertirem-se com a vida e optaram por ariscarem-se a acreditar que na altura estavam vivendo a melhor vida possível, sem colocar nem deixar alguém colocar por suas vezes a possibilidade da existência de algo melhor que aquilo. Diz-se que o primeiro amor é o mais marcante e inesquecível, mas eu não sei quando é que se deve considerar algo de amor e quando não se deve. A verdade é a de que elas me marcaram. A paixão me marcou. Sim, paixão foi, disso tenho toda a certeza. Nunca imaginei que alguns dos meus planos podessem falhar na vida, e se existe alguma coisa da qual tenho certeza¸ é a de que elas foram o meu primeiro plano a falhar na vida. Elas inauguraram a minha lista de programas negros, elas fizeram-me comprar o diário que nunca quis comprar, o da lista negra. Por questões de segurança e proteção prefiro não mencionar os nomes. Juntos vamos tentar achar adjectivos adequados para cada uma delas aqui. Mas uma dica, elas são mais velhas que eu. Uma tem um ano a mais que eu, e a outra tem quase três a quatro anos a mais que eu. Mas isso por mim não justifica nem pouco a escolha da decisão pela qual elas preferiram optar, claro, elas aproveitaram-se da idade para tudo. Aproveitaram-se de cada ponto fraco meu para afastarem-se de mim.

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Crescimento Tudo iniciou com o maldito crescimento. Sim, porque eu conhecera elas antes e isso não constituira nenhum problema na altura. Fiz dois, quase quatro a cinco anos com a cara dessas “gatas” sem problemas. O diabo chegou com o crescimento. E como se elas tivessem mudado de repente, do dia 31 de dezembro ao dia 1 de janeiro. Foi tudo tão rápido que nem deu para controlar. Elas transformaram-se em algo comestível, mais doce que a própria vida; fizeram minha vida transformar-se em algo insuficiente, e que só elas poderiam completar. Elas fizeram eu virar preguiçoso, apenas sábio ao pensar nelas. É claro que nessa matéria eu era inteligente. Adorava a noite, gostava de dormir porque dormindo ou fingindo estar a dormir, todo mundo me respeitava, não incomodavam e assim eu podia pensar nelas a vontade. Eu as adorava mesmo, elas eram tudo para mim, eram o melhor açúcar do meu chá, eram o melhor sonho dos meus sonos, eram a razão do meu sono, mas nunca aceitaram ser a razão da minha vida. Na minha vida elas eram o meu sonho, e no meu sonho elas eram a minha vida. Elas sabiam que eu as amava, e esse já era um problema. Elas podiam me jogar fora e de qualquer maneira porque sabiam que eu as amava, e por isso mesmo, bastava elas me precisarem, viriam dar-me um abraço e eu iria cair nas suas falsas latas sem problemas. “Só uma dica para voz meus amigos:quando uma menina ou mulher acorda de manhã, escova os dentes, lava a cara, toma banho, toma o pequeno almoço,veste bonito, aplica perfume, faz tudo para sair de casa o mais linda possível e por fim sai com ou sem onde ir, o que fazer, sempre a intenção é uma e única: ·

Atrair homens.

Por isso que quando te encontra e tu a paqueras, fazes ela acreditar que tu a amas, ai ela logo se dá por vencedora para contigo e logo em seguida manda-te fumar lenha porque contigo ela já alcançou o objectivo, que era atrair-te. Ai, ela parte para outra maratona, sai a procura de outros homens. Se tu deixaste claro que a ama, ela vai ter isso sempre em mente, e no dia que ela precisar de ti, ela irá a tua trás, dar-te um simples abraço e ai tu como já estavas aflito desde à muito

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tempo, vais abrir teu coração sem se quer pensar duas vezes. Mas se tu fores realmente um homem “player”, a primeira coisa que tu farás é convida-la para sair. Essa é uma das opções aceitáveis. Mas a melhor é convida-la para sua casa. Comigo se entra em minha casa não tem como sair sem apanhar, geralmente. O mundo globalizado ajuda muito nisso. Romantismo não funciona para atrair uma mulher, mas sim para aumentar a atração. Por isso se tu sabes que ela ainda não te ama, melhor dispensares romantismo e elogios directos e agressivo. Existem elogios que não ameiassam a mulher, elogios do tipo ela perguntar se tu estás bem ou não. Ai tu podes responder que estás muito melhor ainda com saudação dela. Aposto que ai ela vai se sentir importante e poderá ficar sem jeito. Tu deves ter a capacidade de saberes aproveitar cada palavra dela para lançar uma piada ou fazer algo que limite o fio de pensamento dela. Assim as chances de ela te enrolar serão poucas. Mas se tu deres elogios do tipo “estas bonita, linda, gata, atraente…”, esses elogios são muito vulgares e ela certamente recebe de todo mundo e a todo momento. Logo, isso não terá nenhum efeito favorável para ti. Provavelmente ela simplesmente irá agradecer e isso não é um bom sinal. Se tu a elogias e ela somente mantém um fixo olhar em sua cara, sem dizer nada, ai podes cantar vitória, com a certeza de que o elogio causou um bom efeito.”

Voltando ao drama, eu também queria que elas tivessem sido o meu futuro, mas nem no meu presente pude transforma-las. Elas só aceitaram ser um simples sonho. Teria me arriscado a virar polígamo, coisa que nunca desejei, só para ter as duas sempre do meu lado. Elas não me completavam, mas sim me terminavam. Eu sentia que algo estava faltando, foi por causa delas que descobri que meus pais tinham tido pouca paciência ao me projectarem e por consequência disso eu havia saído incompleto. E elas de tão atrevidas que eram, correram em disponibilizar-se para completar a lacuna que meus pais haviam restado. E eu, de tanto ser parvo, sem querer perceber com que tipo de gente estava lidando,

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disponibilizei-me por completo, coloquei-me todo na bandeja e em pratos limpos, servime a elas, e elas apenas fizeram o uso da minha fraqueza e jogaram-me para um contetor de lixo. Chaguei lá, o prato limpo quebrou-se e cortou-me. Agora estou nas mãos do conselho executivo. Comandado pelo conselho municipal, ordenaram que me jogassem nas mãos de gente desfavorecida e agora no prato só se joga moeda de quem lhe é pedido uma esmola. Sou o produto mais barato do mercado, e com menos aderencia no mesmo. Não me comparo nem com o dia do inicio da luta armada no meu pais, aquele dia foi mais lindo e sagrado que até ficou marcado na história. Virei órfão de afecto, órfão de beleza na alma, e rico em desamparo. Nem se quer sirvo para ser a minha própria companhia. Foi em 2005 que terminei o meu ensino primário na minha pobre e linda Escola Primária Completa de Chipole, distrito de zavala, província de inhambane, república de Moçambique. Tu não imaginas a felicidade que eu vivi após ver as benditas pautas na minha amável vitrina, era tudo lindo, acompanhado com a notícia de onde eu iria fazer o meu ensino secundário, as coisas ficaram mais doces ainda: “vila de inharrime” sim, era lá mesmo que eu iria continuar com os meus estudos. Inharrime era uma vila, e chipole uma simples zona ou bairo localisado no destrito de zavala. Ai está o motivo da minha felicidade ao receber a notícia de onde iria continuar com os meus estudos. Pela primeira vez ia viver numa vila, ia freqüentar o ensino secundário, e ia viver sozinho. Sem ter em conta as desvantagens de viver sozinho, sem vergonha na cara arrisquei-me a celebrar a minha ida à inharrime. Quando realmente estava indo ao inferno. Diz-se que numa lâmina de peixe, basta um estar podre para inutilizar-se o resto. Vivi muita coisa boa naquela vila, mas por causa destas duas “maluquinhas”, tudo de bom vai por água a baixo. Em inharrime aprendi a gerir minha própria vida pessoalmente, aprendi a cuidar de mim mesmo, e o pior de tudo, eu ia viver num lar, num internato, vulgo “main”. Lá aprendi a cortar por mim o meu próprio cabelo, todo tipo de cabelo, desde a cabeça até aos pés, lá vi minha altura, meu comprimento e minha largura crescerem gradualmente, lá aprendi a sentir saudade “dos meus pais” coisa que nunca tinha sentido, em suma, aprendi a ser homem. Disso não tenho a menor dúvida, a pobre vila marcou-me pela positiva. Se existe algo que nunca optei por ela, é aprender que perder também faz parte do jogo. Em inharrime aprendi a lidar com a rejeição, ter que aceitar a probabilidade da

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existência da derrota, ter que assumir que sou um fracassado, ter que aprender a escutar um verdadeiro “não”, ter que virar coelho (cheio de esperteza com pernas curtas). São coisas da vida, que nunca imaginei que pudesse me aliar a elas. Disso não tenho a menor dúvida, a pobre vila marcou-me pela negativa. Na altura eu adorava inharrime, era mais um sonho realizado, mais uma batalha vencida, que agora se tornou em mais um obstáculo ultrapassado. Era uma vila cheia de mistérios, cheia de maravilhas, cheia de caras lindas que adoçavam os meus momentos, embelezavam os ambientes, com uma praia muito gananciosa que por ano recolhia uma cabeça humana. Em fim, era uma vila acolhedora, linda e muito divertida.

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Inharrime “É amanhã. Claro, é amanhã sim que inicia mais uma maratona da vida. Amanhã pela primeira vez estarei numa sala do ensino secundária”. É assim que eu pensava sobre minha belixa; assim eu cantava vitória. Mas eu não estava tão bem humorado não. Algo eu estava passando pela primeira vêz: “viver longe dos meus pais”. Era primeira vez que aquilo me acontecia. O pior de tudo, é que eu sabia que aquilo era só o começo; que eu ainda tinha mais três anos pela frente sozinho. Essa era a meta, alias, o que eu achava que era a meta, quando na realidade, eu tinha mais seis anos pela frente. Graças a Deus estou agora de novo vivendo com minha família. Eu vivia num internato, e porque minha irmã tinha estado ai nos três anos anteriores, antes da minha chegada, eu já era conhecido. Por isso mesmo, a famosa “gochanissa” passou por cima de mim. Minha irmã era adorada; o povo sabia que eu era irmão dela por isso mesmo, eles me respeitavam. Mas ainda assim, ela também não se exclui do grupo das outras, porque de certeza também assassinou paixões de outros homens. Isso é típico de todas as mulheres. Basta alguém nascer mulher para se tornar assassina, para se sentir dona do mundo, para virar produto mais procurado do mercado. Eu não fui quem fez o mundo, por isso não tenho como muda-lo. A única coisa que eu quero, é fazer a diferença, e ver todo o mundo fazer o mesmo que eu - a diferença, e não o que eu faço. Mas o mundo não parece estar disposto a colaborar. Continua preso nos mitos mais redículos que já existiram. Acreditar na existência de Deus é algo que tende a falir no planeta terra; algo que não prejudica a ninguém, pelo contrário, ajuda a muitos. Mas nisso as pessoas não acreditam. Elas preferem acreditar em coisas mais redículas ainda, coisa do tipo num casal é obrigatório que o homem seja mais velho que a mulher; coisas do tipo quem deve paquerar o outro é o homem; coisas do tipo se uma mulher se declarar para um homem, no lugar de ser amada será desprezada. Estas são algumas realidades com as quais nós convivemos no nosso dia a dia. Um dia eu escutei alguém dizer: “se você quer ser meu, você precisa ser diferente de todos, caso contrário eu estaria namorando com o mundo inteiro. Você precisa também ser diferente de mim, caso contrário eu estaria namorando com um espelho.”

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Para dizer com isto que fazer a diferença é sempre melhor. Em alguns casos a gente age por impulso ou por influencia, algo que é muito negativo. As vezes a pessoa prefere agir não sob seu prazer por ter medo do que o mundo poderá pensar sobre ela. Um dia desses eu pensei sobre algo que se considera muito negativo e preferi fazer uma pesquisa, questionando pessoas nas redes sociais. Eu fazia a seguinte pergunta: ·

Entre uma mulher casada e uma prostituta, quem é que tem a vida mais “soft”? mais “relaxante”?

Dependendo da resposta de cada pessoa, a conversa levava certo rumo. Claro, porque eu não me limitava simplesmente em fazer a pergunta, e esta pergunta eu fazia tanto para os rapazes, quanto para as raparigas. Caso a mulher respondesse que a melhor vida está com as prostitutas, eu perguntava para ela o porquê de ela não ser uma prostituta. Alguns homens crentes diziam que Deus coloca na vida dum recém nascido dois caminhos: um do bem e o outro do mal. Mas gente, uma coisa aqui tem que estar clara: o que aqui está em causa não é o bem e o mal, mas sim o doce e o amargo. Minha intenção com a pergunta não era saber qual era a pessoa que estava pecando entre a casada e a prostituta, mas sim saber quem tem a vida mais doce e quem tem a mais amarga. Mas eu já sabia por que o mundo optava por ser casada e não por ser prostituta. Eu às vezes perguntava as pessoas se preferiam passar a vida resolvendo problemas de casais ou preferiam passar a vida só a sentirem prazer e a oferirem por isso. Parece piada, mas é uma pura verdade. Ser prostituta significa passar a vida a sentir prazer e a ganhar dinheiro com isso, e ser casada significa passar a vida a resolver brigas. Mas mesmo com aquelas observações todas as pessoas nunca optavam nem admitir que ser prostituta é melhor. Como eu vinha dizendo, eu já percebia o porquê de as mulheres preferirem ser casadas e não prostitutas. Elas preferiam e ainda preferem ser casadas e não prostitutas porque tem medo de serem mal vistas, tem medo do que a sociedade poderá pensar delas, e não porque ainda não tenham percebido o quão bom é passar a vida a sentir prazer. Uma das raparigas durante a minha pesquisa dissera-me que preferia resolver problemas de casais a sentir diariamente prazeres nojentos. Eu simplesmente disse para ela que bastava um prazer ser nojento, automaticamente deixava de ser prazer, e também ser da “vassoura team” não significa ter que fazer sexo até com mendigos. É preciso ser um

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pouco selectivo. Ser prostituta com orgulho e sem vergonha, pode ser muito bom, até porque todo o mundo é da “vassoura team” mas somos discretos, caso contrário não haveriam traições nos relacionamentos. Ser prostituta é sinônimo de fazer a diferença, não fazer o comum. As pessoas perdem tempo fazendo o comum e não o normal. Todo o normal é bom, mas nem todo o comum é bom. Nem todo o comum é correto e o comum nunca é normal para todos. Passar 5 refeições por dia pode não ser comum, mas pode ser normal para mim caso eu tenha habituado fazer isso diariamente. E se isso é normal para mim, de certeza é também doce pois no dia que eu for a passar só três refeições, o que é suposto comum, poderei não me sentir a vontade porque isso para mim não é normal. Isso prova que o comum pode não ser normal para alguns e o normal é sempre bom para quem o acha normal. E também se em algum dia eu for visitar uma família amiga, certamente que terei medo de passar cinco refeições num só dia em sua casa, porque eles poderão achar que estarei fazendo gastos, também poderei ter medo da forma como eles irão olhar para mim depois de saberem que eu passo cinco refeições por dia. Isso também prova que as vezes a gente age por medo, influencia, impulso e muito mais. Eis o que justifica que as mulheres nunca optem pela prostituição. Mas ser prostituta para condicionar o bem estar próprio, eu acho perfeito. Fazer a diferença é difícil, mas pode ser melhor. Voltando à história, dia seguinte eu iniciei com a maratona. Era uma linda manhã, todo apetitoso e faminto, parti para a escola. E de tão atrevida que ela era, já estava lá, na minha turma, a minha espera. Sim, ela ia estudar comigo na mesma turma. A que tinha só um ano a mais que eu; a mais “kid” que a outra.. Claro, porque é de duas que eu vou falar. Uma era mais “old” com cerca de 4 anos a mais que eu, e a mais “kid” com um ano a mais que eu. Na altura em que eu lhe vi, eu só tinha 13 anos. Acho que deve ter sido por isso que ve-la não constituiu nenhum problema. Ela, como sempre, era a garota mais linda da turma. Sim, eu já era grande o suficiente para saber quem era linda e quem não era. Talvez até melhor que agora, porque a pessoa com quem estou me relacionando agora, UMHUMMM (...) Eu estudei com ela sem problemas, nós nem se quer éramos amigos, nem conversávamos, nem sentávamos no mesmo lugar, na mesma coluna, muito menos trocavamos os trabalhos de casa. Ela era uma simples colega de turma, alias, uma simples

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conhecida, uma simples garota bonita que não me merecia, que não estava nos meus planos, que para poder conquistar seu coração precisava virar um príncipe encantado; coisa que nunca fui e jamais serei. Bem, existem algumas chances de que eu me torne um. Em todo caso eu achava que não tinha chances com ela por conta do meu estatuto social na altura, coisa que é meio polémica visto que alguns defendem que não se precisa de beleza e dinheiro para se conquistar uma mulher bonita, posicionamento este com o qual não corroboro, não exactamente. Em alguns sites de relacionamentos eu já li coisas da seguinte natureza: “É super errado pensar que para se conquistar o coração de uma garota linda precisa-se ser rico.” Estas palavras até certo ponto são relevantes, porém, temos de perceber que existe uma grande diferença entre abordar uma garota linda e abordar uma garota rica. Existem duas espécies de garotas atraentes: - as lindas e as ricas. Normalmente ser rico significa ser bonito, mas nem sempre ser bonito significa ser rico. As garotas ricas não se importam com os detalhes financeiros do homem porque elas já podem ter tudo o que precisam para a vida sem ajuda de um homem. Por isso a teoria supra citada pode ser válida nos casos em que a garota alvo da abordagem é rica e não linda. As garotas atraentes que podem ser lindas ou ricas são sempre temidas pelos homens e mais abordadas em simultâneo. É por isso que na sua maioria são consideradas “vassouras elétricas”. Elas tem sempre um homem a sua traz e eu pessoalmente percebo o quão deve ser difícil para uma garota rejeitar um garoto. Mas também entendo por experiência própria o quão é difícil para um garoto admitir uma rejeição. É como se o homem não prestasse, como se não fosse útil para nada, como se estivesse num mundo errado. As atraentes por conta da riqueza relacionam-se com os homens pelo amor verdadeiramente dito. Elas podem até fazer a questão de custear todas as despesas do seu homem só para vê-lo feliz. Por isso para com estas garotas é errado pensar que a riqueza é o maior condicionador do encantamento.

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Mas para com as garrotas simplesmente lindas, o cenário é completamente diferente. É verdade que nós nos apaixonamos por alguém pelo que é. Mas ser rico faz parte da essência de alguém. “Todo o mundo sonha em ser rico” É nesta frase que reside a diferença entre o homem e a mulher. Hoje em dia fala-se da emancipação da mulher que engloba a elevação no número de raparigas que frequêntam a escolaridade. Mas nós nunca proibimos nenhuma garota de se matricular na escola. O que acontece é que a forma como os homens encaram a vida é diferente da forma como as mulheres encaram a vida. O homem tem a sua vida em suas próprias mãos, isto é, só ele pode cuidar de si mesmo. O homem só tem um e único caminho de fazer a vida e esse caminho passa de si mesmo. A riqueza do homem está em suas próprias mãos. Mas com as garotas o cenário é extremamente diferente. As garotas tem a sua riqueza assegurada nas mãos do homem em primeiro lugar, e em segundo lugar nas suas próprias mãos. Por isso elas não se importam com a escolaridade porque sabem que tem mais uma saída que é ir ao lar. Mas para o homem já não existe esta chance. E a opção do lar para as garotas nunca falha porque tem ramificações. Se falha com um homem, ela parte automaticamente para um outro e assim faz a vida. A aquisição da riqueza passa da identificação do ponto mais forte de cada um. O homem escolarizado sabe qual é o seu ponto mais forte que é neste caso a área ou disciplina que mais domina. Depois de identificada este ponto, o homem segue e forma-se naquela área. Os que não podem apostar na escolaridade apostam na arte que provavelmente é também o seu ponto mais forte. Os que não podem em nenhuma esfera da vida apostam no suicídio, que é de certeza também o seu ponto mais forte. É por isso que o índice de suicídios é mais elevado nos homens do que nas mulheres. O ponto mais forte em todas as garotas é único, que é a “beleza”. Todas as garotas lindas sabem que são lindas por isso usam esse seu ponto mais forte para fazer a vida. “já notaste que as mulheres escolarizadas e com um estatuto elevado no governo tem sempre um défice de beleza?”

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Isto acontece porque a beleza não faz parte dos seus pontos mais fortes. Elas procuraram a beleza em seus corpos e não a encontraram, tentaram fazer a vida com base na beleza e renderam-se. Por isso procuraram outros pontos mais fortes para poderem conseguir realizar o maior sonho de todos – a riqueza – e acharam a inteligência. Estas mulheres na sua maioria são solteiras. As que acabam se casando, são as que acabam virando atraentes por conta da riqueza e não por conta da beleza. As garotas lindas sabem que são lindas e sabem que a beleza é o seu ponto mais forte por isso tentam alcançar o objectivo de todos nós – a riqueza – por meio da beleza. Eis a razão de o ditado segundo o qual - é super errado pensar que para se conquistar o coração de uma garota linda precisa-se ser rico – não ser válido para com estas garotas porque elas usam a beleza para chegar até a riqueza e o único meio de chegar até lá usando a beleza é SE CASANDO COM UM HOMEM RICO. Eu não quero morrer assassinado por mulheres por isso não posso assumir que todas as garotas lindas são interesseiras. Elas amam sim homens ricos, elas são apaixonadas pelos seus homens. A paixão é uma questão mental tanto quanto a fé em Deus. Só consegue ver o efeito da existência de Deus em sua vida, aquele que realmente crê em Deus. As garotas lindas carimbam em suas mentes que só se podem relacionar com homens ricos por isso só se apaixonam por homens ricos. Para elas a riqueza é sinônimo de perfeição e elas tem toda razão. Sujeitam-se a quaisquer tipos de tratamentos, desde momento que o homem satisfaça todas as suas necessidades, isto é, perfeição para elas é uma cobertura total de suas necessidades. Logo, para pegar-se estas garotas a questão da riquesa é imprescindível. Mas isto é só uma regra e todas as regras tem excepções. É possível um cara não rico pegar uma garota linda. “Aqui está mais uma dica: Muitos homens quando estão perante uma mulher linda, tremem, mudam o seu verdadeiro senso de humor, tentam agradar a mulher, coisa que é súper errada. Uma coisa tem que ficar clara camaradas; por mais que ela seja mais linda que a natureza, ela é humana, ela é uma pessoa de carne e osso como qualquer uma outra mulher. Não há motivos para tal atitute, para estremecer, para tentar ser algo que realmente tu não és só para agradar a mulher. Viva a tua normalidade, relaxe, curta o momento, aproveite ela no máximo, toque nela

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que vai se sentir bem. Do mesmo jeito que tu gostas quando uma mulher toca em ti, é do mesmo jeito que ela gosta quando um homem toca nela, brinca com ela, faz ela sentir-se importante e muito mais. Mulher bonita sabe que ela é bonita e muitos a tratam bem por que a temem do mesmo jeito que tu. Então, tu precisas fazer a diferença; brinque com ela que ela não se vai esquecer de ti.” Eu entendo que algumas mulheres não tem dado campo para brincadeiras, elas tem um coração perto de fezes, fazem-se de gente fina. Uma dica, não perca tempo com esse tipo de mulheres, porque essas nem com gente rica falam. Elas já nascem com um censo de humor já péssimo. E pode ter a certeza de que esse mau humor constante torna ela mais feia de todas. O que vale ser bonita na cara quando por dentro não presta? O que vale ter um carro com carcaça nova quando o motor é velho? Não perca teu tempo com isso porque não vai te servir em nada. Passa, vá em frente, curta a vida com quem nasceu para curtir.” Se a mais ‘kid” estava comigo na mesma turma, e a mais “old” onde se encontrava? Ela já estava quase num centro de formação da SAAJ na beira. Eu ainda não a conhecia, nem ela me conhecia. A vida para mim estava boa, eu já ia me habituado da vida longe dos meus pais, da vida no “main”, da vida na vila, estava tudo uma “agradabilidade”. Passou 2006 e o triunfo foi daqueles amáveis, claro, eu havia passado de classe. Sim, eu era inteligente até virar veterano. 2007 eu já era veterano no centro internato, e já andava na 9ª classe. Eu estava ainda na mesma turma com a “kid” e o cenário ainda era o mesmo: sem clima, sem “relationship, friendship”, sem nada. Eu me sentia dono do mundo por ser veterano, não prestava homenagem a ninguém, não tinha medo de coisa nenhuma, me sentia dono do mundo, e isso tudo fez-me reprovar. A “kid” era a melhor garota não na inteligência, mas sim na baleza. Ela era esperta e sabia que era bonita como toda a mulher bonita sabe. Ela soube usar a beleza em seu favor e conseguiu fazer a classe. Ai a gente se separou. Ano seguinte ela graduou a 10ª classe e saiu da vila para estudar na cidade da Maxixe.

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2009 eu estava também concluindo a 10ª classe e já estava um ano atrasado que ela. No mesmo ano que eu terminei a 10ª classe, foi inaugurada uma escola vizinha ai mesmo na vila que ia introduzir o ensino pré-universitário no ano seguinte, coisa que me impediu de sair da vila, tendo de freqüentar mais dois anos na mesma vila. No início não gostei da notícia mas na altura eu não tinha opção.

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Hora da ponta Depois de me conformar que teria de frequentar mais dois anos na mesma vila, tive de mudar de vida; essa era a única coisa da qual eu pelo menos podia me aproveitar. Eu estava vivendo num internato pertencente à escola na qual eu frequentara o meu ensino secundário. E porque eu teria de frequentar o ensino pré-universitário numa outra escola, embora na mesma vila, eu devia sair do internato. Também eu já estava cansado daquilo e já havia aprendido muita coisa, o suficiente para não querer aprender mais nada naquele recinto. Eu já estava totalmente saturado. Foi ai que se deu a tragédia, assim eu conheci a mais “old”. Sair do “main” significava encontrar um lugar para viver; foi assim que com azar calhei alugar uma casa na qual a “old” vivia. Sim, agora eu a conhecia, eu vivia com ela na mesma casa, eu partilhava com ela o mesmo quintal, eu arrendava com ela na mesma pessoa. Isso foi em 2010 e eu tinha apenas 17 anos. Também era miúdo ainda. Por isso não constituiu nenhum problema. Eu vivia com os meus dois irmãos e a divisão entre nosso quarto e a casa dela era de uma parede. A casa tinha a seguinte estrutura:

Quarto dela

Sala dela (sala comum)

Meu quarto

Assim era a vista de cima da casa onde nós vivíamos. Eu, assim como ela, acompanhava-mos a cada movimento de um e do outro, embora eu não fizesse nenhum movimento. Trágico. Com ela vivi todo o ano sem problemas. Ela era muito social, bem amiga, muito amável e tudo de bom. Eu gostava dela, eu gostava de ver ela e ela também não me odiava. Não tenho bases para afirmar que ela gostava de mim, mas ela não me odiava, gostava de ficar me atirando piadas, ela não perdia nenhuma chance de me saudar, de me elogiar, de me ofender... ela fazia de tudo para condicionar sua felicidade ou custo da minha atenção, meu olhar, meu sorriso, minha voz...

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O ano se foi, sem nenhuma notícia da “kid”. Agora eu estava explorando mais a “old”, que com ela as coisas tinham sido diferentes: com ela eu me falava sempre que pudesse, o que não acontecia com a mais “kid”. Onde é que as coisas mudam? Com o inicio do ano (2011), eu fazia naquele ano 18 anos de idade, e isso bastou para mudar o cenário. Eu já estava fazendo 12ª classe, e a “kid” sem sorte havia cometido falhas e não pudera fazer a classe, tendo por isso voltado para concluir as cadeiras em falta na mesma escola que eu, e como se não bastasse na mesma turma; foi ai que se deu a tragédia. Eu já tinha 18 anos, a maldita idade já havia me invadido. Não sei se foi porque eu já a conhecia, ela era a “kid” ou porque eu realmente gostava dela. Mas a verdade é que quando a vi pela primeira vez, eu não a reconheci logo, alias, eu não tive a certeza de quem se tratava naquele momento. Eu precisei ouvir alguém lhe chamar para poder ter provas de quem se tratava. Eu nunca havia me apaixonado, por isso eu não sabia o quão é amargo. “kid” continuava linda, mas não igual a quando ela partiu de inharrime à Maxixe, mas como sempre, ela era a melhor da turma, disso eu tenho toda a certeza. Foi neste ano que eu descobri o que realmente me atrai numa mulher: “SORRISO”.

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Osvaldo, tu reprovaste 10ª classe?

Essa foi a primeira pergunta que a “kid” fizera-me naquele ano e isso provou que ela, assim como eu, já havia me reconhecido mas já não se lembrava de onde havíamos nos separado. Na altura não fiz nada diferente de responder a verdade. Saímos da escola, descemos juntos com alguns amigos e quando ela ia se separar de nós ela prometeu que ia procurar minha casa, coisa que era tudo mentira, não cheguei de vê-la nem mesmo quando eu adoecia por sua causa. O tempo foi passando, eu fui conhecendo mais a ela e a cada dia eu ia me apaixonando mais forte ainda até que numa terça feira decidi arriscar, ligar e falar tudo o que eu tinha. Ela, profissional na matéria, disse que dir-me-ia o dia da resposta final no dia seguinte. “-Amanhã dar-te-ei a resposta final”. Isso já foi no tal dia seguinte, numa quarta feira que ela disse que dar-me-ia a resposta final no dia seguinte - quinta feira, como ela tinha prometido na terça feira de noite quando eu abri o jogo com ela. De tão parvo que eu era, mandava cerca de 3 a 4 mensagens românticas por dia, pensando que assim eu estava aumentando as probabilidades do “sim”, quando estava cada vês mais a queimar minha ficha. Foi ai que aprendi que romantismo de mais não ajuda nem pouco, mas sim “desajuda”. Sem perceber, eu estava virando um incómodo para ela, eu não dava tempo para ela sentir saudades minhas, eu obrigava ela a pensar em mim, eu tentava provar a ela que eu a amava muito... Com tudo aquilo finalmente eu consegui alcançar meu objectivo: fazer ela acreditar no meu amor. Ai ela sossego, sentiu-se vencedora e deu-me um pé na bunda; ergueu a cabeça e sumiu sem deixar nem se quer um rasto. Por ela, eu lia matéria de sedução na internet, baixava mensagens na net, eu fazia tudo o que estava ao meu alcance para afastar ela na tentativa de lhe ter por perto. Claro, porque a cada mensagem romântica que eu enviava para ela na tentativa de criar mais atração, o efeito da mensagem nela era o inverso, e eu não percebia isso. Eu nunca tinha abordado a ninguém e estava a ser parvo por aprender com alguém que eu realmente amava. Isso fez eu cometer falhas muito simples de se evitarem, e como se não bastasse, eu nem sabia se realmente estava preparado para encarar a ela como namorada ou não. Eu vivia com meu irmão e eu respeitava ele, não dava para (...) mas eu amava muito a “kid”.

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“Osvaldo, nós não podemos ficar juntos”

Essa foi a resposta que eu recebi da “kid”, mas não na quinta feira como ela tinha prometido. Já não me lembro porquê mas na quinta feira não deu para eu exigir a resposta e acabou ficando para a sesta feira. Eu não sei como me senti depois de escutar aquilo, mas bem não foi. Eu me senti inútil, fraco, debilitado, muito sozinho, impotente (...) e eu não percebia porque ela estava tomando aquela atitude. Minha intenção aqui não é dar matéria de sedução, mas eu aposto que romantismo foi exatamente o que me lixou. Existem três principais razões daquela estúpida resposta: 1. excesso de romantismo que acabou fazendo ela me considerar criança; 2. vergonha de assumir um sim na minha cara; 3. querer ainda ter certeza do meu nível de sentimento por ela. NÃO QUERER, não acho que faça parte duma daquelas opções. É claro que com o andar do tempo ela possa ter parado de me amar porque eu continuava incomodando ela que até cheguei a dizer para ela na cara do estilo “-eu te amo kid”. Atenção que eu não a chamei assim de “kid”, isso só usei aqui para evitar colocar ai o nome dela. E sabe qual foi a reação dela após escutar isso? “-Ai Osvaldo, por favor, diga que isso não é verdade, que isso é um sonho do qual eu vou acordar a qualquer altura”. Isso não é um bom sinal, isso é sinal de que eu estava sendo muito agressivo, pouco paciente, até quase meio interesseiro. Eu estava sendo muito radical sem perceber, eu estava afastando ela de mim sem perceber. Veja qual foi a próxima pergunta que ela fez após eu dizer aquilo para ela: “-Osvaldo, tu já namoraste?” essa é uma pergunta muito objectiva e intencional. Na altura eu não percebia, mas uma pergunta daquelas é sinônimo de dizer a alguém que é uma criança ainda, se não é, então esta se comportando como tal. Eu, sem perceber nada daquilo, respondi a verdade – nunca namorei, e sabe qual foi a reação dela após minha resposta? Eu não sei se foi por não querer ser minha primeira namorada ou foi mesmo por não querer namorar nunca comigo, mas a verdade é que ela propôs-me uma outra garota. “-porque é que tu não tentas namorar com (...)?” Olha só para isso, ela estava me colocando uma opção como forma de se livrar de mim. Antes mesmo de ela me dizer não, ela perguntoume se eu estava namorando uma moça que ela desconfiava que eu a estivesse namorando. Aposto que já sabes qual foi a resposta; a verdade como sempre, eu já disse aqui mesmo que a “kid” foi a primeira pessoa que eu abordei, que eu amei e que tinha sido parvo por

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ter aprendido a abordar com alguém que eu realmente amava. A garota que ela tinha me proposto como opção para namorar já estivera na mesma turma comigo por dois anos. Não que ela não fosse boa o bastante, só que eu não me sentia atraído por ela. Eu nunca tinha namorado, nunca tinha paquerado e nunca tinha amado. “Muitas das vezes quando certos homens recebem perguntas desta naturesa eles costumam responder assim: ( --eu já não namoro com ela a quase dois meses). E quando recebem perguntas do tipo com quantas “ladies” já te envolveste preferem dizer que são só duas, que ela é a terceira. Mas a questão agora é, porque é que vocês se separaram? E ela vai usar a sua resposta para justificar o não dela. A minha opção seria arranjar maneiras de se escapar de perguntas idênticas, caso seja impossível, eu acho que uma resposta do tipo ( –eu já não quero mais saber do passado; eu só quero você e mais nada) pode servir. Assumir que já esteve numa relação pode vir a prender você. Imagine que você responda por exemplo o seguinte: (-eu separei-me dela porque quero ficar com você). Essa tem sido a resposta comum em muitos jovens. Uma mulher já profissional pode dizer que não pode aceitar você como namorado, exatamente porque no dia que você vier a gostar de outra, vai manda-la fumar lenha para poder ficar com a outra. Por mim até seria melhor dizer que estás separado por causa de inúmeras traições.” Depois que a “kid” disse que não podia ficar comigo eu só fiquei com uma opção que era continuar insistindo. Na mesma semana eu fui a Zavala ver minha família. Não foi fácil absorver aquela rejeição. Aquilo estava me roendo por dentro. A rejeição faz da nossa vida um inferno. É péssimo saber que a gente é inútil na vida de certas pessoas. Naquele momento a vida não tinha graça para mim e eu precisava fazer alguma coisa para mudar aquilo, embora quase soubesse que seria impossível. Foi a muito tempo por isso já não me lembro direito o que foi que eu fiz, mas a verdade é que eu escrevi-lhe uma mensagem comprida cujo significado resumido era de que eu não estava conformado com sua decisão. Ela simplesmente respondeu que eu não podia me considerar falido, que havia muitas opções por ai e que eu conseguiria encontrar alguém melhor em pouco tempo. Eu sabia

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que aquilo era mentira e a única coisa que me veio a cabeça foi perguntar-lhe como eu poderia conseguir outra garota se ela que tinha sido a minha primeira tinha pulado. Se eu tinha falhado logo na primeira tentativa, ainda com toda a força do mundo como eu conseguiria uma outra já cansado? Eu não sei como ela digeriu aquela mensagem mas a verdade é que ela não me respondeu mais nada. Optou pelo silencio. As coisas já estavam claras com a “kid”, ela já havia me respondido, eu já sabia qual era o posicionamento dela, e ela via que eu sofria muito por ela sem poder fazer nada. O que eu fazia era apenas gastar credito e sms para nada. Eu incomodava tanto a ela que a dada altura ela me evitava, não respondia minhas chamadas. A esta altura já tinha acontecido o que eu mais temia, afasta-la de mim. Sim, ela já estava se afastando de mim, já estava se cansando de mim, já estava quase farta; e para ela atender minhas ligações, eu devia ligar com um numero diferente do meu. Só assim ela atendia sem saber que era eu ligando, até sem saber quem estava ligando. E ao atender ela perguntava se eu havia trocado de número ou não. Ela nunca me tratou mal; o que acontecia era ela passar a me tratar com carrinho, como se eu fosse seu irmão mais novo, ou seu bichinho de estimação, coisa que não era o que me interessava. Em alguns momentos eu chego a pensar que se ela tivesse radicalizado sua decisão as coisas teriam sido melhores, porque no lugar de eu estar a criar esperança, eu teria percebido de forma urgente que jamais teria tido sucesso com ela e teria me arranjado a minha maneira de forma a tira-la da cabeça. E a “old”, por onde andava? A “old” tinha partido. Sim, ela já não vivia comigo. A senhora que era dona do quintal no qual vivíamos não tinha bons modos. Ela não ajudava o suficiente para ser considerada boa gente não, ela parecia ter assinado um contrato com a TDM. Ela adorava muito BLA BLA; ela falava muito e não gostava de encarar as pessoas. Ela falava pelas paredes e a “kid” não gostava disso. Ela saturou-se rápido com ela e partiu. Você não percebe como foi que eu me senti na altura em que ela veio me despedir. Eu fiquei com vontade de partir junto com ela, com vontade de convence-la a ficar por mais uns dias, com vontade de sair correndo directamente para seu colo, dar um abraço e murmurar em seus ouvidos que eu a amava, que eu não queria me conformar com sua saída e que eu adoraria

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partir com ela. Mas infelizmente eu não tinha permissão para tal, meu medo impedia-me de fazer isso, minha estupidez, minha imprudência, minha virgindade, minha novidade no assunto, minha “caloirisse”, tudo isso me impediu de fazer as minhas vontades. Após quase duas ou três semanas da sua saída, eu liguei para ela, para escutar sua voz. E como não tivesse nada para dizer, eu preferi mentir dizendo que havia encontrado um preservativo usado e jogado no ar lento em seu ex-quarto. Ela, sabendo que era mal educada o suficiente para fazer esse tipo de coisas, acreditou na minha mentira, alegando que tinham sido ratos que haviam lhe roubado seu preservativo enquanto ela dormia. Ai ela deixou claro que ela deitava aquilo de manhã, ela usava e ficava por deitar no dia seguinte, na caixa de lixo, dentro da casa de banho, e em alguns dias eu via aquilo, caso eu fosse a casa de banho com sorte de azar. Mas aquilo não me abalava não, porque eu sabia que ela jamais seria minha, nunca tinha depositado em mim esperança de algum dia vir a ser minha, e na altura eu ainda nem tinha certeza do meu nível de sentimento por ela. Ela era mais adulta que eu, e eu sabia bem disso, por isso eu sabia que as probabilidades de têla como parceira eram muito poucas. Em algum dia mesmo eu surpreendi ela na casa de banho, logo de manhã e la estava tomando banho para ir ao serviço e eu ia apenas urinar. Eu peguei ela bem saudável. Ela já estava vestida, de saída; por isso mesmo depois de aperceber-se da minha entrada na casa de banho ela não disse nada. Deixou eu entrar, soltou um alegre suspiro, carregou sua bacia e partiu. Isso me prejudicou. Vais saber como mais em frente.

-como é que eu te deixava assim se eu e tu partilhávamos quase o mesmo quarto e tanto eu quanto você vivíamos cada passo de um e do outro? Essa foi a resposta que ela me deu depois de eu tentar uma abertura fracassada do jogo com ela. Sim, eu já havia tido a ousadia de falar-lhe sobre meus sentimentos por ela. Foi numa linda tarde, depois de sua casa ter sido ocupada por outros indivíduos, que eu lhe mandei uma mensagem dizendo que seu quarto tinha sido ocupado por gente que nem pela unha se comparava com ela. Ai ela respondeu perguntando a quem preferia ter como visinho; entre ela e os que estavam ai na altura. Ai eu tentei aproveitar suas palavras dizendo que com ela eu não preferia viver porque seu jeito me deixava (...). foi por isso que ela respondeu com o trecho que esta no início desta página em itálico.

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Eu ainda não estava preparado para abordar ela, eu era muito miúdo ainda, embora não precisei de nem mais seis meses para começar a me achar grande o suficiente para lhe abordar. Eu temia ela, eu respeitava ela, eu não sabia qual seria sua reação após saber que eu lhe adorava, eu tinha medo de ela parar de falar comigo, me achar mal educado, me achar muito criança e muito mais. Foi ai que no lugar de proceder com a paquera, preferi terminar aquilo respondendo o seguinte: “­-eish, não precisa zangar-se tah, estou a brincar consigo.” Ela não disse mais nada. Eu não sei qual foi o seu posicionamento após receber esta mensagem, se ela acreditou que eu estava a brincar realmente, ou ficou a espera de um outro ataque. Mas eu sabia qual era o meu posicionamento. Eu já sabia que ela me agradava e que a qualquer dia eu voltaria a atacar ela; mas também sabia que devia ser mais calmo. Meu plano era abordar ela sem que ela desconfiasse do que se estava tratando, abordar ela tipo brincadeiras, e consegui fazer isso até começar a querer ela com os olhos vermelhos. Não tem como namorar uma mulher de brincadeiras; ou o assunto tem que ser sério, ou nunca terás a baby. De qualquer jeito para eu poder ter ela eu precisava parar de agir como se estivesse brincando com minha irmã mais velha e começar a agir como um homem, fazer ela perceber que minhas intenções erão sérias; e isso foi suficiente para afastar-lhe de mim. Para ela namorar comigo seria como namorar com seu irmão mais novo, pelo menos é o que ela insinuava; o pior de tudo é que em algum dia ela dissera-me que eu tinha a idade do seu irmão mais novo e eu só me limitava a perguntar se havia algum problema com a idade ou não; algo que era óbvio e bem visível. O tempo foi passando, a gente se falava ao telefone, eu ligava sempre que podia e ela sempre atendia minhas chamadas e fazia questão de fingir durante o diálogo que estava curtindo o papo comigo. Digo isso porque ligações vindo dela eu não recebia, nao com freqüência, o que provava que a ansiedade que eu tinha de falar com ela, ela não tinha. Isso prolongou-se até eu ir visitar ela em sua nova casa. Claro que sim, finalmente eu fui ve-la pela primeira vez após ela sair da nossa casa. Foi numa noite de sesta feira, eu estava com meu amigo e como sempre, ela não estava sozinha. Com quem estava???... Acho que não preciso responder a essa pergunta. Como sempre ela me recebeu com amor e carrinho, fez-me ficar sem palavras, fez eu sentir-me dono do mundo naquele

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momento, fez eu tremer e por conseqüência não consegui tirar palavras, fez eu sentir-me tudo de bom. Ela não estava assim tão decentemente vestida, mas também não estava nua. Trazia umas boxers igualizinhas a ela; (lindas); não sei o quê por cima, mas ela estava amável. Sem poder falar, tentei gaguejar até conseguir marcar um encontro com ela para o dia seguinte no seu “job”. Quando já estava de regresso, meu brada soltou umas palavras assim: -meu brother, aquela baby grama/gosta de ti. Sim, ela tinha sabido fingir não só para mim, mas também para o meu “brother”, que gostava de mim, e eu sei por que ele dissera-me aquilo. Bati a porta logo que cheguei à casa da “old”, e logo que ela abriu a porta soltou as seguintes palavras: -ish, não estou a acreditar. Do estilo ela não estava acreditando que eu estava ali mais uma vez em sua frente, do estilo ela já não esperava poder me ver em algum dia em sua frente, do estilo ela já estava “bizz” naquele momento a um bom tempo, do estilo ela estava mesmo curtindo aquele momento, do estilo estava adorando e não queria que minha visita terminasse nunca. Foi por isso que meu “brother” ficou pensando que ela gostava de mim, quando na realidade não. Ela podia até não me odiar, mas também ela não me adorava tanto quanto nós imaginávamos, e o pior de tudo, tal afecto não se repetiu no dia seguinte quando eu fui visita-la no seu “job” tal como havíamos combinado. Quando eu cheguei, ela não fez nada diferente de me cobrar algo que eu havia lhe prometido. Claro, realmente eu havia prometido contar-lhe algo que não cheguei de contar. Era sobre a “kid” que eu ia lhe falar. Eu prometera-lhe isso numa das chamadas que eu efetuara para ela, e porque como sempre, não tinha papo, prometi contar-lhe algo que não cheguei de lhe contar. Ela nem se quer sabe que existe a “kid”, assim como a “kid”, não sabe que ela existe, a “old” neste caso. A “old” sempre gostou de me seduzir, ela andava todo tempo brincando com minha pessoa. Um dia desses, antes de ela sair da nossa casa, tive que ir ao centro de saúde com minha mãe porque estava muito mal de saúde. Minha mãe teve que sair de Chipole-Zavala até Inharrime para cuidar de mim. Veja que tive a sorte de ter o azar de ser tratada por ela. De tão maluca que ela é, no lugar de preocupar-se com a minha saúde, ela ficou enchendo minha mãe de coisas imprestáveis, dizendo a ela que ela é que seria a sua nora. Foi difícil perceber nem, ta cheio de ela, ela, ela ai, jogado com sua, sua, sua... não dá para perceber quase nada. Mas eu vou esclarecer melhor. Ela falou assim para minha mãe: -eu é que vou

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ser sua nora. Agora deu para perceber os “elas” e os “suas” nem. Depois de minha mãe escutar isso ela perguntou com quem ela ia se casar para poder virar sua nora, e ela indicou a mim. Não há dúvida de que de nós, eu e meus “putos”, ela gostava mais de mim. Não só ela, assim como a ”kid”, ambas gostavam de mim, gostavam de me ver, conversar comigo e muito mais por ai. A única coisa que elas não conseguiam fazer, era me encarar como namorado. Isso elas não conseguiam fazer. Fiz tudo o que estava ao meu alcance para dizer a “old” que eu estava apaixonado por ela, e quando ela apercebeu-se que o assunto era sério, parou de corresponder minhas mensagens. Eu não as tratava da mesma forma. A “kid” tinha só mais um ano a mais que eu por isso para ela eu ligava sem problemas, eu não tinha medo de enfrenta-la, e ela também não tinha nem se quer um pingo de respeito para comigo, por isso sempre que não lhe apetecesse responder ou atender minhas chamadas ela ignorava. A única coisa que eu aplaudia nela é que ela não deixava outra pessoa atender minhas ligações. Caso não tivesse vontade de atender ela preferia deixar o celular chamar no lugar de deixar alguém atender. O que não acontecia com a “old”. Não porque ela deixava alguém atender no seu lugar não, mas sim, para ela eu nem me atrevia a ligar. Apenas me limitava a mandar mensagens e ela também se limitava a ler, rir sempre que necessário e depois ignorar a mensagem. Agora sim, estava acontecendo tudo o que eu temia; elas estavam se afastando de mim, o meu afecto nelas estava caindo, elas já me evitavam. A cada dia que passava as coisas iam aquecendo, ou melhor, piorando. A cada rejeição delas, era mais um motivo meu para seguir em frente. Eu sabia o que eu queria: ter elas por perto. Por isso eu continuava insistindo mesmo sem ter esperança, sem ter motivação, sem ter nada agradável vindo delas, nem se quer um abraço. Na verdade eu nunca estive preparado para ter a cada uma delas como namorada por isso eu não me chateava com a rejeição delas e nunca quis que elas aceitassem porque eu sabia que não teria o que fazer com cada uma delas. Eu simplesmente me contentava com a idéia de saber que estava paquerando elas. Mas para a “Old” não há dúvidas de que o que lhe fazia me rejeitar era a idade. Aqui nasce de novo a questão da diferença. O comum é que o homem seja mais velho que a mulher e ela não queria fazer a diferença por isso preferiu me perder e não me ter mesmo sendo criança.

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Foram duas mensagens marcantes que eu recebi delas. Cada uma mandou-me uma. Quando eu ia sair de férias de final do 1º trimestre, sob orientação da minha irmã mais velha, eu comprei um doce e dei-o para a “kid”, logo depois pedi falar com ela, alegando que queria dizer-lhe algo, coisa que não pude fazer ao vivo. Realmente quando pedi falar com ela eu ainda não tinha nada por dizer, apenas estava tentando colocar ela aflita e curiosa. Ela exigiu e eu fiquei com a divida de lhe contar o que havia prometido. Isso foi no último tempo do último dia de aulas. Quando já estávamos indo para casa ela ela fezme perguntas do timo “vais me ligar? O que tens para me dizer? Vais hoje para casa?” Sim, eu já vivia na Vila de Zavala e como já estava de férias devia ir para casa. Eu estava do lado do meu amigo e ele sabia que eu ia partir naquele dia mesmo para casa. Quando ele escutou aquela série de perguntas vindo da “kid” ele susurou no meu ouvido coisas do tipo – bro, essas perguntas ai, aquela baby ta na sua. Não vai hoje para casa. Fica, convida ela para sua casinha e cuida do recado. Eu não sei se aquilo era só locura do meu brother ou se ele na verdade tinha um pouco de rasão, a verdade é que eu não o escutei e assim o fiz, naquele dia mesmo parti para casa. Fiquei na minha e pelos visto eu havia conseguido o que eu queria, que era colocar ela curiosa. Depois de eu partir na sesta feira, fiquei aquele dia sem cumprir o prometido, que era dizer-lhe o que eu havia prometido. Sábado idem, domingo também, até que na noite de domingo ela cobrou com um bip. Eu mandei uma mensagem dizendo que ligaria no dia seguinte e ela respondeu por uma dizendo o seguinte: -Está bem querido. Então até amanhã fofo. Boa noite. Acreditem, aquela foi a melhor mensagem que eu recebera nos últimos tempos; aquela foi uma das mensagens mais marcantes que eu recebi dela. Minha irmão já sabia do assunto e eu lhe encaminhei a mensagem. Ela simplesmente respondeu que a garota era minha e que eu só precisava lhe ligar no dia seguinte e chamar-lhe de amor. Eu disse que das duas eu recebera duas mensagens marcantes; uma da “kid” e a outra da “old”. Então ai está a da “kid”. O que me irritou é que quando liguei para ela no dia seguinte eu não senti o reflexo do FOFO que vinha ai naquela mensagem. Ela continuou a mesma “kid” de sempre, que nunca quis saber de mim, que sempre me amarfanhou, que sempre me jogou fora. Depois daquela ligação, eu não voltei a falar mais com ela naquelas férias, não voltei a lhe ligar mais, nem ela me ligou. Naquela altura eu já lia matéria de sedução na internet, eu conversava muito com meus bradas e eles davam dicas, uma delas

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era deixar as “ladies” viverem suas vidas, deixar elas relaxarem, dar a elas tempo para pensarem em mim e para sentirem saudades minhas. São recomendações que eu recebia de quase rodos e nunca conseguia cumprir com elas exactamente porque de tanto gostar delas eu não podia levar mais de cinco dias sem ver ou escutar cada uma elas. Terminaram as férias e regressei à escola. O clima era o mesmo de sempre. E da “old”? Da “old” foi a seguinte mensagem que recebi: -menino abusado e sem vergonha na cara. A gaja é quente nem!!!... Lembras-te da cena da qual eu te falei ainda no inicio da história? A parte que eu disse que tinha encontrado a “old” na casa de banho tomando banho? Eu disse que aquilo tinha me prejudicado nem, e eu disse que saberias porquê mais em frente. Agora saiba como foi. Foi em dezembro, eu já estava de férias, já estava em casa com meus pais. Ai com saudades e esperança de em algum dia poder ter ela, com a vontade de seguir em frente, seguro que aquilo ia causar um efeito nela; (efeito que realmente causou mais foi um efeito negativo); eu mandei uma mensagem com uma passagem que dizia assim: -Se eu pudesse ver você nua, morreria feliz. Falhou uma vez. Lembra-se da vez que eu ia surpreender você na casa de banho? Cheguei tarde e você já havia vestido. Que pena. Para falar a verdade eu não fiz de propósito aquilo, apenas calhou eu ir a casa de banho na sua presença e ela nem se quer deu sinal da sua existência lá dentro, ela deixou-me entrar e saiu logo. Mas com aquela mensagem deu a impressão de que ela percebeu que eu tivesse flagrado ela propositadamente. Aquela foi a péssima mensagem que eu recebi nos últimos tempos, alias, foi a mensagem mais marcante que recebi dela. Agora já sabes quais as mensagens marcantes que recebi delas. Duma recebi uma doce e da outra recebi uma amarga. Mas isto não significa que a “old” sempre foi dura assim comigo não, até pelo contrário, ela sempre me colocou no meu lugar, (seu irmão querido, seu bichinho de estimação) lugar que nunca me satisfez. Veja o que eu fiz para atenuar a situação. Uma coisa ficou clara com aquela mensagem, ela não tinha gostado nada da minha atitude e eu precisava fazer algo para mudar aquilo. Na altura eu não tinha nada melhor para fazer ela relaxar, eu estava em Zavala e ela em Inharrime e isso não ajudava muito. Eu precisava fazer algo urgente e a primeira coisa que me apareceu na cara foi mandar uma mensagem com o seguinte texto:

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-Eish, não chora ouviu!!!

Eu mandei aquela mensagem com a intenção de fazer uma

simples piada, fazer ela rir sem me importar com o que faria ela rir. Ela podia ter rido por me achar pateta, por me achar criança, por me achar aprendiz, desesperado ou coisa parecida. Mas eu não me importava tanto com isso, eu só queria saber do efeito que a mensagem iria causar nela. Depois daquilo ela não respondeu nada por isso fiquei sem saber se o plano tinha dado certo ou não. “Uma dica: sempre que estás perante um problema ou uma situação que te deixa aflito tens de pensar pelo lado negativo. Imagine que tu peças alguém em namoro e ela fica por te responder dentro de um certo período. Alguns preferem gastar tempo pensando no que farão caso a baby aceite, resposta muito fácil de se achar em algum lugar. É possível achar de forma urgente algo para fazer caso ela aceite, do que achar algo para fazer caso ela negue. Imagine que tu concorras para uma faculdade e fica a espera de resultados. Depois de os resultados saírem, a gente não vai precisar pensar no que fazer caso eles saiam com resultados positivo. A gente só precisa comprar material escolar e estudar, o que já não acontece caso saiam com resultados negativos. Por isso eu aconselho vocês a gastarem vosso tempo pensando no mais complexo do que no mais simples.” Por causa desta forma de pensar mesmo, eu interpretei o silencio da “old” da forma mais péssima possível, factor esse que fez com que eu arranjasse coisa melhor por dizer para ela de modo a fazer-lhe ficar calma. Naquele ano eu havia terminado a 12ª classe e havia concorrido para uma faculdade na cidade da Maxixe, província de Inhambane, e com sorte havia entrado, alias, com inteligência e não com sorte. Logo, usei esse factor em minha vantagem. Eu mandei-lhe uma mensagem assim” –“old”, concorri na UNISAF e consegui entrar com 13. agora diga parabéns e para de ficar me chamando menino abusado e sem vergonha na cara. UNISAF significa Universidade Pedagógica Sagrada Família, é o nome da faculdade onde eu havia concorrido e havia entrado. De certeza esta mensagem fez ela rir-se um pouco, não achas? E sabe qual foi a sua resposta? Ela cumpriu com o meu pedido. Parabenizou-me e nunca mais voltou a me chamar menino abusado sem vergonha na cara.

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Agora sim, eu estava seguro de que ela já não estava mais triste comigo e aposto que ela passou o dia inteiro lembrando-se daquela mensagem. Mas nem as mensagens chocantes da “old” fizeram-me mudar minhas intenções, meu posicionamento, minha forma de ver a vida; até porque eu já tinha passado por algo mais péssimo com a “kid”. Sim, ela já tinha me feito passar um mico que não vou tirar nunca da minha cabeça. Durante minha paquera, um amigo meu disponibilizou-se para me ajudar no jogo, e eu como já estava cansado, o deixei tentar. Por acaso deu certo, eu escutei a “kid” dizer que dar-me-ia uma chance. Foi numa sesta feira que eu dei o celular para o meu “friend”. Ele ligou para a baby, falou tudo o que tinha que falar e por fim a “kid” prometeu dar-me uma chance. Meu “friend” quando escutou isso chamou-me, colocou “loudspeak” e pediu para a “kid” repetir e ela repetiu. Na noite do dia seguinte, que era sábado, eu liguei-lhe e agradeci pela chance. Depois eu perguntei se ela tinha algo a dizer e ela disse que tinha e que dir-me-ia na segunda feira na escola. Eu terminei a chamada e fui a cama. Dia seguinte que seria domingo, havia um evento na vila onde estávamos, inharrime neste caso. Era dia da vila e havia brincadeiras. Eu fui para lá com um meu “brada” mas não estava nem se quer com um pingo de vontade de brincar por isso regressei antes mesmo de a brincadeira começar a aquecer. Eu vi ela naquele dia, de noite mas não disse nada para ela e ela nem me viu; até hoje ela não sabe que eu estive lá; bastou eu ver ela lá para perder o moral de brincar e partir de volta a casa dormir, alias, pensar nela. A semana iniciou e ela não veio a escola na segunda feira, terça feira e... No único dia que ela veio não deu para nós falarmo-nos. Sesta feira eu dei o meu máximo para ver ela e finalmente consegui, e pode ter certeza de que depois daquela conversa com ela naquele dia eu me arrependi por ter procurado ela para conversar, teria sido melhor se ela não tivesse aceitado falar comigo no lugar de aceitar para dizer algo parecido ao que vou dizer já. Quando eu a encontrei, perguntei por que ela estava daquele jeito. Ela não estava assim tão bem e eu descobri que era um mau humor propositado. Ela fingiu não estar bem só para fazer seu plano correr bem. E veja qual foi sua resposta para aquela pergunta: Estou assim porque você demorou chegar e me deixou aqui plantada. Uma justificação que para mim não tinha cabimento porque tudo aquilo não era verdade. Para não perder

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tempo por coisa sem “cabeça” eu mudei de assunto e parti para o “foco”, o essencial. Quando ela viu que eu estava querendo fazer valer o seu sim ela mandou-me parar direito cerca de três vezes e depois negou que tinha me dado uma chance, alegando que meu amigo havia mentido para mim. Foi ai que eu acabei falando a verdade para ela, dizendo que eu havia escutado ela dizer que dar-me-ia uma chance. Eu vi que ela ficou espantada com a realidade, mas nem isso fez-lhe mudar de posicionamento. Depois daquilo ela disse que tanto eu quanto o meu amigo havíamos escutado errado, que ela não chegou a prometer coisa parecida. Eu fiquei “fox” com aquilo, peguei um “minibus” e fui à Zavala ver minha família. O final de semana não foi doce, eu já estava em péssimas condições para curtir o final de semana. Aposto que minha mãe via que algo não estava bem comigo, mas ela nunca se atreveu a me perguntar. Eu passava o tempo todo sozinho no meu quarto, deitado sobre minha cama e ela criticava tudo isso. Mas porque eu não via graça em nada, eu não dava ouvido a nada daquilo tudo. Única coisa que sempre me apetecia fazer, era ficar deitado e viajar até ao mais infinito possível. O pior de tudo isto, foi saber o porquê de ela ter feito aquilo comigo, ter negado que tinha me dado uma chance. Tudo começou naquela noite de domingo, naquela brincadeira de mau gosto de noite na via. Na noite daquele dia houve muita brincadeira na vila; houve dança de timbila, música, falsos “reppers” estavam ai a apresentar espetáculos falsos e isso tudo não me inteiriçava por isso preferi ir deitar-me em minha casa e viajar alto. Naquela noite, durante a festa, um grupo de rapazes apresentou algo quase amável, uma dança que foi boa o suficiente para fazer a “kid” apaixonar-se por ele. A dança conquistou a “kid”, e não o rapaz. Eu sabia que a “kid” gostava de mim. Logo depois de eu abrir o jogo com ela, dia seguinte eu procurei saber dela quando é que ela dar-me-ia a resposta final, como ela havia prometido. Enquanto eu acompanhava ela de volta à casa, ela perguntou se eu estava namorando uma minha velha amiga ou não. Isso é um bom sinal, isso significa que ela já estava percebendo que o assunto era sério, que eu estava mesmo querendo ela. Meu amigo fizera-me ver isso enquanto regressávamos à escola. No dia seguinte, quinta feira, enquanto estávamos de aulas ela veio sentar-se em minha frente e escreveu um papelinho que vinha

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o seguinte texto: - colega queres tua resposta? E eu respondi o mais óbvio, que queria, e essa era a verdade. Bem convencido que ela ia aceitar a deixei ir para casa naquela quinta feira sem dizer mais nada. Eu achei que ela fosse responder via mensagem, que ela estava com vergonha de aceitar na minha cara, que ela faria qualquer coisa para me fazer perceber que ela queria, quando na verdade ela já havia feito isso com aquele papelinho na sala de aulas e eu de tanto ser analfabeto no assunto, fiquei a espera de receber uma resposta clara no lugar de agir. Essas manobras todas, fizeram-me perceber que ela gostava de mim, que no princípio ela queria ficar comigo, e que aquela noite do domingo que era o dia da vila, a fez mudar de Idea; aquele rapaz cantor soube colocar barreira no meu jogo. Eu conhecia o rapaz. Ele não era meu amigo eu nunca tinha conversado com ele, mas já tinha tido ele como adversário numa partida de futebol e ai eu sai vencedor. Sua equipe perdeu com a minha. Com a “kid” era a segunda vez que ele ficava meu adversário, e desta vez ele ganhou. Ele conseguiu ficar com a “kid”, tempo suficiente para não querer ver mais ela depois de se separarem. Ao longo da paquera eu ia aperfeiçoando o jogo e a dada altura eu percebi que enquanto se estiver aflito em uma mulher não se pode esperar pela sua aprovação porque ela nunca dá permissão a um homem de usá-la. Eu sabia que existiam outras formas de ter ela sem precisar responder precisamente o sim. Mas uma coisa é serta, com a “kid” o assunto era sério. Para mim a diferença de idade não era nenhum obstáculo. Eu queria desenhar minha vida com ela, eu queria projectar meus sonhos com ela, eu queria ver o fim do mundo ao seu lado, por isso mesmo eu não queria usar golpes para ter ela por perto. Eu queria a aprovação dela para poder seguir em frente com mais força, com certeza de que estava andando com alguém no mesmo passo, alguém que me completasse e que eu também lhe completasse, alguém que fosse a mulher dos meus sonhos e que eu também fosse o homem dos seus sonhos, alguém que fosse a outra metade que me completa, alguém que fosse tudo para mim. Mas a dada altura percebi que ela não era essa pessoa, alias, ela até que podia ser mas eu nau era a sua metade, o homem dos seus sonhos e ... No meu convívio escolar com a “kid” eu tentava achar explicação para qualquer reação dela. Tanto ela quanto a “old” tinham muita coisa em comum, o que fez eu me apaixonar por ambas. Elas eram sorridentes, alimentavam minhas maluquices e sempre que podiam usavam a minha obsessão para condicionar suas felicidades, seus sorrisos.

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Um dia desses eu fora encontrar a “old” no seu serviço e ela como sempre, receberame da melhor forma possível. Ela deixou-me entrar e logo de seguida passou-me a receita. Porque minha intenção não era só marcar consulta eu não aceitei receber aquilo. Mas para evitar negar directamente dizendo não, eu pedi p’ra que ela levantasse da sua cadeira e viesse me entregar a receita no lugar onde eu estava. Eu estava deitado sobre uma cama que encontrava-se em seu escritório, alias, nem é escritório, mas sim sala de consulta. Ela, vendo que tratava-se de falta de interesse, colocou a receita sobre a mesa para que eu a pegasse quando eu precisasse. Ai eu já havia conseguido o que eu queria, que era ficar mais um tempo com ela. Foi ai que eu comecei a seguir em frente com o meu plano sujo, procurando saber em primeiro lugar porquê ela havia parado de responder minhas mensagens, e ela apenas respondeu que as minhas mensagens não pediam nada por isso ela não respondia; coisa que era totalmente mentira. Aquele era o meu primeiro encontro com ela depois de eu ter aberto o jogo com ela por isso eu precisava tirar proveito daquele encontro. Eu precisava provar-lhe que minhas mensagens sempre pediam algo e apenas porque ela nunca tinha tido coragem de responde-las ela usava como pretesto a falta de objectividade das minhas mensagens. Na altura eu estava aflito numa resposta que ditaria tudo sobre ela, que far-me-ia descobrir qual era o seu posicionamento. A “old” era mesmo “old” por isso eu não abordei ela directamente. Para a “kid” eu falei directo que estava apaixonado, mas com a “old” as coisas foram diferentes. Eu não tinha “estofo” para falar isso na sua cara por isso eu usava para com ela outras estratégias. Com essas estratégias eu consegui fazer ela perceber minhas intenções e como resposta ela parara de corresponder minhas ligações, mensagens e muito mais. E porque eu havia ganho uma oportunidade de estar com ela “face to face” eu precisava achar o seu posicionamento a cerca do meu pedido, da minha paixão, do meu amooo......... Foi ai que eu pedi a resposta duma mensagem e ela disse que já não se recordava da mensagem. Para o efeito eu tive de lhe re-enviar a mensagem naquele mesmo instante; assim ela não teria como fugir. A mensagem dizia o seguinte: -Sabes por quê muitos homens preferem mulheres virgens? -É porque eles não gostam de críticas.

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-Agora diga-me uma coisa; -se em algum dia eu virar sortudo, você vai me criticar???? Ela não percebeu a mensagem logo a primeira por isso ela limitou-se a dizer que eu havia mandado a mensagem para uma pessoa errada porque ela não era virgem. Ai eu explique para ela que era por isso mesmo que eu precisava saber se ela iria me criticar ou não, porque ela não era virgem. Caso contrário eu não teria de fazer uma pergunta igual porque ela não teria como me criticar, já que uma virgem nunca critica porque não sabe nada. A sorte da qual se fala na mensagem é de ter ela, não virgem, que é profissional no assunto e sabe criticar sempre que as coisas não estão bem. Uma pergunta igual eu fizera também para a “kid” e também não tinha percebido. Mas para ela eu não expliquei por motivos inexistentes. Depois que a “old” percebeu a mensagem ficou quase sem palavras e apenas sorriu o suficiente para me por mais apaixonado. Depois de tanto sorrir ela me mandou embora e eu não aceitei sair. Coloquei como condição da minha saída, a chegada da sua resposta nos meus ouvidos. Foi ai que sem mais saída, ela acabou soltando a seguinte resposta sorrindo: -Claro que sim Logo que escutei isso levantei-me da cama, paguei minha receita e comecei a caminhar em direção à porta. Ela mandou-me esperar alegando que ainda queria rir-se de mim. No fim do ano de 2011, eu já estava cansado do jogo, já havia terminado meus estudos em inharrime e precisava terminar com tudo aquilo. Foi ai que mandei ma mensagem para cada uma delas pedindo uma boa amizade e assim terminou o drama.

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Juventude mal vivida O que é uma juventude bem vivida? Não posso falar de forma generalizada, mas em Mozzz, uma juventude só é bem vivida quando é feita com muita adrenalina. O indivíduo precisa passar por todas as experiências para que sua juventude se considere bem vivida. Existe uma pergunta cuja resposta dita se a juventude de alguém foi realmente bem vivida ou não: ·

O que dirás no céu quando Deos te perguntar “O QUE FOSTE FAZER NA TERRA?”? Uma resposta satisfatória a esta pergunta dita sem sobressaltos se a juventude de

alguém foi bem vivida ou não. – Bebi muito, peguei muita mulher, roubei muito, fui bandido, assaltante ... ... ..., são as respostas supostamente satisfatórias a esta pergunta. O que quer dizer que em moz uma juventude só é bem vivida quando durante ela a pessoa bebe, fuma, pega muita garota, passa por quase todas as experiências e muito mais. Eu fui sempre caseiro porque meu pai não admitia muita brincadeira. Ele não bebia por isso não me deixava beber. Sempre vivi com ele e ele era casado. Sexo era a única coisa que meu pai fazia, e presumo que seja por isso que ele não era tão rigoroso conosco sempre que o papo fosse sobre mulheres. Na verdade nós nem falávamos tanto sobre o assunto e como é característico de todos os pais, ele nunca dissera-me que estava na hora de começar a namorar. Eu só estava tentando viver a minha juventude do jeito menos perigoso, mais saudável e mais prazeroso, “curtindo babys”. Mas infelizmente as garotas não me deixaram seguir em frente. As veses tento descobrir onde foi que eu cometi no erro e não consigo achar. Elas eram como se fossem helenas de tróia, e nesse caso eu precisava entrar em suas vidas como se fosse um cavalo de tróia. As pessoas me perguntavam se eu não sentia necessidade de ter uma garota ou não e eu respondia que sentia porque na verdade sentia, mas eu não podia fazer nada. Viver bem a juventude por via do álcool nunca foi minha opção. Toda a actitude que tomo é com um e único propósito – satisfação de prazer – e eu não sinto o gosto da cerveja, não sinto prazer tomando cerveja. Eu não posso beber só com a intenção de ficar “pif”. Se refresco deixasse as pessoas embriagadas, eu seria o maior bêbado do planeta.

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Eu sinto o gosto do refresco por isso tomo. Da água não sinto mas bebo para satisfazer as necessidades corporais. Eu sinto a necessidade de beber água por isso bebo com o maior prazer. Sinto o gosto do refresco por isso tomo com o maior prazer. Mas o gosto do álcool tenho procurado pacientemente década a pois década mas nunca acho por isso evito. Não preciso explicar porquê não optei em fazer a minha juventude roubando, fumando ou assaltando gente pelas ruas. Mas quando o assunto é mulher, o cenário muda completamente. Na minha juventude apaixonei-me por duas garotas que não as tive, e, isso fez com que eu tivesse uma outra idéia sobre as mulheres. Agora eu não encaro uma mulher como um ser único, feito só para mim e eu só para ela, mas sim como a melhor criatura de Deus. Diz-se que a garota só é linda para um rapaz até ele conseguir levar-lhe a cama. É uma forma de pensar muito fútil e que só serve para dar lição às garotas “difíceis”. Na verdade a maravilha não é necessariamente a mulher, mas sim o seu corpo. Tem muito com que se divertir, é extremamente fantástico, brilhante, e muito complexo. Eu fico pensando em como irei me casar, se não posso nem escolher. Para mim a garota é linda quando estiver comigo e até eu crusar-me com uma outra convincente. E ela só pode voltar a reconquistar seu espaço da próxima vez que comigo encontrar-se. A última imagem é que conta. Hoje a minha juventude já se foi, e eu ainda não tenho resposta para a pergunta de Deus. Logo, minha juventude foi mal vivida.

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“kid” e “old” Eu sei que cometi muitos erros com vocês e eu me arrependo tanto por isso. Mas ainda que eu me arrependa por isso eu não me culpo por não ter conseguido namorar vocês. Eu não acho que exista algo que eu não fiz para ter vocês. Se nós não estamos juntos, é porque o destino não planificou nossas vidas assim. Eu sei que: Para alem do espaço, há um horizonte que os olhos não vêem mas o sonho alcança... Para alem do tempo, há ainda o mistério que as mãos não palpam mas a alma sente... Para alem do túmulo, há uma flor que despenta e uma luz que brilha... Para alem das lágrimas há um coração que ama e uma prece que une... Para alem da terra fria há o suave perfume da imagem que não se desvanece... Para alem da saudade há o testemunho de quem partiu ficando pelas marcas que deixou... Para alem do chão que pisamos há o céu que nos atrai... Para alem da morte há a eternidade... ... e eu sei que é lá que me esperam. Até um dia...

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Conclusão Agora a única coisa que eu tenho a dizer é apenas aconselhar que vocês cuidem bem daquilo que vocês gostam porque depois de perdido ou desperdiçado nunca mais se recupera. Saiba cuidar bem do que você gosta antes que alguém ajude você a cuidar. Parecendo que não a gente só ama sério uma vez. Aposto que depois de amar e perder você nunca mais volta a sentir o mesmo que sentiu quando amava. Alguém que você goste você terá mas alguém que você ame dificilmente se consegue de novo. Alguém que nos faça feliz agente acaba encontrando com o tempo. Mas alguém que a gente ame, nunca. E para quem é amado eu aconselho a cuidar bem de quem ama você porque nunca somos amados por duas pessoas, caso contrário existiriam mulheres com dois maridos. Uma coisa é amar e outra é querer ter o prazer de saber que da pessoa “X” já passei e para tal eu posso fingir amar quando realmente nada. É possível sim passar a vida inteira pensando só em uma e única pessoa e isso não é nada doce por isso eu aconselho você a evitar porque não é nada doce.

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