Festival SeRasgum y Comunicación: Imaginário, Tradición y Representación Social

May 25, 2017 | Autor: Juliana Miranda | Categoría: Comunicação, Música, Representações Sociais
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Descripción

Festival SeRasgum y Comunicación: Imaginário, Tradición y Representación Social

Juliana Cristina dos Santos Miranda [email protected] Manuela do Corral Vieira [email protected] Danila Gentil Rodriguez Cal [email protected]

Resumen

Este estudio analiza las formas de comunicación y de construcción del Festival SeRasgum, sus valores simbólicos y sus representaciones sociales, los cuales influencian em la interacción com el público y los artistas que participan del evento. La comunicación, bien como los medios de divulgación selecionados por el Festival SeRasgum, son igualmente de interés de este estudio, una vez que son comprendidos a partir de los primas y contributos de la tradición y del imaginário presentes em la Amazónia Paraense, además de la constitución y construcción social de las identidades de los sujetos ahí inseridos a partir de las interacciones de mercado y de comunicación.

Palabras Clave:

Comunicación; Imaginário; Representaciones Sociales.

Abstract

This study discusses the ways of communication and construction of the SeRasgum Festival, its symbolic values and social representations, which influence the interaction between artists and public that participate in the event. The communication, as well as the selected means of dissemination by the SeRasgum Festival, are both of this study interest, once they are understood as the ways and tradition contribution and the imaginary present on the Pará Amazon. Besides the constitution and social construction of the people identities inserted there and from the interactions of market and communication.

Keywords:

Communication; Imaginary; Social Representations.

Resumo

este estudo discute as formas de comunicação e construção do Festival SeRasgum, seus valores simbólicos e representações sociais, as quais influenciam a interação com o público e com os artistas que participam do evento. A comunicação, bem como os meios de divulgação selecionados pelo Festival SeRasgum, são igualmente de interesse deste estudo, uma vez que são compreendidos a partir dos primas e contribuições da tradição e do imaginário presentes na Amazônia Paraense. Além da constituição e construção social das identidades dos sujeitos ali inseridos a partir das interações de mercado e de comunicação.

Palavras-Chave:

Comunicação; Imaginário; Representações Sociais.

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Introdução O Estado do Pará, no Brasil, faz parte do que se configura como Amazônia brasileira, e possui significativa bagagem musical devido às suas diversas matrizes culturais e étnicas, advindas especialmente das influências indígenas e dos ritmos caribenhos que chegavam até a população através de ondas radiofônicas. A vida musical de Belém do Pará é rica em cenas culturais, contando com diversos espaços de sociabilidade que vão desde as festas de aparelhagem1 aos bailes da saudade2 (CASTRO, 2012). Em meados de 2000, a música paraense passa a ter destaque significativo na mídia nacional, uma vez que os grupos musicais que trazem em seu repertório um aporte mais destacado das influências regionalistas, profissionalizaram-se e passaram a divulgar a cultura musical paraense para o resto do país.3 É neste cenário de expansão nacional da música e da cultura paraense que o Festival SeRasgum é criado, com o intuito de possibilitar artistas e bandas, tanto locais quanto de outras regiões do Brasil e do Mundo, apresentarem-se em um evento com maior visibilidade do que os shows individuais e menores em público, nos quais as bandas costumam se apresentar, quando de maneira isolada. Neste contexto, o Festival SeRasgum surge em 2006 e propõe a estes artistas o compartilhamento de palco com bandas nacionais e internacionais já consagradas, tornandose uma espécie de vitrine para os músicos regionais. Com o crescimento do Festival no decorrer dos anos, o público se expandiu e se diversificou. Isso se deu basicamente pela mudança de estilo musical e pelo crescimento do evento em relação a sua estrutura, já que em suas três primeiras edições, o Festival era titulado como “SeRasgum no Rock” e apresentava apenas bandas e artistas que estavam inseridos no contexto do gênero do rock. Os processos culturais em constante construção sofrem influências diversas, por isso o cenário musical paraense e o público que acompanha o festival, recebem influências em seus ritmos e sonoridades no momento em que estão em contato com bandas de outras regiões. Com o objetivo de maior interação e divulgação, o SeRasgum se apresenta em plataformas digitais, gerando ainda mais visibilidade para seus eventos. Além do festival principal, o SeRasgum também é responsável pela realização de diversos eventos musicais que acontecem tanto em Belém, capital do Pará, quanto nas cidades localizadas no interior do Estado. Bandas nacionais e internacionais já apresentaram seu trabalho autoral para o público através das programações realizadas pela produção SeRasgum. Destarte, a proposta deste trabalho é analisar de que forma o festival SeRasgum, através do aporte do imaginário e da tradição, é capaz de representar e reunir parte do imaginário e da regionalidade paraenses, seja através de suas edições, quanto através de suas peças comunicacionais. No decorrer do artigo, discutiremos as representações sociais que envolvem o Festival Serasgum e a trajetória do cenário musical paraense. Em seguida, o Festival será analisado a partir de peças publicitárias veiculadas nos anos de 2006, 2008, 2014 e 2015, e também pela sua programação, no que diz respeito a artistas da região da Amazônia brasileira.

1 Estilo de festa que possui forte presença de aparelhos de mixagem de som e luzes de neon, onde o tecnobrega é a principal atração. 2 Estilo de festa normalmente voltada para pessoas a partir de 70 anos, onde é possível escutar e dançar ao som de músicas nacionais dos anos 50 e 60. 3 Apresentações em programas nas emissoras de TV abertas e veiculação de suas músicas em trilhas sonoras de filmes e telenovelas, como, por exemplo, a telenovela “Cheias de Charme”, exibida em 2012, que veiculou a música “Ex My Love” da cantora paraense Gaby Amarantos em sua trilha sonora.

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Imaginário e representação social no festival serasgum A sonoridade antiga e o estilo musical tradicional persistem, de alguma forma, nas apresentações dos artistas regionais, mesmo que seja mesclado com elementos modernos, como as aparelhagens. Essa relação auxilia o desenvolvimento da identidade do cenário musical paraense atual, já que a identidade é um reflexo dos processos sociais e da memória de uma sociedade, tornando-se um produto de construção da cultura (VIEIRA, 2014). Dentro deste cenário sociocultural, enquadra-se um processo que pode ser explicado como popularização, que gera o conhecimento da cultura em um cenário mais abrangente, assim como a identificação do sujeito com o que ele outrora costumava ouvir em sua cidade natal, a autoafirmação desse sujeito em busca da diferenciação e a expansão da música que antes tivera seu espaço bem específico. O Pará teve sua música influenciada pelos estilos que chegavam pelas ondas de rádio advindas da República Dominicana e outras regiões caribenhas (LOUREIRO, 1989). Gêneros como merengue e o reggae foram fundamentais na construção da cultura fonográfica paraense. Desta forma, a representação social da música paraense está vinculada com diversos elementos latinos que ainda se fazem presentes na cultura ribeirinha. Elementos indígenas como tambores e flautas também são fundamentais na composição do estilo musical encontrado no Estado do Pará. A partir dessas influências, ritmos próprios da região Amazônica foram criados, como a Guitarrada, um estilo musical marajoara4 fortemente influenciado pelo merengue, zouk e outros ritmos e o brega em seus diversos ritmos (CASTRO, 2012). A música paraense carrega traços simbólicos da tradição e das representações sociais de diversas formas. Desde os instrumentos musicais indígenas e ribeirinhos que fazem parte da composição sonora de muitos artistas, ao vestuário que os artistas e bandas escolhem para se apresentar, que muitas vezes é composto por peças que remetem aos povos indígenas e tradicionais. Os símbolos presentes nos diversos contextos do evento, tanto no universo da música quanto no da comunicação, remetem à identidade cultural do sujeito paraense. As representações sociais dos artistas que se apresentam no evento interferem no pensamento do público presente, já que os sujeitos não são passivos e sim participantes importantes de uma sociedade, capazes de elaborar pensamentos sociais (PAVARINO, 2003). O conceito de tradição remete a um conjunto de fatores simbólicos que são passados de uma geração para outra, podendo ter um caráter repetitivo (LUVIZOTTO, 2010), considerando a tradição uma orientação para o passado, pois esta tem força e influência altamente relevantes para o futuro (HOBSBAWM; RANGER, 1997). Porém, estes fatores simbólicos não devem ser considerados como estáticos, já que a mudança sempre vai ocorrer mesmo que ainda persistam elementos remetentes às substâncias antigas (SAHLINS, 1987). Quando os artistas sobem ao palco utilizando penas e cocares indígenas (Figura 01), os sujeitos presentes se identificam com aquelas características, de forma que o passado de um Estado do Pará com forte influência indígena se torne presente naquele momento, mesmo que por um curto espaço de tempo.

4 Pertencente ao Arquipélago do Marajó, localizado no Estado do Pará, no Brasil.

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Figura 01: Gaby Amarantos em apresentação no SeRasgum de 2012. Fonte: holofotevirtual.blogspot.com

Hobsbawm e Ranger (1997) destacaram que a tradição é uma invenção do passado com a liberdade de ser modificada no futuro, de acordo com as necessidades e crenças vividas. Apesar das tradições estarem em constante mudança, fortes elementos que se encontram enraizados persistem e perpetuam. O simbólico se faz presente na vida cotidiana, em áreas (universos) sociais, familiares, financeiras, religiosas e políticas (EHRENBERG, 2012), desta forma, estes universos simbólicos são instrumentos de conhecimento e construção do mundo (BORDIEU, 2000:11). Os símbolos provocam afetivamente as ações humanas e mobilizam os comportamentos sociais, promovendo experiências cotidianas. Como por exemplo: o surgimento de emoções.

Comunicação e identidade visual do festival O indivíduo produz imagens baseadas em informações obtidas em experiências visuais anteriores. Desta forma, a imagem não é o objeto em si, mas um conjunto de percepções e conhecimentos referentes ao objeto (LOUREIRO, 1989). Portanto, o ato de pensar faz parte da criação de imagens. Enquanto a realidade independe da presença ou significados que o individuo conceda a ela, os objetos existem no mundo e na sociedade por meio de características físicas e sociais específicas. A realidade percebida faz com que o real exista a partir de ideias, signos e símbolos. Com isso, o real é a interpretação que a pessoa atribui para a realidade (MAFFESOLI, 2001). A representação mental da realidade exterior percebida é definida como imaginário, ou seja, a representação imaginária contém afetividade e emoções, reconstruindo e transformando o real. Não é a modificação da realidade, o físico em si, mas a tradução mental da realidade exterior. A partir do momento que o imaginário se desconecta das primeiras imagens do real, pode-se começar a conectar o objeto de maneira diferente, sintetizando essas imagens. O imaginário não nega o real, mas baseia-se no real para transformá-lo, aportando novas relações, ultrapassando a representação intelectual (MAFFESOLI, 2001).

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Assim, o imaginário baseia-se na utilização, formação e expressão de símbolos, excluindo raciocínios prováveis. A forma como o imaginário pode ser visto na sociedade é pela cultura e pelas celebrações relacionadas a isso. Um festival relacionado com a cultura regional, pode ser ligado ao imaginário da população (MAFFESOLI, 2001). A identidade, os costumes e as características sociais da população paraense são elementos fundamentais para a construção do imaginário em relação ao festival SeRasgum. Neste contexto, observa-se que o festival é interpretado de acordo com as percepções, conhecimentos e experiências individuais, fazendo com que o real de cada um seja interpretado na realidade. Com isso, o imaginário do indivíduo produz imagens baseadas nas suas informações e experiências visuais, fortalecendo as tradições e costumes. A comunicação abrange processos de informações persuasivas entre indivíduos ou grupos, possuindo ferramentas para o desenvolvimento de métodos comunicacionais. Baseado neste conceito, o marketing e a publicidade foram usados como forma de análise em relação ao festival SeRasgum. Percebeu-se a mudança da estrutura do festival quanto à maneira de pensar o público, à criação das peças comunicacionais do evento e aoobjetivo para com o cenário musical. Com a alteração não só da forma de realização, como também do cenário nacional e regional de música, a forma como o SeRasgum se apresentava visualmente foi alterada. As mudanças primeiramente se deram na estética dos cartazes e flyers do festival. Como nas primeiras versões do festival a divulgação se fazia principalmente por meio de mídia impressa, este era um mecanismo relevante para se vender o festival e o seu conceito. Uma das maiores mudanças foi a alteração do nome do evento, já que houve influência direta do gênero rock na primeira do festival, ainda carregando o “Rock” no título. A identidade visual da primeira edição (Figura 02), ainda prematura quanto às referências gráficas, apresenta elementos imagéticos voltados para o cenário alternativo do “Rock”.

Figura 02: Cartaz do Primeiro Festival SeRasgum no Rock (2006). Fonte: www.serasgum.com.br

A forma de apresentar o festival é objetivada ainda no conceito do evento ser o primeiro dentro da proposta de rock independente do Estado do Pará. A silhueta de um homem segurando uma guitarra seria utilizada em outras edições, com uma diferenciação no que diz respeito à estilização, mas com a mesma proposta. Mesmo com a retirada do “Rock”, o símbolo da silhueta foi utilizado até a quarta edição, perdendo sua funcionalidade somente quando o festival começou a trabalhar um layout diferente a cada edição, priorizando mais

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a estética do hibridismo musical ali existente e valorizando mais a diversidade musical e cultural como foco (Figura 03).



Figura 03: Flyer do terceiro festival SeRasgum (2008). Fonte: www.serasgum.com.br

Observa-se que na Figura 03 ainda não é possível identificar a presença de traços regionais no trabalho artístico na identidade visual do evento, tanto na tipografia, quanto nos efeitos e fotografia. A arte apresenta bem mais apelo contemporâneo que regional no sentido de ser uma proposta com diversos signos que se aplicariam em diversas propostas de festivais em qualquer outra parte do mundo. Na edição do ano de 2014, já havia sido agregada a presença artística representante do Estado do Pará, com o conceito mais voltado para produção cultural. A organização do evento passa a financiar artistas para produzirem as novas identidades que focam na região amazônica. Mesmo que ainda possuam referências artísticas contemporâneas, os signos são insinuações diretas a elementos regionais, o que retoma aqui o discurso da autoafirmação da cultura paraense como forma de vender uma ideia e um novo conceito. O regionalismo está fortemente ligado ao Festival e isso se identifica, também, através de suas peças comunicacionais de divulgação. A figura 04 mostra o cartaz do 9º festival SeRasgum, que ocorreu no ano de 2014, de forma que é possível notar a presença de elementos importantes da cidade de Belém (Figura 04). Esses elementos são um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento da cultura regional, não apenas no cenário musical.

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Figura 04: – Cartaz do 9º festival SeRasgum (2015). Em detalhe a ilustração representativa do mercado do Ver-o-peso5. Fonte: www.serasgum.com.br

A edição do ano de 2015, entretanto, trouxe de volta os elementos contemporâneos, presentes nas primeiras edições do festival (Figura 05), e a forte marcação regional presente nas peças da edição de 2014 não foi abordada nas peças de 2015.



Figura 05: – Cartaz do décimo festival SeRasgum (2015). Fonte: www.serasgum.com.br

5 Feira ao ar livre de Belém do Pará e um dos pontos turísticos mais famosos da cidade. A diversidade de produtos encontrados neste mercado é uma das principais características do local.

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Apesar da arte da 10ª edição não trazer elementos regionais, o line-up6 do festival seguiu o formato proposto inicialmente; bandas autorais locais em conjunto com artistas já consagrados, tanto locais quanto de outras regiões do Brasil e do Mundo. A regionalidade desta edição ficou por conta dos artistas que se apresentaram, já que o line-up continha atrações locais cuja sonoridade destaca elementos da cultura paraense, como, por exemplo, a cantora Dona Onete (Figura 06), intérprete nascida em Igarapé-Miri, no interior do Estado do Pará, que ficou nacionalmente conhecida em 2012 quando lançou um álbum com músicas de carimbó7, boleros e outros ritmos da cultura regional.



Figura 06: Apresentação de Dona Onete na 10ª edição do Festival SeRasgum em 2015. Fonte: https://www.flickr.com/photos/serasgum/

Desta forma, a partir, em especial, desta edição, o Festival SeRasgum começa a se tornar um evento de fundamental importância para a cultura musical paraense e amazônica, com seus elementos artísticos voltados para valorização da regionalidade e da tradição dos sujeitos inseridos no contexto que envolvem o festival

Conclusão O Festival SeRasgum é um evento de referência no cenário musical paraense que oportuniza bandas autorais a divulgarem seu trabalho para o público frequentador dos eventos realizados pela produção do festival. Bandas e artistas autorais nacionais e internacionais se apresentam nos palcos do SeRasgum desde 2006, quando o festival foi criado, juntamente com artistas consagrados. A sonoridade da música paraense recebe fortes influências de ritmos caribenhos que eram captados pelas ondas radiofônicas advindas da República Dominicana e outras partes do Caribe. Os instrumentos musicais indígenas também influenciaram os ritmos musicais regionais.

6 Lista de atrações de um determinado evento. 7 Dança de roda criada no litoral do Estado do Pará bastante popular tanto na capital quanto no interior do Estado. O nome faz referência a uma espécie de tambor utilizado para criar os ritmos da dança. No ano de 2014 se tornou patrimônio cultural imaterial do Brasil.

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Os simbolismos presentes nos diversos contextos que envolvem o festival são fatores que remetem a identidade cultural do paraense, de forma a reafirmar a cultura presente principalmente no cenário musical do festival. Nas primeiras edições, as peças de divulgação do festival remetiam a contextos contemporâneos, sem utilizar elementos regionais em sua composição. Em 2014, notou-se a presença característica de elementos regionais na arte das peças de divulgação, com cenários de pontos turísticos da cidade de Belém do Pará. Entretanto, em 2015 a arte das peças voltou a apresentar elementos contemporâneos que eram presentes nas artes das primeiras edições do evento. Apesar destes fatores, o festival ainda carrega intenso regionalismo em suas apresentações, destacando artistas que interpretam músicas com ritmos regionais e que se apresentam com elementos que remetem à cultura tradicional indígena, levando o público presente a se identificar com a tradição que tais elementos possam carregar.

Bibliografia Bourdieu, P. (2000). O Poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. Castro, F. F. (2012). As Guitarradas Paraenses: Um olhar sobre Música, Musicalidade e Experiência Cultural. Revista Contemporânea, Comunicação e Cultura. - v.10. n.02, 429-445. Ehrenberg, K. C. (2012) O consumo simbólico e a vida cotidiana. II ECOM: Conferência Brasileira De Comunicação Com o Mercado. São Bernardo. Anais. São Bernardo: Metodista, v. 1, s/p. Hobsbawn, E. ; Ranger, T. (1997). A invenção das Tradições. São Paulo: Paz e Terra.  Maffesoli, M. (2001) O Imaginário é uma Realidade. Revista FAMECOS: Mídia, Cultura e Tecnologia. v. 1, n. 15, 74-82. Loureiro, J. J. P. (1989). Cultura na Amazônia. Texto nº 5. Curso de Especialização para Técnico Cultural. Secretaria da Cultura do Pará, Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves. Belém, s/p. Pavarino, R. N. (2003) Teoria das Representações Sociais: Pertinência para as Pesquisas em Comunicação de Massa. XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – BH/ MG,. Sahlins, M. (1987). Ilhas de História. Rio de Janeiro: Zahar, s/p. Vieira, M. C. (2014). Consumo na pós-modernidade: as relações de identidade e comunicação no Festival de Parintins. Revista Culturas Midiáticas. n.12, 187-199.

Biografia Juliana Cristina dos Santos Miranda: Mestranda em Comunicação, Linguagens e Cultura pela Universidade da Amazônia (Unama), Bacharel em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda pela mesma universidade. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa “Comunicação, Política e Subalternidade – COMSUB”, do Grupo de Pesquisa “Interações e Tecnologias na Amazônia - ITA” e do Grupo de Pesquisa “Consumo, Identidade e Amazônia: relações de sociabilidade e interação através da comunicação”. Trabalha com as áreas de mídias digitais, comunicação e política.Manuela do Corral Vieira: Doutora em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará (PPGA-UFPA), Mestre em Marketing na Universidad Autónoma de Madrid (UAM). Professora Adjunta na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Pará (FACOM-UFPA). Coordena o projeto de pesquisa “Consumo, Identidade e Amazônia: relações de sociabilidade e interação através da comunicação”. Faz parte dos Grupos de Pesquisa “Cidade, Aldeia e Patrimônio” e “Interações e Tecnologias na Amazônia – ITA”. Integra o projeto de pesquisa “Agências Digitais na Ama-

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zônia Real: a inovação das práticas de comunicação na publicidade paraense”em parceria com o Instituto Hans Bredow, Hamburgo. Danila Gentil Rodriguez Cal: Doutora em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mestre em Comunicação pela mesma instituição (2007). É Professora Titular da Universidade da Amazônia (Unama) e docente permanente do Mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Mídia e Esfera Pública da UFMG e líder do Grupo de Pesquisa Comunicação, Política e Subalternidade da Unama.

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