Entrevista Vida Económica – Aquiles Pinto (2.ª PARTE

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Entrevista Vida Económica – Aquiles Pinto (2.ª PARTE)
Na semana passada focámos os aspectos mais relevantes dos "Efeitos Trump e BREXIT" no plano internacional. Agora gostaríamos que partilhasse connosco a sua reflexão quanto às consequências para Portugal e, prosseguindo as já assinaladas na 1.ª Parte, para a União Europeia. Mas, antes, ainda uma questão relativa à polémica a propósito do chamado "Travel Ban" decretado recentemente, pelo Presidente Donald Trump…
A maior polémica, até agora, do mandato Trump é a tentativa de proibir a entrada aos EUA de pessoas de sete países (Síria, Iraque, Irão, Líbia, Sudão e Iémen), todos de maioria muçulmana. Como comenta?
Polémicas, como se esperava, têm sido várias… Mas esta, sobre a dita "proibição", em cumprimento do tal "Travel Ban", decretado, em 27 de Janeiro passado ("Protecting the Nation From Foreign Terrorist Entry Into The United States", que deveria ser lida, antes de se avançarem "palpites"), merece particular atenção, sobretudo e, uma vez mais pelas posições demagógicas e populistas que se continuam a suscitar sobre cada Decreto executivo promulgado pelo Presidente Donald Trump. Importa, então separar os factos da … (risos)… "histeria, choque e pânico" que se teatraliza nas "manifestações por todo o mundo". Primeiro, importará clarificar que não se trata, literalmente, de uma "proibição", mas, outrossim, de uma suspensão, por 90 a 120 dias, de entrada nas fronteiras dos EUA, de viajantes (ou alegados "refugiados") oriundos desses sete países – países que foram identificados, não por Trump (ao contrário do que se pretende fazer crer, por este "não ter negócios com eles" … (risos)… mas por um Decreto executivo promulgado pelo… Presidente Barack Obama. Uma lista de países que Obama ratificou (e bem, até por já constarem no registo da "US State Sponsors of Terrorism List": o Irão, desde 1984, o Sudão, desde 1993, a Síria, a Líbia e o Iraque, desde 1979,…), por se tratarem de Estados "párias" e ou teocracias totalitárias, bem conhecidos por fomentarem a "Jihad" e pela sua vocação exportadora e financiadora de terroristas islâmicos – não para "banir todos os muçulmanos" (esquecendo-se que existem cerca de 40 países onde a ideologia política e religiosa que se alberga no Islão é dominante ou expressiva – e, ademais, bem mais populosos: Indonésia, Paquistão, Índia, ou Bangladesh… onde vivem cerca de 700 milhões de muçulmanos)! Não é, portanto, como demagogicamente se pretende fazer crer, nem um "Muslim Ban", nem um "veto à entrada de Refugiados", porquanto abertas continuam as fronteiras a todos os que, verdadeiramente Refugiados, cristãos, Yasidis, curdos e outros que sejam vítimas destes regimes onde prevalece a Sharia, sejam objecto de perseguição e corram risco de vida, violação, mutilação genital, lapidação por "adultério" ou defenestração por serem "homossexuais", mesmo nestes sete países! Por outro lado, esta "ordem" não é, sequer inédita. Em 2011, o "insuspeito" Presidente Obama, ao abrigo do mesmo fundamento jurídico (a "Section 212 (f) of the INA, 8 U.S.C. 1182(f)" do "Immigration and Nationality Act" de 1952) baniu a entrada, por seis meses (!), de "refugiados", ao abrigo do então "Programa de refugiados do Iraque" – e depois, por seis vezes, até 2014 –… em qualquer dos casos não aplicável a qualquer cidadão natural, ou naturalizado, nos EUA, independentemente da sua religião! Não, como tem sido habitual ouvir-se na "CNN" que "Trump bans 134.000.000 from the U.S." (afinal terão sido, nestas semanas… 189 viajantes a quem foi vetada a entrada… por 90 dias, até que os procedimentos de controlo de fronteiras voltem a ser eficazes para a prevenção de entrada de terroristas!). Por fim, não se viram manifestações de protesto, nem em 2011, nem por 16 países muçulmanos impedirem a entrada de cidadãos com nacionalidade israelita nas suas fronteiras… Enfim, a costumeira e risível dualidade de critérios e outros ainda mais ridículos argumentos! Uma discussão muito pouco séria, quando o que, juridicamente, se deveria discutir e questionar se prende mais com a questão de atribuição de vistos (emitidos à pressa no final do mandato da Administração Obama…), porque não sendo de aplicação retroativa, o Decreto executivo sobre suspensão de entradas (e de passagem de novos vistos) nos EUA, não lhes poderá ser aplicado, mesmo que (indevidamente) concedidos antes de 28 de Janeiro, deverão ser considerados válidos, como os tribunais o confirmarão. Mas, a discussão jurídica não releva quando o objetivo é… outro! Enfim… "populismos"! … (risos)… que, todavia, demonstram o sistema de freios e contrapesos funciona!
Em relação a Portugal, a postura de Trump pode fazer os EUA recuarem na decisão de diminuírem a presença nas Lajes?
Não sei. Como Português, espero que não! Mas tudo dependerá da capacidade negocial da "geringonça" no Continente e da sua "sucursal" açoriana…
A política de Donald Trump e a essência do Brexit são medidas de protecionismo económico. Isso não é prejudicial ao crescimento económico mundial?
É! Toda e qualquer medida que seja antiliberal e contra os mercados livres, é sempre prejudicial para o crescimento económico! Mas, no fim, tudo depende da capacidade de se impulsionarem as "Economias da Oferta" em cada um dos países e da sua competitividade fiscal.
Outro dos temas fortes de "O efeito Trump e o Brexit" são os refugiados. É contra o abrigo desse grupo na Europa?
Não existe um "grupo de refugiados"! Esse é outro dos maiores mitos e hipócritas fábulas, que os media e certas "elites" enfeudadas às chamadas "causas fracturantes" (ressuscitando os dogmas da chamada "Escola de Frankfurt" e que, hoje, se reafirmam nos movimentos baseados no "politicamente correto", nas ditas "causas fracturantes" e no chamado "multiculturalismo") que os "charlatães do Jihadismo" e demais "idiotas úteis" procuram vender! Há, de facto Refugiados: cristãos, Yasidis, curdos e populações civis que sofreram os maiores horrores da guerra, sobretudo na Síria (e que continuam a morrer em campos de acolhimento na Jordânia e na Turquia)! Os alegados "refugiados" que a vulgata propagandista apresenta nos mais diferentes media, não são, na sua esmagadora maioria, nem "sírios" (muitos, é verdade apresentam "passaportes sírios", forjados e comprados a peso de ouro às portas das porosas fronteiras do "Espaço Schengen"), nem "mulheres, velhos e crianças ou famílias" – são homens, jovens em idade militar, determinados por uma estratégia que foi anunciada em Fevereiro de 2015, como uma singular e clássica "Hijrah", pelo "Califa" Abu Bakr al-Baghdadi, após a sua "Creation of the Ummah", datada de 4 de Julho de 2014 (mais tarde, por coincidência, ou não, também corroborada por Abu Arhim al-Libim, que na sua "Fatwa", divulgada já Fevereiro de 2015, "Libya: The Strategic Gateway for the Islamic State – on why jihadists need to urgently flock to Libya to assist supporters of the Caliphate in their Jihad") e concretizada, em massa, a partir do início do verão de 2015 (relembrando al-Libim que "a Líbia está a apenas 300 milhas de algumas partes da Europa. Tem uma longa costa e olha de frente os Estados Cruzados do Sul, que podem ser alcançados com facilidade mesmo por um barco rudimentar"), como um "cavalo de Troia" moderno, assente na doutrina islâmica da migração, como "instrumento da estratégia de reconquista"… tal como há 14 séculos de atrás, reveste a natureza de uma bem real "revolução". Este verdadeiro "Programa de Revolução Migratória da Europa", suscita, porém, várias (e sensatas, que não inócuas) questões: Quem são os migrantes que aportaram à Itália, à Grécia e outros mais países europeus? Dizem-se "refugiados" que "perderam tudo". Os media mainstream, no seu afã politicamente correcto, "descrevem" as suas "condições de vida terríveis": que estes ditos "refugiados" apenas têm o "suficiente para comer" – não obstante, assim que chegam aos seus destinos europeus, acto contínuo, ostentam telemóveis topo de gama para falarem... Para quem? Reclamam que não têm Internet e wi-fi... Metade dos 22 milhões de Sírios sobrevive com menos de 2 dólares por dia, desde há mais de 5 anos, devido à guerra fratricida que conduziu, em Aleppo, ao cenário mais atroz dos tempos modernos. Na hipótese, académica, de serem "sírios", como arranjam entre 3.000 a 5.000 dólares para pagarem a viagem e os passaportes "sírios", forjados e comercializados a preços entre 1.000 a 2.000 dólares, aos contrabandistas que lhos vendem e transportam? Quem está a financiar estes "investimentos" aos muitos jihadistas que têm entrado e saído, para voltarem a entrar e a circular, sem qualquer entrave, no "Espaço Schengen", como "refugiados"?
A talhe de foice, já se esqueceu o caso do terrorista islâmico, Hicham el Hafani, marroquino que, se não tivesse sido detido, no dia 26 de Novembro de 2016, em França, por, em articulação com o Daesh, preparar atentados terroristas em Paris e em Strasbourg, com outros seis "soldados de Allah", não se saberia que este indivíduo tinha entrado em Portugal, em Outubro de 2013, com um passaporte falso (sem ter sido imediatamente detido e deportado), obtendo o estatuto de "refugiado". Como não se saberia que, entre Novembro desse ano e Junho de 2014, por "encaminhamento da Segurança Social", ficou alojado, primeiro no "Centro de Acolhimento de Refugiados" (em luxuosas instalações, propriedade do "Conselho Português para os Refugiados", na Bobadela, em Loures, depois na Fundação CESDA (Centro Social do Distrito de Aveiro), na localidade do Paço (em Esgueira, Aveiro), onde lhe era prestada (com financiamento dos contribuintes portugueses), "alimentação, dormida e acompanhamento social e 190 euros mensais de subsídio". Nem se saberia que era apoiado financeiramente pelo Estado português, quando, em Julho de 2014, após ter sido "autonomizado" (ou seja, "que já teria condições para sair da alçada da instituição e para viver de forma autónoma"), alugando, na Gafanha da Nazaré, em Ílhavo, um quarto com um outro dito "refugiado" (e nunca identificado), passando a auferir um subsídio de € 250/mês, aguardando que lhe fosse deferido o "direito" a auferir "Rendimento Social de Inserção". Hicham el Hafani foi detido em Marselha, com os seus "comparsas", de nacionalidade francesa e afegã, na posse de € 4.281 (para compra de armas, munições e explosivos, encontrados, depois, camuflados numa floresta no Val-d'Oise), quando sempre esteve referenciado pelo chamado (mas inoperante) "Sistema de Informações Schengen (SIS)", se sabia que havia viajado pelo Iraque, Síria, Turquia (em Agosto de 2015), ter sido assinalado, em Dezembro de 2015, em Düsseldorf, na Alemanha e, desde 20 de Novembro, em Paris (após passagem por Strasbourg, onde foi identificado como financiador de uma célula terrorista local, denominada "Kunya", liderada por outro marroquino "refugiado", identificado como Abu Ali). É um exemplo… exemplar!
Há risco de chegada de potenciais terroristas islâmicos entre os grupos de refugiados. Mas, por outro lado, tendo em conta que muitos membros do grupo Daesh até têm passaporte europeu, os terroristas não têm outros meios para entrarem na Europa?
É hoje indisfarçável (como teve que ser revelado pelas autoridades francesas e alemãs, ao identificarem os autores dos vários ataques terroristas nos seus territórios), que estes, como muitos terroristas muçulmanos, têm retornado de forma anónima à Europa, depois de lutar pelo Daesh, ou como "refugiados", viajando em tais navios que navegam no Mediterrâneo, ou nas "excursões organizadas" até às "fronteiras" da Europa. Será que os serviços de informação ou as autoridades de controlo de fronteiras do "Espaço Schengen" os identificam e impedem de entrar e circular, livremente, pela Europa? Na realidade, não se lê, vê ou se questiona quem são os realmente perseguidos na Síria ou no Iraque? Não serão cristãos, Yasidis, mulheres, velhos, crianças? Há algum cristão em navios de carga que chegam às costas italiana e grega? Não! São, na sua esmagadora maioria, muçulmanos, homens jovens e em idade militar! Crianças, idosos, mulheres? Muito poucos e, invariavelmente, "figurantes", escolhidos criteriosamente para footage (sempre com pungente música de fundo) de uma fábula que tem vingado junto da opinião pública. Calais é a prova inequívoca desta fábula! A ONU alertava, no Verão de 2016, que um milhão de crianças, na Turquia e na Jordânia, não tinham um cobertor para enfrentarem o inverno, enquanto os "traficantes" que os transportam têm 2 ou 3 milhões de dólares para comprarem cargueiros para essa missão que vão cumprindo, sem qualquer acção de relevo, por parte das autoridades europeias (e da ONU) que os "acompanham", sem os impedir, como acontece regularmente. O que suscita outras questões a que ninguém ousa responder, para não ser ostracizado nos meios "bem-pensantes". Onde vão estes (ditos) "refugiados" buscar os US$ 5.000, por pessoa, para pagarem aos traficantes? Só para a travessia do Mediterrâneo (estamos a falar numa média diária estimada de 3.000 migrantes, a 5.000 dólares cada um!) – fazendo contas simples, nada mais nada menos que 15.000.000 de dólares (nove milhões de dólares por dia) pagos pelos "pobres" povos "árabes", "africanos" (todos "sírios", claro)? Por que razão estes ditos "refugiados" recusam caixas com comida e medicamentos, somente porque têm o símbolo da "Cruz Vermelha" impresso na embalagem? Por que razão estes "refugiados" não migram para opulentos países árabes como a Arábia Saudita ou o Qatar? Partilhando uma autorizada reflexão em conversa com um amigo (que, como eu, tem dificuldade em poupar uns "€", nem ao menos para passear por aqui perto), questionava-se: "como é que, então, um "refugiado" que tem que pagar 3.000 dólares pela viagem a um passador (mais outros 2.000 dólares por um passaporte "sírio" falso), aos preços de mercado que os próprios anunciam, sabendo que, aparentemente, precisa de vários anos para chegar a ter 1.000 dólares? Em teoria, não é tão improvável quanto isso! De onde vem este dinheiro todo? É que, além destes 5.000 dólares, por pessoa, ainda têm que ter as "poupanças" necessárias para pagarem comboios, autocarros e outros meios de transportes para atravessarem todos os Países, desde a Grécia ou da Itália (ou Portugal) até chegarem à Alemanha, à França, à Suécia, ou à Grã-Bretanha… porque, claro, os jovens solteiros, se recusam a aceitar asilo noutros países…". Pois… e, depois, para a generalidade dos mesmos media mainstream, tais contrabandistas passam a ser "marinheiros, capitães e mecânicos que se lançam corajosamente ao Mediterrâneo"… com navios de carga que depois abandonam? Um excelente "negócio"! E uma vergonhosa hipocrisia, tal como a própria Sr.ª Merkel e o Sr. Junker evidenciaram ao celebrar, em Março de 2016, com o ditador turco Recep Tayyip Erdoğan, um singular "tratado de comércio de carne humana". Um "tratado", imoral e desprovido de qualquer ética (a que facilmente se poderiam apor os estigmas de "fascismo, xenofobia e racismo"), em que os visados "migrantes que não pedirem asilo ou cujo pedido seja considerado sem fundamento vão ser obrigados a regressar à Turquia", com o custo do retorno a ser suportado pela "União Europeia": um "preço por cabeça", em que a "UE" pagaria, para a Turquia aceitar o acordo, numa "regra de uma cabeça por uma cabeça", duplicando o volume da "ajuda financeira para os refugiados sírios" dos € 3 mil milhões inicialmente negociados, para € 6 mil milhões, a pagar até ao final de 2018, até um total de 72 mil visados – "18.000 lugares" para reinstalação e um número extra máximo de "54.000 lugares", com o espectro de, se os números fossem superiores, o "mecanismo será descontinuado").
Os migrantes, independentemente da etnia ou religião, não fazem falta à Europa, até por razões demográficas, recorde-se que há previsões que apontam para que Portugal não tenha mais do que 6,3 milhões de habitantes em 2060?
Migrações são um fenómeno sempre desejável! Se fazem falta à Europa ou não, depende de muitos factores: desemprego, grau de "subsidiodependência", vontade e capacidade de trabalhar e de pagar impostos e contribuições para a comunidade, mas, sobretudo vontade de integração, de respeitar as comunidades que os acolhem! Chegam às costas italiana ou grega e foram (e são) recebidos como "pobres refugiados", oferecendo uma nova oportunidade de os europeus manifestarem os complexos típicos do "Síndroma de Estocolmo" para "repararem os seus crimes coloniais", "abrindo os braços para os mais desfavorecidos", para afirmação de um "multiculturalismo" a quem não o aceita, não se pretende "integrar", mas beneficia dos esquemas de assistência social que lhes são prestados, sem qualquer contrapartida ou intenção de trabalhar na economia formal, não vislumbrando respeitar a cultura, a História ou "The Law of the Land" que os acolhe, antes reiterando apenas seguir a sua própria Lei, a Sharia. E, enquanto a "Hijrah" prossegue, e a "Willkommenskultur" da Sr.ª Merkel e da desastrosa e danosa "crise de refugiados", cegamente "gerida" pelo Politburo de Bruxelas se agrava (com a acção dos seus anónimos executantes, que definem "quotas", a seu bel-prazer – mas impondo as suas "seleções", sem qualquer tipo de controlo sobre a sua identidade, idade, proveniência, intenções, registo criminal ou anterior autoria de atentados terroristas, a ponto de negar a Liberdade e Soberania das Nações a escolherem comunidades de verdadeiros refugiados, como os cristãos ou Yasidis, para acolhimento e efectiva integração, como se tentou, sem resultado, muito recentemente, em Portugal). As questões demográficas são essenciais para que a Europa não se transforme no cenário ficcionado do caminho "democrático" para a "Submissão", tal como a ficcionou Michel Houellebecq, mas resolvem-se com medidas fiscais e outras de incentivo à natalidade ou ao retorno de muitos mais que 6,3 milhões de emigrantes na diáspora e não pela "poligamia" pregada na Sharia. Dogmas e verdadeiros mitos que esgotam a paciência, o tempo e o dinheiro de cada um, contribuintes passivos destes desplantes. E, apesar da Censura a que se vai, também adotando e assistindo, em Portugal, ainda se vão conhecendo os "fenómenos" (como os registados na já célebre, para as redes de imigração ilegal e para o Daesh, "pista de corrida de tartan" em que se transformou o Aeroporto da Portela, em Lisboa), em que se vão infiltrando, clandestinamente, milhares de migrantes oriundos de vários países-berço do Terrorismo islâmico. Ou as operações de redes clandestinas de tráfico humano, como os rotativos "postos de trabalho" que são "criados" em "pequenos negócios" instalados em centenas de lojas de "venda e reparação de telemóveis e equipamentos eletrónicos" ou de "mercearias", que mais não são do que entrepostos para "lavagem de dinheiro" e plataformas giratórias para aquisição de vistos que lhes conferem total liberdade ambulatória para circular pelas demais e igualmente porosas fronteiras, Europa adentro. Ou, ainda, as operações "financeiras" para financiamento do Terrorismo, asseguradas pela "Hawala", "Waqf", "Zakat", ou o "Jizyah" – esquemas de transferências e de "doações" a instituições de "caridade" islâmicas, geridas por oligarcas da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait e, sobretudo, do Irão, que financiam as acções de grupos terroristas seus afiliados, branqueamento de capitais, tráfico de pessoas, escravidão de mulheres e crianças, contrabando de petróleo, urânio, armas, drogas, produtos falsificados e "serviços financeiros", que afetam o regular funcionamento dos mercados, a sobrevivência do Ocidente e dos seus cidadãos, vítimas inocentes da inépcia e incompetência dos eurocratas, em Bruxelas ou em Lisboa.





Entrevista Vida Económica – Aquiles Pinto (1.ª PARTE)
O Jorge Castela tem vindo a debruçar-se, seja nas suas crónicas mensais publicadas no Vida Económica, seja, agora, com este seu livro, que está no Prelo, sobre questões, ameaças e desafios que hoje se colocam ao mundo.
Vamos, então, em duas partes de entrevista, questionar e desafiar a sua reflexão.

O segundo semestre de 2016 foi fértil em "bombas" políticas como o referendo ao Brexit e a eleição de Donald Trump para Presidente dos EUA. Surpreendeu-o?
Não, de todo! Aliás, ao longo das análises que fui fazendo nas crónicas mensais que foram publicadas no Vida Económica, fui avançando algumas reflexões que apontavam para os resultados verificados nestas eleições, seja a referendária no Reino Unido, seja, depois, nas Presidenciais nos EUA. Surpresa, só para quem confunde os seus dogmas com a realidade de um voto livre e democrático.
Um dos argumentos da campanha no sim do Brexit foi a injeção semanal de £350 no debilitado sistema nacional de saúde inglês. Porém, isso desapareceu do programa final. Os eleitores podem sentir-se defraudados?
Não creio. O que terá levado 17 410 742 eleitores britânico a votar favoravelmente a saída do Reino Unido da União Europeia estará noutras e bem mais profundas motivações que não têm "preço": tornar possível retomar o controlo dos seus próprios destinos e das suas fronteiras, travar a destruição das suas infraestruturas produtivas industriais e mineiras, de produção agrícola, de frotas pesqueiras (uma mais racional gestão das despesas públicas – mormente no seu, de facto, debilitado sistema de saúde, fortemente depauperado pela desastrosa política de imigração que adoptaram após a sua entrada na, então, CEE), recuperar o papel da City nos mercados financeiros internacionais e explorar, sem os espartilhos impostos pelo "Politburo de Bruxelas", políticas (e acordos) comerciais que serão mais favoráveis ao crescimento sustentável de uma economia que é a 5.ª maior potência a nível mundial e a 2.ª a nível europeu.
O Brexit é a melhor solução para o Reino Unido e para o mundo?
Para o Reino Unido, certamente – o que explica, depois do referendo, a expressiva ratificação, uma vez mais livre e democrática, pelo Parlamento britânico, em 1 de Fevereiro de 2017 (com 498 votos favoráveis e 114 votos contra), para se desencadear o procedimento previsto no Art.º 50.º do Tratado de Lisboa. Para o mundo? Só a aferição dos seus efeitos o confirmará. Mormente em função dos resultados que o Governo de Theresa May lograr alcançar nas negociações comerciais e políticas com os EUA, a China e a Índia e com os demais países que optarem continuar, na Europa, subjugadas aos diktats dos eurocratas instalados em Bruxelas e em Frankfurt…). Donde, para a dita "União Europeia" não o foi, por própria sua e exclusiva responsabilidade.
Já nos Estados Unidos, parece ter acontecido um fenómeno curioso, com os principais meios de comunicação social a denegrirem a imagem do candidato Trump, que acabou por vencer. A imprensa do país saiu mal vista das eleições?
Mais do que curioso, inaudito e desastroso. Ao longo de toda a campanha eleitoral e, aqui sim, curiosamente, mesmo depois das eleições de 8 de Novembro de 2016, os principais media norte americanos (com destaque para a CNN e os dois principais jornais tidos como "de referência", NYT e Washington Post), foi escandalosa e inenarrável a falta de isenção e de independência editorial, com o recurso, a raiar o absurdo, de "Fake News" (bem como sondagens, projecções e análises, todas num único sentido…), a que se assistiu, com um único e exclusivo propósito: a frustrada tentativa de "assassinato de carácter" de Donald Trump e uma descarada (e igualmente frustrada) promoção da candidata Hillary Clinton. Mas, mais absurda e escandalosa foi, ainda, a tendenciosa, mal informada (ou deliberada) "imagem" que a quase generalidade dos media europeus deixaram… esquecendo que, quem vota e decide são eleitores que não são, de todo, "deploráveis", "machistas", "labregos", "suburbanos", "analfabetos", "velhos", "incultos", "heterossexuais homofóbicos desesperados", os marginalizados pelo "progresso", desempregados, "supersticiosos", "vítimas da globalização", enfim todos os tais "fascistas, xenófobos e racistas, nacionalistas, primitivos, trogloditas, inferiores": muitos milhões de eleitores que se "atreveram" a votar em Trump ou a referendar o Brexit e desmentir todas as tais sondagens, previsões e desejos "cientificamente" burilados contra si, propagados por ditos "artistas" (cantores, actores, "comediantes", homossexuais, "famosos" e "finos", apoiantes do aborto e da complacência perante a ameaça do imperialismo islâmico), que se acham mandatados para "representar" e "influenciar" o tal "povo" que, arrogantemente adjectivaram, entre outros epítetos, preconceitos, estigmas e anátemas, de idêntico jaez, que só revelam um total desrespeito dos que os acusam e julgam, com a proverbial arrogância intelectual do discurso politicamente correcto que os carateriza, por quem, livre e democraticamente, decide ao arrepio dos desejos de tais media.
As vitórias pouco prováveis são um sinal para a classe política mundial?
Estas vitórias só são "pouco prováveis" para uma "classe política", que, instalada num poder (ou dele beneficiando) usa a demagogia e o populismo, para se perpetuar a expensas de contribuintes-eleitores que já não conseguem iludir com as miragens de uma "justiça social" que, nem como conceito, nem como "bandeira", se tangencia – como Hayek tão objectivamente desmistificou no Vol. II da sua obra "Direito, Legislação e Liberdade" – e que só tem provocado mais desemprego, um intolerável esbulho fiscal e uma depressão económica sem fim à vista, a se manter este "establishment".
O Brexit e a eleição de Donald Trump, pelo que significam em termos de ideias de base, podem abrir caminho a liderança mais populistas, como a Frente Nacional nas presidenciais em França?
Tenho, sinceramente, dificuldade em catalogar, como "populistas", lideranças que se apresentam ao eleitorado com propostas simples, inteligíveis e objectivas. "Populismo" é, outrossim, lançar os tais preconceitos, estigmas e anátemas, sobre quem se lhes opõe, sem cuidar de esgrimir, no plano político, económico, financeiro e ideológico, as suas propostas. E, pior, confirmando as incumbentes e instaladas lideranças, que estão sob o espectro da corrupção e de uma "superioridade moral" que não têm: seja em França, como antes, na Holanda ou, depois na Alemanha, se vão apresentar ao escrutínio eleitoral nesta próxima Primavera e Verão.
Sobre Donald Trump, depois de um discurso de vitória apaziguador, as primeiras semanas de mandato têm sido pouco menos do que bélicas. Não deveria o novo Presidente dos Estados Unidos ter mais "filtro", mesmo que mantendo as posições que defende?
Não acho que os discursos de Donald Trump sejam, tenham sido, ou venham a ser, "apaziguadores". Trump não é um "político tradicional". É um homem de negócios para quem a acção política é um jogo de soma positiva para o que ele apresentou como "America First". Quem passou anos a fio a criticar George W. Bush ou Ronald Reagan pelo seu "imperialismo", agora terá muita dificuldade em criticar Trump, no seu "isolacionismo". Tal como terá dificuldade em o acusar de ser um "ultraneoliberal" – as suas propostas económicas (de uma pura ortodoxia keynesiana e de um proteccionismo anti mercantil e estatizante), são mais facilmente identificáveis, por exemplo, em Portugal, às propostas políticas de uma CDU ou de um Bloco de Esquerda, ou da "traquitana" de um "Calimero narcisista", do que com as de um Liberal. Não é. Trump não é um conservador (muito menos um "NeoCon"), não é um "republicano" típico do GOP, ou um federalista, é um "nacionalista" à imagem de Thomas Jefferson, fundador, em 1791 do Partido Democrata (de que, aliás se tornou membro, entre 2001 e 2008, para afrontar GWBush).
Esta quantidade e agressividades de posições (incluindo via Twitter) não corre o risco de ter um efeito boomerang para Trump?
É o seu estilo. Consciente que nunca irá obter qualquer "benevolência" por parte dos media (seja nos EUA, seja, particularmente, na Europa, onde persiste uma grande ignorância eurocêntrica e obsessão anti-americana), a sua opção é comunicar, directamente e sem "mediação", não só com os seus eleitores, mas também com os media que o censuram e desdenham e, ainda, com os seus interlocutores políticos a nível nacional e, sobretudo internacional, sinalizando, como quem "até usa o Twitter como um arruaceiro para responder a quem o ataca pessoalmente", as suas posições, como, nas suas "contas", todos os demais políticos e partidos (e todos nós, seja nesta rede social ou no Facebook), nos dias que correm. Hipocrisia? A haver um efeito "boomerang", tal não lhe tem sido desfavorável, porquanto e enquanto as manifestações que proliferam, de forma organizada, pelos EUA e pela Europa, apelando a que seja destituído (ou mesmo assassinado), por exemplo, têm tido como efeito um ainda maior afastamento (não entre "fascistas, xenófobos e racistas" e "democratas"), mas entre as ditas e arrogantes "elites bem-pensantes", radicais chiques e totalitárias, e todos os demais livre-pensadores que rejeitam a sua propaganda goebbelsiana.
Um dos pontos de estabilidade do mundo Ocidental é a NATO. A hostilização de Trump em relação à União Europeia e à Alemanha pode perigar esse baluarte?
Pontos em que há uma convergência entre Trump e a chamada "esquerda europeia" (e, claro, a portuguesa) … (risos) … Matérias como a NATO (que, é, de facto, um importante baluarte de estabilidade para o mundo ocidental), têm que ser reanalisadas à luz desta "Nova Ordem Mundial". A NATO está, de facto obsoleta e não detém capacidade ou está vocacionada para os desafios e ameaças do mundo contemporâneo: o imperialismo e terrorismo islâmicos, os perigos que, cada vez mais, representam o Irão e a Coreia do Norte a indefinição da Turquia (é membro? Ou antagonista?) ou, entre outras, as ambições expansionistas da Rússia… Se existe hostilidade entre Trump e a "União Europeia" e a Alemanha, é mútua! Para Trump, a solução foi a por si anunciada e pode ser, simplificadamente, resumida assim: se os nossos aliados cumprirem com o compromisso que outorgaram no Tratado (financiar as despesas da NATO com pelo menos 2% do seus PIB), então trabalhamos como previsto no mesmo; se não… que se defendam a si próprios, porque os EUA não vão continuar a ser a sua fonte de receita. Sobre se a "União Europeia" e a Alemanha vão respeitar este compromisso, só dependerá dos seus respetivos "governos"… Não há muito tempo víamos, ouvíamos e líamos o que, em Portugal, se afirmava e qualificavam as posições de hostilidade dos aliados da "geringonça" em relação às pressões autoritárias (e austeritárias) e de servil submissão da "caranguejola" (e, antes da "traquitana") à Frau Merkel, ao seu "nazi" Ministro das Finanças, Herr Schäuble e ao "Monsignor" Junker – hoje são todos "anti-Trump" e "anti-Brexit"! … (risos) …
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