Estado capital e internacionalizacion en Italia y Brasil

Tendo por objetivo uma análise comparativa das formas de capitalismo de Itália e Brasil, a tese propõe um estudo das relações entre Estado, capital e mundo empresarial organizado, em ambos os países, com o intuito de entender como a arquitetura institucional e o conjunto de interações entre instituições e organizações influenciam a modalidade de inserção internacional das respectivas economias. De acordo com uma visão sistêmica das relações entre economia nacional e ordem econômico global, o trabalho examina, em uma primeira parte, os efeitos da abertura internacional sobre a organização econômica interna dos dois países, levantado hipóteses sobre a predisposição dos agentes econômicos para políticas de liberalização, conforme o modelo Frieden-Rogowski, fundamentado nas teorias do comércio internacional de Heckscher-Ohlin-Samuelson. A análise leva em conta também elementos de path-dependence que têm influenciado a atual estrutura de oportunidade e situações de ambos os países, com particular referência à função do Estado e à dotação do recurso empresarial (Capítulos I e II). No Capítulo III procura-se evidencia empírica às hipóteses teóricas da primeira parte através da análise de dados estatísticos. O Capítulo IV retraça criticamente a história das relações entre Estado e interesses organizados com ênfase na evolução da estrutura dos órgãos de representação dos empresários ao longo do século passado. O capítulo final trata recompor os diversos fios da pesquisa, interpretando a peculiar configuração institucional e as interações entre os atores econômicos, políticos e sociais, à luz do enfoque da variedade de capitalismo e dos modelos presentes na literatura, ao fim de melhor caracterizar a particular conformação socioeconômica dos dois Países, objeto de análise.