Conhecendo a África por dentro

Share Embed


Descripción

DOMINGOS DOS SANTOS DA SILVA BENGO

SOCIOLOGIA DE ANGOLA ÁFRICA Terra, Sociedade e Conflitos RESENHA CRÍTICA

Calgary AB (CA), Fevereiro de 2015

   

American World University United States of America / Distance Learning Latin American Division RC RC

1 2

X

Dados de Identificação do aluno e da obra Nível Curso Disciplina Aluno Matrícula Título do Livro Autores (a) Editora

Graduação Tradicional Filosofia Sociologia de Angola Domingos dos Santos S. Bengo LAD 4316 África – Terra, Sociedade e Conflitos

Nelson Bacic Olic & Beatriz Canepa Moderna: São Paulo, 2012 – 2ª edição.

Mini Curriculum Nelson Bacic Olic, é graduado e licenciado em geografia pela Universidade de São Paulo, autor de livros didáticos e paradidáticos, é escritor no jornal Mundo – Geografia e Política Internacional, e professor convidado junto à Universidade Aberta à Maturidade (PUC-SP); e Beatriz Canepa, é graduada em jornalismo pela PUCSP e Mestre em Relações Internacionais pela New School University, Nova York. Tipo de Obra Resenhada ------- Didático-Pedagógica Data da Produção 27/02/2015 Data da Recepção ___/___/___

Calgary AB (CA), Fevereiro de 2015 2    

INTRODUÇÃO Várias sociedades do mundo reconhecem a grande importância dos africanos em sua formação cultural. Para a sociedade brasileira, em particular, essa importância continua sendo fundamental para a compreensão de nossa identidade cultural. Mas de maneira geral os brasileiros sabem muito pouco sobre a África. Quantos saberiam, por exemplo, o número de países desse continente? Quantos, ainda, conseguiriam identificar mais de cinco países africanos num mapa?, (p. 6). Fica claro, assim, tratar-se de uma obra narrada de brasileiro para brasileiros. Não obstante, qualquer leitor, mesmo não sendo brasileiro pode encontrar aqui, nessa obra “África – Terra, Sociedade e Conflitos” um primeiro contacto com as realidades naturais, socioeconômicas e geopolíticas da África. Para tanto, os autores dividem a obra em tês partes. A primeira parte da obra fornece uma visão panorâmica do continente, mostrando as suas principais características naturais, humanas, econômicas e geopolíticas. Já as duas partes restantes, “África do Norte, limite ocidental do mundo árabe” e “África Subsaariana: pobreza, riquezas e tragédias”, desenvolvem abordagens geográficas e geopolíticas especialmente mais restritas, retratando o perfil e os problemas da África do Norte e da África Subsaariana, com destaque para os principais conflitos e tensões que atingem essas duas regiões do continente. A obra resenhada é fartamente ilustrada com mapas diversos e gráficos bastante interativos. Esses dois recursos somados à linguagem nada dialógica compensam as oscilações de humor ao longo do texto.

OBJECTIVOS •

Examinar as principais questões sobre temas como infância, adolescência e os direitos dos cidadãos africanos, em qualquer parte do mundo.

 

3    

ENFOQUES • ENFOQUE PRINCIPAL Enfoque Didático-pedagógico Os autores procuram, com essa obra, munir o seu público-leitor, sobretudo o brasileiro, de informações e análises que resultem num melhor conhecimento das realidades africanas atuais. Isto, primeiro pelo facto de o Brasil ter a segunda maior população negra do mundo, e de seguida, por destacar-se a importância da cultura proveniente de África na formação da identidade nacional. Portanto, para os autores, é intenção da obra resenhada levar o leitor a ter um primeiro contacto com as realidades naturais, socioeconômicas e geopolíticas da África, (p. 7). Só isso explica a dimensão didático-pedagógica da obra. ENFOQUES SECUNDÁRIOS • Enfoque Sociopolítico e econômico Somente as duas últimas partes da obra abordam a temática sociopolítica e econômica do continente berço. A introdutoriedade da primeira parte retira qualquer espaço para um discurso mais controverso. Portanto trata de descrever as unidades e desunidades naturais da África. Vários indicadores apontados pelos autores constituem factores de instabilidade em África. Dentre eles, importa considerar os conflitos étnicos (explícitos ou implícitos), a situação geográfica e a corrupção. Embora tenha alguma influência no processo, acho equivocado apontar factores demográficos como raiz da instabilidade hipoteticamente geral experimentada em África. Contudo, importa ressaltar que a miséria africana só é lastimável se observada sob o prisma dos conceitos ocidentais de riqueza, pobreza, saúde, inteligência, diversidade, Amor, e etc, etc. À tudo isso os africanos preferem “Ubunto!”. • Enfoque Religioso Os autores dedicam bastante atenção a expansão do império islâmico. Explicam o crescimento fenomenal de islamismo em África, desde sua entrada no continente a partir da África do Norte, do Egito ao Marrocos, nos séculos VII e VIII, (p. 24) até sua situação numérica e ideológica atual. O cristianismo é apresentado muito parcialmente, como se fosse ideologicamente insignificante diante do mundo islâmico, e o é certamente. Talvez os autores pretendem chamar a atenção do leitor para esse facto que aos poucos vai se transformando em fenómeno global. Minto, já o é.

4    

PONTOS POSITIVOS DA OBRA O simples facto de se introduzir a África ao mundo lusófono, constitui um ponto de partida seguro para reduzir assimetrias culturais. Isto é, ao conhecer a África, ainda que introdutoriamente, provoca um certo desvanecimento da névoa que há muito ofusca as nossas relações como povo, bloqueando, assim relações políticas e econômicas mais consistentes. Porém, a obra resenhada promete, à sua maneira, contribuir para a aproximação real de diferentes povos que partilham essencialmente identidades comuns. Nisto reside grande parte da utilidade do texto. Outro aspecto do texto em questão que merece aplausos, é a consideração que os autores têm pela sustentação de um país no conceito de cidadania como factor de estabilidade e desenvolvimento, em relação àquele assente no conceito de etnia, factor de instabilidade e subdesenvolvimento permanente, (p. 113). Ide por toda África e ensinai essa verdade! PONTOS NEGATIVOS DA OBRA O texto apresenta alguns embaraços que vale a pela citá-los: •

Quanto ao crescimento demográfico mundial, fica difícil de perceber se a África é o segundo ou o terceiro continente que mais cresce no mundo, (p. 18);



O termo evolução populacional apresenta-se deveras ambíguo. Tão ambíguo que na linguagem os autores quase que não se percebe se evolução demográfica significa “mais ou menos habitantes por regiões do mundo, (p. 20).

5    

CONCLUSÃO Parafraseando os autores para terminar, Deve-se considerar que o continente africano possui um potencial de riquezas ainda pouco explorado. A valorização dos preços das commodities e os grandes investimentos que têm sido feitos por vários países do mundo, sobretudo a China, parecem mostrar que os países africanos começam a participar mais ativamente do processo de globalização. Do ponto de vista político, os regimes democráticos, embora vacilantes, parecem estar vagarosamente se impondo. Alguns especialistas mais otimistas chegam a afirmar que a África está definitivamente renascendo, (p. 117). Assim, a obra resenhada atinge a plenitude dos objectivos preconizados, “dar ao leitor um primeiro contacto com as realidades naturais, socioeconômicas e geopolíticas da África, através do estudo das principais questões sobre temas como infância, adolescência e os direitos dos cidadãos africanos, em qualquer parte do mundo”.

6    

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO

Nome do aluno: Domingos dos Santos S. Bengo

LAD 4316

Correio electrónico: [email protected]

Domingos  dos  Santos  da  Silva  Bengo   Domingos Bengo

 

 

             

7    

Lihat lebih banyak...

Comentarios

Copyright © 2017 DATOSPDF Inc.