Estratégia Global no Ensino por Competências

July 22, 2017 | Autor: Luis Machado | Categoría: Education, Teacher Education, Ensino, Educação, Competencias
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Descripción

Estratégia Global do Ensino por Competências

1. Finalidade/ Objetivos do Ensino

Competências/ Metas de final de ciclo

A3 2. Meios

3. Situações de Aprendizagem

Critérios de avaliação e Indicadores de Referência



Níveis de proficiência (Frequência ou grau de desempenho)

Como, Quando e Onde



Competências Específicas/ Metas Intermédias da disciplina



Conhecimentos a mobilizar (Conteúdos Nucleares da disciplina)



A1

A2

Conhecimentos e Técnicas a trabalhar

 

Situações-problema (Estratégia base)



A1A2



A2



Atividades e Tarefas de demonstração e sistematização de técnicas e conteúdos

Projectos

 Conhecimentos suplementares necessários (Conteúdos Complementares da disciplina ou de outras áreas)

 Planificação do Professor |  Ação do Aluno A1. Avaliação Diagnóstica | A2. Avaliação Formativa | A3. Avaliação Sumativa 1. O ponto de chegada pretendido para o aluno deverá ser o ponto de partida do professor, isto é, o que se pretende que o aluno adquira no final do ano/ciclo deverá ser o indutor de toda a ação do professor. 2. O que o aluno necessita para atingir o que se pretende, ou seja, para atingir a “finalidade” referida no ponto 1. 3. O que o aluno tem de fazer para que sinta necessidade de adquirir os meios referidos no ponto 2.

[autor: Luís Machado | rev.: 2011.Abril.15]

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Estratégia Global do Ensino por Competências CLARIFICAÇÃO DE TERMOS Obstáculo: convicção errada, fortemente estruturada, que na mente do aluno tem o estatuto de verdade Dificuldade: conhecimento ou técnica em falta ou não devidamente estruturado na mente do aluno. Situação-problema: situação de aprendizagem, organizada em torno da superação de um obstáculo e/ou dificuldade previamente identificados, que induz o aluno a investir os seus conhecimentos e representações anteriores para a ultrapassar. Para ser bem-sucedido o aluno deve ser “forçado” a questionar as suas representações mentais de forma a elaborar novas ideias (o “Ah! Agora percebi!” ou “Afinal era assim!). Podemos considerar 2 tipos de situações-problema: Situações-problema planeadas com finalidades específicas previamente definidas; Situações-problema do processo, resultantes do desenvolvimento de um projecto. A complexidade na planificação de uma situação-problema está no doseamento da resistência que a mesma irá oferecer ao aluno quando este é confrontado com a mesma. Essa resistência não deve levar o aluno a desistir devido ao grau de dificuldade que apresenta nem a desinvestir devido à facilidade da mesma. Um ensino centrado nas competências, utilizando como estratégia uma abordagem através de situações-problema, necessita de uma planificação flexível e indicativa, apoiada nas seguintes acções: Acção

Objectivo

Trabalho de base “essencial” dos Seleccionar os conteúdos nucleares necessários às competências que se pretende trabalhar. Definir obstáculos e dificuldades que os alunos necessitam de superar. Criar um reportório de ideias e Ter um conjunto de ideias e situações, passíveis de ser adaptadas às esboços de situações pertinentes características da turma e do contexto temporal e local, pensadas no para trabalhar as competências da sentido de confrontar os alunos com os obstáculos e dificuldades disciplina: previamente definidas. Antes de iniciar o processo Construir roteiros: Estabelecer sequências indicativas de competências e conteúdos. Instituir rotinas de apoio às Estabelecer momentos de introdução de conteúdos e/ou técnicas sessões de trabalho: específicas; de exemplificação/ demonstração de soluções existentes e de balanço dos trabalhos (avaliação intermédia). Instaurar diferentes regimes de Fazer coexistir faixas dedicadas a situações-problema com outras mais saber: propícias a exercícios estruturados mais convencionais. Durante o processo Realizar um balanço constante Regular a escolha das situações-problema e a consequente condução relativo às finalidades pretendidas: dos projectos/actividades tendo em conta os ensinamentos adquiridos e as faltas observadas. Extrair o conteúdos:

[autor: Luís Machado | rev.: 2011.Abril.15]

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Estratégia Global do Ensino por Competências

CONSIDERAÇÕES A TER EM CONTA NO PROCESSO AVALIATIVO Não se trata apenas de pensar uma avaliação formativa, quando se aprende de acordo com situações-problema os alunos estão forçosamente em situação de observação formativa, sendo levados a confrontar suas maneiras de fazer e dar-se feed-back mutuamente. Assim, a avaliação não diz respeito ao adquirido, mas aos processos em curso, conforme uma sequência de sucessivas interpretações, explicações e hesitações. Avaliar competências implica mais que memorizar conteúdos, implica uma demonstração activa de que os sabe usar para qualquer coisa. É impossível avaliar competências de uma forma padronizada. As competências são avaliadas segundo situações que fazem com que alguns alunos estejam mais activos que outros, pois nem todos fazem a mesma coisa. Ao contrário, cada um mostra o que sabe agindo, raciocinando em voz alta, tomando iniciativas e riscos. Não se deve avaliar fazendo comparações entre alunos mas, partindo de uma tarefa a realizar, comparar o que o aluno fez e o que faria se fosse portador da competência esperada. Só há competência estabilizada quando a mobilização dos conhecimentos supera o tactear reflexivo ao alcance de cada um e acciona esquemas constituídos. A acção competente é uma “invenção bem-temperada”, uma variação sobre temas parcialmente conhecidos, uma maneira de reinvestir o já vivenciado, o já visto, o já entendido ou dominado, a fim de enfrentar situações inéditas o bastante para que a mera e simples repetição seja inadequada ou insuficiente. A competência, ao mesmo tempo em que mobiliza a lembrança das experiências passadas, livra-se delas para sair da repetição, para inventar soluções parcialmente originais que possam responder à singularidade da situação presente. A habilidade não é sinónima de competência, embora seja uma ajuda na acção competente, a habilidade por si só não consegue superar situações inéditas pois falta-lhe o “processo inventivo” presente na competência. A habilidade é uma inteligência capitalizada, uma sequência de modos operatórios, de analogias, de intenções, de induções, de transposições dominadas, de funcionamentos heurísticos rotinizados que se tornam esquemas mentais de alto nível ou tramas que ganham tempo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PERRENOUD, Philippe; “Construir Competências Desde a Escola”, Porto Alegre (Brasil), Artmed Editora, 1999. ROLDÃO, Maria do Céu; “Estratégias de Ensino: O Saber e o Agir do Professor”, Lisboa, Fundação Manuel Leão, 2009.

[autor: Luís Machado | rev.: 2011.Abril.15]

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