ESCOLAS DE ENSINO SUPERIOR CATÓLICAS: identidade x simulacro

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ESCOLAS DE ENSINO SUPERIOR CATÓLICAS Identidade x Simulacro Prof. Dr. P. Dilson Passos Júnior-sdb

Considerações iniciais 1 - As instituições nascem, crescem, amadurecem, envelhecem e morrem. E, em se tratando de uma analogia, podem ao invés de envelhecer e definhar, explodir em vida produzindo sementes e lançando rebentos. Há uma “previsibilidade biológica” na vida das instituições que nascem fecundadas pelo húmus de grandes ideais. São quatro os momentos inevitáveis e necessários em suas vidas: a fundação, a consolidação, a institucionalização e o predomínio da estrutura. Após estes momentos ela deixará de existir ou se metamorfoseará em outra instituição com outros e novos ideais ou poderá ainda viver a experiência da refundação com o retorno às origens, na busca da fidelidade primeira. 2 - Num primeiro momento a instituição nascente é marcada pelo ardor do fundador, figura ímpar com seus ideais e crenças que transcendem sua vida e seus interesses, imprimindo impulso criador à sua ação. Há o predomínio deste homem e de sua individualidade, tendo sua experiência fundante um caráter quase divino. A paixão é o sentimento predominante que impulsiona sua vida e com tal intensidade que atrai e apaixona discípulos. Muitas “fundações” não duram para além da vida do seu fundador. Pareciam ter um futuro promissor, mas se esfarelaram qual castelo de areia, na falta de ardorosos seguidores e intérpretes de seus ideais. Os discípulos das primeiras horas não podem ser entendidos como meros atores coadjuvantes, pois serão eles, e, somente eles, que darão sustentabilidade às ideias fundacionais que permitirão à obra transcender para além da vida do seu fundador. 3 - O segundo momento é o da consolidação. A paixão ainda palpita no coração dos discípulos das primeiras horas e como co-fundadores são intérpretes qualificados do fundador, porque receberam suas confidências e conviveram com ele, sendo suas narrações feitas com enlevo de testemunhas. Nasce o mito fundacional que com suas histórias e ideário dá sustentabilidade à fundação, sendo aos poucos não só narrado, mas celebrado e ritualizado. A experiência vivenciada pelo fundador e seus primeiros discípulos é exemplo para seus futuros seguidores, crescendo o sentido de comunidade quando o sentir-se “nós” dá forças aos que abraçam este projeto. 4 - O terceiro momento é o da institucionalização, quando o impulso inicial do fundador e de seus discípulos começa a ser organizado, sendo um tempo de estabilização, sabendo-se que o ardor dos primeiros seguidores precisa agora ser organizado, disciplinado e racionalizado. Há o predomínio de normas, sendo que a experiência institucional se conduz por leis e princípios. Não mais prevalece a intuição e a criatividade, mas a legalidade do que e como se deve fazer e viver. O sentimento que prevalece é o da simpatia. Acredita-se com certa benevolência nas ideias e ideais do fundador.

2 5 - O quarto momento é quando os ideais fundacionais sucumbem pelo predomínio de estruturas organizacionais poderosas e fortes que ignoram ou mesmo desconhecem as motivações primeiras da fundação. A experiência fundacional fica esmaecida frente à vigorosa máquina administrativa e às sólidas estruturas que se impõem na instituição. Prevalece o poder, o domínio, os burocratas, as estatísticas, os resultados e a eficiência administrativa sem considerar a pulsões fundacionais. Nem a pessoa do fundador, nem os primeiros discípulos e nem mesmo a dimensão e a legalidade disciplinadora do ideal fundacional prevalecem, mas a estrutura e o poder. Aquele ideal e sonho inicial, os princípios e sentido da fundação, a experiência do fundador e dos co-fundadores não conta mais. Neste momento se está longe da paixão do fundador, do amor dos cofundadores, da simpatia dos discípulos, prevalecendo o simulacro, quando a aparência é mais importante do que o ser. 6 - Esses pressupostos são importantes quando se quer analisar instituições de educação que nasceram a partir de ideais, sejam eles políticos, filosóficos ou religiosos. Sabemos que não existe Instituição de ensino neutra. Seja ela qual for e em qualquer nível, se apoiará em concepções filosóficas que serão apropriadas por teóricos da educação que, assumindo essa visão de mundo, irão elaborar programas educacionais que visem à construção de um determinado tipo de pessoa e cidadão. A sociedade será fruto de suas escolas, pois é na força deste espaço que ela se configura. O controle ideológico do ensino é estratégico, como forma de se construir a mentalidade da nação, sendo este espaço objeto de disputa por seu controle. E nem sempre a posse material de uma Instituição de ensino é garantia de seu controle ideológico. 7 - O ambiente universitário por sua natureza será sempre um espaço de tensão e conflitos entre o novo e o antigo, entre o presente, o passado e o futuro. O ato de pensar subverte sempre o status quo. As primeiras universidades – Paris, Oxford e Bolonha – emergiram do coração da cristandade medieval, tendo sido tuteladas e vigiadas, não apenas pelo zelo da ortodoxia, mas também pela força convincente da inquisição. Nelas já se confrontavam as correntes dos espirituais, dos racionais e dos naturais. O combate ao racionalismo aristotélico que invadira a universidade de Paris e que fora banido da mesma em 1277 pelo zeloso bispo Étienne Tempier parecia garantir uma vitória dos místicos sobre os racionais, conservando o tradicional espaço ideológico dos místicos que se inspirava em Platão e, sobretudo, em Agostinho que dera sentido à mentalidade da Idade Média com a ideia da Cidade de Deus. O zeloso bispo não percebera que a escola anexa ao mosteiro de Chartres já vinha tendo seus flertes com as ciências experimentais, minando a plácida contemplação que deveria reger os mosteiros. Neste momento se abria um processo, consolidado posteriormente pelos escritos de Tomás de Aquino de valorização da razão. As catedrais góticas, se com suas torres esguias apontam para o infinito indicando explicitamente o ideal medieval de elevar a alma ao Transcendente, indicavam de outro lado, implicitamente, a vitória da racionalidade matemática do homem de construir com ousadia. E mesmo a Suma Teológica de Tomás de Aquino racionalizava a fé por meio de uma “engenharia mental” que primava pela exatidão de sua terminologia latina pensada com lógica aristotélica. O que se assiste nessa passagem de tempo não é a erosão assustadora das enxurradas que descem encostas arrastando consigo volumes imensos de terra. É a erosão do vento que, pacientemente, vai mudando de forma imperceptível a paisagem. O mundo universitário, repetimos, nunca é tranquilo. Ideias e ideologias campeiam fogosas pouco afeitas aos “cercados” das “ortodoxias”, sejam elas politicas, econômicas ou religiosas. Uma aeronave num voo de cruzeiro a cada segundo é uma vencedora graças às suas

3 potentes turbinas. Mas, a cada segundo corre o risco de perder estabilidade, altitude e a própria existência. A Identidade de qualquer instituição vive este permanente risco de um voo de cruzeiro: deve ser mantida por “potentes turbinas” superando a cada dia o risco de perda de sua sustentação e tornar-se nada.

Pressupostos para uma avaliação da Identidade Salesiana do UNISAL 8 - As Escolas de Ensino superior confessionais nascem sob a Égide de princípios e valores dos seus fundadores, sendo um espaço de interlocução com o mundo acadêmico. A principal fonte de renda destas instituições é a mensalidade de seus alunos, base de sua sustentação. As leis de mercado, as exigências do governo, a competitividade, a necessidade de agregar ao seu corpo docentes profissionais qualificados, não raras vezes faz com que princípios idealizados fiquem relegados a um segundo e até terceiro plano, frente aos problemas de sustentação de estruturas e pela incessante necessidade de atualização de pessoal frente a um mercado dinâmico e competitivo. Some-se a isso o crescimento destas instituições com o distanciamento entre os ideais elaborados pelos fundadores e o cotidiano acadêmico com professores de diversas procedências ideológicas, quando nem sempre a capacidade profissional está alinhada com os ideais destas fundações. A Missão Institucional acaba, em muitos casos, sendo desconhecida por educadores e, consequentemente, por educandos. Devese, ainda destacar, que pela própria natureza do mundo universitário, muitos dos docentes e coordenadores não comungam, e até mesmo se opõem ideologicamente às crenças e princípios da fundação e, coerentes com seus princípios, acabam por não sublinhar e assumir os aspectos relevantes dos princípios, quando não partem para contestá-los. 9 - É necessário sempre checar o impacto na Academia dos princípios da Filosofia e da Pedagogia salesiana no Centro Universitário Salesiano de São Paulo. O significativo aumento de professores, contratados pela capacidade técnico-pedagógica, nem sempre permite um consistente acesso aos princípios filosófico-educacionais da Instituição. Além disto, questões financeiras e administrativas absorvem grande energia espiritual de seus gestores, preocupados com a manutenção de estruturas. Temos por objetivo diagnosticar até que ponto os valores educacionais e humanos deste centro de educação salesiano são conhecidos por seus educadores e destinatários, não como uma proposta confessional, mas como um conhecimento a ser confrontado com outros saberes. 10 - O ingresso no mundo universitário foi visto com desconfiança por muitos salesianos até o fim da década de 1980. A fundação das Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena em 1952 foi, de fato, apenas a legalização duma “faculdade” eclesial voltada para formação de seminaristas salesianos que, impedidos de dar aulas pela crescente exigência de diploma reconhecido, tiveram a necessidade de legalizar seus cursos. Poucos salesianos da época captaram as implicações do seminário de Filosofia ser reconhecido pelo governo: as portas deveriam se abrir para alunos externos tornando-se uma instituição de prestação de serviço ao publico em geral. 11 - Outras duas faculdades de Ensino superior salesianas foram fundadas em Americana e Campinas, que a partir da década de 1990, se uniram com a de Lorena formando o Centro Universitário Salesiano – Unisal -. Ainda no final desta década o Unisal unia-se à rede de universidades salesianas denominada IUS congregando mais de

4 cinquenta escolas de Ensino Superior em quatro continentes. Esse rápido crescimento representou, acreditamos, um distanciamento entre os ideais da pedagogia salesiana e o corpo discente cada vez mais numeroso. Há um hiato entre os ideais elaborados e o crescente público que recebe pouco influxo sistemático dos valores propostos pela Instituição, o que constatamos em pesquisa de campo junto a docentes e discentes para avaliar o impacto da pedagogia salesiana sobre suas formações. Isto se agrava, institucionalmente, pela falta de uma área consolidada de estudo e pesquisa sobre a Pedagogia Salesiana.

Da Experiência Fundante à Institucionalização: Mito, Rito e Símbolo. 12 - O homem se constrói a partir de experiências. Prevalece o conceito aristotélico de que nada está na inteligência sem que por primeiro não tenha passado pelos sentidos. O experimentar faz parte intrínseca da vida, sendo um patrimônio pessoal na construção da personalidade. Em geral, as experiências vividas esgotam-se na temporalidade da própria vida do cada indivíduo. Há experiências, porém, que transcendem o individuo e são apropriadas por outras pessoas que vêm nelas algo de singular e extraordinário e, ainda que vivenciada por outrem, possuem um lastro de sabedoria que passa a ser para muitos um referencial de vida. Essa experiência pessoal de alguém, quando transferida ou apropriada por outras pessoas, denominaremos de experiência fundante. Tal experiência de uma pessoa, assumida por outras, dá ao individuo que a vivenciou a imediata ou crescente consciência de que é “mestre”, “guia” e “fundador” e a "consciência de que tem uma missão” a cumprir. Tal experiência vai aos poucos se desmaterializando e assumindo um halo místico. A experiência fundante, ao perder sua materialidade, se torna um princípio, uma doutrina e uma mística. O fundador atrai discípulos, ou, discípulos mais fervorosos apontam o fundador como exemplo a ser seguido. 13 - Os discípulos das primeiras horas são co-fundadores que avalizam a experiência do fundador como referencial e palavra final. Sua morte qualifica esses discípulos que gozam de autoridade porque conviveram com o mestre sendo reconhecidos como intérpretes qualificados. Com o tempo a experiência fundante se encaminha para institucionalização que procura organizar e perpetuar o carisma do fundador e dos primeiros discípulos. A imagem, a vida e a ações do fundador são perenizadas. Este caminho se realiza através de três elementos interligados: o Mito, o Rito e o Símbolo. 14 - O Mito é a narração da vida, dos ditos e feitos do fundador e seus primeiros discípulos. Não é, porém, uma narração feita uma única vez como numa comunicação, mas é sempre narrada, porque aquele evento fundacional do passado torna-se sempre presente na comunidade que o assume. Os iniciados ouvem com unção muitas vezes a história de como tudo começou. Esse resgate tem não só a função de memorial, mas de entendimento do “agora” da Instituição. Perder esse referencial histórico é perder a própria identidade, pois, os seguidores devem entender que são continuadores do fundador. O mito é um fato do passado que se atualiza pelo Rito. 15 - O Rito é a atualização do Mito que “indo” ao passado, atualiza a experiência fundante tornando-a presente aqui e agora no hoje, sendo, portanto, não só evocativo, mas também celebrativo. É a atualização do ontem no hoje, quando “nós” somos a continuação da mesma história. O cerimonial integra e dá unidade ao passado e ao

5 presente quando não somos observadores, mas protagonistas da história. Nas celebrações religiosas, à guisa de exemplo, a divindade sai de sua transcendência e está “aqui” no rito interagindo com seus crentes ouvindo-os e atendendo-os. Em Instituições não religiosas o cerimonial também diz a mesma coisa: os sonhos dos fundadores não ficaram no passado: somos este sonho tornado realidade, não havendo entre o fundador e seus discípulos o vácuo do tempo. O ontem é o hoje em nós. Daí a necessidade de uso de roupas e insígnias que indiquem que o membro da comunidade transcende a sua própria individualidade. 16 - O Símbolo é o que nos faz remontar e lembrar a experiência do fundador por sinais. O vestir-se e o envolver-se de símbolos representa conectar o hoje com o ontem. O paramentar-se, não só no sentido religioso, significa dar identidade ao Rito indicando a fonte de onde se vem. O símbolo é um referencial ao Mito inicial. Mesmo as construções são sinais de uma determinada Instituição que procura se impor pela grandeza, esplendor e majestade para assinalar o que representam. 17 - O Ideal do fundador, nascido naturalmente ou forjado por seus discípulos, se visualiza no Mito, no Rito e no Símbolo que sintetizam a experiência fundante. Essa experiência precisa institucionalizar-se para organizar o projeto inicial. O impulso inicial vai sendo ordenado por regras, normas, princípios e procedimentos para garantir como a coisa deve ser. Se essa fundação é bem sucedida isso se materializa no reconhecimento social, garantia de status e poder. Os seus gestores têm como missão ser intérpretes dos ideais fundacionais como guardiães zelosos em manterem a “chama sagrada” da experiência fundante. 18 - Uma Instituição que se consolida é um atrativo para novos membros, ora por uma clara opção pelos ideais fundacionais, ora pela procura de status, poder ou remuneração. Cria-se tensão entre as dimensões carismática e institucional, entre os ideais do fundador e o cotidiano pouco romântico com sua materialidade prosaica: contas, captação de recursos, remunerações, competições de mercado, captação de clientes, direitos e lutas sindicais, contratação de funcionários alinhados com os ideais do fundador e a demissão dos menos integrados profissional ou ideologicamente. 19 - Acontece se ver o retrato de fundadores fixados em paredes de vetustas fundações, antes venerados e amados, hoje, rostos anônimos a assombrar como fantasmas do passado com seus ternos antigos, às novas gerações sedentas de modernidade e desejosas de sepultarem nos porões dos prédios esses quadros velhos. Assim como esses retratos, objeto de veneração no passado, também os mitos, ritos e símbolos podem perder sua atualidade apesar de pendurados na Instituição. Aqui está diagnosticada a crise profunda de uma fundação onde o Mito deve ser narrado, o Rito deve ser celebrado e o Símbolo deve ser mostrado por funcionários sem paixão, sem emoção, sem adesão afetiva, sem identificar-se com eles. Parecem velhos funcionários de velhas instituições apresentando com voz pastosa e sem brilho nos olhos os “ideais” de fundações das quais recebem o sustento e através das quais esperam com ansiedade a aposentadoria. O Mito fundacional torna-se mera mitologia, estórias do passado; o Rito torna-se ritualismo, suportado com olhares constantes ao relógio conscientes de que está demorando muito e se tem coisa importante a fazer. E os Símbolos não simbolizam mais, sendo relegados às gavetas ou envergados em cerimônias com tédio ou, tornam-se ainda enfeites sem seu significado inicial. Essas coisas só são suportadas porque através delas se tem status ou remuneração.

6 20 - A Erosão dos paradigmas fundacionais e institucionais faz com que se mantenha um verniz superficial que apenas se refere ao fundador e à sua experiência fundante. Os discursos tendem a ser vazios e as ações tornam-se pragmáticas até no fingir que se adere aos critérios fundacionais quando se vive, efetivamente, atitudes diferentes das propostas da Instituição. O Mito não narra mais, o Rito não celebra mais e o Símbolo não simboliza mais. O que sobrevive é o simulacro. Esta Instituição está em crise, pois, há uma efetiva ruptura entre o sonhado e vivido. E ainda que sobrevivam em seu comando poucas pessoas apaixonadas pela experiência inicial, efetivamente, porém, não há mais canais entre o impulso inicial repleto de paixão e os destinatários. Numa escola, para concretizarmos essas afirmações, há educadores que não creem nas propostas dos mantenedores e alunos que não recebem os influxos desta experiência fundante. O destino desta Instituição será ou, a radical presença de vigorosos e violentos reformadores que busquem retomar o espírito da fundação, ou a ruptura com os paradigmas fundacionais substituindo-os por outros ou, ainda, o melancólico encerramento de suas atividades.

Considerações finais 21 - Seria destino inexorável de que todas as experiências fundantes viriam a viver um período de institucionalização, de apogeu e decadência? Os ideais e princípios educacionais sofreriam erosão inevitável do tempo tornando-se arcaicos e ultrapassados? Seriam, na história, alguns valores apenas sazonais? Teria sentido uma Instituição de Ensino Superior possuir princípios pétreos? São questões que perpassam o suceder histórico e, acima de tudo, o filosófico. Essas mesmas questões deveriam ser equalizadas para uma interpretação filosófica: Existiria o perene? Ou prevaleceria a intuição do velho Heráclito que via no permanente fluir e na mudança em si aquilo que era o mais certo? Certos valores são de momento ou perenes? Os valores fundantes de uma Instituição de ensino não perpassariam o tecido acadêmico por incompetência de seus gestores ou porque seria já um produto fora de linha e, portanto, não interessante aos consumidores? Seriam os gestores de uma fundação como vendedores de loterias que gritam a todos os transeuntes que o “bilhete premiado” está em suas mãos, mas o vendem por um punhado de moedas tidas, então, por mais valiosas? 22 -, Por que experiências fundantes perdem seu vigor e exuberância? O Iluminismo, o Positivismo, o Capitalismo, o Marxismo foram totens que se erigiram grandiosos nas planícies da história e que conheceram a erosão do tempo. Será que Mito, Rito e Símbolo das instituições educacionais sofreriam a inexorável erosão da descrença: ser um mito que não narra mais, ser um rito que não celebra mais, ser um símbolo que não simboliza mais. São questões que, se respondidas, independente de qual seja a resposta, darão um norte no governo nas Instituições de Ensino Superior. Os ideais dos fundadores nas Instituições de Ensino Superior sofreriam crises conjunturais ou estruturais? São questões que necessitam de respostas para que o ideário e a missão das universidades seja uma realidade exequível e não uma formalidade nos planos das instituições.

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