Cristianismo y descivilización en Europa

IUS PUBLICUM N°16/2006

Escuela de Derecho Universidad Santo Tomás

HISTORIA

DE LAS IDEAS

POLÍTICAS

CRISTIANISMO Y DESCIVILIZACIÓN EN EUROPA (En torno a un libro de Dalmacio Negro)

Jerónimo

Molina

*

S U M A R I O : I. La i n t i m i d a d filosófica c o n la h i s t o r i a . I I . U n l i b e r a l i s m o h i s p a n i z a d o . I I I . H i s t o r i a y f e n o m e n o l o g í a d e l Estado. IV. D e s c i v i l i z a c i ó n d e E u r o p a . V. S e c u l a r i s m o , fe c r i s t i a n a y s i t u a c i ó n d e la I g l e s i a d o c e n t e . V I . Ideas y f o r m a s europeas.

D a l m a c i o N e g r o P a v ó n [ 1 9 3 1 ] es h i s t o r i a d o r d e las i d e a s y d e las f o r m a s políticas, sugestiva d i s c i p l i n a d e inspiración g e r m a n i z a n t e , e n c u y o d e s e m p e ñ o s u c e d i ó a su m a e s t r o , L u i s D i e z d e l C o r r a l [ 1 9 1 1 - 1 9 9 8 ] , e n la c á t e d r a c o m p l u t e n s e . Esta c á t e d r a , y a e x t i n g u i d a ' , h a s i d o h a s t a 2 0 0 1 , a ñ o j u b i l a r d e l profesor N e g r o , u n p u n t o d e referencia para el

pensamiento

político l i b e r a l hispánico. P a r t i c u l a r m e n t e e n los difíciles años c u a r e n t a , i m p r e g n a d o s d e la retórica a u t o r i t a r i a n a c i o n a l i s t a , y e n los o c h e n t a , la d é c a d a d e las p u r g a s s i l e n c i o s a s y l e g a l e s q u e l o s g o b i e r n o s

socialistas

d e l a é p o c a d e c r e t a r o n e n las u n i v e r s i d a d e s d e l E s t a d o . N e g r o P a v ó n , d e arraigadas c o n v i c c i o n e s

liberales y católicas, n o sólo ignoró los e n v i t e s

administrativos de aquellos gobiernos antiliberales, prescriptores del act u a l , s i n o q u e a d e m á s h a v e n i d o t r a n s m i t i e n d o a sus a l u m n o s y d i s c í p u l o s - u n a n u e v a g e n e r a c i ó n d e u n i v e r s i t a r i o s a j e n a a los p r e j u i c i o s d e la c u l t u r a i z q u i e r d i s t a p r e d o m i n a n t e - u n a f o r m a d e p e n s a r o i n q u i r i r e n la r e a l i d a d acentuadamente

política.

Freund

[ 1 9 2 1 - 1 9 9 3 ] la l l a m ó v i s i ó n

maquia-

v e l i a n a . T a m b i é n n o s h a e n s e ñ a d o la p a s i ó n p o r el e s c l a r e c i m i e n t o d e l s i s t e m a d e j e r a r q u í a s p r o p i o d e l a c u l t u r a e u r o p e a y, e n g e n e r a l , d e t o d o a q u e l l o q u e , s i g u i e n d o al filósofo A l f r e d N o r t h W h i t e h e a d

[1861-1947],

*Profesor t i t u l a r d e Política S o c i a l . U n i v e r s i d a d d e M u r c i a . 1

0 " a m o r t i z a d a " , según el c í n i c o l e n g u a j e d e los b u r o p e d a g o g o s

(bureau-pédagogues).

5 o b r e estos p o b r e s d i a b l o s , q u e t a n " a l t o c o n c e p t o t i e n e n d e sí m i s m o s " , y s o b r e los p r o f e s o r e s u n i v e r s i t a r i o s , t r a n s f o r m a d o s e n " i n v e s t i g a d o r e s " y " a g e n t e s d e l c a m b i o " p o r la m e n c i o n a d a b u r o c r a c i a - c u y a s dádivas p e r s i g u e n r e l l e n a n d o f o r m u l a r i o s y e s c r i b i e n d o p a p e l e s ,

pues

' t o d o el m u n d o t i e n e q u e investigar, a u n q u e n o sepa q u é n i p a r a q u é y c a r e z c a d e t o d a c l a s e de c r i t e r i o s " - , véase D. N e g r o , Lo que Europa

debe

al cristianismo.

M a d r i d , Unión Editorial,

2004, 131-32.

lus P u b l i c u m N ° 1 6 ( 2 0 0 6 ) 4 1 -58

41

s u e l e d e n o m i n a r las importancias .

Esto m i s m o s i g u e s i e n d o e l c o n t e n i d o

2

d e s u m a g i s t e r i o a c t u a l e n la U n i v e r s i d a d S a n P a b l o d e M a d r i d . D a l m a c i o N e g r o ha d e s a r r o l l a d o u n a i m p o r t a n t e o b r a historiográfica

3

en

la q u e d e s t a c a su v o c a c i ó n p o r e n c a r a r l o s p r o b l e m a s d e l t i e m p o p r e s e n t e . Si h u b i é s e m o s d e p r e s e n t a r e s q u e m á t i c a m e n t e su p e n s a m i e n t o , sería s i n d u d a u n a b u e n a a p r o x i m a c i ó n o r d e n a r sus e s c r i t o s t e n i e n d o e n c u e n t a su (a) intimidad

filosófica

con la historia,

c o n t r i b u c i ó n a (b) l a hispanización

m a r c a e s p i r i t u a l d e su g e n e r a c i ó n ; su de la tradición

liberal,

continuación del

m a g i s t e r i o d e s u m e n t o r D i e z d e l C o r r a l , y (c) l a fenomenología

del

Estado,

e l m á s p e r s o n a l d e sus e m p e ñ o s i n t e l e c t u a l e s . E s t i m a m o s n e c e s a r i a s

algunas

p r e c i s i o n e s al r e s p e c t o , pues, d e l o c o n t r a r i o , podría p a r e c e r al l e c t o r q u e e l ú l t i m o d e sus l i b r o s , Lo que

Europa

debe

al cristianismo,

es u n e n s a y o

e x c é n t r i c o a l n ú c l e o d e s u o b r a . Estas p á g i n a s , q u e d e s t a c a n s o b r e e l d e s 4

c a f e i n a d o p a n o r a m a i n t e l e c t u a l e s p a ñ o l , h a n c o n c i t a d o la a t e n c i ó n d e los sectores católicos españoles más c o m p r o m e t i d o s c o n la p r o y e c c i ó n p ú b l i c a d e su f e , a l m e n o s d e a q u e l l o s e n l o s q u e t o d a v í a n o h a h e c h o m e l l a " l a i n e r c i a , la f a l t a d e c o r a j e , el c o n f o r m i s m o , el d e s á n i m o y la desorientación d e las I g l e s i a s d o c e n t e s " ; p e r o t a m b i é n h a i n t e r e s a d o m u c h o a n o p o c o s 5

lectores laicos, " u n o s p o r razón d e fe, otros p o r i n s t i n t o d e c o n s e r v a c i ó n " , 6

categorías q u e el a u t o r u t i l i z a c u r i o s a m e n t e p a r a referirse, sin m e n c i o n a r la, a la r e a c c i ó n d e u n a p a r t e d e los españoles a n t e la i n s e n s a t a

política

a n t i c a t ó l i c a d e l g o b i e r n o . Esto e s : a c o s o p r e s u p u e s t a r i o ( c u e s t i o n a m i e n t o d e l a c t u a l s i s t e m a d e f i n a n c i a c i ó n d e la Iglesia, el c u a l p e r m i t e a los fieles d e s t i n a r a su s o s t e n i m i e n t o , l i b r e y v o l u n t a r i a m e n t e , u n a m í n i m a

parte

d e su c u o t a fiscal); a c o s o p e d a g ó g i c o ( d e v a l u a c i ó n d e la enseñanza d e la

2

two

V é a s e Modes

lectures

of Thought.

in the University

Six lectures Chicago.

delivered

in Wellesley

College,

Massachusetts,

and

N u e v a York, T h e M a c m i l l a n c o m p a n y , 1 9 3 8 ( n u e v a

ed. 1985). 3

D a l m a c i o N e g r o es a u t o r d e seis l i b r o s , d e más u n a v e i n t e n a d e e d i c i o n e s d e t e x t o s

clásicos políticos y d e v a r i o s c e n t e n a r e s d e artículos, e n revistas e s p e c i a l i z a d a s y en la p r e n s a d i a r i a , m e d i o al q u e ha d e d i c a d o c i n c o años e s c r i b i e n d o u n a e n j u n d i o s a c o l u m n a s e m a n a l e n el p e r i ó d i c o La Razón

( 1 9 9 9 - 2 0 0 4 ) . D e t o d o e l l o se dirá a l g o más a d e l a n t e . Por o t r o l a d o , la

posición i n t e l e c t u a l d e N e g r o Pavón, e n u n a p e r s p e c t i v a a b a r c a d o r a d e t o d a su o b r a , resulta ser c o n v e r g e n t e c o n la d e G o n z a l o Fernández d e la M o r a [ 1 9 2 4 - 2 0 0 0 ] . J u n t o a estos d o s , A l v a r o d ' O r s [ 1 9 1 5 - 2 0 0 4 ] c o m p l e t a la trilogía d e los e s c r i t o r e s políticos más d e s t a c a d o s d e l p a n o r a m a d e la d e r e c h a i n t e l e c t u a l española d e la III Restauración, la d e l régimen d e s p o l i t i z a d o r d e 1 9 7 8 . Su escaso a s c e n d i e n t e s o b r e u n a o p i n i ó n pública a d o c e n a d a n o d e b e p r e j u z g a r la t r a s c e n d e n c i a d e su p e n s a m i e n t o . 4

P o r l o d e m á s , la teología política, q u e c o n s t i t u y e u n a d e las líneas d e a t a q u e d e este

l i b r o , es u n a s u n t o r e c u r r e n t e e n el autor. V é a n s e : D. N e g r o , "El p r o b l e m a d e la Teología p o lítica a propósito d e l n u e v o c a t e c i s m o " , e n VV. A A . , Estudios Católica.

U n p o s i b l e capítulo d e teología política", e n Anales y Políticas, 5

6

42

sobre

el Catecismo

de la

Iglesia

M a d r i d , A E D O S - U n i ó n E d i t o r i a l , 1 9 9 6 ; y " O n t o l o g í a d e la d e r e c h a y la i z q u i e r d a . de la Real Academia

de Ciencias

Morales

Ll, N ° 7 6 , 1 9 9 9 .

V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 1 4 . V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 1 5 .

IUS P U B L I C U M N ° 1 6 ( 2 0 0 6 )

religión católica e n los c o l e g i o s , e q u i p a r á n d o l a a la e n s e ñ a n z a d e l I s l a m , c o n s i d e r a d a t a m b i é n " r e l i g i ó n d e n o t o r i o a r r a i g o " , s/c); a c o s o c o n s t i t u y e n t e (transformación d e l p r i n c i p i o político d e la a c o n f e s i o n a l i d a d d e l Estado en l a i c i s m o ) ; y a c o s o l e g i s l a t i v o (pretensión d e a m p l i a r los s u p u e s t o s d e l a b o r t o ; p r o y e c t o d e ley a u t o r i z a n d o los " m a t r i m o n i o s h o m o s e x u a l e s " c o n " d e r e c h o " a a d o p t a r niños; revisión d e los A c u e r d o s Iglesia-Estado d e 1 9 7 9 ) . C o m p e n d i o d e t o d o e l l o es l a h o s t i l i d a d c u l t u r a l (Kulturkampf)

d e la secta

g u b e r n a m e n t a l h a c i a la tradición católica n a c i o n a l , e l e m e n t o t e c t ó n i c o e n la h i s t o r i a d e E s p a ñ a p e r o q u e l o s i n t e l e c t u a l e s a s u e l d o d e l suelen presentar, propagandísticamente, c o m o

establishment

un episodio superficial,

accidental, epidérmico . 7

I. L A I N T I M I D A D F I L O S Ó F I C A C O N L A H I S T O R I A Es c a r a c t e r í s t i c o d e l o s u n i v e r s i t a r i o s e s p a ñ o l e s , m a e s t r o s y d i s c í p u l o s , d e l t e r c i o m e d i o d e l s i g l o XX, l o q u e P e d r o Laín E n t r a l g o [ 1 9 0 8 - 2 0 0 1 ] l l a m ó la " i n t i m i d a d c o n l a h i s t o r i a " . Las c i e n c i a s h u m a n a s , e n p a r t i c u l a r d e s p u é s d e la G u e r r a c i v i l , se v i e r o n e n E s p a ñ a s o m e t i d a s a u n p r o c e s o t a n i n t e n s i v o c o m o f e c u n d o d e historificación.

Se a c u s a así r e c i b o d e l c h o q u e c o n l a

historia, q u e en A l e m a n i a t u v o c o m o capitán a W i l h e l m

Dilthey [1833-

1 9 1 1 ] . El i n v o l u n t a r i o p a t r ó n h i s p á n i c o d e e s e v a s t o m o v i m i e n t o , a s u n t o q u e , p o r c i e r t o , a n a d i e se l e h a o c u r r i d o e s t u d i a r s i s t e m á t i c a m e n t e , f u e e l filósofo c a t ó l i c o X a v i e r Z u b i r i [ 1 8 9 8 - 1 9 8 3 ] . P r e c i s a m e n t e ,

los e c o s d e su

b e l l í s i m o e n s a y o d e 1 9 4 4 s o b r e "El a c o n t e c e r h u m a n o " t o d a v í a escucharse e n España en escritores c o m o D a l m a c i o En l a o b r a d e N e g r o P a v ó n a p a r e c e n

pueden

Negro . 8

t r e n z a d a s , d e s d e sus p r i m e r o s

t r a b a j o s , las i n c u r s i o n e s h a c i a l a h i s t o r i a d e las i d e a s , l a h i s t o r i a d e l E s t a d o y las t r a n s f o r m a c i o n e s d e l o q u e h a d e n o m i n a d o " m o d o s d e l p e n s a m i e n t o p o l í t i c o " . El p r o f e s o r m a d r i l e ñ o h a t r a d u c i d o y a n o t a d o , s o b r e t o d o 9

7

C o n razón ha v i s t o D a l m a c i o N e g r o q u e , e n estas c i r c u n s t a n c i a s , a u n a razón r e l i g i o s a

e l e m e n t a l (defensio

fidei)

se s u p e r p o n e , en m u c h a s gentes d e s e n t i d o c o m ú n , u n a razón política

práctica: la v o l u n t a d d e d e f e n d e r también u n m o d o d e v i d a v a l i o s o , d e l c u a l es u n i n g r e d i e n t e m u y i m p o r t a n t e la religión d e los padres. En España, p o r c i e r t o , la pasión anticatólica y la manía laicista a p a r e c e n s i e m p r e m e z c l a d a s c o n las a c t i v i d a d e s masónicas. D e e n o r m e interés: César V i d a l [ 1 9 5 8 ] , Los masones. La masonería 8

Historia,

al cristianismo, 9

Anales

B a r c e l o n a , Planeta, 2 0 0 5 . También R i c a r d o d e la C i e r v a

[1926],

M a d r i d , Fénix, 2 0 0 2 .

V é a s e X. Z u b i r i , "El a c o n t e c e r h u m a n o . G r e c i a y la p e r v i v e n c i a d e l p a s a d o filosófico",

e n Naturaleza, debe

invisible.

Dios.

M a d r i d , A l i a n z a E d i t o r i a l , 1 9 8 7 . Cfr. D. N e g r o , Lo que

Europa

202.

S o b r e esto resulta d e g r a n interés D. N e g r o , " M o d o s d e l p e n s a m i e n t o p o l í t i c o " , e n de Real Academia

de Ciencias

Morales

y Políticas,

XLVIII, N ° 7 3 , 1 9 9 6 . Su visión d e

los m o d o s d e pensar q u e d e n o m i n a "eclesiástico-político" y " e s t a t a l " , d e sus d i v e r g e n c i a s e n los a l b o r e s d e la Edad M o d e r n a y, p o r último, d e la estatificación d e l p e n s a m i e n t o eclesiástico d u r a n t e el último s i g l o , c o n s t i t u y e u n a o r i g i n a l a p r o x i m a c i ó n a los p r o b l e m a s d e la Iglesia contemporánea.

Cristianismo

y descivilización

en

Europa

43

d u r a n t e l o s a ñ o s 7 0 , i m p o r t a n t e s o b r a s p o l í t i c a s c o m o D e la en

Francia

d e F r a n g o i s G u i z o t [ 1 7 8 7 - 1 8 7 4 ] , La física

C o m t e [1 7 9 8 - 1 8 5 7 ] , o La constitución

de Alemania

social

democracia de Auguste

d e G e o r g W . F. H e g e l

[1 7 7 0 - 1 8 3 1 ] . M a s n o d e b e n o l v i d a r s e s u s e d i c i o n e s d e J o h n S t u a r t M i l i

1 0

[ 1 8 0 6 - 1 8 7 3 ] , p e r s o n a j e t r a s c e n d e n t a l e n l a h i s t o r i a d e las i d e a s , p u e s es e l g o z n e a l r e d e d o r d e l c u a l e l l i b e r a l i s m o c l á s i c o es " s o c i a l i z a d o " p o r e l h u m a n i t a r i s m o d e la s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o XIX, hasta h a c e r d e é l , c o m o p r e t e n d i e r o n Eduard Bernstein [ 1 8 5 0 - 1 9 3 2 ] y otros socialdemócratas, u n a s u e r t e d e s o c i a l i s m o i m p e r f e c t o . D e h e c h o , N e g r o P a v ó n se o c u p ó e n s u p r i m e r l i b r o , p r e c i s a m e n t e , d e la e n c r u c i j a d a i n t e l e c t u a l d e M i l i Le siguió u n e s t u d i o sistemático d e la filosofía c o m t e a n a

1 2

hijo

1 1

.

. A p a r t i r d e ese

m o m e n t o , la h i s t o r i o g r a f í a d e las ¡ d e a s f u e c e d i e n d o e n é l a l a v e z a l o s p r o b l e m a s p l a n t e a d o s p o r la f o r m a política e s t a t a l . T u v o q u e i n f l u i r e n la 1 3

m o d u l a c i ó n d e s u a c t i t u d e l e s t u d i o d e L e o p o l d v o n R a n k e [1 7 9 5 - 1 8 8 6 ] , c u y o l i b r o m a g i s t r a l Sobre

las épocas

de la historia

moderna

tradujo y

M

prologó a m p l i a m e n t e . D e R a n k e p r o c e d e n sin d u d a los p r e c o n c e p t o s q u e s u s t e n t a n su t e o r í a h i s t ó r i c o - p o l í t i c a : l a " o c u l a r i d a d " c o m o c a r a c t e r í s t i c a d e l saber p r o p i o d e los h i s t o r i a d o r e s y la presunción d e q u e la h i s t o r i a p o l í t i c a es l a h i s t o r i a par

exce//ence . 1 5

La i n v e s t i g a c i ó n s o b r e l a E s t a t a l i d a d es a b o r d a d a p o r N e g r o

Pavón

d e s d e u n a d o b l e p e r s p e c t i v a . P o r u n l a d o , se o c u p a d e l a s i n g u l a r i d a d d e la f o r m a política e s p a ñ o l a , la M o n a r q u í a hispánica, e n f r e n t a d a agónica-

1 0

V a l g a c o m o e j e m p l o su e d i c i ó n d e J. S. M i l i , Sobre

queville.

la libertad

y Comentarios

a Toc-

M a d r i d , Espasa-Calpe, 1 9 9 1 .

" V é a s e D. N e g r o , Liberalismo

y socialismo.

La encrucijada

intelectual

de Stuart

Mili.

M a d r i d , I n s t i t u t o d e Estudios Políticos, 1 9 7 5 . 1 2

1 3

V é a s e D. N e g r o , Comte.

Positivismo

y revolución.

Madrid, Cincel, 1985.

M a s n o p o r e l l o a b a n d o n a la historiografía d e las ideas, en él v i n c u l a d a s i e m p r e al

e s t u d i o d e los e s c r i t o r e s políticos más r e l e v a n t e s . V é a n s e D. N e g r o ( e d i t o r ) , Estudios Schmitt

sobre

Cari

[ 1 8 8 8 - 1 9 8 5 ] . M a d r i d , Fundación Cánovas del Castillo, 1 9 8 6 ; "Prólogo" a Bertrand de

J o u v e n e l [ 1 9 0 3 - 1 9 8 7 ] , Sobre

el poder.

des W o h l f a h r t s s t a a t e s a v a n f la lettre", 250 lahre 'Geis

der Cesetze'.

M a d r i d , Unión Editorial, 1 9 9 8 ; " M o n t e s q u i e u , Kritiker en Paul-Ludwig W e i n a c h t [1938] (editor),

Beitráge aus Politischer

Wissenschaft,

jurisprudenz

und

Montesquieu Romanistik.

Baden-Baden, N o m o s Verlagsgesellschaft, 1 9 9 9 . 1 4

15

M a d r i d , Editora N a c i o n a l , 1 9 8 1 . E I h i s t o r i a d o r , para R a n k e , ha d e ser ganz

Auge,

" t o d o ojos". Profundo conocedor de

la h i s t o r i a d e l Papado, R a n k e v i o la h i s t o r i a d e E u r o p a c o m o la h i s t o r i a d e las c i n c o g r a n d e s n a c i o n e s r e c o n o c i d a s e n e l C o n c i l i o d e C o n s t a n z a e n 1 4 1 4 ( F r a n c i a , I n g l a t e r r a , España, A l e m a n i a e Italia). U n o d e sus c o n c e p t o s más p o l é m i c o s , s o b r e t o d o p o r su explotación n a c i o n a l i s t a , es el d e G r a n p o t e n c i a (Cross

Machí).

El i n f l u j o d e R a n k e en España ha s i d o

tardío, p e r o ni m u c h o m e n o s d e s p r e c i a b l e ; véase la exposición d e J. M o l i n a , "Javier C o n d e y L e o p o l d o R a n k e " , en Empresas Osmanlis

et de la monarchie

1 8 3 9 ( 1 8 4 5 ' , 1 8 7 3 ' ) ; Histoire 2

2

Políticas, espagnole de France,

N ° 1, 2 0 0 2 . En francés: L. v o n R a n k e , Histoire pendant

principalement

Paris, F. K l i n c k s i e c k , 1 8 5 4 - 1 8 8 9 , 6 v o l . ; y Histoire septiéme

44

siécles.

les XVIé et XVIIé pendant

de la papauté

siécles.

le XVIé et le XVIIé

pendant

des

París, D é b e c o u r t , les seiziéme

siécle. et dix-

Paris, R o b e r t L a f f o n t , 1 9 8 6 .

IUS P U B L I C U M N ° 16 (2006)

m e n t e al L e v i a t á n e u r o p e o . D e o t r o , sus t r a b a j o s c o n s t i t u y e n t a m b i é n , e n s e n t i d o e s t r i c t o , u n a historiografía d e l E s t a d o c o m o f o r m a política d e la modernidad europea.

II.

U N LIBERALISMO

El m o d o d e p e n s a r político

HISPANIZADO

d e N e g r o P a v ó n a t i e n d e a las d e t e r m i n a c i o n e s

i m p e r i o s a s ( n a t u r a l e s ) d e lo político,

p e r o a l m i s m o t i e m p o es c o n s c i e n t e

d e las p o s i b i l i d a d e s a b i e r t a s p o r l a c o n c e p c i ó n e u r o p e a d e la política, d e l realismo

político,

la

a c t i t u d e s p i r i t u a l q u e e n su c o n c e p t o r e s u l t a e q u i -

v a l e n t e a la tradición l i b e r a l

1 6

. L o p o l í t i c o , e n e s t e s e n t i d o , es u n h a z d e

p o s i b i l i d a d e s e n t r e las q u e e l i g e la política, r e c h a z a n d o u n a s y d e s a r r o l l a n d o o t r a s . En u n o d e s u s l i b r o s m á s i m p o r t a n t e s , La tradición el Estado, Ciencias

liberal

y

q u e c o n s t i t u y e su d i s c u r s o d e i n g r e s o e n la Real A c a d e m i a

de

M o r a l e s y P o l í t i c a s , h a e x a m i n a d o la t r a d i c i ó n l i b e r a l a p a r 1 7

tir d e las a p o r t a c i o n e s q u e , e n su o p i n i ó n , la h a n f u n d a d o : la t r a d i c i ó n política

de Grecia,

d e l gobierno

l a t r a d i c i ó n jurídica

limitado .

d e R o m a y la tradición c r i s t i a n a

C o n r e s p e c t o a e s t o ú l t i m o n o c a r e c e d e interés

18

r e c o r d a r q u e c o m o reacción a n t e la c o n c e n t r a c i ó n estatal d e l p o d e r q u e e m p i e z a a gestarse e n la B a j a E d a d M e d i a , " c o m e n z ó a m e t a m o r f o s e a r s e la ¡ d e a d e o r i g e n e c l e s i á s t i c o d e q u e t o d o g o b i e r n o tiene

que ser l i m i t a d o ,

e s p e c í f i c a m e n t e liberal' .

anticipadamente

Q u e estas i d e a s p r e n d i e r a n

09

e n los a m b i e n t e s p r o t e s t a n t e s t i e n e q u e ver, según el autor, c o n los a v a n c e s d e l a E s t a t a l i d a d e n l o s P r i n c i p a d o s q u e se j u s t i f i c a n p o l í t i c a m e n t e p o r la confesión d e la fe r e f o r m a d a . A h o r a b i e n , la tradición l i b e r a l , al i n c i d i r s o b r e e l l a el Estado, la f o r m a política g e n u i n a m e n t e m o d e r n a , ha

1 6

S o b r e la a f i n i d a d e n t r e r e a l i s m o político, n e o m a q u i a v e l i s m o y l i b e r a l i s m o c o n s e r v a d o r

p u e d e n verse las m u y interesantes a c o t a c i o n e s d e Sébastien d e la T o u a n n e , julien penseur

'machiavélien' , 7

¿ a tradición

su recepción del Excmo.

como

de la politique.

liberal

y el Estado.

académico

Sr. D. Gonzalo

Discurso

por el Excmo.

Fernández

Freund,

Paris, L ' H a r m a t t a n , 2 0 0 4 , espec. 3 8 - 3 9 y 3 3 1 - 2 1 . leído el día 8 de mayo Sr. D. Dalmacio

de la Mora.

Negro

de 1995 en el acto Pavón

y

de

contestación

M a d r i d , 1 9 9 5 . Reimpresión: M a d r i d , U n i ó n

Editorial, 1 9 9 5 . , 8

L a p r e o c u p a c i ó n p o r los e l e m e n t o s d e la c u l t u r a e u r o p e a es u n a c o n s t a n t e e n su o b r a ,

d e u d o r a también e n este p u n t o d e los e s t u d i o s p r e c u r s o r e s d e D i e z d e l C o r r a l . V é a n s e D. N e g r o , "El carácter pragmático d e la c u l t u r a e u r o p e a y sus e l e m e n t o s " , e n VV. A A . , históricos.

Homenaje

a los profesores

José María jover

Zamora

y Vicente

Palacio

Estudios

Atard.

Ma-

d r i d , U n i v e r s i d a d C o m p l u t e n s e , 1 9 9 1 ; " ¿ Q u é Europa? ¿ Q u é E s p a ñ a ? " , e n Ana/es de la Academia

de Ciencias

c r i s t i a n i s m o " , e n Anales

Morales

y Políticas,

de la Real Academia

Real

v o l . LUI, N ° 7 8 , 2 0 0 1 , y " L o q u e E u r o p a d e b e al de Ciencias

Morales

y Políticas,

v o l . LV, N ° 8 0 ,

2 0 0 3 . En este último t e x t o , a m p l i a m e n t e d e s a r r o l l a d o , t i e n e su o r i g e n el l i b r o d e l m i s m o título d e l q u e a q u í nos o c u p a m o s . S o b r e D i e z d e l C o r r a l : D. N e g r o , " L a o b r a y el p e n s a m i e n t o histórico-político d e Luis D i e z d e l C o r r a l " , e n Anales y Políticas, 1 9

V é a s e D. N e g r o Pavón, La tradición

Cristianismo

de la Real Academia

de Ciencias

Morales

LIV, N ° 7 9 , 2 0 0 2 .

y descivilización

en

Europa

liberal

y el Estado,

126.

45

experimentado notables alteraciones.

Pueden distinguirse por ello dos

grandes f a m i l i a s liberales, divergentes a t o d o s los efectos: el l i b e r a l i s m o político,

d e t r a d i c i ó n a n g l o s a j o n a , y e l l i b e r a l i s m o regalista,

de impronta

f r a n c e s a , d i f e r e n c i a d o s p o r su a c t i t u d , n e g a t i v a e n el p r i m e r o , p r o c l i v e e n e l s e g u n d o , a n t e e l d e s p l i e g u e d e l o s p r i n c i p i o s f u n d a m e n t a l e s d e l a Estat a l i d a d ( s o b e r a n í a y n e u t r a l i d a d ) . La t e s i s d e N e g r o P a v ó n es q u e d e s d e l a R e v o l u c i ó n f r a n c e s a , si b i e n las b a s e s q u e d a r o n e s t a b l e c i d a s Hobbes [1588-1679]

2 0

conThomas

o i n c l u s o antes ( n o m i n a l i s m o b a j o m e d i e v a l :

Scoto [1268-1308], C u i l l a u m e

d'Ockham

[ 1 2 8 5 - 1 3 4 9 ] ) , el

Duns

liberalismo

p r e d o m i n a n t e h a s i d o e l r e g a l i s t a , l o c u a l e x p l i c a ( a u n q u e no justifica)

el

rechazo en b l o q u e de todo liberalismo. D a l m a c i o N e g r o , y e l l o c o m p o r t a u n m é r i t o e x t r a o r d i n a r i o d a d a s las c i r c u n s t a n c i a s , ha s a b i d o adaptar a los r e q u e r i m i e n t o s d e l t i e m p o f i n i s e c u l a r e l complexio

oppositorum

d e la abstracta d o c t r i n a d e c i m o n ó n i c a ,

e n p a r t e d e s n a t u r a l i z a d a p o r s u p r o p i a d i n á m i c a i n t e r i o r . En l a p r o f e s i ó n i n t e l e c t u a l d e N e g r o Pavón, el l i b e r a l i s m o a d q u i e r e d o s notas

caracte-

r í s t i c a s y, a l a v e r d a d , r a r a s e n l o s a m b i e n t e s e n l o s q u e d i c h a d o c t r i n a es r e i v i n d i c a d a : ( 1 ) u n a p r o f u n d a t e n s i ó n política, economicismo

r e f r a c t a r i a al i n g e n u o

q u e h o y i m p e r a . A su j u i c i o , el l i b e r a l i s m o

únicamente

t i e n e s e n t i d o si es p e n s a d o y e j e c u t a d o p o l í t i c a m e n t e ; e l l o e x i g e , e n c o n s e c u e n c i a , e l s o b r e s e i m i e n t o d e t o d a s las a d h e r e n c i a s m o r a l i s t a s . T a m b i é n 2 1

r e s u l t a c a r a c t e r í s t i c o d e s u a c t i t u d (2) l a hispanización

del pensamiento

l i b e r a l , c o n s e c u e n c i a d e s u m o d u l a c i ó n s e g ú n las c i r c u n s t a n c i a s d e l g e n i o n a c i o n a l o, e n la terminología d e l barón d e M o n t e s q u i e u [ 1 6 8 9 - 1 7 5 5 ] , el d e t e r m i n i s m o d e l milieu. c l a r a d a expresis

verbis.

Trátase, e n c u a l q u i e r caso, d e u n a a c t i t u d n o d e En e s t e s e n t i d o , D a l m a c i o N e g r o es e l a u t o r d e u n a

s u g e s t i v a h i s t o r i a e s p i r i t u a l d e l l i b e r a l i s m o e s p a ñ o l , e n la q u e r e i v i n d i c a la " t r a d i c i ó n e s p a ñ o l a d e l g o b i e r n o l i m i t a d o " , s o b r e el s u p u e s t o d e q u e el l i b e r a l i s m o es " l a i d e o l o g í a p o l í t i c a c o h e r e n t e c o n e l c r i s t i a n i s m o e n las condiciones del m u n d o moderno y contemporáneo"

2 2

. Ha

reconocido,

sin e m b a r g o , q u e a q u e l l i b e r a l i s m o fue "hasta m u y e n t r a d o el siglo [XIX],

2 0

E I a u t o r h a d e d i c a d o t a m b i é n i m p o r t a n t e s monografías al filósofo d e M a l m e s b u r y :

véanse D. N e g r o , " L a imaginación política d e H o b b e s " , en Revista 1 9 7 7 ; y " P r ó l o g o " a T. H o b b e s , Elementos

de Derecho

natural

de Estudios y político.

Políticos, N ° 2 1 5 , M a d r i d , Centro de

Estudios C o n s t i t u c i o n a l e s , 1 9 7 9 . 2 1

A u n q u e se p u e d e d e d u c i r d e sus escritos d e crítica d e la c u l t u r a , se e c h a e n f a l t a e n

su o b r a u n a crítica sistemática

d e l l i b e r a l i s m o d e s p o l i t i z a d o a p a r t i r d e J. Stuart M i l i , el g r a n

" d e s n a t u r a l i z a d o r " d e esa d o c t r i n a . Cfr. J. M o l i n a , " P r i m a t d u p o l i t i q u e et p o l i t i q u e d e la c u l t u r e d a n s la pensée l i b e r a l " , e n Catholica, 2 2

V e a s e D. N e g r o , El liberalismo

N° 83, 2004. en España.

M a d r i d , U n i ó n E d i t o r i a l , 1 9 8 8 , 1 2 . En la

m i s m a página p u e d e leerse q u e "esta c o n c e p c i ó n d e s c a n s a f u n d a m e n t a l m e n t e e n la idea c r i s t i a n a según la c u a l t o d o h o m b r e es l i b r e p o r su c o n d i c i ó n d e ser c r e a d o a i m a g e n y s e m e j a n z a d e D i o s y q u e p o s e e , p o r e n d e , a d i f e r e n c i a d e los demás seres, u n a l i b e r t a d n a t u r a l " . En o t r o l u g a r d e f i n e el l i b e r a l i s m o c o m o u n " t e m p o r a l i s m o d e raíz m e d i e v a l " : Lo que debe

46

al cristianismo,

Europa

201.

IUS P U B L I C U M N ° 16 (2006)

una construcción intelectual y bastante

literaria, pues ni había

liberales ni el p u e b l o era (políticamente) l i b e r a l " En e l f o n d o , l a i d e a d e u n liberalismo

político

2 3

muchos

.

hispanizado

d e b e verse

c o m o u n a d e las c o n s t a n t e s d e l o m e j o r d e l p e n s a m i e n t o

político espa-

ñ o l d u r a n t e l a s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o X X . En e l l a se r e c o n o c e n t a n t o l o s j u r i s t a s d e la E s c u e l a e s p a ñ o l a d e D e r e c h o p o l í t i c o ( 1 9 3 5 - 1 9 6 9 ) sus d i s c í p u l o s , p a r t i d a r i o s y a d i c t o s

2 5

. Dalmacio

2 4

como

Negro, sin pertenecer a

n i n g u n a d e e s t a s c a t e g o r í a s d i s c e n t e s , se f o r m ó e n e l a m b i e n t e

intelectual

p o r e l l o s p r o p i c i a d o , c u y a m a t r i z era el j u s n a t u r a l i s m o c a t ó l i c o . Resulta p u e s c o h e r e n t e c o n esta t r a d i c i ó n la i m p r e g n a c i ó n c a t ó l i c a d e su l i b e r a l i s m o , l o q u e l o v u e l v e e n c i e r t o m o d o p r o b l e m á t i c o . R e s u l t a ser e l s u y o u n " l i b e r a l i s m o l a i c o a d v e r s o al Estado o, p o r l o m e n o s , a los e l e m e n t o s a n t i l i b e r a l e s " , q u e se o p o n e a l " s e c u l a r i z a d o ,

liberal p o r tradición

pero

a d v e r s o a l E s t a d o " , q u e se i m p o n e a p a r t i r d e l a d i v i s i ó n r e l i g i o s a d e la c r i s t i a n d a d y la d e c a d e n c i a

s u b s i g u i e n t e d e la " c o n c e p c i ó n

del g o b i e r n o v i n c u l a d a al o r d e n a l i s m o "

2 6

tradicional

.

En s u o b r a , p o r ú l t i m o , d é j a n s e t r a s l u c i r t a m b i é n l o s s u p u e s t o s filosófico-políticos d e a q u e l l a m a g n a p r o m o c i ó n d e u n i v e r s i t a r i o s españoles: el p r i m a d o h i s t ó r i c o d e l o p o l í t i c o f r e n t e a l r e s t o d e a c t i v i d a d e s a las q u e e n v u e l v e o a b a r c a e x t e r n a m e n t e ; l a d e p e n d e n c i a

humanas,

recíproca del

p e n s a m i e n t o jurídico-político y la c o n f i g u r a c i ó n d e la f o r m a política histór i c a ; l a d i s t i n c i ó n e n t r e político político

2 3

(das

{lo político)

y Estado

(der

y política

Staat).

(la política),

y entre

H a y q u e contar también, en

V é a s e D. N e g r o Pavón, "El Estado y los i n t e l e c t u a l e s españoles en el s i g l o X X " , en

Razón Española, 2 4

Politisch)

N ° 1 2 4 , marzo-abril de 2 0 0 4 , 1 53.

L a Escuela española d e D e r e c h o político ha s i d o la r e n o v a d o r a d e los saberes jurídico-

políticos, politicológicos y sociológicos e n España d u r a n t e el t e r c i o m e d i o d e l s i g l o XX. Su m a g i s t e r i o , e m p e r o , n o ha s i d o r e i v i n d i c a d o hasta f e c h a s r e c i e n t e s , p u e s u n a visión m e z q u i n a del m u n d o u n i v e r s i t a r i o y d e l m o v i m i e n t o d e las ideas en España l o impedía. Javier C o n d e [ 1 9 0 7 - 1 9 7 4 ] es el j u r i s t a e p ó n i m o d e este g r u p o . P u e d e verse d e él Teoría y sistema formas

políticas

de las

( 5 e d . ) . G r a n a d a , C o m a r e s , 2 0 0 5 (en preparación). a

" J e s ú s F u e y o [ 1 9 2 1 - 1 9 9 3 ] , R o d r i g o Fernández-Carvajal [ 1 9 2 4 - 1 9 9 7 ] , José Z a f r a Valverde [ 1 9 3 1 ] , etc. 2 6

V é a s e D. N e g r o Pavón, La tradición

hispanizado,

liberal

y el Estado,

1 2 9 . El liberalismo

d e raíz católica, c o n s t i t u y e , p o r e n c i m a d e t o d a s las a d h e r e n c i a s

político

ideológicas

( " a n t i l i b e r a l i s m o " c o m o p r i n c i p i o político f o r m a l ) , la d o c t r i n a q u e vertebró el Estado f u n d a d o p o r el G e n e r a l F r a n c o [ 1 8 9 2 - 1 9 7 5 ] y r e f o r m a d o p o r la " r e v o l u c i ó n l e g a l " d e 1 9 7 7 . En c i e r t o m o d o , la constitución d e 1 9 7 8 - c a r t a o t o r g a d a y, al m i s m o t i e m p o , ley p a c c i o n a d a - , es la IX Ley F u n d a m e n t a l d e l c i c l o c o n s t i t u y e n t e i n a u g u r a d o e n 1 9 3 6 . Ú n i c a m e n t e e n esta p e r s p e c t i v a c o b r a n s e n t i d o , d e u n l a d o , las críticas a la o b r a política d e la d i c t a d u r a d e los d o c t r i n a r i o s d e l f a l a n g i s m o y el p e n s a m i e n t o t r a d i c i o n a l i s t a , y d e o t r o la posición i n t e l e c t u a l d e j u r i s t a s c o m o Javier C o n d e , R o d r i g o Fernández-Carvajal o G o n z a l o Fernández d e la M o r a . Si se i g n o r a el t r a s f o n d o l i b e r a l s o b r e el q u e o p e r a el i d e a r i o d e estos j u r i s t a s - a los q u e se podrían s u m a r también los e c o n o m i s t a s políticos d e profesión o r d o l i b e r a l - , n o se e n t i e n d e el c a l a d o d e su misión jurídico-política al s e r v i c i o d e la estabilización d e la c o m u n i d a d n a c i o n a l

bajo

la f o r m a d e Estado.

Cristianismo

y descivilización

en

Europa

47

e s t e p u n t o , c o n s u s i n t é t i c a t e m a t i z a c i ó n d e l a d i s t i n c i ó n e n t r e gobierno Estado ,

y

i m p o r t a n t e contribución d e D a l m a c i o N e g r o a la dilatación d e l

27

a c e r v o jurídico-político d e la e s c u e l a d e j u s p u b l i c i s t a s h i s p a n o s . R e s u m e n d e t a l e s p o s t u l a d o s es e l a g n o s t i c i s m o c o n r e s p e c t o a l a s f o r m a s d e g o bierno, pues todas, sin excepción posible, son accidentales e imperfectas. Posición e q u i v a l e n t e , en la p e r s p e c t i v a d e la teología política católica, a l " a c c i d e n t a l i s m o d e l a a c c i ó n p o l í t i c a " . La o p c i ó n p o r u n a d e las t r e s formas

de gobierno

puras

28

su c o m b i n a t o r i a (formas

o p o r a l g u n a d e las p o s i b i l i d a d e s q u e o f r e c e de gobierno

mixtas),

a pesar d e la presunción

contemporánea, sigue siendo una elección plena de sentido, q u e n o puede i g n o r a r s e , c o m o v i e n e s i e n d o h a b i t u a l d e s d e el f i n d e la G u e r r a

Mundial

II, e n b e n e f i c i o d e u n a c o n c e p c i ó n partitocrática d e la d e m o c r a c i a , p r e s u n t a m e n t e la f ó r m u l a ó p t i m a (y ú n i c a p o s i b l e ) d e g o b i e r n o .

III.

H I S T O R I A Y F E N O M E N O L O G Í A DEL

ESTADO

P e r o N e g r o P a v ó n es, a n t e t o d o , u n h i s t o r i a d o r d e l E s t a d o . A u n q u e e l s u y o es u n e s t i l o m á s b i e n e n s a y í s t i c o , e n l a t r a d i c i ó n d e l o s m a e s t r o s e s p a ñ o l e s , g e n e r a l m e n t e e n e m i g o s d e l a s g r a n d e s summas,

se t r a s l u c e e n

muchas

d e sus p á g i n a s u n e s f u e r z o p e r m a n e n t e p o r p r e s e n t a r s i s t e m á t i c a m e n t e , o r d e n á n d o l a , la p a r c e l a d e la r e a l i d a d q u e c o n s t i t u y e su o b j e t o p r e d i l e c t o : la E s t a t a l i d a d , c o m o f e n o m e n o l o g í a d e u n a f o r m a política c o n c r e t a y c o m o é p o c a histórica. " L a c o m p r e n s i ó n d e [la] n a t u r a l e z a [ d e l Estado] t i e n e la m a y o r i m p o r t a n c i a , t a n t o más e n el p r e s e n t e m o m e n t o d e p r o f u n d o c a m b i o histórico, e n el q u e p a r e c e estar d i s o l v i é n d o s e la e s t a t a l i d a d "

2 9

. B a j o la sugestión

d e este t i e m p o c r e p u s c u l a r y la incitación s c h m i t t i a n a d e la h i s t o r i c i d a d c o n c r e t a d e la f o r m a política e s t a t a l , el a u t o r h a e x a m i n a d o e n v a r i a s o c a siones la e s e n c i a d e l E s t a d o . 3 0

El E s t a d o , p r o d u c t o d e l a c u l t u r a e u r o p e a

m o d e r n a s u r g i d o f r e n t e a l u n i v e r s a l i s m o d e l a I g l e s i a y e l I m p e r i o , es u n a

2 7

2 8

V é a s e D. N e g r o , Gobierno

y Estado.

M a d r i d , M a r c i a l Pons, 2 0 0 2 .

M i e n t r a s q u e las f o r m a s políticas s o n , e n p r i n c i p i o , i l i m i t a d a s , e l n ú m e r o d e las f o r -

mas d e g o b i e r n o está praxiológicamente l i m i t a d o a tres p o r la distribución d e l p o d e r y sus c o m b i n a c i o n e s : o m a n d a u n o ( m o n o c r a c i a ) , o m a n d a n v a r i o s ( o l i g o c r a c i a ) , o m a n d a n casi todos (democracia). 2 9

V é a s e D. N e g r o , " B o s q u e j o d e u n a h i s t o r i a d e las f o r m a s d e l E s t a d o " , e n Razón

Espa-

ñola, N ° 1 2 2 , n o v i e m b r e - d i c i e m b r e d e 2 0 0 3 , 2 7 1 . 3 0

E n la p e r s p e c t i v a d e la m o d u l a c i ó n d e la tradición política ( l i b e r a l ) d e E u r o p a : La tradi-

ción liberal

y el Estado;

c o m o e l e m e n t o q u e h a i n t e r f e r i d o e n e l p r o c e s o d e mundanización d e la

c u l t u r a , al q u e p u s o p r i n c i p i o el c r i s t i a n i s m o : Lo que Europa

debe

al cristianismo;

c o m o tópico

d e la historiografía política: " B o s q u e j o d e u n a h i s t o r i a d e las f o r m a s d e l E s t a d o " , loe. cit. T o d o e l l o se d e j a t r a s l u c i r también e n las series d e alta d i v u l g a c i ó n escritas p a r a la p r e n s a : v é a n s e e s p e c i a l m e n t e "El m i t o d e l Estado d e D e r e c h o " , 1 7 , 2 4 y 3 1 d e o c t u b r e y 7 d e n o v i e m b r e d e 2 0 0 0 , y " L a c r i s i s d e l E s t a d o " , e n La Razón,

48

6, 1 3 , 2 0 y 2 7 d e m a r z o d e 2 0 0 1 .

IUS P U B L I C U M N ° 16 (2006)

i n s t a n c i a particularista;

n i se t r a t a d e u n a f o r m a e t e r n a d e l a p o l í t i c a , s i n o

d e " u n a d e las i n n u m e r a b l e s f o r m a s p o l í t i c a s q u e h a n e x i s t i d o , e x i s t e n y existirán". E s p i r i t u a l m e n t e c o n s t i t u y e u n " p r o d u c t o c o n c r e t o del v o l u n t a r i s m o c o n s t r u c t i v i s t a característico d e l r a c i o n a l i s m o m o d e r n o "

3 1

.

No

p o d e m o s d e t e n e r n o s a h o r a e n s u t i p o l o g í a d e las f o r m a s d e E s t a d o , q u e el a u t o r p r e f i e r e d e n o m i n a r "fases d e la é p o c a d e la e s t a t a l i d a d " ; bastará c o n m e n c i o n a r l a s s u c i n t a m e n t e : Estado d e poder, Estado monárquico, Estado n a c i o n a l y Estado t o t a l

3 2

.

M a s l a e s t a t a l i d a d n o es s ó l o l a c o n d e n s a c i ó n p o l í t i c a d e l r a c i o n a l i s m o m o d e r n o ; t a m b i é n es u n e s t i l o d e v i d a d i r i g i d o p o r l a s e c u l a r i z a c i ó n d e l a c u l t u r a . S i g n i f i c a t i v a m e n t e , r e c u e r d a el p r o f e s o r N e g r o , la secularización c o m p r e n d e e n su o r i g e n , e n t r e otras cosas, la m u n d a n i z a c i ó n o d e s a m o r t i z a c i ó n d e los b i e n e s eclesiásticos, l o q u e a la l a r g a habilitó la inversión d e la r e l a c i ó n e n t r e los d o s p o d e r e s , el e s p i r i t u a l (la Iglesia) y el t e m p o r a l (el E s t a d o ) . A h o r a b i e n , d e j a n d o a u n l a d o l a i n a g o t a b l e p o l é m i c a s u s c i t a d a p o r la s e c u l a r i z a c i ó n c o m o categoría d e la interpretación histórica l a n z a d a p o r Ernst T r o e l t s c h [ 1 8 6 5 - 1 9 2 3 ] , trátase d e a l g o q u e " m i e n t a indudablemente un hecho

i n t e r n o al c r i s t i a n i s m o "

3 3

. E s t o ú l t i m o es l o

q u e l e i n t e r e s a r e m a c h a r a N e g r o P a v ó n , p u e s l a s i t u a c i ó n a c t u a l d e las c o n f e s i o n e s c r i s t i a n a s e n E u r o p a n o es a j e n a al h e c h o d e q u e e l m o d o d e pensar eclesiástico - c o n su t r a s f o n d o teológico-político- ha c o n f i g u r a d o , n u t r i é n d o l o , e l m o d o d e p e n s a r e s t a t a l . El p u n t o d e a r r i b a d a d e e s t e v a s t o p r o c e s o a b a r c a d o r d e la m o d e r n i d a d , c a r a c t e r i z a d o p o r q u e los c o n c e p t o s s e c u l a r i z a d o s se r e v u e l v e n c o n t r a l a m a t r i z r e l i g i o s a , s e r í a t a l v e z l o q u e u n a g u d o e s c r i t o r e s p a ñ o l h a l l a m a d o l a profanación su p a r t e , D a l m a c i o

d e la c u l t u r a . Por

N e g r o , q u e d e n u n c i a el a b u s o d e l c o n c e p t o

mismo

d e s e c u l a r i z a c i ó n , a p l i c a d o i n d i s c r i m i n a d a m e n t e a t o d o , s u g i e r e q u e es p r e c i s o c o n t e n e r su extensión, reservándolo p a r a el á m b i t o político-estatal, p u e s " a l a v e r d a d , p a r e c e q u e m u c h o d e l o q u e se a c h a c a i n d i s c r i m i n a d a m e n t e a la s e c u l a r i z a c i ó n n o d e b i e r a ser i m p u t a d o a la m u n d a n i z a c i ó n , s i n o , y quizá s o b r e t o d o , a la p o l i t i z a c i ó n " . 3 4

La s e c u l a r i z a c i ó n e n t e n d i d a c o m o p o l i t i z a c i ó n d e l a e x i s t e n c i a h a e n c o n t r a d o e n el E s t a d o su m á x i m o d i f u s o r , el c u a l h a e x p l o t a d o t o d a s las

3 1

3 2

V é a s e D. N e g r o , " B o s q u e j o d e las f o r m a s d e l E s t a d o " , loe. cit,

274,277,272, 273.

L a p r i m e r a f o r m a se c o r r e s p o n d e a la é p o c a d e la e s t a t a l i d a d e n f o r m a c i ó n ; las demás

a la d e la e s t a t a l i d a d c o n s t i t u i d a . V é a s e D. N e g r o , " B o s q u e j o d e las f o r m a s d e l E s t a d o " , loe. cit, passim.

Esta tipología, q u e se d e s a r r o l l a a su v e z e n s u b f o r m a s , i n t r o d u c e a l g u n a variación

s o b r e la q u e el a u t o r presentó e n La tradición 3 3

3 4

V é a s e D. N e g r o , Lo que Europa V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit,

debe

liberal

y el

al cristianismo,

Estado. 184.

1 8 7 . S o b r e la p r o f a n a c i ó n , c o n s e c u e n c i a p o r o t r o l a d o

d e l a v a n c e d e la "totalización d e l o p o l í t i c o " , v é a n s e J. C o n d e , Sobre europeo.

la situación

actual

p r o c e s o d e m o d e r n i z a c i ó n política: constitucionalización, t o t a l i z a c i ó n " , e n Escritos mentos

del

M a d r i d , P u b l i c a c i o n e s Españolas, 1 9 4 9 , 2 3 - 2 4 , y "Las d o s vías f u n d a m e n t a l e s d e l políticos,

Cristianismo

y frag-

t. I I . M a d r i d , I n s t i t u t o d e Estudios Políticos, 1 9 7 4 .

y descivilización

en

Europa

49

p o s i b i l i d a d e s d e o t r o m o v i m i e n t o espiritual típicamente m o d e r n o , a saber: la n e u t r a l i z a c i ó n d e l a c u l t u r a

3 5

. O r i g i n a l m e n t e , el p r o c e s o d e n e u t r a l i z a -

c i ó n (y s u r e v e r s o , l a d e s p o l i t i z a c i ó n ) h a c o n s i s t i d o e n l a b ú s q u e d a d e u n p l a n o e s p i r i t u a l i n m u n e a las d i s e n s i o n e s q u e a t r a v i e s a n l a v i d a

humana

c o l e c t i v a . En e l l í m i t e , es e l p r o p i o E s t a d o e l q u e se a u t o n e u t r a l i z a ( a u t o d e s p o l i t i z a ) , ocultándose lo político y presentándose c o m o ideología d e s u s t i t u c i ó n (Ersatz)

una "tolerancia senil"

3 6

. En e s t a p e r s p e c t i v a , r e s u l t a m u y

difícil n o v e r e n el Estado u n o d e los sujetos protagónicos d e l n i h i l i s m o o c c i d e n t a l . T a m b i é n d e la d e c l i n a c i ó n d e E u r o p a .

IV.

D E S C I V I L I Z A C I Ó N DE

EUROPA

En r e a l i d a d , e l l i b r o s o b r e e l q u e l l a m a m o s l a a t e n c i ó n d e l l e c t o r c o n s t i t u y e u n d e n s o e n s a y o s o b r e los e f e c t o s d e la e s t a t a l i d a d e n u n a é p o c a q u e h a v i s t o c o n s u m a r s e i r r e v e r s i b l e m e n t e el p a s o d e l e s t a d o s o c i a l aristocrático al d e m o c r á t i c o . A l g u n o s d e esos efectos y a h a n s i d o a p u n t a d o s a q u í - s e c u 3 7

larización y profanación; neutralización; n i h i l i s m o ; t o l e r a n c i a perversa-, p e r o e l a u t o r se r e f i e r e t a m b i é n a l a u g e d e l c o n t r a c t u a l i s m o p o l í t i c o , t a n diferente del pactismo m e d i e v a l c o m o i n s t r u m e n t o d e la r a z ó n

3 9

3 8

; al d e s q u i c i a m i e n t o d e la autocrítica

; a la difusión d e l ateísmo y la i n c r e e n -

c i a ; a l d e c l i v e d e l e s p í r i t u e u r o p e o y d e l d e las i g l e s i a s , p a r t i c u l a r m e n t e la católica. T o d o e l l o le p e r m i t e o f r e c e r u n a r i c a visión d e la situación histórica, a b a r c a d o r a

d e s u s e l e m e n t o s m á s s e n s i b l e s : e l e s t a d o d e las

c r e e n c i a s e u r o p e a s ( p a r t e I) y l a r e l a c i ó n e n t r e e s t a s y e l c r i s t i a n i s m o ( p a r t e II), q u e N e g r o P a v ó n c o n s i d e r a u n o d e l o s m á s p o d e r o s o s f a c t o r e s d e l a c i v i l i z a c i ó n e n E u r o p a ; p o r e s t a r a z ó n d e d i c a l a III p a r t e d e s u o b r a a u n a v e i n t e n a d e " i d e a s " y " f o r m a s " q u e d a n su g r a c i a p e c u l i a r a l o e u r o p e o y q u e t i e n e n , a su j u i c i o , u n a g e n i t u r a c r i s t i a n a . La a p a r i c i ó n d e e s t e l i b r o e n v í s p e r a s d e l a i m p o s i c i ó n a las n a c i o n e s e u r o p e a s d e l Tratado

por el que se instituye

una constitución

para

Europa

es

una mera c o i n c i d e n c i a , tal vez feliz para el editor, pero q u e n o debe desviar d e l o f u n d a m e n t a l la atención d e l lector. C o m o el p r o p i o a u t o r a d v i e r t e , e n el c o n t e x t o d e la descivilización d e E u r o p a y el c o n f l i c t o , d e largas c o n s e c u e n c i a s , e n t r e la religión y la i n c r e e n c i a , la p o l é m i c a s o b r e la l l a m a d a c o n s t i t u c i ó n e u r o p e a e n r e a l i d a d es a c c i d e n t a l . Si a c a s o , h a s e r v i d o p a r a

3 5

3 6

3 7

38

V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 1 5 1 - 5 7 . V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 1 5 2 . V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 2 0 3 y 2 7 5 . P a r a el autor, el n i h i l i s m o , e n sus m o d a l i d a d e s pasiva y a c t i v a , resulta i n s e p a r a b l e , c o m o

p o s i b i l i d a d e f e c t i v a , d e l c o n t r a c t u a l i s m o . V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 5 4 y 5 8 . 3 9

V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 1 2 1 . El pathos

d u r a n t e el i n t e r r e g n o d e la Belle

50

époque

d e s t r u c t i v o q u e se apoderó d e E u r o p a

(1871-1914) fue legitimado en mayo del 1968.

IUS P U B L I C U M N ° 1 6 (2006)

p o n e r d e m a n i f i e s t o q u e l a é l i t e p o l í t i c a d e l c o n t i n e n t e es u n a d i r i g e n c i a m i s o n e í s t a y e s t ú p i d a , " a d o c e n a d a , t o d o p o d e r o s a y c o r r u p t a [ q u e ] n o está s e g u r a d e su i d e n t i d a d o c a r e c e d e e l l a " el p o d e r q u e d a el d i n e r o "

4 1

4 0

, q u e "sólo cree e n el p o d e r y en

. El t i p o d e e u r o p e í s m o p r e d o m i n a n t e , q u e e n

r e a l i d a d es u n a d o c t r i n a ad hoc

p a r a c o n s e r v a r el p o d e r socialdemócrata,

i m p u l s a h o y u n a b i z a r r a política c o n s t i t u c i o n a l q u e c a r e c e d e sujeto c o n s t i t u y e n t e y q u e p r e t e n d e i g n o r a r l o t o d o d e la constitución p r e s c r i p t i v a d e E u r o p a . La " c o n s t i t u c i ó n e u r o p e a m a t e r i a l , s u s t a n c i a l , histórica, e x i s t e n c i a y o r i g i n a r i a " , e s c r i b e N e g r o P a v ó n , está " c o n f o r m a d a e n l o e s e n c i a l p o r i d e a s c r i s t i a n a s " . El q u e e s t o n o se r e c o n o z c a c o m o u n a e v i d e n c i a c o n f i r m a la 4 2

d e s o r i e n t a c i ó n i n t e l e c t u a l d e las g e n t e s e n c u y a s m a n o s e s t a m o s . A s í , " c a s i es l o d e m e n o s q u e se i n v o q u e a D i o s o a l c r i s t i a n i s m o " , p u e s " s i n o v a a s i g n i f i c a r n a d a , quizá f u e r a m e j o r o m i t i r la r e f e r e n c i a a l o r e l i g i o s o " este m o d o las i g l e s i a s d e b e r í a n s e n t i r s e m á s l i b r e s f r e n t e a l

4 3

. De

establishment

e u r o p e í s t a , p u e s " l a m e n c i ó n sería g r a v e m e n t e e n g a ñ o s a y t r a n q u i l i z a n t e al e n m a s c a r a r

la r e a l i d a d d e l a s i t u a c i ó n " . 4 4

La descivilización

de E u r o p a es p a r a e l a u t o r u n p r o c e s o

45

en la g e n e r a l i z a c i ó n d e la i n c r e e n c i a .

constatable

La c u e s t i ó n r e l i g i o s a e n

Europa,

c a s i i n s e n s i b l e m e n t e , h a p a s a d o d e e s t a r d o m i n a d a p o r las d e r i v a c i o n e s d e l a t e í s m o filosófico a e s t a r l o p o r la i n c r e e n c i a o la " i r r e l i g i ó n " ( Z u b i r i ) , " a c t i t u d q u e p r o s p e r a r á p i d a m e n t e e n t r e las n u e v a s g e n e r a c i o n e s

manifes-

t á n d o s e c o m o i n s e n s i b i l i d a d a n t e l a r e l i g i ó n e i n d i f e r e n c i a h a c i a sus f o r m a s

4 0

V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit., 8. F o r m a también p a r t e d e esa casta europeísta " u n a

parte del clero, i n c l u i d o s obispos simpatizantes, acobardados, o vacilante p o r p r u d e n c i a e i m p r u d e n c i a " , 1 3 0 . La c o n t r a p a r t e d e esta d i r i g e n c i a es u n a n u e v a c l a s e o c i o s a v i n c u l a d a al Estado d e Bienestar, 2 7 8 . 4 1

V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit., 1 1 . A l g u n a s i n c o a c i o n e s e n estos a r q u e t i p o s e n D. N e -

gro, " L a é p o c a estúpida", "El a u g e d e la e s t u p i d e z " , "El c o n s e n s o se s u l f u r a " y " L a m u e r t e d e l i g n o r a n t e " , en La Razón,

16 d e f e b r e r o y 2 5 d e m a y o d e 1 9 9 9 , 8 d e f e b r e r o d e 2 0 0 0 y

16 d e a b r i l d e 2 0 0 2 . 4 2

4 3

V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit, 9 4 . V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit., 1 0 1 . Se trata d e u n a p o l é m i c a " t a n r i d i c u l a q u e d e s c a l i f i c a

a los q u e m a n d a n en E u r o p a " , 4. 4 4

4 5

V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit, 1 0 1 . L a n o c i ó n d e descivilización (Decivilization)

ha s i d o m a n e j a d a r e c i e n t e m e n t e p o r el

e c o n o m i s t a a l e m á n a f i n c a d o en Las Vegas H a n s - H e r m a n n H o p p e [ 1 9 4 9 ] , e n su l i b r o quía, democracia

y orden

natural.

Una visión austríaca

de la era americana.

Monar-

M a d r i d , Ediciones

C o n d o , 2 0 0 4 , e s p e c . c a p . 1°. Su esquemático p l a n t e a m i e n t o n o d e j a d e ser útil: según H o p p e , el g r a d o d e c i v i l i z a c i ó n está d e t e r m i n a d o p o r la d i s m i n u c i ó n d e la p r e f e r e n c i a t e m p o r a l

(idest,

propensión al c o n s u m o i n m e d i a t o ) d e los i n d i v i d u o s y los g r u p o s h u m a n o s ; la t e n d e n c i a a c t u a l a la d i s m i n u c i ó n d e la p r e f e r e n c i a t e m p o r a l , q u e el e c o n o m i s t a a s o c i a a la nefasta i n f l u e n c i a d e l Estado p r o v i d e n c i a , a la destrucción d e la f a m i l i a , a la a c e p t a c i ó n d e c o n d u c t a s patológicas y d e s v i a d a s , e t c . , c o n s t i t u y e u n i n d i c i o d e la d e s c i v i l i z a c i ó n d e o c c i d e n t e . H o p p e ha s i d o r e c i e n t e m e n t e víctima d e u n a i n s i d i o s a persecución p o r sostener e n sus clases d e E c o n o m í a política q u e los h o m o s e x u a l e s (y los niños) t i e n e n u n a b a j a p r e f e r e n c i a t e m p o r a l . . .

Cristianismo

y descivilización

en

Europa

51

y c o n t e n i d o s , q u e [ c r e c i e n t e d e s p o j a d o s d e estética p a r e c e n nes]"

4 6

abstraccio-

. A s í , t r á t a s e d e u n p r o b l e m a q u e d e s b o r d a a las I g l e s i a s y a f e c t a a l

n ú c l e o m i s m o d e la c i v i l i z a c i ó n (o la c u l t u r a ) , p u e s esta r e p o s a s i e m p r e e n l a a p e r t u r a d e l h o m b r e a l a t r a n s c e n d e n c i a . En ú l t i m o a n á l i s i s , l a e s e n c i a d e l a c i v i l i z a c i ó n es l a c u l t u r a , q u e v i e n e d e culto, Pavón

4 7

c o m o recuerda

Negro

. A u n q u e la religión n o sea p r o p i a m e n t e c u l t u r a , m e z c l á n d o s e c o n

e l l a le d a f o r m a y g r a c i a

4 8

. La i r r e l i g i ó n , e n p a r t e r e s p o n s a b i l i d a d d e u n a

I g l e s i a q u e n o h a s a b i d o o n o h a p o d i d o resistirse a la m u n d a n i z a c i ó n d e sus e s t r u c t u r a s , p r e s u p o n e a d e m á s u n a i n m e n s a o q u e d a d e n el s u s t r a t o d e l o q u e O r t e g a y G a s s e t l l a m ó las c r e e n c i a s , ¡ d e a s en las q u e se está, a d i f e r e n c i a d e las o c u r r e n c i a s , q u e s i m p l e m e n t e se

tienen . 49

C o m o q u i e r a q u e el c r i s t i a n i s m o c o n s t i t u y e u n ingrediente f u n d a m e n t a l d e la c u l t u r a e u r o p e a , e n el d e s p r e s t i g i o d e l o r e l i g i o s o , a la o r d e n d e l d í a , se d e n u n c i a t a l v e z l a deseuropeización decir, necesariamente,

q u e la d e c a d e n c i a

de Europa. Mas, ¿quiere ello d e E u r o p a está m a r c a d a p o r l a

declinación del s e n t i m i e n t o religioso, p o r u n a suerte d e i n c a p a c i d a d la f e ?

5 0

para

El p r o f e s o r N e g r o r o z a a s í u n a c u e s t i ó n m e d u l a r , t a n t o h i s t ó r i c a

c o m o e s p i r i t u a l m e n t e : los límites d e la s u p e r p o s i c i ó n e n t r e l o c r i s t i a n o y l o e u r o p e o . A s u j u i c i o , " n u n c a se h a d a d o n i se d a r á u n a s i m b i o s i s p e r f e c t a e n t r e Europa, u n e s p a c i o l i m i t a d o , y el c r i s t i a n i s m o , religión u n i v e r s a l i s t a ; n i , p o r s u p u e s t o , e n t r e e l m u n d o e n t e r o y e s t a r e l i g i ó n ; o c u r r i r á , si a c a s o , e n l a parousía" \s e l c r i s t i a n i s m o c o n s t i t u y e u n a r e a l i d a d h i s t ó r i c a 5

m u c h o m á s a m p l i a q u e E u r o p a . En e l c a p í t u l o 4° d e La fin de la

Renaissance

q u i s o t a m b i é n o c u p a r s e d e l a s u n t o J u l i e n F r e u n d [ 1 9 2 1 - 1 9 9 3 ] , q u e partía de la s i g u i e n t e d i s y u n t i v a : ¿ha s i d o " l a g r a n d e z a d e E u r o p a

relativamente

i n d e p e n d i e n t e d e su c o i n c i d e n c i a c o n el c r i s t i a n i s m o " o , p o r el c o n t r a r i o , las s u e r t e s d e a m b o s e s t a r í a n l i g a d a s h a s t a e l p u n t o d e q u e u n a I g l e s i a q u e d e s p u é s d e l C o n c i l i o V a t i c a n o II p a r e c e desoccidentalizarse sable d e p r e c i p i t a r a E u r o p a e n la d e c a d e n c i a ?

5 2

e l c r i s t i a n i s m o " j a m á s se i d e n t i f i c ó a sí m i s m o c o n E u r o p a "

4 6

4 7

4 8

4 9

sería r e s p o n -

Según el s a b i o lorenés, 5 3

;

si b i e n es

V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit, 1 4 0 . V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit, 9 7 . V e a s e D. N e g r o , op. ult. cit, 1 9 0 . " E I h u e c o q u e h a n d e j a d o las c r e e n c i a s a s e n t a d a s e n u n a c o n c e p c i ó n d e la v e r d a d n o

h a s i d o o c u p a d o p o r ¡deas fértiles, s u s c i t a d o r a s d e n u e v a s c r e e n c i a s , d e u n e s t i l o " : D. N e g r o , op. ult cit, 8 8 . 5 0

" P a r e c e e m p e r o c o m o si se h u b i e s e p e r d i d o la c a p a c i d a d p a r a la f e " , e s c r i b e

Negro

Pavón c i t a n d o a l c a r d e n a l R a t z i n g e r [ 1 9 2 7 ] , s i e n d o q u e la fe " n o es u n a c r e e n c i a c o m o las d e m á s , p u e s t o q u e las c o n d i c i o n a t o d a s " : D. N e g r o , op. ult. cit, 1 4 2 . 5 1

S 2

V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit, 1 1 . V é a s e J. F r e u n d , El fin del Renacimiento.

" V é a s e J. F r e u n d , op. ult. cit,

Buenos Aires, Belgrano, 1 9 8 1 , 9 7 y 8 3 .

p. 9 1 . La e v a n g e l i z a c i ó n d e l m u n d o h a s i d o u n a e m p r e s a

e s p i r i t u a l a c o m e t i d a " n o p a r a a f i r m a r su europeísmo, s i n o su c r i s t i a n i s m o " , op. ult. cit, 9 2 . Así p u e s , a u n q u e m u c h o s e u r o p e o s d e p l o r e n la desoccidentalización

d e la Iglesia, se trata d e u n

f e n ó m e n o c o n s e c u e n t e c o n su espíritu u n i v e r s a l i s t a . En este s e n t i d o , N e g r o Pavón r e c o n o c e q u e tras el C o n c i l i o V a t i c a n o II el c r i s t i a n i s m o salió d e la crisálida e u r o p e a : op. ult. cit, 1 3 5 .

52

IUS P U B L I C U M N ° 16 (2006)

un " c o m p o n e n t e i n d e l e b l e d e l h e c h o e u r o p e o " , debería rechazarse, p o r c o n f u s a , la o p i n i ó n q u e l o s i d e n t i f i c a s i n m á s , p u e s " e l c r i s t i a n i s m o f u e e u r o p e o a su p r o p i a m a n e r a "

5 4

. Ahora bien, "los europeos empeñados en

salvar su c i v i l i z a c i ó n y su espíritu a c i e r t a n al c r i t i c a r al n e o c r i s t i a n i s m o s a l v a j e q u e a b a n d o n a l a r i g i d e z d e las e s t r u c t u r a s e c l e s i á s t i c a s [ . . . ] , p e r o tal visión s u p o n e

una concepción europea del cristianismo, y no una

aprehensión del cristianismo en g e n e r a l "

5 5

.

V. S E C U L A R I S M O , FE C R I S T I A N A Y S I T U A C I Ó N DE LA IGLESIA D O C E N T E Frente a la s e c u l a r i z a c i ó n , el s e c u l a r i s m o sería p r o p i a m e n t e la " u t i l i z a c i ó n c o n t r a la religión d e o r i g e n t e o l ó g i c o " , última c o n s e c u e n c i a 5 6

del

r a c i o n a l i s m o m o d e r n o q u e ha " d e s e n c a n t a d o " el m u n d o . M a s , e n c o n t r a de u n a opinión m u y e x t e n d i d a , N e g r o Pavón a p u n t a q u e la crisis d e Eur o p a q u e t r a e su c a u s a e n ese p r o c e s o n o h a s i d o r e s p o n s a b i l i d a d d i r e c t a d e l a I l u s t r a c i ó n . A s u j u i c i o , es u n e r r o r a t r i b u i r a l e s p í r i t u d e las l u c e s el r e v a n c h i s m o c o n t r a la t r a d i c i ó n e u r o p e a , p u e s " l a I l u s t r a c i ó n

puede

no haber sido i n o c e n t e , p e r o n u n c a t u v o intenciones destructivas ni f u e pesimista"

5 7

; a c a s o " l a c r í t i c a i l u s t r a d a d e las s u p e r s t i c i o n e s se [ h a c o n -

f u n d i d o ] c o n el d e s e n c a n t a m i e n t o " c r i s t i a n i s m o es c o n s e c u e n c i a

5 8

. La s u p o s i c i ó n d e q u e e l d e c l i v e d e l

d e l a I l u s t r a c i ó n n o es m á s q u e u n " d o g m a

transformado en creencia difusa"

5 9

. Muchos

¡lustrados e r a n críticos d e l

c r i s t i a n i s m o p e r o n o p o r e l l o f u e r o n a n t i c r i s t i a n o s . En r e a l i d a d , l a raíz d e l m a l e u r o p e o es e l r o m a n t i c i s m o , m o v i m i e n t o e s p i r i t u a l q u e m a r c a e f e c t i v a m e n t e el d e c l i v e d e la fe, n o sólo d e l c r i s t i a n i s m o c o m o

religión

e c l e s i á s t i c a . " E n l a a t m ó s f e r a d e éthos r o m á n t i c o d e l d e s c o n t e n t o u n i v e r s a l e m p e z ó a d e s v a n e c e r s e la v i e j a é t i c a q u e e n s e ñ a a e s t a r e n e l m u n d o " Ese éthos

6 0

.

d e s p l a z ó al t r a d i c i o n a l , b a s a d o e n la religión. A d i s g u s t o c o n el

m u n d o , e n el q u e el y o subjetivista únicamente e n c u e n t r a m o t i v o s para u n activismo vacío

6 1

, e l r o m á n t i c o se r e f u g i a e n e l p a s a d o . En su h u i d a d e l

m u n d o n o sólo " d e s o n t o l o g i z ó la r e a l i d a d , [ s i n o q u e ] d i o p á b u l o a n u e v o s m i t o s , c o m o e l d e l a v i o l e n c i a r e v o l u c i o n a r i a y la d e s t r u c c i ó n c r e a d o r a ,

5 4

V é a s e J. F r e u n d , op. ult. cit., 9 6 y 9 7 .

" V é a s e J. F r e u n d , op. ult. cit., 9 9 - 1 0 0 . 5 6

5 7

5 8

5 9

6 0

6 1

V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 1 8 1 . V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 4 7 . V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit, 3 2 . V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit, 3 2 . V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit, 3 9 . Es el ocasionalismo

C. S c h m i t t , Romantisme

Cristianismo

romántico politique.

y descivilización

en

c o n t r a el q u e s i e m p r e se enfrentó C a r i S c h m i t t . V é a s e

Paris, V a l o i s , 1 9 2 8 .

Europa

53

y p u s o c o m o la más alta i n s t a n c i a al y o p a r t i c u l a r , c o m o s e c u e l a d e la ideología d e la e m a n c i p a c i ó n "

6 2

.

El e s p í r i t u r o m á n t i c o es r e s p o n s a b l e d i r e c t o d e l a d i f u s i ó n d e l n i h i l i s m o y e l n a c i o n a l i s m o , filosofías, a s i m i s m o , r a d i c a l m e n t e i n c o m p a t i b l e s c o n e l c r i s t i a n i s m o . El n i h i l i s m o a r r a n c ó d e l a n e g a c i ó n r o m á n t i c a d e D i o s y s u o b r a , p e r o a m e d i d a q u e c r e c í a la n u e v a i n s e g u r i d a d d e r i v a d a d e l solipsism o radical n i h i l i s t a , lo q u e i n i c i a l m e n t e podía considerarse u n a a c t i t u d 6 3

p e s i m i s t a y r e s t r i n g i d a a c i e r t o s a m b i e n t e s , p u e s n o había s i t i o e n la E u r o p a c r i s t i a n a p a r a u n a é t i c a destructiva, pueblos europeos"

6 4

se c o n v i r t i ó e n l a " v i d a c o n c r e t a d e l o s

, e n la " m o r a d a d e o c c i d e n t e " . El n i h i l i s m o es la a p o t e o -

sis d e l a c a n t i d a d , r e p r e s e n t a d a p o r l o s v a l o r e s ; a n t e l a p u j a n z a d e t o d o e l l o - " é t i c a s d e la t r i s t e z a , deontologías y cosas p o r el e s t i l o "

6 5

- , e l nomos,

lo

c u a l i t a t i v o , a p e n a s si t i e n e l u g a r . El e n v i t e n i h i l i s t a a l c r i s t i a n i s m o h a h e c h o pensar a u n a p a r t e n o d e s p r e c i a b l e d e los creyentes q u e p u e d e llegarse a u n c o m p r o m i s o b a j o la f o r m a d e u n a s u e r t e d e " r e l i g i o s i d a d d e m o c r á t i c a coactiva"

6 6

, c o m o si l a f e c r i s t i a n a , t r a n s f o r m a d a e n u n h u m a n i s m o

6 7

, se

n u t r i e r a t a m b i é n d e los v a l o r e s c o n t e m p o r á n e o s . Pero " n i C r i s t o ni el c r i s tianismo significan lo m i s m o c o m o norma q u e c o m o v a l o r "

6 8

.

Si e l n i h i l i s m o se h a e r i g i d o e n e l g r a n r i v a l e s p i r i t u a l d e l c r i s t i a n i s m o , c u y a fe ha a s p i r a d o a l a m i n a r presentándose c o m o u n a " f o r m a radical de g n o s t i c i s m o q u e se o p o n e a l o q u e s u p e r a l a n a d a , a l a C r e a c i ó n "

6 9

, puede

d e c i r s e t a m b i é n q u e , d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e la m i s i ó n a p o s t ó l i c a u n i v e r s a l (católica)

d e la Iglesia, e l n a c i o n a l i s m o h a o p e r a d o c o m o el g r a n e n e m i g o

p a r t i c u l a r i s t a d e e s t a ú l t i m a . "El n a c i o n a l i s m o es m o r a l y p o l í t i c a m e n t e e l mayor e n e m i g o del cristianismo, en tanto enfrenta directamente y sin a l ternativas el p a r t i c u l a r i s m o c o m u n i t a r i s t a más r a d i c a l al u n i v e r s a l i s m o "

7 0

.

La historiografía n a c i o n a l i s t a n o s ó l o h a d e s t r u i d o l a ¡ d e a d e u n a t r a d i c i ó n c o m ú n d e E u r o p a , s i n o q u e h a h e c h o d e la n a c i ó n u n a p e r s o n a m o r a l q u e " s u s t i t u y e a l a I g l e s i a e n su r e l a c i ó n c o n l a E s t a t a l i d a d " . En e s t e s e n t i d o , 7 1

f u e e l E s t a d o la i n s t a n c i a q u e h i z o d e l n a c i o n a l i s m o u n a s u e r t e d e r e l i g i ó n c i v i l , t r a n s f i r i e n d o a la nación los s e n t i m i e n t o s d e r e v e r e n c i a religiosa antes o r d e n a d o s a la I g l e s i a . A l t e r a r e s t e e s t a d o d e c o s a s n o d e p e n d e y a ú n i c a m e n t e d e la Iglesia, e n casos p a r t i c u l a r e s extrañamente c o m p r o m e t i d a c o n el n a c i o n a l i s m o , s i n o q u e pasa t a m b i é n p o r la r e c u p e r a c i ó n historiográfica

6 2

6 3

6 4

6 5

6 6

6 7

6 8

6 9

7 0

7 1

54

V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit., 4 5 . V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit., 7 1 . V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit., 4 9 . V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit, 1 1 2 . V é a s e D. N e g r o , o p . ult cit,

193-94.

V é a s e D. N e g r o , o p . ult cit, 1 4 3 . V e a s e D. N e g r o , o p . ult. cit., 5 0 . V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit, 5 2 . V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit, 8 3 . V é a s e D. N e g r o , " " B o s q u e j o d e u n a h i s t o r i a d e las f o r m a s d e l E s t a d o " , loe. cit., 2 8 9 .

IUS P U B L I C U M N ° 1 6 ( 2 0 0 6 )

d e la E d a d M e d i a

c o m o origen de Europa , 7 2

u n i d a p r e c i s a m e n t e b a j o el

o r d e n e n v o l v e n t e d e la C r i s t i a n d a d . El n a c i o n a l i s m o , f o r m a a g r e s i v a d e " a n t i t r a d i c i o n a l i s m o " , h a l l e g a d o i n c l u s o a p r e s e n t a r s e , a l i a d o c o m o el n i h i l i s m o p a s i v o , c o m o u n a f o r m a d e p a c i f i s m o e s t a b i l i z a d o r d e las r e l a c i o n e s

internacionales.

Solamente

los G r a n d e s e s p a c i o s , r e c u e r d a N e g r o P a v ó n , p a r e c e n q u e r e r h o y r e s i s t i r s e a esta d o c t r i n a a p a r e n t e m e n t e a n t i m a q u i a v e l i s t a

7 3

. En r e a l i d a d , e l a s u n t o

d e u n p a c i f i s m o q u e se p r e t e n d e h a c e r c o m p a t i b l e c o n e l (doctrina polemógena por excelencia)

nacionalismo

le sirve al a u t o r p a r a

i l u s t r a r la

p é r d i d a d e a u t o r i d a d d e la I g l e s i a d o c e n t e p o r la t o s c a i n f l u e n c i a s e c u l a r i s t a . El c u e s t i o n a m i e n t o d e l a a u t o r i d a d d e l a I g l e s i a - p a r t i c u l a r m e n t e 7 4

g r a v e e n u n a s i t u a c i ó n e n la q u e p a r e c e h a b e r s e d e s m o r o n a d o

el más

e l e m e n t a l p r i n c i p i o d e las j e r a r q u í a s - se d e b e a l a i m p r e g n a c i ó n e s t a t i s t a y a la ¡ d e o l o g i z a c i ó n d e l m o d o d e p e n s a r e c l e s i á s t i c o , a la e x c l u s i ó n d e la d i m e n s i ó n p ú b l i c a d e l a r e l i g i ó n

7 5

y a la d e s o r i e n t a c i ó n d e la c l e r e c í a .

Echa e n f a l t a N e g r o P a v ó n , f r e n t e al n i h i l i s m o c o n v e r t i d o e n d o c t r i n a d e l Estado, el c o n t r a p e s o d e las i g l e s i a s , " q u e c a l l a n d e m a s i a d o "

7 6

.

U n claro

e j e m p l o d e l a s u g e s t i ó n i d e o l ó g i c o - e s t a t a l q u e p a d e c e l a I g l e s i a d o c e n t e es el c o n c e p t o d e s u b s i d i a r i e d a d , q u e a j u i c i o d e l p r o f e s o r m a d r i l e ñ o " e l u d e la c u e s t i ó n e s e n c i a l : l a e x i s t e n c i a , n a t u r a l e z a y j u s t i f i c a c i ó n e n s u c a s o d e l E s t a d o " . En e f e c t o , ¿ a c a s o n o o p e r a l a s u b s i d i a r i e d a d ,

encumbrada

c o m o p r i n c i p i o p o l í t i c o c o n s t i t u c i o n a l d e la U n i ó n E u r o p e a , 7 7

i n s t r u m e n t o d e l a ratio

c o m o un

status?

78

El p r o b l e m a d e l E s t a d o y s u s r e l a c i o n e s c o n l a I g l e s i a c o n s t i t u y e u n a temática r e c u r r e n t e e n este l i b r o , pues n o e n v a n o la h i s t o r i a d e

Europa,

q u e h a s i d o t r a d i c i o n a l m e n t e h i s t o r i a d e l a I g l e s i a , se h a t r a n s f o r m a d o

7 2

7 3

7 4

75

V é a s e D. N e g r o , Lo que Europa

debe

al cristianismo,

109.

V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 9 3 . V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 1 5 - 2 4 . E I éthos, a l m a d e las c u l t u r a s , r e p o s a s o b r e la religión, " d e ahí el i n e v i t a b l e carácter

p ú b l i c o " d e ésta. O , tal v e z , más q u e p ú b l i c o c o m ú n , p u e s l o c o m ú n es l o u n i v e r s a l y l o p ú b l i c o l o p r o p i o d e c a d a Estado. V é a n s e D. N e g r o , op. ult. cit., 1 9 0 y Á. d ' O r s , Bien y enemigo 7 6

7 7

público.

común

M a d r i d , M a r c i a l Pons, 2 0 0 2 , 1 9 .

V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 2 4 . L a U n i ó n Europea, " m á q u i n a d e aceleración h a c i a la m u e r t e " , según el ¡ronista político

C ü n t e r M a s c h k e [ 1 9 4 3 ] , n o es s i n o u n Estado c u y a d o c t r i n a , el " e u r o p e í s m o " , n o p u e d e ser más c o n t r a r i a a l o s intereses d e E u r o p a . V é a s e C . M a s c h k e , " L a unificación d e E u r o p a y la teoría d e l G r a n e s p a c i o " , e n Cari Schmitt 7 8

Studien,

N ° 1, 2 0 0 0 , 75-85.

V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit., 2 0 - 2 1 . N a t u r a l m e n t e , también se refiere el a u t o r al ar-

q u e t i p o d e clérigo p r o p i c i a d o p o r la confusión -hasta c i e r t o p u n t o i n e v i t a b l e - d e l C o n c i l i o V a t i c a n o I I . Este p e r s o n a j e , e n b i z a r r a sintonía c o n las ideologías seculares h a p a r t i c i p a d o en el espíritu d e s c i v i l i z a d o r ( 1 8 ) . N o r e s u l t a p o r e l l o extraño q u e a b u n d e n las r e f e r e n c i a s al c r i s t i a n i s m o c o m o ideología, l o q u e e x p l i c a " e l c u r i o s o c a t o l i c i s m o c o m u n i s t a , el c r i s t i a n i s m o s o c i a l i s t a o para el s o c i a l i s m o o la teología p r o g r e s i s t a y el c r i s t i a n i s m o progresista e n sus profusas v a r i a n t e s " . " C o n f u n d i e n d o el p r i n c i p a l d e b e r d e su v o c a c i ó n , q u e c o n s i s t e e n g u i a r las a l m a s h a c i a D i o s , n o h a c i a la t i e r r a , [ d e s o r i e n t a n ] a s í a los l a i c o s " ( 1 9 ) .

Cristianismo

y descivilización

en

Europa

55

p r o g r e s i v a m e n t e d e s d e e l R e n a c i m i e n t o e n h i s t o r i a d e l E s t a d o . La I g l e s i a 7 9

ha s i d o el referente histórico d e l Estado, p u e s c o m o f o r m a p a r t i c u l a r i s t a se h a c o n f i g u r a d o e n v i d i a n d o s i e m p r e l a p r o y e c c i ó n u n i v e r s a l d e a q u e l l a . M a s h a c e t i e m p o , s e g ú n a c a b a m o s d e i n d i c a r , q u e l o s p a t r o n e s se h a n i n v e r t i d o , c o n t a m i n á n d o s e l a ratio

ecclesiae

( o r d i n a l i s t a ) p o r l a ratio

status

( m e c a n i c i s t a ) . P r u e b a d e e l l o es l a b u r o c r a t i z a c i ó n d e l a I g l e s i a . En e l 8 0

e s t a t i s m o , m a l e c l e s i á s t i c o h o d i e r n o , n o s ó l o se d e n u n c i a l a d i m e n s i ó n i n s t i t u c i o n a l d e la secularización, s i n o la d e b i l i d a d política d e la Iglesia, q u e p o r e s t a r e n e l m u n d o se p r e s e n t a i n e x o r a b l e m e n t e c o n f i g u r a d a c o m o u n a f o r m a p o l í t i c a . I n f l u e n c i a d a " u n i l a t e r a l m e n t e " p o r el p e n s a m i e n t o 8 1

estatal, la Iglesia, q u e p a r e c e r e n u n c i a r a e n f r e n t a r s e c o n los p o d e r e s c i v i l e s , a c u s a e n sus clérigos el lógico s e n t i m i e n t o d e i n f e r i o r i d a d

8 2

. Aún

así, " a u n q u e d e c a d e n t e , [ l a I g l e s i a ] s i g u e s i e n d o e l g r a n r i v a l d e l E s t a d o Minotauro"

8 3

.

El e s t a t i s m o q u e h o y i m p e r a s u g i e r e q u e l o p ú b l i c o , e s f e r a d e l a v i d a h u m a n a c o l e c t i v a c o n s t i t u i d a e n otras épocas p o r lo religioso y l o e c l e s i á s t i c o , es h o y l o e s t a t a l . Las c o n s e c u e n c i a s d e l p r o c e s o d e e s t a t i f i c a c i ó n de lo público, c o m o N e g r o Pavón p o n e d e manifiesto, podrán sorprender a más d e u n o . D e e n t r a d a , la crisis d e l o p ú b l i c o eclesiástico, c o n f i r m a d a h i s t ó r i c a m e n t e p o r e l E s t a d o s u r g i d o d e l a R e v o l u c i ó n , es u n o d e l o s m o t i v o s últimos d e la p é r d i d a d e la l i b e r t a d e n el m u n d o c o n t e m p o r á n e o . Por o t r o l a d o , la e x p r o p i a c i ó n d e l o p ú b l i c o p o r el E s t a d o n a c i ó n d a r a z ó n d e u n h e c h o q u e , d e l o c o n t r a r i o , resultaría i n e x p l i c a b l e : la p r e c a r i e d a d d e la r e c u p e r a c i ó n d e la l i b e r t a d d e s d e

la R e v o l u c i ó n f r a n c e s a .

l a I g l e s i a " c u s t o d i a m a l q u e b i e n e l éthos

8 4

europeo"

8 5

Mas

, p o r lo q u e cabría

p r e g u n t a r s e si n o t r a e r á p r e n d i d a l a " p r i v a t i z a c i ó n " d e l a r e l i g i ó n q u e e s t a última "se aparta d e l Estado d e s l e g i t i m á n d o l o " . 8 6

7 9

P o r c i e r t o q u e , e n o t r o lugar, N e g r o Pavón ha l l e g a d o a s u g e r i r q u e e l a r c h i d i s c u t i d o

" f i n d e la h i s t o r i a " b i e n podría tratarse d e l " [ f i n ] d e la h i s t o r i a d e E u r o p a c o m o h i s t o r i a d e l Estado". V é a s e D. N e g r o , La tradición 8 0

8 1

liberal

V é a s e D. N e g r o , Lo que Europa

debe

y el Estado,

15.

al cristianismo,

199.

La d e n o m i n a c i ó n o f i c i a l " S t a t o d e l l a Cittá d e l V a t i c a n o " , d e t e r m i n a d a p o r la presión

d e l i n e x o r a b l e p r o c e s o d e estatificación d e E u r o p a - d e s d e la Baja Edad M e d i a hasta el s i g l o XX-, resulta engañosa. Parece p r e f e r i b l e y más c o r r e c t o historiográficamente " P a p a d o " . 8 2

8 3

V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit,

18 y 2 3 - 2 4 .

V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 8 1 . Las características d e esta manifestación d e l Estado

t o t a l c u a n t i t a t i v o (Cari S c h m i t t ) , q u e e l a u t o r d e n o m i n a e n o c a s i o n e s " E s t a d o socialdemócrata", i n c l u s o " E s t a d o c o n s t i t u c i o n a l fiscal d e p a r t i d o s " , s o n e x a m i n a d a s e n 6 3 - 6 5 . El a u t o r c o n s i d e r a m u c h o más útil q u e " E s t a d o t o t a l " la fórmula " E s t a d o M i n o t a u r o " , a c u ñ a d a p o r B e r t r a n d d e J o u v e n e l [ 1 9 0 3 - 1 9 8 7 ] . A s i m i s m o : D. N e g r o , " ¿ Q u é Europa? ¿ Q u é España?", loe. cit., 3 5 0 . 8 4

8 5

8 6

56

V é a s e D. N e g r o , La tradición

liberal

V é a s e D. N e g r o , Lo que Europa

debe

y el Estado,

105.

al cristianismo,

81.

V é a s e D. N e g r o , op. ult. cit., 1 6 5 , n o t a 1 1 9 .

IUS P U B L I C U M N ° 1 6 ( 2 0 0 6 )

VI.

IDEAS Y F O R M A S EUROPEAS

El h o r i z o n t e e n e l q u e es p r e c i s o c o n t e m p l a r e s t a s m e d i t a c i o n e s d e l p r o f e s o r N e g r o es e l d e l a p o s i b i l i d a d , h a s t a l a f e c h a i n é d i t a , d e u n a c u l t u r a i r r e l i g i o s a . ¿Estará " e l p o r v e n i r d e E u r o p a e n u n a n u e v a c i v i l i z a c i ó n s i n religión"?

8 7

¿ S e alterarán hasta ese p u n t o las c r e e n c i a s c r i s t i a n a s , s i e n d o

sustituidas p o r otros m o d o s d e instalación v i t a l ?

8 8

¿Qué papel

desem-

peñarán f i n a l m e n t e las iglesias? ¿Participarán " a c t i v a m e n t e e n la l a t e n t e í u c h a p o r l a c u l t u r a , q u e e n e s t e c a s o es t a m b i é n l a l u c h a p o r l a f e c r i s t i a n a , o se limitarán, c o m o la g r a n m a s a , a h a c e r d e e s p e c t a d o r e s e n la c o n t i e n d a q u e , si l a f e c r i s t i a n a c o n s e r v a v i t a l i d a d , p r o b a b l e m e n t e se a v e c i n a " ?

8 9

todavía e n Europa

suficiente

A u n reconociendo que ninguna

c i v i l i z a c i ó n h a s i d o n i será j a m á s , e n s u p l e n i t u d , c r i s t i a n a , d i f í c i l m e n t e podrá dejarse a u n l a d o q u e d u r a n t e m u c h o t i e m p o la h i s t o r i a d e Europa ha s i d o l a h i s t o r i a d e s u s ¡ d e a s r e l i g i o s a s . " L a r e a l i d a d d e la d e c a d e n c i a 9 0

del c r i s t i a n i s m o , a u n q u e p u e d a ser m o m e n t á n e a " , n o a d m i t e discusión. Q u e ese e s t a d o p u e d a ser r e v e r s i b l e t o d a v í a d e s p u é s la t r i b u l a c i ó n ( " m o m e n t o d e p u r g a " del cristianismo) o q u e , e v e n t u a l m e n t e , p u e d a subsistir E u r o p a s i n r e l i g i ó n , a u n q u e d e j e d e ser e l l a m i s m a , s o n a p o r í a s históricas q u e e l a u t o r se l i m i t a a p l a n t e a r . E n e m i g o d e las p r o f e c í a s , t a l v e z c o n s i d e r a m á s e f i c a z u n a i n v e s t i g a c i ó n sistemática s o b r e los e l e m e n t o s q u e h a n c o n f i g u r a d o el espíritu e u r o p e o a través d e los s i g l o s . C o n s e c u e n t e c o n su v o c a c i ó n i n t e l e c t u a l , N e g r o Pavón, s i n á n i m o e x h a u s t i v o , e n u m e r a " a l g u n a s ¡deas q u e , a c t u a n d o e n el s u b s u e l o c o m o i d e a s - c r e e n c i a s , i d e a s - m a d r e , h a n r e s u l t a d o d e c i s i v a s e n la c o n f i g u r a c i ó n d e E u r o p a " , h a s t a e l p u n t o d e q u e " s i n e l l a s , su c i v i l i z a c i ó n resulta i n c o m p r e n s i b l e al f o r m a r p a r t e d e sus p r e s u p u e s t o s " . A u n q u e e n 9 1

e l d e s a r r o l l o d e l a III p a r t e d e s u l i b r o n o l o r e c a l c a a d e c u a d a m e n t e , d i s t i n c i ó n p o s t u l a d a e n t r e formas

e ideas

la

t i e n e e n o r m e interés. Así, e n t r e

las p r i m e r a s , e l a u t o r s e ñ a l a f u n d a m e n t a l m e n t e t r e s : l a f a m i l i a , e l E s t a d o v la I g l e s i a . L a e n u m e r a c i ó n d e las i d e a s es m á s p r o l i j a : l a r e l i g i ó n , la c r e a c i ó n , la t r a s c e n d e n c i a , la i n f i n i t u d , la H i s t o r i a , el p r o g r e s o , la razón, e l l a i c i s m o , l a j u s t i c i a , l a l i b e r t a d , l a i g u a l d a d , e l t r a b a j o la d e m o c r a c i a , la c i e n c i a , l a t é c n i c a y e l o p t i m i s m o y l a d i g n i d a d h u m a n a . Q u e d a n f u e r a d e su análisis la política c o m o " f o r m a d e a c t i v i d a d p e c u l i a r q u e sólo h a prendido en Europa"

9 2

,

la ¡dea d e la representación o f o r m a s s u p e r i o r e s

d e l a v i d a e u r o p e a c o m o l a p r o p i e d a d , e l m e r c a d o o l a U n i v e r s i d a d . La

8 7

8 8

8 9

9 0

9 1

9 2

D . N e g r o , " ¿ Q u é Europa? ¿ Q u é España?", loe. cit., 3 4 5 . C f r . D. N e g r o , Lo que Europa

debe

al cristianismo,

89.

V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit., 1 9 1 . V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit,

193 y 86.

V é a s e D. N e g r o , o p . ult. cit, 1 9 5 . V é a s e D. N e g r o , La tradición

Cristianismo

y descivilización

en

liberal

Europa

y el Estado, 2 1 .

57

a u s e n c i a d e esta última e n el e s t u d i o sistemático l l a m a e s p e c i a l m e n t e

la

a t e n c i ó n , p u e s u n o d e los p r e s u p u e s t o s d e la historiografía política d e N e g r o P a v ó n es p r e c i s a m e n t e l a q u i e b r a d e l a auctoritas S i e n d o l a auctoritas

e n la m o d e r n i d a d .

u n " s a b e r s o c i a l m e n t e r e c o n o c i d o " ( Á . d ' O r s ) , s u re-

s e r v o r i o f u e d u r a n t e s i g l o s la U n i v e r s i d a d , q u e a n t e t o d o c o n s t i t u y ó " u n a forma de v i d a "

9 3

. Otras formas europeas, c o m o p o r e j e m p l o el

Derecho

r o m a n o (el ius) y e l I m p e r i o ( l a " v í a r o m a n a d e E u r o p a " ) , s o n t r a t a d a s b a j o l a r ú b r i c a d e l a " c u l t u r a g r e c o l a t i n a " , b a j o l a c u a l se e s t u d i a t a m b i é n l a metafísica griega. Por v a r i o s c o n c e p t o s n o s e n c o n t r a m o s a n t e u n l i b r o i m p o r t a n t e , p r o longación, desde otra perspectiva, de u n a obra rica en sugerencias. D e una f o r m a u o t r a , la q u i n t a e s e n c i a d e estas p á g i n a s r e s p o n d e a d o s tesis f u n d a m e n t a l e s : q u e e l E s t a d o se h a c o n v e r t i d o h o y e n l a r a z ó n f u n d a m e n t a l d e l a d e s c i v i l i z a c i ó n d e E u r o p a y q u e las r a í c e s e s p i r i t u a l e s d e l o q u e se e n t i e n d e por " c u l t u r a o civilización e u r o p e a " son constitutivamente cristianas.

93

T a m b ¡ é n e n el c a s o d e la U n i v e r s i d a d , q u e n o se e n t i e n d e e n su o r i g e n f u e r a d e la

m a t r i z eclesiástica, c o i n c i d e e l p r o c e s o d e su estatificación - a p a r i c i ó n d e las U n i v e r s i d a d e s estatales o públicasAquino

o la Universidad

c o n la pérdida d e su auctoritas. como

V é a s e R. Fernández-Carvajal, Tomás de

forma de vida. S e c r e t a r i a d o d e P u b l i c a c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d

de M u r c i a , 1 9 9 3 .

58

IUS P U B L I C U M N ° 1 6 ( 2 0 0 6 )

ESTUDIOS FRANCISCO P U V M U Ñ O Z . S o b r e los roles históricos d e l i u s n a t u r a l i s m o E D U A R D O S O T O K L O S S . La r e c e p c i ó n d e l d e r e c h o r o m a n o e n Inglaterra ( D e la r o m a n i z a c i ó n d e las i n s t i t u c i o n e s jurídicas inglesas) JERÓNIMO M O L I N A . C r i s t i a n i s m o y descivilización e n Europa (En t o r n o a u n libro d e Dalmacio Negro) C A M I L O I. C O B O DE LA M A Z A . R a p a n u i , p u e b l o q u e m i r a a l c o n t i n e n t e TATIANA VARGAS P I N T O . D e r e c h o p e n a l : ¿una tensión p e r m a n e n t e ? G a b r i e l B o c k s a n g H o l a . D e la n u l i d a d d e d e r e c h o p ú b l i c o c o m o i n e x i s tencia

BEATRIZ RIVEROS DE G A T I C A . La presunción d e l e g a l i d a d d e l a c t o a d m i n i s t r a t i v o : e l art. 3 " d e la ley n " 1 9 . 8 8 0 d e p r o c e d i m i e n t o s a d m i n i s t r a t i v o s a la l u z d e la Constitución d e 1 9 8 0 OSVALDO

R O M O P I Z A R R O . El A D N e n la d o c t r i n a

médico-legal

S E R G I O G A E T E R O J A S . In M e m o r i a m . El d e r e c h o - d e b e r á la e d u c a c i ó n

C . F. FORSYTH. In M e m o r i a m JESÚS G I N É S O R T E G A . M a t r i m o n i o y p a t r i m o n i o G O N Z A L O ROJAS S Á N C H E Z . U n p a t e r n a l i s m o m o d e r n o MAX

SILVA A B B O T T . R e f l e x i o n e s éticas

DOCUMENTOS S.S. B e n e d i c t o X V I . En la v e r d a d , la p a z . M e n s a j e d e Su S a n t i d a d B e n e d i c t o X V I para la c e l e b r a c i ó n d e la J o r n a d a M u n d i a l d e la Paz. 1 d e enero d e 2 0 0 6 S.S. B e n e d i c t o X V I . D i s c u r s o d e l Santo Padre B e n e d i c t o X V I a los p r e sidentes d e las c o m i s i o n e s e p i s c o p a l e s para la f a m i l i a y la v i d a d e A m é r i c a Latina S.S. B e n e d i c t o X V I . M e n s a j e del Santo Padre B e n e d i c t o X V I a los m i e m b r o s d e las a c a d e m i a s p o n t i f i c i a s S.S. Juan Pablo II. Q u é es y qué n o es el m a t r i m o n i o y la f a m i l i a ( A l g u n o s t e x t o s d e l m a g i s t e r i o p o n t i f i c i o / S S . Juan Pablo II) C o n f e r e n c i a Episcopal Española. La transmisión d e la f e e n la f a m i l i a . " H a b l e m o s a nuestros hijos de Jesucristo" F r a n c i s c o Javier Errázuriz O s s a . A b o r t o - G o b i e r n o - P r o t o c o l o d e la Cedaw

José O r l a n d i s . H a c i a u n a n u e v a c u l t u r a c r i s t i a n a d e la v i d a T o m m a s o F e d e r i c i . 2 5 d e d i c i e m b r e , u n a fecha histórica JURISPRUDENCIA C o r t e d e A p e l a c i o n e s d e Valparaíso 1 5 . 7 . 2 0 0 5 . Recurso d e protección, fiscalización p a r l a m e n t a r i a s o b r e p a r t i c u l a r e s C o r t e d e A p e l a c i o n e s d e S a n t i a g o 1 4 . 4 . 2 0 0 5 . R e c u r s o d e protección, invalidación d e sanción d i s c i p l i n a r i a / a c t o ilegal y a r b i t r a r i o C o r t e d e A p e l a c i o n e s d e C o n c e p c i ó n 1 8 . 1 . 2 0 0 6 . Tercer J u z g a d o

Civil

( 1 4 . 1 . 2 0 0 5 ) . R e s p o n s a b i l i d a d d e los S e r v i c i o s d e S a l u d / m u e r t e p o r

envenenamiento de c i n c o neonatos