\"De la índole crustácea de la poesía\" O. Paz y el infrarrealismo (2007 y 2010)

June 22, 2017 | Autor: Heriberto Yépez | Categoría: ROBERTO BOLAÑO, Octavio Paz, Infrarrealismo, Literatura mexicana, LITERATURA CONTEMPORANEA MEXICANA
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Descripción

Pr im er a Edi c i o n

201O

VERSUS. OTRASMIRADAS A LA OBRA DE OCTAVIOPAZ CO M PI LACI O N Y PRO LO G O : JO SE VI CENTE ANAYA

Versus.Otras miradas a ta obra de Octaviopaz Edici6n y diseio: Juan Jos6

Macias

D R j:'e. vicenre Anaya D R !?/ r , dr c r one sd e Medianoche D R . r ns t r t ut o. Z a c a t e c a n o

de Cultura ( r \ am on L 6 p e z Velarde"

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i.n, cor. u 'daz Di zo w rrdaz da: i::":j.l Tels : ( 01 4 s::2 \I q J z .zr ;z; t u; ;Z: "; '9 2 2 6 7 5 6 ; 1-^/ r t . , , , ^_- _d,d.,q uton ; : ; :,"^::::, 9 2 ZAAIJ 3,i": "r:: ":-y Programa e d;toria1,Ua'Z"-_;-

Pa sa .le ,Co m e r .i.l Lo."l , a ve n r d a Alle n d e s/n Z a ca te ca s, Z a ca tecas T e ie fo n o : ( o t

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q q z ) 92 2a3 7g

ISBN: 9 7 8 - 6 0 7 _ 7 67 836_6

He ch o e n M e xico Macle in Mextco

Odrc i onc srl c \1c di r' roc hc

CoNrENrro

ENRIQUEGONZALEZROJOARTHUR pR't El de OctavioPaz.Lospartidospoliticos en la realidadactualdelpais

775

MONICA MANSOUR

No ta d e l e d i to r

un ejemplo SorJuanaanteeI discursoparad6jico:

P16logo

189

r a n r o m n n vl n a n

J O R G E A G U IL AR MOR A La fuga de Ia identidad. Critica a Ia obra podtica de Octavio Paz

19

HERIBERTO YEPEZ De Ia indolecrustdcea de Ia poesia

277

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Pazentristnoen Ia literatura mexicanadel s. Xil

J O S E VIC EN T E A N A YA EI retardadosurrealismode Octavio Paz. Piedra fundacional deI manierismo de ahora en ln noesiamexir.ana

33

P la c i o s d e P a z e n El l a b e ri n to de l a sol edad

51

A L i C AL D ER O N O c ta v i oP a z : ItL zy s o mb rad e Ia poesi amexi cana

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C AR L O S R OB ER T O C O N DE R OME R O P oe s i ae n mo v i mi e n to ,c a d u c i d addel i nstante

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E VOD IO E SC AL A N T E Orrnvin Pnz v pl nrf p rle ametrallar cadaveres

1-25

Los s e i se rro re sm d .sc o mu n e sd e Octavi oP az a c e rc ad e v i l l a u rru ti a y l o s c ontempordneos

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J O S E R E YE SG ON Z AL E Z FLOR E S E] encantamientode lo bello en "Piedra de sol" 2 J!

155

272

256

HERIBERToY€lrz

(Tijuana, Baja California, L974).

DE LA LTTTNOT CRUSTACEA DE LA POESLA

Aut or de una doc e n a F iloso fov/ nr"''"'"bsicolo qo de I of es i6n. -- or de libros clenarrativa, cr6nica, ensayo y poesia. Sus Iibros mis recien tess on, la nov elaA/ ot r o lado ( Piane t a ,

N u a stl 'aa ve n L u r al u e e sta :

2OA9), EI Intperio de la Neomemoria (Aimadia,2007),

-otro rayo en las bragas del caos-

una explo racion de l c onc ept o de pos t - m oder nidad e n

D esper t ar / suntergirnos

M6xico y Estados Unidos, y el libro de bolsiilo Contra

Comoola Ia piel estrellada

la T,:le Vlsion (Tumbona, 2008), un conciso anilisis lidico de la fu nci6n de la t elev is i6n y el epec t ic ulo e n

E n , o n te xto .sn o .'i e m t,r et e a l e s. Manro SANTTAGoPneesqurano: .H i j o s d e l R e y L o p i to s,,

I a psiqu e de l mexica no. Sus dos poem ar ios pubiic ad o s son: Por una podtica antes del paleoliticoy despuesde la Ttropaganda(Anortecer, 2000) y EI 6rgano de la rtsa (A lt lus, 2O0 B) co n el que obt uv o el Pr em io de Poe s i a

1. Desencuentrode generaciones

E xp erime nta l Ra(l R enin, dent r o de la Bienal Nac io n a l de Lite ratu ra Yu ca t 6n 2006, adem 6s de los libr os d e (C ().'s " *"2*'---''_ n r rAtiva r-_ _exoerime rrtal 47 clo.sets ecut, 2005) t - ' - " r- : -n Drafts. & Mathers (Factory School, y l\rars.Tnreesontes. 2O Ll7 ),escrrto en in gl6s . O t r os ] ibr os . Ens ay ospar a u n r.lt:sconcierto y alguna critica ficci|t't(2001), Luna creceirt te. Contrapodticasnorteamericanasdel siglo XX (2002), T odoe so tro. Ala ca z adellengujeen t iem poslight ( 200 2 ) , Tiitiario|ogias(2006), SobreIa impura esenciade Ia critica (2007 ) Actu alme nte r ac lic aen Tijuana, donde es pr o f e sor en 1aEscite lad e Ar t es de la Univ er s idad Aut 6nom a de Baja Califcrnia Cada s ibado apar ec e s u c olum n a ' A rch jvo Ha ch e,, c n el s uplem ent o Lnber inr o de1 p e ridrlico Mtlenio. Ha publicado numerosos ensayos en revistas cono Replicante,alforja REVISTADE POES|A, LetrasLibres,La Tempestady sitios de internet

N 1980 ocurri6 en la Ciudad de M6xrco uno de los episodios m6s oividados y, a la vez, mAs reveladoresde los significadosocultos de la poesiamexicana/, si se deseaver m6s hondo, de la poesia en su totalidad. La noche del viernes 23 de enero de 1980 dos mundos opuestoscoincidieron y se produjo, a la vez, una consagraci6n eclesij.stica y un esperpentdculo. El PEN Club y la distribuidora de libros de la Universidad Nacional Aut6noma de M6xico (UNAM) organizaron el llamado primer . Se trataba, a todas luces, de una ceremonia de confirmaci6n por parte de los defensores del caracter lineal de la literatura mexicana. Despu6s de Ia presentaci6n de Julieta Campos, presidenta del PEN

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Josr VrcsNrr AnRye

V E R S U S . N U E V R S MIR A D A S A LA OB R A OE OC TA V IO

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Club en esa 6poca, Octavio Paz tom6 la palabra v d iio d e a crrerdoa la nota del (Jnomd s u n od e l 25 de en e r o : Hac e alguno s a n o s s e n ti u n te mo r c o m parti do por algunos de mis amigos. Nos pareci6 que la tradici6n literaria mexicana estaba en peligro morta-l. Ese peli gr o er a m or ta l p o rq u e l a d e s a p a ri c i 6 nd e nuestra tradic i6n po6t i c a h a b ri a s i g n i fi c a d o ta mb i 6 n l a p6rdi da del alm a de Me x i .^ ,,- -" o h l ^ n ,1 oa c s u pal abra.

Para Paz, el poeta es el sacerdote vertical de Ia tribu. A diferencia del sacerdocio horizontal del chaman, Paz concebia el iugar del poeta y el escritor en general de modo enteramente piramidai. No es casual que asumido como tlatoani, como sacerdote de una 6lite -la civilizacron azteca habia dejado de ser chaminica, para esta sociedad el saber m6s alto debia concentrarse en una 6lite de sabios, que habian perdido ya su indole medicinal, su relaci6n directa, m6dica, con ios demis, para convertirse en archivo de conocimientos esot6ricos, que no debian filtrarse al puebio-, Octavio Paz continuase la l6gica azteca del sabio y su relacion con el principe. En el mundo azteca, el poeta ya no era curandero; en la poesia se habia comenzado a abrir Ia zanja entre canto y sanaci6n, abriendo paso al surgimiento de una clase puramente intelectual, que lueso devino nihilista.

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Para Paz cuidar la poesia era resguardar su tradici6n semicerrada, su elitismo, conservarla como una aristocracia higi6nica, relativamente alejada de la muchedumbre y, a su vez, del poder terrenal, sin dejar de ser en su imaginario el espacio-tiempo donde el "alma" de la cuitura se preserva.Por eso Paz,a cada momento) sentia que la poesia estaba en peligro de muerte, porque para 61iapoesiaera el privilegio de unos pocos,Ios happyfew. La amenaza -continrio el poeta- no venia de ia negaci 6n de uos cuantos j 6ve nes r ebeldes ( t oda negaci6n contiene, implicita, una afirmaci6n) sino de la i ndi ferenci a y de l a i gnorancia. No de la ignor ancia del que no sabe -esa es magnifi,ca muchas veces, acoto-, si no Ia del que cree saber lo t odo. La ignor an ci a hecha de arroganci ay desd6n.

Queriendo hablar de nuestros enemigos termin a mo s s ie mp re h a b la n d o d e n o s o t r o s m i s m o s . A l h a b la r d e l a u t o rit a ris m o d e P a z , p o r e j e m ' plo, yo estoy hablando de mi propio espiritu dictatorial, esperandoque al traerlo hacia fuera a traves de Ia figura de Paz pueda echar abajo s u d u re z a , p a ra p ro v oc a r i a a p e r t u r a , p u e s no es otro el fin de la poesia sino favorecer la e x p a n s io n . S o la me n t e h a y u n a l e y u n i v e r s a l , in s t a u ra d a p o r e l B ig B a n g : t o d o s 1 o ss e r e sd e l universo nos estamos expandiendo. Asi, todo

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J o s E Vrc e u rg Aw e v a

V E R S U S .N u r v e s

1o que rechace 1a expansi6n, aunque sea Paz, d eb e se r sa n ado. Cuando Paz *y a partir de este momento, todos nuestros poetas entendamos por p u es tomaba alc ohol de c a n a y ,,6 h s m 6 r, o l i a c e me n to, y otra cai' ac t er is t ic aes q u e s e h a b i a c o n v e rti d o e n un poeta , r r : l nr r . . sr onti n rra m e n te d e l i ra b a e n v o z a l ta. E n opinio n d e M a ri o , " E l B o o k e r' ) n o se proP us o . s abot ear " n i mo l e s ta r a Oc ta v i o Paz. C uando el em pez 6 a l e e r y d i j o l a p a l a b ra ..l u z " , Jesi rs Lui s . om enz o a gr i ta i ' : .,;V i v a l a l u z ! l Mu c h a l uzt. i D anza la luz l lQ uc re mo s l u z !" E n to n c e s Pa z detuvo su lec t ur a y enoj a c l o d i j o : " i A e s e s a b o te a d or saquenl o de aqui! E l alc o h o l y l a p o e s i a n o s e i l e v a n,. B ueno, y el pr iblic o o b e d e c i 6 a q u e l l a s 6 rd e n e s y sacaron del lugar a e s o s tre s j 6 v e n e s i d e n ti fi c ados como inf r ar r r ealis t a s . P er o en e s e e n to n c e s e i i n fra rre a l i smo ya no ex is t ia, los inf ra s y a s e h a b i a n d i s p e rs a d o ,ya no fun c ionaban c or n o e 1g ru p o o ri g i n a l , l o q u e s e manteni a

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V rnsus. N uevR s MTR A D AA S LA oBRA DE O cr AVr o pAZ

era una especi e de i nercia que unos pocos seguian alrededor de Mario Santiago.

Superficialmente, el incidente revela los conflictos entre grupos disparesde poetas mexicanos. Uno, el dePaz, hegem6nico,consagrado,semi_ oficial. Otro, el de los infras, subterraneo, en desintegraci6n,desprestigiado.Esta superficie (politica) es fascinante. Sin embargo, esta superficie (politica) no es Io mis profundo que revela el incidente. Hay una hondura psiquicaen todo esto. El choque entre el soberano pazy el cacofan_ te "Booker, lraia a la superficieun conflicto mucho mis profundo. Primero, habia un conflicto de po6ticas. Paz mostraba una poesia religiosa, lucida, hermosa, sublime, europeizada y, a la vez, de raiz azteca, una poesia elegantemente mestiza. Algunos de los poetas infras, en cam_ bio, favorecianuna poesiahibrida mds cailejera, porque si bien Ia poesia de Bolaflo era mis bien literaria -retro-surrealista, lo cual no la aleja d e s u s e n c a n t o s -, o t ro s c on s t r u i a n u n a p o 6 t i c a que combinaba 1o visionario con lo mexicano -la poesia enrqramrlriceade Anaya, etnopoeti_ ca, de aliento artaudiano, clarividente- y, por otra parte, la po6tica de 1onaco y lo chilango de Mario SantiagoPapasquiaro. Todaviano se ha reconocidoesta aportaci6n de los infras. Por una parte, la alucinaci6n que

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J o s e V tc rN Ire AN a Ya

vinculaba1o norteflo-n6mada (1oraramuri) con la tradici6n central y, Por otra, el mesoamericanismo defeflo, el guadalump6n que hay en libros como Aullido del cisnede Mario Santiago, un libro sorprendente por su audacia, su mescolanza de lenguaje alto y bajo, grosero, anglo, en Io que yo no dudo en llamar una po6tica de lo naco y 1ochilango; una poesiaque exuda todo lo defeflo, la mecAnicapopular como ningrin otro poeta nacional 1o estaba haciendo en los aflos setenta, ..cercenadoentre sinchos y netas". Si s e l ee Ia po e sia de Mario S antiago,su p o e ma rio Aullido de cisne,queda claro que hay aportaciones valiosas a la poesia mexicana. Y Io mismo sucedecon otros poemarios infras, como mucho de la poesia de Anaya o Pdjaro de Calor,Ia antologia infra de 1976, material escondidoque de ieersemejor podria revelar demasiado. En M6xico se alardeaque cuando Breton visit6 el pais, el poeta surrealistadecidio contemplar una fiesta mexicana que, a base de cohetes, disparosy gritos, puso a correYa1poeta franctls que, ai parecer, no podia soportar demasiado surrealismomexicano. Asimismo, Paz no podia tolerar todo 1o que el ,,Booken simbolizaba,no s61oen ese evento, sino durante toda su relaci6n, porque todo el lenguajede la obra de Mario Santiago(e inclusive1oque conocemosde la obra del Booker), esta vida, esta supuraci6ny fiesta, era 1o que el grupo paceano despreciabao veia

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V E R S U S . N u e v e s M I R A D A S A L A o BR A t>e Ocr e vr o

Pa z

con folclor, con repugnancia,porque para e1los la poesia era, sobre todo, elevaci6n, mientras que para el infrarrealismo, la poesia era precoz entregaal precipicio. En esesentido, Pazteniaraz6n. En contraposici6n al supra-realismopaceano,habia una serie de poetas americanos desarrolldndosehacia ei subsuelo,hacia el "subdesarroIlo".Habia poetas del submundo que, como decia Bolario, deseaban lanzarseai abismo ,.conlos ojos abiertosr.

de OctavioPazy el uBookeru 3. Contradanza El 'joven infrarrealista' que irrumpi6 la ceremonia de Paz era un narrador, prosista y poeta llamado Jesris Luis Benitez. Se le apodaba, nadie sabeya porqu6, el "Booker>.Antes de su muerte a los 30 aflos, el "Booker" llevaba ya tres o cuatro a-flosentregado al desmadre total. Quienes 1o recuerdan no tardan en invocar su pestilencia. Arturo Trejo Villafuerte, narra en 1a compilaci5n de algunos de los cuentos y poemas del uBooker,: Quince dias antes de morir, JLB entr6 en la redacci6n de ul a semana de B el l asAr t es' par a ent r egar nos su cuento. Teni a un aspecto desast r osoy su lr edor er a i ntenso. Ignaci o Trej o Fu ent es y yo 1o at endim os, le recibimos su trabajo y luego Ie reclamamos que

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J o s e Vrc p N rE AN e v e

c om o er a po s i b l e q u e u n ti p o ta n i n te l i gente y con tantas cosaspor decir anduviera (y se encontrara) en es a s it uac i6 n ... U n o s d i a s d e s p u 6 sre g re s6 y me dej 6 un grueso f61der: nTrejo, aqui te dejo mis 'sobras' c om plet as . Te Ia s e n c a rg o a ti q u e e res ordenado" y s e f ue r ipi d a me n te . D i c e n q u e 1 l e g 6a su casa, se

V E R S U S .N u l v a s

M T R A D A sA L A o BR A o e Ocr e vr o

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Los detectivessalvajeses una novela de postp6rdida. Es una novela que relata, desde una perspectiva ya tardta e ir6nica, a un grupo de poetas en su 6poca inicial de descenso.Joaquin Font, uno de los personajesde la novela, alude a esta etapa:

bano, se rasur6 y le vino un paro cardiaco. El 3 de rnarzo de 1980, lo estlbamos velando dos o tres

Hay una literatura para cuando estAs desesperado.

poeLasinfrarrealistas, entre ellos recuerdo muy bien

Esta riltima es la que quisieron hacer Ulises Lima fMari o S anti ago] y B el a no lBolano] . . . . Ahor a t om e-

a M ar io S an ti a g o , s u s e g u n d a e s p o s a y qui en esto escribe (A control ren'Iotoy otros rollos, Libros de la t int a indele b l e , C i u d a d d e M 6 x i c o , 2 0 0 0, p. 12)

Despu6sde algun tiempo de prActicaPsicoterap6utica y pr6ctica po6tica, he podido entender algunas cosas,que aunque no son demasiadas, p n te n r ]e r . ro n nere ttn e n eq u e n ap a rr "rrFripntp< de los poetas. t e d e l m ister io Los poetas son seresque andan en brisqueda de sanar1oque podria liamarseel rechazo."EI rechazo, proviene de la familia, Ia sociedad y, sobre todo, el si-mismo. Se trata de un rechazoaI yo-social,al yo-superficial,es una bri.squedade un yo- p r o fundo.E l poeta es un ser que e mp re n de un viaje de descenso,descrito de numerosas maneras por la propia tradici6n literaria de todas las tipocas.En eseviaje de descenso,el poeta hondo necesariamentetiene que atravesaruna etapa de degradaci6n,una etapa infernal, una etana de "n6rdida". 232

mos al lector desesperado,aquel a quien presumiblemente va dirigida Ia literatura de los desesperados. aQu6 es lo que ven? Primero: se trata de un lector adolescente o de un adulto inmaduro, acobardado, con l os nervi os a fl or d e piel. Es el t ipico pendejo (perdonen la expresi6n) que se suicidaba despuds de leer el Werther. Segundo: es un lector limitado. 2P or que l i mi tado? E l em ent al, por que no puede l eer mas que l i teratura desesper adao par a desesperados, tanto monta, mont a t ant o, un t ipo o un engendro incapaz de leerse de un tir6n En buscadel tiempo perdido,por ejemplo , o La montana mdgica (en mi modesta opini6n un paradigma de ia literatura tranqui l a, serena, compl et a). . . Los lect or es desespe rados son como l as mi na de or o de Calif or nia. . . No se puede vivir desesperadotoda una vida, ei cuerpo termi na dobl egi ndose, e l dolor t er m ina haciendose i nsoportabl e...

La novela de Bolaio, por cierto, es la de un es-

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JOSE VICENT E

ANAYA

critor semitranquilizado,de un ex-desesperado, aunque no del todo, pero ya habiendo pasado la etapade mayor autodestrucci6ny dolor psiquico, ya m6s 'sereno'.La primera etapa infrarrealista, en cambio, era un momento de congregaci6nde 'desesperados'. Los poetas llamados ninfrarrealistasu precisamente fueron un grupo de aventados al averno, de precipitados, que coincidieron en su viaje de descensof, por ende, se intensifico, cada uno a su modo. Los infrarrealistas fueron un archipi6lagode desesperados. Algunos poetas, cuando viajan hacia abajo, se pierden completamente,se vuelven pat6ticos, monstruosos. Si llegan al otro lado del descenso, se encuentran con chamanes, maestros, y en algrin momento, pueden emprender el viaje de regreso a la superfi.ciey,en su lugar, volverse seressubterr6neos que, sin embargo, no naufragan all6 debajo e incluso alcanzan elvuelo dentro de Ia esferainferior y en sus casos m6.snotorios, se vuelven chami.nicos,es decir, figuras que ayudar6n a no moriy por completo a otros viajeros del infierno. Otros poetas que descienden,en cambio, se estancanen el subsuelo.No hacen mAs que seguir cayendo, porque no han comprendido que el descensoes parte de un ciclo, y su descenso es una pura caida vertical, un puro estrepitoso derrumbe. Otros, a su vez, se pierden en Io subterr5.neo,y la caverna muta 6rido camino, trinel

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V E R sus.N uevas MTR A D As A LA oBRA DE O cr Avr o pAZ

sin fin. Ellos convierten al infierno iniciatico en un puro limbo. El uB6eL"r>era uno de estos.pero 6l para no proseguir en la nada der inflerno convertido en limbo, ya sin rumbo, prefiri6 quitarse ia vida. P o rq u e t o d o s lo s , , d s 5 s s p e r a d o s , io que b u s c a n e s la mu e rt e . Su s i s t e m a s e los ""ig", p e ro n o t o d o s e n t ie n d e n q u e l a muerte que ,muerte, le s -p id e e l e s p irit u y el c u e r p o es ia dela vida que llevan, todavia demasiado ajus_ t a d a a l c o n s e n s o s o c ia l . E l s u i c i d i o ul ql." n o d e ja n d e p e n s a r lo s d e s e s p e r a d o"s. , d"b" ".r_ t e n d e rs e -y h e a q u i la i i u m i n a c i 6 n _ como la muerte del yo-socializado, del yo_patriarcal, d e l y o -a d a p t a d o . Ha b la m o s , p r . r " r , de un sui_ cidio que parad6jicamentu .o.rd,.." a ra vida mis a u t 6 n t ic a . En estaspocaslineas he esbozado un esque_ ma que simplifica la historia de la poesia. No puedo ahondar demasiado en esta cartografia del infierno porque todavia, se nos dice, no es tiempo de revelarla en su integridad, pues se trata de un saber esot6rico, c.ryo tiempo tiene que ser respetado,y que viene desde lo m6s le_ jano de nuestros ancestros. Mas tiempo si es de recordar que la poesia es un descenso y que ese descensoposeediversosavatares. Por mucho que son los poetas diferentes entre si, sin embargo, todos ellos son variantes de este viaje. Este
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