filosofias de investimento

July 15, 2017 | Autor: Silvana Hoffmann | Categoría: Filosofía
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Descripción

FILOSOFIAS DE INVESTIMENTO
Capitulo 1

Todos temos a intenção de nos tornarmos grandes investidores e não desistimos mesmo quando não alcançamos o objetivo de ser investidores acima da média e isso muitas vezes nos torna suscetíveis a dicas e fórmulas fabulosas que nos são apresentadas. Mas na realidade para termos sucesso nos investimentos precisamos definir uma filosofia de investimentos própria.

O que é uma Filosofia de Investimento
É uma forma racional de pensar no mercado e no seu funcionamento e nos erros cometidos pelos investidores. Assim criarmos nossa própria visão sobre o comportamento e as tendências do mercado.
Nesse sentido a maioria das estratégias de investimento estão voltadas para tirar vantagem dos erros de precificação cometidos pelos investidores, por criarem hipóteses equivocadas acerca do comportamento humano, a tendência dos seres humanos seguirem os outros pode gerar uma inércia de preços, por exemplo, as ações que mais subiram num passado recente, são as que mais tendem a subir num futuro próximo. Porém levando em consideração a psicologia humana pode – se acreditar que para cada investidor que segue o comportamento da maioria existe um que vai na contra mão, o que acaba por produzir um preço racional.
Deve – se também, para poder criar sua filosofia de investimento levar em consideração a eficiência, ou ineficiência do mercado focando principalmente em perceber aonde essas ineficiências podem acontecer e por quanto tempo perdurarão.
Depois de implantarmos uma filosofia de investimento é necessário desenvolvermos estratégias de investimento baseadas nelas.

Por que Precisamos de uma Filosofia de investimento?
Porque se não temos uma filosofia de investimento bem definida ficamos mais vulneráveis a variar as estratégias de acordo com sugestões por outras pessoas ou com base em algum caso recente de sucesso, sem pensar se essas estratégias são realmente adequadas para nós, o que nos traz consequências negativas como a falta de diretriz ou convicções, que nos deixa expostos a sugestões mágicas de pessoas não confiáveis; também ao mudar de uma estratégia para a outra, trocando de posição teremos altos custos de transações e obrigações tributárias; além disso mesmo que algumas estratégias funcionem para algumas pessoas elas podem não ser adequadas para nós, pois temos objetivos e características diferentes.
Se tivermos uma filosofia de investimento bem definida podemos controlar melhor nosso destino, rejeitar estratégias que não se encaixam na nossa visão e adaptar nossas estratégias às nossas necessidades. Assim como poderemos distinguir em cada estratégia o que a destaca e a torna melhor do que as demais.

Contextualizando Investimento
Para podermos compreender onde as filosofias se encaixam em investimento, devemos analisar a montagem de uma carteira de investimentos que deve seguir alguns passos:
1° passo: Compreender o Cliente – entender as necessidades e preferencias do cliente (para um gerente de carteira, o investidor é um cliente, para um investidor individual ele próprio é seu cliente), seu enquadramento tributário e seu perfil de risco.
2° passo: Montando a Carteira – passo esse dividido em três etapas a saber:
Decisão de como alocar os recursos (ações, títulos de renda fixa, etc.) dentro ou fora do país;
Seleção dentro de cada classe de ativos, quais deles irão compor sua carteira, e também as ações que vão compor a parcela de ativos dos seu capital, os títulos que comporão a renda fixa e os ativos que serão a parcela de ativos reais;
Execução, neste passo se deve pesar os custos de transação de um lado e de outro sua necessidade de negociar com rapidez, de acordo com sua estratégia.
3° passo: Avaliando o Desempenho da Carteira – é a parte final do processo, que em grande parte determinará as políticas de investimento no futuro e também é determinante para a confiança dos investidores em seus gestores de ativos, afinal o objetivo de qualquer investidor é ganhar o máximo, de acorco com o seu perfil de risco.

Classificando a Filosofia de Investimento
Algumas filosofias de investimento se baseiam no timing de mercado, que é muito atraente pois pode – se ganhar muito dinheiro quando se acerta o momento de entrar e sair de uma posição, seu sucesso é muito incerto pois existem muitos investidores tentando encontrar esse timing o que torna muito difícil O acerto de forma consistente.
Também são muito comuns filosofias de seleção de títulos que são baseadas na identificação de ativos que estejam mal precificados, essa gama de opções pode envolver analises gráficas e técnicas que dependerá além de suas percepções de mercado e evidencias empíricas como também de suas características pessoais.
Além disso podemos classificar as filosofias de mercado em estratégias ativistas e passivas. Nas estratégias passivas, se investem um título de uma empresa e espera que o investimento dê resultado; já em uma estratégia ativista se investe em uma empresa e depois tenta mudar a forma pela qual ela é administrada para torna-la mais valiosa.
Filosofias de investimento diferentes exigem diferentes horizontes de tempo. Um dos fatores determinantes do horizonte de tempo de uma filosofia de investimento é a natureza do ajuste que precisa ocorrer para se obter bons resultados com uma estratégia bem sucedida.
Chama atenção perceber que coexistem filosofias de investimentos contraditórias como por exemplo investidores que tem uma filosofia de timing de mercado, mas que se baseiam em suas percepções de que os preços estão desajustados. E essa coexistência apesar de parecer irracional, é saudável e ajuda a manter o mercado em equilíbrio.
A escolha dos investidores que comporão uma carteira é centrada nas teorias de uma área da gestão de carteiras chamada seleção de ativos.

Desenvolvendo uma Filosofia de Investimento: Os Passos
Passo 1: Compreender os Fundamentos de Risco e de Avaliação – Primeiramente devemos preparar o instrumental financeiro que deverá compreender no mínimo os conceitos de como medir o risco de um investimento e relacioná-lo ao retorno esperado, como avaliar um ativo seja ele de qual tipo for e quais os componentes dos custos de transação e como esses custos são afetados pela rapidez de uma transação.
Passo 2: Compreender como Funcionam os Mercados e Onde Podem Entrar em Colapso – Antes de tirarmos nossas conclusões baseados em nossas experiências e na compreensão do comportamento do ser humano que é a base da filosofia de investimento, devemos também analisar como os investidores tomam suas decisões, mas sempre devemos observar os erros cometidos, para evitar repeti-los.
Passo 3: Encontre a Filosofia que Melhor se Adapte a Você – Após compreender os fundamentos de investimentos e as confusões do comportamento humano nos investimentos devemos então definir nossa própria filosofia de investimento que dependerá fundamentalmente de nosso grau de aversão ao risco, tamanho da carteira, do horizonte de tempo e da nossa situação tributária.
Assim podemos ver que a melhor filosofia de investimento para cada um deverá refletir seus pontos fortes e fracos individuais.


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