Internetês para interneteiros: (velhas) questões sobre escrita

September 21, 2017 | Autor: Fabiana Komesu | Categoría: Internet Studies, Digital Literacy, Orality-Literacy Studies, New Literacies
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Internetês para interneteiros: (velhas) questões sobre escrita Fabiana Komesu1 1

Departamento de Estudos Lingüísticos e Literários Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) – campus de São José do Rio Preto (SP) [email protected] Abstract. This article aims to discuss the so called “internet language” and its users’ conceptions of language, from a set of public commentaries published in the networking orkut. The hypothesis is that orkut users who claim to “hate the internet language” are founded in a perception of "institutionalized written code". They only recognize the writing pattern as an ideal of Portuguese language, rather than these digital writing practices. Keywords. digital writing; heterogenity; institutionalized written code; orkut; internet. Resumo. Este artigo visa a discutir o chamado “internetês”, a partir de um conjunto de comentários divulgados de forma pública em comunidades virtuais da rede social orkut. O objetivo é problematizar determinadas concepções de língua(gem) elaboradas por usuários da rede. A hipótese é a de que os sujeitos escreventes que tornam público “odiar internetês” estão fundados em uma percepção de “código escrito institucionalizado” mediante a qual reconhecem apenas a escrita culta formal como ideal de língua portuguesa, em detrimento dessas práticas de escrita digital. Palavras-chave. escrita digital; institucionalizado; orkut; internet.

heterogeneidade;

código

escrito

Quem você conhece? A tirinha abaixo, do cartunista Laerte, foi publicada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S.Paulo, em março de 2006:

Figura 1. Laerte, Quadlog. (Folha de S.Paulo, 08/3/2006. p.F6.)

De modo satírico, o autor aborda um dos mais recentes fenômenos da internet: as redes sociais, formadas por pessoas com interesses afins. Um indivíduo se liga a

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outro, de outra rede menor e, desse modo, novos grupos são criados na e pela internet (Recuero, 2005). No primeiro quadrinho, a personagem aparece sozinha, em uma mesa de bar e constata, com desolação, que não há mais vida em comum com amigos. São os anos 90, início da popularização da internet. No quadrinho seguinte, resoluta em encontrar os antigos companheiros, a personagem observa que eles estavam na rede e decide procurá-los. Auxiliada por um guia do usuário, ela investe em microcomputador e conexão à rede. Resultado: devido às redes sociais, ela tem, atualmente, quase 36 (trinta e seis) milhões de amigos – sem saber aonde. Apesar desse número, a personagem surge mais uma vez sozinha, no último quadrinho, olhos voltados para a tela do monitor. Neste artigo, busco discutir, a partir do fenômeno das redes sociais, concepções de língua e de linguagem elaboradas por participantes de comunidades virtuais, os quais tornam público odiar internetês. De uma perspectiva teórica que privilegia o estudo do texto na relação com suas condições de produção sócio-históricas e, levando-se em conta estudos sobre a escrita, proponho a hipótese segundo a qual esses escreventes digitais estariam fundados em uma percepção de código escrito institucionalizado (Corrêa, 2004), por meio da qual reconhecem apenas a escrita culta formal como ideal de língua portuguesa, em detrimento dessas práticas de escrita digital. Visando à discussão, farei breves considerações sobre o material de análise – a rede social orkut – e sobre o chamado “internetês”.

Sobre o orkut O orkut é uma rede de comunicação on-line que tem como objetivo explícito promover a interação entre pessoas conhecidas e desconhecidas. Essa rede social é filiada à empresa Google, que criou e mantém o maior site de busca da internet. O nome da rede é atribuído ao engenheiro turco Orkut Buyukkokten, que teria elaborado o sistema para a empresa. A Figura 2 é referente a sua página eletrônica principal:

Figura 2. Página eletrônica da rede social orkut (Disponível em: https://www.orkut.com/GLogin.aspx. Acesso em: 25 jul. 2006)

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Para participar, o usuário da internet deve receber um convite eletrônico enviado por outro usuário já identificado pelo sistema. Ao abrir a mensagem, o convidado clica em um link e segue as instruções para cadastro de nome e senha. A partir dessas informações, o recém-cadastrado elabora uma pequena biografia para exibição de um perfil social, profissional e pessoal, com divulgação de gostos e preferências, publicação de fotos e a exposição – sobretudo quantitativa – de “amigos”, como ironizado por Laerte em sua tirinha. É importante observar que o cruzamento das informações disponibilizadas no orkut com outras requeridas pelo Google permite à empresa a criação de perfis de consumo, com mapeamento de demandas, o que tem como conseqüência, por exemplo, a personalização de anúncios comerciais em páginas eletrônicas (Falceta, 2005). Os usuários podem fazer parte de comunidades reunidas por afinidade e interagir por meio de fóruns. Os fóruns funcionam por tópicos enviados pelos participantes que expõem sua opinião a respeito de determinado assunto e permitem que outras pessoas leiam o texto para produção de mais comentários. É possível, portanto, “conversar” nos fóruns do orkut, mas não de maneira síncrona. Segundo a enciclopédia virtual Wikipédia, o orkut apresentava, até julho de 2006, mais de 23 (vinte e três) milhões de cadastrados. O Brasil é o país que aparece em primeiro lugar no ranking de participantes. A Wikipédia informa que os brasileiros representam quase 74% (setenta e quatro por cento) da rede social: o equivalente a pouco mais de 17 (dezessete) milhões de pessoas. O número expressivo confere ao orkut lugar de destaque dentre as redes sociais2 e é indicador, para o estudioso em Ciências Humanas, de material a ser investigado.

Sobre o internetês Imaginemos que um usuário brasileiro qualquer se sinta aborrecido – para não dizer ofendido – todas as vezes em que acessa a internet e se depara com práticas de escrita digital que divergem da norma padrão da língua materna, a exemplo de registros freqüentes de abreviações – você por vc, teclar/ tc, beleza/ blz –, banimento da acentuação gráfica, repetição de vogais e modificações do registro gráfico padrão – oi/ oiêêêêêêêêê, aqui/ aki, não/ naum. Esse usuário pode, pelo mecanismo de busca do orkut, procurar aliados contra essas práticas, seja em comunidades que afirmam odiar esse tipo de escrita, seja em outras que declaram amar o emprego da norma padrão. Chamado de internetês, essa forma grafolingüística que se difundiu em gêneros digitais como chats, blogs e redes sociais têm suscitado polêmica entre partidários e avessos (Marconato, 2006). De maneira popular, o internetês é conhecido como o português digitado na internet, caracterizado por simplificações de palavras que levariam em conta, principalmente, a interferência da fala na escrita. Do ponto de vista do usuário da rede, é comum projetar o internetês como degradação da língua em sua modalidade escrita, como examinado em determinadas descrições de comunidades virtuais: Texto (01) O homem parece regredir e o internetês é uma forma rude de comunicação (Algo parecido com os grunhidos que o ser humano fazia nos tempos da caverna).

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[...] junte-se aos que não deixarão o Internetês por um FIM NA FORMA CULTA DO PORTUGUÊS. Comunidade Eu Odeio o Internetês!!!. Disponível em: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2049748. Acesso em: 23 jul. 2006. Texto (02) Essa comunidade é para as pessoas que sentem náuseas, tonturas e síndrome do pânico quando encontram erros absurdos, tanto na internet quanto na vida real. Se você gosta de escrever certinho, e tem horror a quem detona a nossa amada língua portuguesa, essa comunidade também é sua! Comunidade Adoro escrever certo. Disponível em: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=76174. Acesso em: 25 jul. 2006. No Texto (01), é a noção de retrocesso que prevalece como definição de internetês. Em oposição ao avanço atribuído às novas tecnologias, essa prática de escrita seria equivalente a grunhidos ancestrais. O objetivo explícito da comunidade é combater o internetês para a defesa da forma culta do português. A descrição em (02), por sua vez, é visceral e convoca os adeptos das normas a combater erros de uso da língua, dentro e fora da rede. O debate acerca da manutenção das convenções escritas como ideal de língua não é privilégio dos estudos lingüísticos que focalizam a escrita no contexto digital. Inúmeros autores (Geraldi [1982]3 2004; Gnerre [1985] 1998; Yaguello, 1988; Possenti [1983] 2004, [1996] 2002; Corrêa [1997] 2004; Bagno [2003] 2005) têm contribuído – na investigação de materiais diversos, por meio da constituição de objetos de estudo distintos – para essa discussão concernente às práticas lingüísticas radicalmente fundadas no social. Retomo, com Gnerre, uma importante observação a respeito de uma concepção de língua, à qual me encontro filiada: a língua em seu funcionamento não é mero instrumento de comunicação, isto é, ela não é usada somente para transmitir mensagens. As pessoas falam para serem “ouvidas”, às vezes para serem respeitadas e também para exercer uma influência no ambiente em que realizam os atos lingüísticos (Gnerre, 1998: 5). Com efeito, o interneteiro crítico do internetês parece ter percepção dos efeitos de sentido produzidos na e pela linguagem, em especial, ao que se refere à língua em sua modalidade escrita. Pode-se dizer que é mediante certa visão apreciativa que ele se posiciona contra novas práticas de escrita e permanece favorável às formas tradicionais. O que talvez não seja evidente são os pressupostos que solidificam seus argumentos.

O interneteiro e a representação do código escrito institucionalizado Apoiada na reflexão de Corrêa (2004), proponho pensar como os sujeitos escreventes que afirmam odiar internetês circulam, de maneira dialógica, pelo que o autor denomina código escrito institucionalizado. Segundo Corrêa, o emprego da palavra código nessa expressão não implica processo de codificação da língua pela escrita ou o da decodificação, por um receptor, de um produto acabado; tampouco diz respeito à tecnologia da escrita, em geral, identificada com a escrita alfabética. Para o autor, a expressão busca significar a representação do que o escrevente faz do institucionalizado para a (sua) escrita, mediante um processo de fixação pelas instituições, não apenas a escolar. O escrevente estaria (seria), assim, sujeito aos

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movimentos da história e da sociedade, em uma (sua) relação dinâmica com a linguagem (Corrêa, 2004: 10-11). É a institucionalização de certa representação da escrita – e, por extensão, da língua e da linguagem –, por parte da escola, que prevalece nos comentários das comunidades em foco. Parece ser sempre o caráter da réplica – tentativa de adequar o texto ao que recomenda a prática escolar tradicional que direciona os comentários desqualificadores a respeito do internetês. Para a realização desta reflexão, selecionei quatro comunidades de tipo público,4 disponíveis no orkut. Juntas, elas somavam, até meados de julho de 2006, 253.715 (duzentos e cinqüenta e três mil, setecentos e quinze) participantes – número quase 30% (trinta por cento) superior ao de habitantes de uma cidade como Araraquara (interior do Estado de São Paulo), estimado em 197 (cento e noventa e sete) mil habitantes, de acordo com o censo IBGE 2005. O recorte do material foi efetuado a partir de um conjunto mais amplo de textos, cuja coleta foi iniciada em julho de 2005 e se encontra em andamento, pois integra projeto de pesquisa maior.5 Os critérios de seleção foram os seguintes: procurei encontrar, pelo mecanismo de busca do orkut, comunidades dirigidas ao debate da Língua Portuguesa na internet, mediante a digitação de palavras e/ou expressões-chave como escrita, fala, internetês, axim, erro, língua portuguesa, português, Eu odeio internetês, Eu adoro/amo internetês, entre outras. Dentre as encontradas, selecionei tópicos voltados ao internetês. Destaco, a seguir, alguns excertos extraídos de tópicos dessas comunidades: Texto (03) Acho isto [o internetês] uma vergonha, pois isto está afetando o desempenho de muitos estudantes, pq parece que esqueceram-se das normas de Gramática! M., Comunidade Adoro escrever certo. Disponível em: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=76174. Acesso em: 10 fev. 2006. Texto (04) Se fosse para todo mundo ter seu próprio "estilo" [...], ninguém passaria anos estudando a língua portuguesa.. eu acho uma tremenda falta de respeito com o nosso idioma que é tão cheio de normas que foram criadas para serem cumpridas [...]. K., Comunidade Eu OdEiU GeNTi ki IsKreVi AxIM. Disponível em: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=71402. Acesso em: 25 fev. 2006. Texto (05) Temos que começar a ajudar esses pobres coitados e dar aula de português. L., Comunidade Eu OdEiU GeNTi ki IsKreVi AxIM. Disponível em: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=71402. Acesso em: 20 out. 2005. Os principais argumentos que fundamentam esses excertos, representativos do material estudado, tratam da necessidade de os escreventes digitais reconhecerem a primazia de atitudes prescritivas quanto à língua, para a comunicação. Segundo esses escreventes, os adeptos do internetês não apenas se esqueceram das regras (Texto 03) como são desrespeitosos quanto a seus usos (04). Supostamente, há preocupação patente em (03) sobre o desempenho escolar de indivíduos afetados por essa vergonha. A norma existe para ser seguida, é a tautologia expressa em (04). A solução para os

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pobres coitados adeptos do internetês é ter lições de língua portuguesa (05) – provavelmente, lições de gramática normativa. O crítico do internetês reproduz, pois, práticas instituídas pela escola tradicional, com a positivação de ações normativas quanto à modalidade escrita. Mediante essas práticas, o indivíduo é comumente levado a afirmar que usuários do internetês não sabem se expressar ou o fazem de modo insatisfatório (rudimentar, como observado em (01)). Se não conseguem se expressar de acordo com a língua padrão – portadora legítima, segundo eles, da identidade nacional –, simplesmente não pensam: apresentam distúrbios mentais, têm problemas de aprendizado, são semi-analfabetos ou analfabetos. Prevalece, nessas comunidades do orkut, uma noção de linguagem como expressão do pensamento, facultada somente àqueles capazes de dominar a língua padrão, e uma noção de língua como escrita padrão, cuja materialidade gráfica asseguraria a pureza da língua sem interferência da fala. Em sua necessária ilusão de centralidade, porém, o crítico de internetês não é capaz de reconhecer que também ele pode ser alvo de crítica quando o parâmetro é língua padrão. Em (03), o sujeito escrevente defensor da norma preconizada pela prática escolar tradicional grafa pq no lugar de porque, ato de aproximação – em vez de distanciamento – da escrita digital por ele condenada. Ainda em termos dialógicos, gostaria de ressaltar, com Corrêa, a divisão enunciativa instaurada entre participantes desses tipos de comunidade. Segundo Corrêa, os sujeitos escreventes que circulam pelo eixo do código escrito institucionalizado buscam auto-atribuir uma posição, tendo em vista a suposição de lugares específicos sobre o letrado/escrito, tidos como institucionalmente definidos. Acredito, pois, que seja pela tentativa de alçamento daquilo que o escrevente projeta como escrita culta formal – associada à gramática normativa – que ele executa, de maneira equivocada de acordo com puristas, a colocação do pronome átono se em posição enclítica, no Texto (03). O emprego previsto, quanto ao aspecto sintático convencionado pelas práticas escolares tradicionais, seria o da (falsa) teoria da “atração” vocabular motivada pelo pronome relativo (Bechara, 2003: 587). É sabido, entretanto, que o emprego da ênclise é freqüentemente vinculado à projeção (de um lugar prestigiado) de um indivíduo afeito à norma culta padrão, à gramática e à imagem de seu uso por autores literários consagrados. Parece ser nesta projeção que o escrevente se apóia quando busca arrogar a si o direito de dizer – de escrever – que esqueceram-se. É fundado em uma percepção do código escrito institucionalizado, portanto, que um escrevente qualquer, usuário da rede, sente-se legitimado a opinar sobre o desempenho escolar de crianças e jovens, sobre a importância da permanência no espaço institucional, sobre a necessidade de aprendizado da língua padrão, ainda que ele não seja especialista em Educação e em Linguagem. Em relação à posição atribuída ao interlocutor no que se refere à língua, pode-se pensar, como explicitado, que este se encontra estigmatizado no que diz respeito ao internetês. Os críticos afirmam, em comentários, que os usuários do internetês não seguem as regras da língua na produção escrita digital porque têm problemas de saúde ou de aprendizado ou, ainda, porque apresentam problemas sexuais. Seriam também criminosos, homicidas voluntários da língua materna.

Considerações finais

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Da perspectiva dos estudos lingüístico-discursivos, o exame dos comentários expressos no orkut sobre Língua Portuguesa e práticas de escrita na internet coloca em evidência uma visão tradicional a respeito da modalidade escrita, perpetuada, até hoje, em determinados manuais escolares. Essa visão desconsidera totalmente a heterogeneidade constitutiva da linguagem e das práticas textuais, com a pressuposição da interferência do oral no escrito e a assunção preconceituosa contra as práticas orais/faladas. Mais do que isso, essa visão implica a necessidade de aprendizado formal (o fator escolaridade) para que se tenha acesso a um lugar de enunciação legitimado (pelas instituições), com o direito da enunciação (pela) escrita. De fato, esse parece ser o caráter dominante da alfabetização em nosso país, quando privilegia as práticas letradas e os indivíduos dotados da tecnologia da escrita alfabética, desfavorecendo, com preconceito, as práticas orais e os indivíduos alheios ao ensino formal. Esse parece ser, também, o caráter atuante nas práticas de escreventes digitais que afirmam odiar internetês.

Notas 2

O orkut não é a única rede social da internet. Há diversas outras, como Friendster (Disponível em: http://www.friendster.com/index.php), LinkedIn (Disponível em: http://www.linkedin.com/), Multiply (Disponível em: http://multiply.com/) e UolK (Disponível em: http://uolk.uol.com.br/home.html). 3

A data entre colchetes indica o ano em que o texto foi originalmente publicado ou em que se tornou público, caso da tese de Doutorado em Lingüística de Corrêa; em seguida, há a indicação do ano da edição utilizada neste trabalho. A data entre colchetes aparece apenas na primeira menção à obra. Acredito que a indicação da data entre colchetes pode auxiliar o leitor a melhor compreender o momento histórico em que a reflexão do autor se deu. 4

Trata-se das comunidades: Eu Odeio o Internetês!!! (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2049748), Eu OdEiU GeNTi ki IsKreVi AxIM (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=71402), Adoro escrever certo (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=761741), Internetês – Letras (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=679680). 5

Trata-se do projeto de pesquisa Oralidade e letramento: o estudo da escrita no contexto da tecnologia digital, financiado pela FAPESP (processo 04/14887-8).

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