Caderno de Resumos - VI Conferência Internacional de Educação Ambiental e Sustentabilidade - 2014

August 2, 2017 | Autor: E. Viesba-Garcia | Categoría: Education, Environmental Education, Educação Ambiental, Desenvolvimento sustentavel
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Descripción

RESUMOS ABSTRACTS RESÚMENES

NOTA • Resumos separados por tema e em ordem alfabética do título NOTE • Abstracts organized by theme and titles alphabetic order NOTA • Resúmenes organizados por temas y orden alfabética de titulo 27

TEMA A

BIODIVERSIDADE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESPAÇOS EDUCADORES BIODIVERSITY, ENVIRONMENTAL EDUCATION AND EDUCATION FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT IN EDUCATING SPACES BIODIVERSIDAD Y EDUCACIÓN AMBIENTAL EN ESPACIOS EDUCADORES A APA DA SERRA DA MANTIQUEIRA UTILIZADA COMO ELEMENTO TRANSFORMADOR NA EDUCAÇÃO Cristina Cunha Lopes, Suiane Benevides Marinho Brasil, Leonardo Brasil de Matos Nunes, Soraya Fernandes Martins, Selma Cristina Ribeiro INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE A Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira – APASM, criada pelo Decreto Federal 91.304, de 03 de junho de 1985, é a maior Unidade de Conservação - UC inserida no bioma Mata Atlântica nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Desde 2012 a APASM vem desenvolvendo em parceria com a Prefeitura Municipal de Itamonte/ MG um programa continuado de educação ambiental, denominado “Escola na APA”. Este programa se propõe a estimular práticas sustentáveis e internalizar valores de co-responsabilidade na proteção dos atributos de criação da APASM por meio de vivências e discussões dos temas relacionados com a UC. Semanalmente ocorrem as vivências de aproximadamente 1h30min de duração, realizadas no Horto Florestal, onde se localiza a sede da APASM. As atividades são desenvolvidas com quatro turmas do Ensino Fundamental I da Escola Municipal Professora Adelaide Maria Fleming Bacelar, sendo uma turma por semana. Nesses encontros eram ministradas palestras dialogadas, vivências, pinturas, desenhos, plantio e cuidados com a horta, compostagem e caminhadas guiadas nas trilhas. O processo de sen-

sibilização e envolvimento dos atores foi avaliado de forma subjetiva, também foram realizadas entrevistas com os docentes e análise da presença. O programa tinha como meta atender aproximadamente 60 educandos, sendo 40 alunos por mês em 11 meses de sua implantação. Nesse período aconteceram 33 encontros, 86% das atividades previstas no cronograma inicial, devido a imprevistos ocasionados por condições climáticas. O percentual de execução do cronograma previsto demonstra o comprometimento e a seriedade da escola com o projeto. Foram atendidos no programa 19 alunos do 1º ano, 17 do 2º, 15 do 3º e 9 do 4º ano do Fundamental I, totalizando 500 atendimentos. Os resultados observados indicam que os educandos se sensibilizaram com as atividades práticas sustentáveis, como a destinação adequada do lixo, a confecção de brinquedos com materiais recicláveis, o desenvolvimento dos seres vivos e a importância de alimentos saudáveis para a qualidade de vida. Pode-se inferir a partir destes resultados, que o planejamento pedagógico conciliado com as atividades de educação ambiental vem gerando resultados positivos para a Escola e a APASM. A continuidade das visitas ao Horto Florestal, bem como a participação ativa dos alunos e professores contribuem de forma significativa para a formação de cidadãos conscientes, gerando mudanças no dia-a-dia de todos. PALAVRAS-CHAVES: APA da Serra da Mantiqueira, Unidade de Conservação, Educação Ambiental

A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE: EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES SOBRE DIFERENTES PRÁTICAS COM CRIANÇAS Fabiana Oliveira SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SANTOS-SP Abordar a questão da conservação da biodiversidade e da sustentabilidade de forma lúdica e contextualizada com a realidade da criança é um grande desafio na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental. Este trabalho, com inspiração no pensamento pedagógico de Freire e Vigotsky e nas reflexões de Ignacy Sachs sobre a sustentabilidade, discute o papel da contação de história como

estratégia para a articulação de diferentes atividades pedagógicas que integram a promoção da criatividade, da reflexão e do despertar de práticas ativas da criança a partir de seu imaginário e da construção da aprendizagem na interação do pensamento e da linguagem. As histórias funcionam como promotoras de temas geradores e iluminam as atividades lúdicas e construtivas que a ela se ligam. Neste sentido, apresenta-se aqui a aprendizagem obtida em diferentes espaços educadores: escola de ensino infantil e fundamental da rede particular; educação não formal em programa municipal de educação integral; e “Espaço Criança” em Feiras de Produtos Orgânicos em Santos. Este conjunto de experiências tem demonstrado que a contação de histórias colabora já na organização geral das atividades, ao estruturar um fio condutor que estabelece a conexão entre o imaginário e a realidade da criança além da relação entre as diferentes práticas, não apenas na sequência das atividades, mas também na seleção de objetos, cenário e recursos audiovisuais. Mostra também um ponto de partida para a construção artística e para a expressão das ideias infantis. Dentro deste contexto, a sustentabilidade abordada na contação de história, ganha concretude nas oficinas com materiais reciclados, nos jogos recreativos, nas práticas agroecológicas (horta, compostagem, minhocário) e nas próprias relações de convívio em grupo e de cuidado com o espaço (organização, manutenção e limpeza). Este encadeamento promovido pelas histórias é também um ponto de partida para realização de um trabalho interdisciplinar através do diálogo entre os diferentes profissionais envolvidos no processo de ensino aprendizagem Também estabelece uma ponte para a integração da educação não formal com as práticas formais de educação que são desenvolvidas pelos educadores em sala ou nos ambientes construídos pelas próprias crianças (horta). Finalmente, a experiência demonstra que a contação de história enquanto recurso pedagógico possibilita a integração de valores humanos, ética e cidadania, aspectos fundamentais para a Educação para Sustentabilidade. PALAVRAS-CHAVES: Sustentabilidade, Contação de Histórias, Educação

A FRAMEWORK TO ENHANCE HARMONY BETWEEN REAL ESTATE DEVELOPMENT AND REDUCING THE CARBON FOOTPRINT

Nieman, Marietha, Nieman, Rudolf As a result of the ever increasing consumption of goods, the planet is experiencing considerable strain as a result of dwindling resources, climate change and polluted air – all of which simply has to be addressed through a culture of reducing our carbon footprint. In the property industry, statistics indicate that a building - through its life cycle - is a significant consumer of natural resources and that buildings on the planet may account for up to 65% of the negative environmental impact of carbon dioxide and other greenhouse gas emissions. However, buildings and the real estate industry as a whole form an integral part of any economy, whether the economy of a specific country or region is classified as modern or traditional. Unfortunately “reducing your carbon footprint” has become a topic associated with complicated and expensive strategic plans ranging from advocating “measurable solutions to drive climate change” to the “acceleration of sustainable growth”. Together with new and eminent legislation in virtually all countries, this has contributed to the lagging of practical and effective action plans to reduce the impact of the property industry’s actions on the environment. In addition, numerous stakeholders such as authorities, utility companies, property owners, occupiers of space, consultants, property managers, NGOs, etc are approaching the issue from different angles of expertise, expectations and requirements, exacerbating the already stymied process. From the above it can be gleaned that stakeholders and decision makers in the real estate or property industry are faced with the daunting task to decide what interventions are needed by whom and how it is measured to render effective results. This decision is complicated with the ever present constraint of capital and skilled resources needed to plan and execute the action steps. This paper is an attempt to provide solutions for the above-mentioned dilemma by proposing that the key to address this conundrum in a structured and meaningful way is to create awareness and to provide simple and effective action steps from a single point of information. Universities, schools and other academic and training.

A INFLUÊNCIA DA BELEZA EM TRABALHOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM COMUNIDADES LIGADAS AO CAMPESINATO NO SUDOESTE DE GOIÁS Mariana Crepaldi de Paula, Homero Tártari Feijó UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – UFG A educação voltada à autonomia do sujeito tem por princípio ser crítica e engajada, partindo das diferentes racionalidades, culturas e realidades para propor um diálogo entre a teoria e a práxis, produzindo assim o saber ambiental. A presença do “Belo” no discurso dos Assentados e Acampados de Jataí e Mineiros (GO) é preponderante, seu estudo é condição para o andamento de projetos de transição agroecológica. Entretanto “beleza” é um conceito subestimado na agroecologia, como em qualquer ciência ocidental contemporânea. A “beleza” foi exaustivamente estudada pelos pais fundadores da filosofia e ciência (Platão, Aristóteles, Kant, Hegel, Santo Agostinho...), implicando em uma relação com a ética e a ação, sendo a trindade belo-bom-verdadeiro inelutável no estudo da filosofia. O belo está associado à harmonia das formas, à ética dos atos e à lógica do raciocínio. Ora, no momento em que o saber ambiental se propõe a ser guiado pelo “desejo insaciável de saber e justiça” (LEFF, 2012), a tríade belo-bom-verdadeiro está manca, e isto se traduz na práxis camponesa. O belo é também resultado da equação estabelecida entre o objeto e as expectativas a priori de um sujeito perceptor. A percepção de um mesmo objeto (ou seus atributos) está condicionada pelas expectativas prévias do sujeito. Talvez o único ponto unânime quanto à beleza seja: o belo dá prazer. De Pitágoras aos medievais, aos nossos dias, todos se acordam quanto a isto: o belo dá prazer, porque apresenta-se como aquilo que de melhor pode-se esperar, o mais plenamente favorável à vida. Vimos, nos trabalhos de extensão rural do Assentamento Santa-Rita e Acampamento Pe. Josimo, que a escolha dos camponeses por determinadas atividades ou práticas culturais guia-se pela percepção da beleza: apicultura, queimadas como preparo do solo, algumas atividades de transição agroecológica. Trocar a queima pela poda drástica e disposição da Matéria Orgânica (MO) no solo é uma quebra drástica de paradigmas, que está sendo alcançada tanto através de discussões sobre os malefícios das queimadas e benefícios da MO, quanto da compreensão de que a queimada (e o

verde “novo” que a sucedia) são elementos de beleza necessários ao camponês. Executamos podas poda e disposição da matéria picada de forma ordenada, harmônica, evocando “tapete de procissão”, A brotação das espécies podadas equivaleria ao “verde novo” das queimadas. Diferentemente de “convencer” a não queimar, procuramos estabelecer um diálogo buscando a conjunção da racionalidade camponesa com a do saber universitário. O conceito de beleza norteou este saber dialógico.este saber dialógico. A INTERPRETAÇÃO DAS ÁREAS NATURAIS POR MEIO DE TRILHAS – CONHECENDO A BIODIVERSIDADE DO CERRADO Silvia Aparecida Martins dos Santos, Paulo Henrique Peira Ruffino, Sandra Fagionato Ruffino Universidade de São Paulo Centro de Divulgação Científica e Cultural A discussão sobre a conservação da biodiversidade tem mobilizado diferentes setores da sociedade uma vez que muitos estudos científicos tem problematizado a crescente perda de espécies de plantas, animais e respectivas interações ecológicas. O Cerrado, um dos principais biomas da região central do estado de São Paulo, também sofreu intensa ocupação a partir da década de 1970 tornando-se, hoje, praticamente inexistente no estado. Para ampliar o conhecimento deste ambiente e a discussão sobre a importância da conservação da biodiversidade do cerrado, o Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo (CDCC/USP) em parceria com o Departamento de Botânica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), elaborou o programa de Visitação a Trilha da Natureza da UFSCar para alunos de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio e, eventualmente Ensino Superior, das redes pública e particular de ensino. A Trilha da Natureza, como denominada pela UFSCar, é um transecto de 2 km que corta os ambientes de Cerrado e Mata Galeria da área de Reserva Legal Norte da Universidade. Planejada de forma a identificar espécies representativas da flora nativa bem como espécies invasoras, o percurso abrange ainda um trecho de aterro da Represa Mayaca (lago de pequeno porte formado a partir da nascente do Córrego Fazzari). A proposta pedagógica elaborada foi baseada no estímulo constante aos órgãos do sentido dos visitantes por meio de materiais e equipamentos de apoio disponibilizados pelos

monitores. Os visitantes permanecem em campo durante aproximadamente 3 horas e, para cada grupo / nível de ensino, são aplicadas distintas práticas. Por exemplo, para um grupo de crianças (educação infantil) priorizam-se os estímulos visuais com fichas de identificação com fotos de animais e plantas mais observação in situ e auditivos enquanto que, para um público mais jovem, além das fichas de identificação com fotos e descrições, são agregados equipamentos mais sofisticados como termo-higrômetros, que por meio da quantificação de dados climatológicos, permitem aos visitantes fazerem correlações entre os ambientes, produzir gráficos e outras discussões. As visitas são agendadas por telefone, eletronicamente ou pessoalmente, momento em que é preenchido o cadastro da escola. Os professores que irão acompanhar seus alunos nas visitas recebem por e-mail, o roteiro da visita, as normas e orientações e a ficha de inscrição que deverá ser preenchida e encaminhada ao setor de Biologia do CDCC, dentro do prazo estipulado. O recebimento da ficha preenchida é a confirmação da visita. Esses materiais encontram-se disponíveis na internet no endereço: http://www. cdcc.usp.br/visitas/visitas_fazzari.html. Após as visitas os professores e monitores preenchem uma ficha de avaliação. As fichas de inscrição e avaliação fornecem dados para que a equipe possa avaliar as visitas e propor modificações com o intuito de melhorar o programa. Durante o ano de 2013 foram realizadas 35 visitas, 22 visitas do ensino fundamental, 10 do ensino médio e 2 do ensino Superior, totalizando 1100 alunos e 44 professores. Esses dados demonstram a importância das visitas realizadas e a abrangência da sua atuação, tanto com relação aos diferentes níveis de escolaridade quanto aos municípios atendidos, visto que das 35 visitas realizadas, 13 foram de cidades da região. PALAVRAS-CHAVES: Biodiversidade, Educação Ambiental, Cerrado

A prática da educação ambiental através do estudo dos biomas locais e da biodiversidade Thioni Carretti Di Siervi, Paulo Henrique Ruffino, Diogi Destro Barcellos Instituto de Biociências da USP - Departamento de Ecologia; Instituto Florestal - SMA; Instituto de Oceanografia da USPDepartamento de Oceanografia Biológica

O conceito de biodiversidade em âmbito escolar no Brasil, historicamente, foi vinculado às disciplinas de Ciências Físicas e Biológicas, trazendo consigo linguagens e exemplos de senso comum, derivados da colonização aqui predominante. Atualmente os biomas de outros países, como exemplo, a Savana africana é trabalhada em maior frequência no ensino básico do que os biomas nacionais, os quais deveriam ter maior foco, levando em consideração aspectos conservacionistas. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é utilizar o conceito de biodiversidade como uma poderosa ferramenta na educação ambiental, bem como evidenciar riqueza de espécies de nosso território em relação as comumente trabalhadas, tornando os conceitos elucidados mais palpáveis. Ao considerarmos que a biodiversidade é um conceito que considera a riqueza de espécies, isto é, que engloba todos os seres vivos desde microorganismos, invertebrados, plantas e vertebrados, dos quais alguns grupos possuem por algum motivo maior atratividade de conhecimento e interpretação, verificamos que, o conceito como um todo acaba sendo simplificado a partir de exemplos de interesse comum e não de interesse científico ecológico. Empiricamente entendemos que neste rol de interesses, os animais prevalecem sobre os vegetais, que por sua vez, prevalecem sobre os microrganismos e, infelizmente isto é exatamente o inverso da importância ecológica dos seres na estrutura e dinâmica ecológica do planeta. Assim, o estudo e desenvolvimento do conceito junto aos educandos baseia-se em imagens e informações reconhecidas em escala global que, em geral nos remete a representantes de mamíferos das planícies africanas, como leões, girafas e elefantes, os quais não representam a biodiversidade como conceito, já que tratam de um recorte de um único bioma, pertencente à zona tropical. A Floresta Pluvial Tropical é vista como a maior detentora de biodiversidade do planeta, de vido a um conjunto de fatores, como: temperatura, incidência de raios solares, precipitação e outros fatores que caracterizam as particularidades deste bioma, gerando uma alta produtividade, e uma maior riqueza de espécies em relação aos outros biomas. Desde a educação infantil, o foco ao abordar seres vivos é diferenciar um ser vivo de outro não vivo e elencar diferenças entre grupos de vertebrados. Isto distancia os estudantes do conceito de biodiversidade e acaba dificultando o entendimento do que são e da importância de todos os organismos do ecossistema e consequentemente

na biosfera. Para um melhor aprendizado do conceito de biodiversidade e de uma formação socioambiental sólida é preciso compreender e desenvolver junto aos educandos práticas que evidenciem os biomas de nosso território nacional, bem como tornar a educação ambiental mais acessível para a prática de conservação e manejo. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Biodiversidade, Biomas

Abundância ou escassez de água: problematizando o Sistema Cantareira Fernanda Battazza Gutierrez Batista, Maria Cristina Muñoz Franco Prefeitura de Bragança Paulista; Sala Verde Pindorama Este trabalho tem a intenção de apresentar o projeto de educação ambiental “Sistema Cantareira: Compartilhando desafios”, realizado nas escolas municipais de Bragança Paulista – SP em 2013. A escassez de água doce caracteriza-se como um problema global, mesmo assim a impressão de abundância de água compõe o imaginário da população de Bragança Paulista, localizada na região da cabeceira da Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí por estar próximo a represa Jaguari/Jacareí (o maior reservatório que compõe o Sistema Cantareira), por possuir uma grande quantidade de nascentes e por ter em seu território o rio Jaguari. O que muitos bragantinos desconhecem é que o rio Jaguari vem sofrendo os impactos da diminuição da quantidade de suas águas por conta de sua contribuição ao Sistema Cantareira. Em 2014 será realizada a renovação da outorga do Sistema Cantareira pela SABESP, é preciso que a comunidade tome conhecimento de que esta negociação tem relação direta com sua qualidade de vida. De que forma podemos desconstruir a ideia de abundancia de água? Qual a importância de compreender os impactos causados pelas represas do Sistema Cantareira? Trabalhando na perspectiva de construção de sociedades sustentáveis, o projeto teve como objetivos problematizar as questões voltadas aos recursos hídricos com base em informações locais e regionais, desconstruir a ideia de abundância de água e reconhecer a região bragantina como produtora de água. Iniciando o projeto foi realizada formação continuada de 12 horas para coordenadores de 43 escolas de Ensino Fundamental I, na qual

o projeto foi construído coletivamente embasado no princípio de interdisciplinaridade, com contribuições de professores para constituição do cardápio de aprendizagem, no qual constam ideias de atividades voltadas para atender os objetivos, proporcionando flexibilidade para que cada escola desenvolva o projeto de forma a atender suas especificidades. Entre as propostas contidas no cardápio foram oferecidos materiais de apoio para o trabalho com mapas da bacia, maquetes interativas, textos informativos, vídeos e acompanhamento em saídas de campo. Alguns professores relataram dificuldades para execução do projeto, alegando complexidade e desconhecimento sobre o tema, mas a maioria conseguiu, com base nas problematizações sobre a água na região, iniciar esse processo de desmistificação de abundância e reconhecer nossa região como produtora de água. PALAVRAS-CHAVES: Água, Escassez, Sistema Cantareira

Água, sociedade e natureza: olhares sobre os recursos hídricos de Ribeirão Preto - SP Edna Ferreira Costa do Sim, Simone Kandratavicius, Marisa Sartori Vieira, Daniela Cassia Sudan, Reinaldo Romero Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil; Coletivo Educador Ipê Roxo Com a proposta de promover ações enraizadoras e multiplicadoras de Educação Ambiental com foco na Água de forma participativa e dialógica a partir da construção de conceitos, aprendizagem e implementação de ações, bem como a realização de intervenções, sob a lógica da pedagogia da práxis, o Coletivo Educador Ipê Roxo idealizou e realizou no período entre 2012 e 2013, o curso teórico-prático Água, Sociedade e Natureza: olhares para os recursos hídricos de Ribeirão Preto-SP, que teve como foco a formação de educadores e educadoras ambientais populares. Financiado pela Autovias, empresa do Grupo Arteris S/A, teve como objetivo subsidiar a produção de conhecimento nos seus locais de atuação (micro-bacias) estimulando o protagonismo em projetos de Educação Ambiental baseados na percepção ampliada do conceito de território, bem como a promoção de conhecimentos técnicos relacionados a aspectos ecológicos e geográficos associados às micro-bacias locais incluindo a legis-

lação vigente, com relação à restauração, proteção e conservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Mediante encontros quinzenais presenciais e atividades à distância, o curso totalizou 76 horas, nas quais foram trabalhados os conteudos conceituais de água, micro-bacias, gestão de recursos hídricos e resíduos sólidos, agricultura, meio ambiente, legislação ambiental, educação ambiental e projetos socioambientais, que possibilitaram aos participantes a elaboração e execução de um projeto de intervenção socioambiental para a comunidade local, com foco na análise, prospecção e impactos antropogênicos e proposição de ações voltadas à recuperação e/ou conservação da Água. Iniciado com trinta participantes, houve a formação de doze educadores e educadoras que poderão atuar em suas comunidades no papel de enraizadores, sensibilizando e estimulando as pessoas a exercerem seus papéis como atores protagonistas dos processos socioambientais nos quais se situam. PALAVRAS-CHAVES: Água, Formação, Atores Sociais

Análise dos impactos sócio­ambientais da geração e disposição dos resíduos da construção civil no município de São Sebastião, SP, Brasil Pauliane Gonçalves, Igor Santana Teixeira, Lidian das Graças Costa, Ana Carolina da Costa, Gerlice Maria Milani Faculdade São Sebastião – UNIBR­FASS, Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo/União Brasileira Educacional ­UNIESP Trata dos impactos socioambientais dos resíduos da construção civil e demolição (RCD), gerados pela população e, destinados pelos moradores e empresas coletoras, em uma estância balneária do litoral norte do estado de São Paulo, numa proposta de educação sócio-ambiental. Esta cidade está em ascensão no setor imobiliário, com grandes projetos e muitos empreendimentos. Esses resíduos podem causar efeitos deletérios à saúde e ao meio ambiente. Faz-se necessário mitigar os impactos causados pela disposição irregular desses resíduos. O objetivo principal deste trabalho foi buscar possibilidades e ações mitigantes para a destinação final adequada dos resíduos de construção civil no município de São Sebastião, com ênfase à educação sócio-ambiental.

Utilizou-se o método qualiquantitativo. Foram aplicados 400 formulários com perguntas abertas e fechadas aos moradores da cidade, com o intuito de investigar o grau de conhecimento da população sobre a reciclagem dos RCDs e conhecer seus hábitos no tocante aos mesmos resíduos; realizaram-se entrevistas junto à totalidade de empresas privadas de coleta de RCD e, aos órgãos municipais envolvidos na destinação dos resíduos de construção civil, para verificar a participação das empresas e do poder público na conscientização e orientação à população sobre o correto descarte dos RCDs. Dos dados obtidos com a amostragem da população, observou-se que 92% dos moradores não tiveram conhecimento da possibilidade de reciclagem de RCD; 57% dos moradores que geraram RCD, não utilizaram os serviços das empresas coletoras de RCD, ou seja, praticaram o descarte inadequado. Do total das empresas privadas coletoras de RCD, somente 50% conhecem o processo de reciclagem de RCD, porém nenhuma delas o pratica. Apenas vendem, parcialmente, os resíduos para aterros ou os acumulam em um terreno não licenciado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo -CETESB. O órgão gestor municipal, na qualidade da Secretaria de Obras e Planejamento e da Secretaria de Meio Ambiente, não promove a educação ambiental da população, para a correta destinação dos RCDs. Concluiu-se que a população do município de São Sebastião não tem a cultura de descarte correto dos resíduos de construção e demolição, porém há um interesse geral dos moradores para uma mudança de atitude sobre a disposição irregular, em face dos impactos causados. A educação ambiental é primordial para o desenvolvimento sustentável. Portanto, cabe aos órgãos públicos, executarem um plano de ações eficiente para a educação, conscientização e mobilização da comunidade para a destinação ambientalmente correta desses resíduos e mitigação de seus impactos. PALAVRAS-CHAVES: Resíduos de Construção Civil, Mitigação de Impactos, Educação Sócio­Ambiental

Análise e adequação de material didático-pedagógico de apoio para o ensino de ecologia: aplicação numa escola pública da região metropolitana da baixada santista Cynthia Stelita Schalch, Milena Ramires, Walter Barrella

Universidade Santa Cecília - UNISANTA

Sonia Aparecida de Souza, Heverton José Ribeiro

Este trabalho envolveu a análise e apresentação de uma proposta de adequação dos conteúdos de Ecologia presentes no Currículo de Biologia do Estado de São Paulo, através da produção de um material didático-pedagógico de apoio para o ensino de Ecologia da Região Metropolitana da Baixada Santista, com uma abordagem mais regionalizada e lúdica sobre as diversas temáticas de Ecologia aplicáveis ao Ensino Médio. O material “Aprendendo Ecologia com a Região Metropolitana da Baixada Santista”, de autoria do próprio pesquisador, foi testado e avaliado durante o ano letivo de 2012, junto a um universo amostral constituído por um total de 104 alunos, do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Presidente Tancredo Neves (escola pública localizada no município do Guarujá/SP, pertencente à Diretoria de Ensino de Santos). A aplicação envolveu uma turma denominada Controle (C): com total de 38 alunos (que utilizou apenas os materiais convencionais disponibilizados pela Secretaria Estadual de São Paulo: Caderno do Aluno de Biologia e Livro didático) e outras duas turmas que participaram da aplicação do novo material, denominadas: (T1) com total de 37 alunos e (T2) com total de 34 alunos (que utilizaram além do material proposto os materiais convencionais disponibilizados pela Secretaria Estadual de São Paulo, como caderno do aluno e o livro didático). A verificação dos resultados da aplicabilidade e eficiência didática de tais materiais foi feita através de estudo quantitativo e qualitativo, com a aplicação de 4 avaliações. Os resultados obtidos foram tratados estatisticamente através da aplicação do “teste t”; “ANOVA” e “Comparações Pareadas de Tukey”, que mostraram em um plano geral, diferenças significativas entre o rendimento de aprendizado dos grupos de tratamento em relação ao grupo controle, para alguns dos conteúdos abordados; indicando um aspecto positivo junto aos materiais propostos.

Instituto Florestal - Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo

PALAVRAS-CHAVES: Aprendizagem; Ecologia; Baixada Santista

As áreas protegidas de Santa Rita do Passa Quatro como espaços educadores para processos de formação continuada de docentes na temática da conservação da biodiversidade Paulo Henrique Peira Ruffino, Marlene Francisca Tabanez,

A inserção da educação ambiental em áreas protegidas compõe parte da estratégia de conservação que vem sendo adotada desde a década de 1970 no estado de São Paulo pelo Instituto Florestal. O projeto “Formação Continuada - Educação Ambiental conservando a biodiversidade” foi desenvolvido entre os anos de 2007 a 2011 no município de Santa Rita do Passa Quatro – SP, envolvendo as áreas protegidas pelo Sistema Estadual de Florestas (SIEFLOR), a Estação experimental e o Parque Estadual Vassununga, e o Departamento Municipal de Educação com quatro unidades escolares de ensino fundamental. Voluntariamente 34 docentes se inscreveram por meio de um questionário pré avaliativo sobre o interesse em participar do processo, conceitos trazidos sobre a temática e outras questões sobre práticas pedagógicas desenvolvidas. Ao final do processo, 10 docentes concluíram as etapas da formação que compreendeu a análise documental dos planos gestores escolares, encontros mensais, aulas teóricas com discussão de conceitos e temas ambientais, palestras, práticas de campo, elaboração de projetos individuais, orientação e acompanhamento pelos pesquisadores e socialização dos resultados dos projetos por meio de apresentação pública e avaliação final. Os projetos desenvolvidos levaram em conta os planos de aula, a faixa etária e o perfil dos alunos, tendo as áreas protegidas, as escolas e o seu entorno como referências, abordando a diversidade de temas ambientais locais, quais sejam: biodiversidade da fauna e flora regional; recursos hídricos e mata ciliar; conceitos de parques nacionais e estaduais; aspectos históricos, ambientais e turísticos locais; agendas ambientais e problemas decorrentes da ocupação do solo dos bairros, entre outros. Para tanto adotaram alternativas não convencionais de ensino como: estudo do meio nas áreas protegidas; coleta, semeadura, germinação de sementes e plantio de mudas nativas; acompanhamento fenológico do Ipê em uma escola; montagem e apresentação de uma peça teatral; produção de texto e de desenhos, cartazes, poesias, músicas; confecção de maquete do Parque Estadual de Vassununga; bichonário, e reuniões e práticas envolvendo os pais para a busca de informações e resgate das características ambientais do município. Nesse processo foram considerados os

diferentes tipos de conhecimentos que os pesquisadores e educadores buscaram para a construção de suas práticas pedagógicas, incluindo o conhecimento específico, o conhecimento pedagógico e conhecimento pedagógico do conteúdo. Os pesquisadores trouxeram conhecimentos baseados em suas investigações nas áreas protegidas e os docentes de suas práticas e dos contextos onde ensinam. Nessa interação, os pesquisadores e os docentes aprenderam novas formas de pensar suas práticas e de criar conhecimentos de ensino, potencializando a exploração de ideias e experiências em outros espaços formais ou não formais de ensino, tendo as áreas protegidas como outros “espaços educadores”. Os pesquisadores avaliaram que houve significativa ampliação da base do conhecimento de docentes em relação à temática “conservação da biodiversidade” local e regional. PALAVRAS-CHAVES: Formação Continuada, Áreas Protegidas, Conservação da Biodiversidade

As feiras orgânicas e as vivências agroecológicas comunitárias no Jardim Botânico Municipal de Santos: educação ambiental e conservação da biodiversidade Paulo Marco de Campos Gonçalves Jardim Botânico Municipal de Santos “Chico Mendes” As feiras orgânicas e as vivências agroecológicas comunitárias no Jardim Botânico Municipal de Santos: educação ambiental e conservação da biodiversidade. O desafio da conservação da biodiversidade, uma das ações primordiais dos Jardins Botânicos, é uma missão técnico-científica e política, que envolve processos de aprendizagem e diálogo, dentro de um cenário de conflitos de interesses ligados às atividades de produção e consumo. A poluição, o desmatamento, a construção de barragens, a especulação imobiliária, a agricultura industrial, a mineração, dentre outras práticas, têm exercido pressão sobre as áreas naturais, a biodiversidade, a saúde e o próprio clima do Planeta. Esta apresentação trata da importância da construção de ações para a conservação da biodiversidade, com base em duas experiências agroecológicas do Jardim Botânico Municipal de Santos “Chico Mendes”: o Programa Horta Ecológica e a Feira de Produtos Orgânicos. O Programa Horta

Ecológica é desenvolvido desde 2010, em parceria com a Casa da Agricultura de Santos e atende o público interessado em aprender, compartilhar e praticar atividades ligadas à horticultura, inspirando-se nos referenciais da agroecologia, da permacultura e da educação popular (círculos de cultura de Paulo Freire). As Feiras Orgânicas, iniciadas em 2011, trazem o acesso a produtos como: hortaliças, artigos de mercearia, cantina vegana, roupas e cosméticos. Além disso, também promovem atividades socioculturais ligadas à agroecologia, alimentação, saúde, lazer e cultura. São entendidas como parte de um movimento pela produção e alimentação orgânica em Santos e Região. A interação destas ações tem ampliado o potencial de experimentação, articulação, aprendizagem e mobilização no sentido de criar oportunidades de vivenciar a agroecologia enquanto prática de produção, consumo e modo de vida. Neste sentido, é importante para a segurança e a soberania alimentar, para a valorização do agricultor familiar, da agrobiodiversidade e da saúde. A articulação desses processos colaborativos contribui também para consolidar/implementar espaços de produção/ demonstração, bem como para a realização de trabalhos de paisagismo dentro do parque, a organização de eventos e a construção de políticas públicas que apoiem a conservação da biodiversidade. PALAVRAS-CHAVES: Agroecologia, Biodiversidade, Políticas Públicas

Bacia Hidrográfica como recorte temático em projeto interdisciplinar no ambiente escolar Thayline Vieira Queiroz, Michele Roberta Ennes, Jéssica Marques, Carolina Buso Dornfeld Unesp-Campus de Ilha Solteira O tema Bacias hidrográficas possui grande potencial didático para o trabalho interdisciplinar no ambiente escolar de formação por envolver aspectos especialmente ligados às disciplinas de ciências e geografia. Entende-se que ao ser percebida como um território dinâmico e em constante construção, desconstrução e reconstrução, os conteúdos relacionados às Bacias Hidrográficas favorecem a transversalidade no que refere-se à possibilidade de colocar o aluno em contato maior com a realidade que o cerca, da qual ele faz parte, na perspectiva de que aprender sobre e na realidade sejam caminhos para interferir nela.

O presente trabalho teve por objetivo desenvolver e aprimorar nos alunos a capacidade de observar e interpretar, enfatizando o desenvolvimento de atividades de Educação Ambiental que adotem a bacia hidrográfica como um recorte temático. O trabalho foi desenvolvido por meio de encontros em um projeto extraclasse (Biologia Muito Além da Ilha) desenvolvido em parceria com a Pró -Reitoria de Extensão Universitária da UNESP com os alunos do 6º ano do ensino fundamental em uma escola particular localizada na cidade de Ilha Solteira/ SP. Foram realizadas reuniões com a Coordenadora Pedagógica e os professores responsáveis pelas disciplinas de Ciências e Geografias da escola parceira antes de iniciar as atividades com os alunos. Foram discutidos como seria feito a seleção dos mesmos para participação no projeto, conteúdos abordados durante os encontros de acordo com o material da escola e a duração do projeto. Durante os encontros, os conteúdos foram abordados por meio de atividades divididas em partes teóricas e práticas, incluindo ilustrações geográficas, comparações e apresentação de mapas temáticos, com enfoque na região de Ilha Solteira, confecção de cartazes, representações em maquetes da Estação de Tratamento de Água (ETA) e Esgoto (ETE) e registros fotográficos efetuados pelos próprios alunos durante as saídas de campo. Uma das formas de avaliação do projeto foi a realização do grupo focal. A experiência de adoção desse método foram positivas, pois constituiu uma via de mão dupla entre alunos participantes equipe executora do projeto, trocando ideias e propondo soluções para dúvidas. Por meio das atividades verificou-se que os alunos puderam desenvolver a habilidade em analisar mapas da região da Bacia Hidrográfica do Rio São José dos Dourados (SP), fotografar a realidade do entorno da escola e interpretá-la, as maquetes confeccionadas representaram adequadamente a ETA e ETE. A proposta de atividades de discussão proporcionou aos alunos um maior senso crítico, autonomia e desinibição ao final do projeto, quando comparados ao início das atividades, como pode ser destacado na fala a seguir: “Não só nós, mas as outras regiões também devem preservá-lo, pois as situações de como ele é usado contribuem para o seu aspecto quando desagua aqui.” Todos alunos se mostraram bastante interessados, os resultados foram satisfatórios, pois mostraram que tiveram grande envolvimento com as atividades durante os encontros, como pode ser percebido na seguinte

fala de aluna “Gostei...essas informações ficará pra sempre comigo, muita coisa eu tinha dúvida, agora eu consegui entender bem.” PALAVRAS-CHAVES: Bacias Hidrográficas, Ensino Fundamental, Interdisciplinaridade

Biodiversidade Urbana e Modelagem Matemática em Escolas do Ensino Fundamental Bruna Zution Dalle Prane, Ademir Donizeti Caldeira Universidade Federal de São Carlos – UFSCar A modificação dos ambientes pelas atividades antrópicas e o uso de materiais oriundos da natureza para a produção de bens de consumo, sem o devido equilíbrio ambiental, são um dos responsáveis pela grande perda da biodiversidade do planeta, especialmente pela biodiversidade urbana. Estudos mostram que a ideia que as pessoas têm da natureza, especialmente em meio urbano, como um ambiente pobre em espécies animais e vegetais, desprovido de belezas e utilidade para o homem é uma noção equivocada. Esta ideia contribui para a intensa degradação da natureza, especialmente os córregos urbanos. Sendo assim, faz-se necessário a construção de práticas educativas, em uma perspectiva de educação ambiental participativa, que aborde as diversas dimensões do processo educativo (conhecimentos, valores e construção em grupo) sobre a importância da conservação desses ambientes aquáticos urbanos. Neste contexto, apontamos a necessidade de integração curricular entre as várias disciplinas que compõem os currículos escolares. Destes a Matemática tem sido ensinada, na maioria das escolas, como uma disciplina isolada e fechada nela mesma e sem vinculação com as outras disciplinas e, muitas vezes, desconectadas da realidade dos estudantes. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo investigar que conhecimentos matemáticos são mobilizados em aplicações de Modelagem Matemática no Ensino Fundamental, a partir de temas relacionados com a biodiversidade urbana. Para o seu desenvolvimento, a pesquisa tem embasamento metodológico na abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada em uma turma do 8°ano de uma Escola Estadual do município de São Carlos no Estado de São Paulo – Brasil. Para o desenvolvimento dos conteúdos matemáticos optou-se por trabalhar com a biodiversidade urbana das proximidades da escola. Na fase inicial

da pesquisa, os alunos realizaram uma visita a um córrego para que pudessem diagnosticar os problemas ambientais da biodiversidade daquela região. Em seguida organizaram-se os dados, que foram coletados pelos alunos, e em consenso, entre os próprios alunos, decidiu-se que o tema “Mata Ciliar” seria discutido e analisado na perspectiva ambiental e matemática. Como resultados identificou-se, além de uma diversidade de temas envolvendo questões ambientais, importantes conteúdos matemáticos do ensino fundamental, necessários para uma melhor compreensão de tais questões, favorecendo uma abordagem pedagógica da matemática, e das questões ambientais locais, mais significativa e humana para os estudantes e professores. PALAVRAS-CHAVES: Biodiversidade Urbana, Modelagem Matemática, Educação Matemática

Caminhada ecológica na nascente e trecho de córrego, próximo a uma escola estadual do município de Araraquara­SP: um projeto de Educação Ambiental Patricia Bihari, Janaina Florinda Ferri Cintrão

importância da mata ciliar para a manutenção dos rios, lagos e depósitos de água. O método utilizado foi o desenvolvimento de um Projeto de Educação Ambiental acerca do tema água com alunos da 1ª série do Ensino Médio da EE Profª Letícia de Godoy Bueno de Carvalho Lopes, cujos conteúdos conceituais trabalhados – manancial; bacia hidrográfica; mata ciliar e sua relação com a proteção dos rios contra a poluição; erosão; assoreamento – de forma a interligar a teoria à prática a partir da realização de uma caminhada ecológica na nascente e num trecho do córrego Marivan, localizados próximos à escola, permitindo aos alunos o conhecimento do local, reconhecendo os problemas ambientais locais existentes, como o descarte de entulhos próximo à nascente, a ausência de mata ciliar e a contaminação da água. Podemos concluir que as atividades realizadas contribuíram para a valorização da existência e da preservação da nascente e do seu entorno, a conscientização e a percepção do aluno quanto ao seu papel de cidadão, e como parte do contexto ambiental, colaborando para a adoção de uma conduta de respeito ao meio ambiente. PALAVRAS-CHAVES: Água, Ensino de Biologia, Educação Ambiental

Centro Universitário de Araraquara ­UNIARA A água é um recurso natural essencial para a vida no planeta e que está cada vez mais ameaçada. Em muitos locais há falta ou insuficiência de água devido a diversas causas, tais como: o aumento do consumo, o desperdício e a poluição das águas. É de grande importância trabalhar este tema, que integra o Ensino de Biologia, uma vez que a atividade prática realizada por meio da caminhada ecológica na nascente e trecho do córrego Marivan, situada próxima à escola, possibilita um estudo do meio que, podemos considerar significativo, já que ao aluno são proporcionados a observação e o conhecimento do local visitado, contribuindo para a apreensão dos conteúdos trabalhados em sala de aula. Este trabalho teve como objetivos permitir a visualização da área de abrangência da escola perante a bacia hidrográfica na qual a escola está inserida; proporcionar ao aluno conhecer a nascente e um trecho do córrego Marivan, situado próximo à escola, e o seu entorno, observando a vegetação que o integra; desenvolver a compreensão física das paisagens; verificar os possíveis problemas ambientais locais existentes; dar subsídios para que os alunos compreendam a

Caminho para a motivação da práxis dos diálogos intergeracionais sobre sustentabilidade Michelle Zattoni, Haydée Torres de Oliveira, Amadeu José Montagnini Logarezzi Universidade de São Paulo – USP Esta pesquisa foi desenvolvida na cidade de São Carlos, São Paulo, Brasil e teve como objetivo motivar pessoas de diferentes gerações a promoverem a práxis do diálogo sobre sustentabilidade. Procurou-se, desta forma, estimular as pessoas para o exercício dialógico intergeracional com o propósito coeducativo, no sentido de ampliar e potencializar o entendimento da importância de ações em prol da sustentabilidade do planeta. Deste modo, foi proposto diferentes atividades a fim de que o diálogo e a habilidade argumentativa das pessoas envolvidas pudessem ser promovidos e praticados espontaneamente. Buscou-se assim, criar situações para que estas pessoas se sentissem a vontade o bastante para iniciar com facilidade este tipo de diálogo com demais indivíduos de sua comunidade, em

momentos cotidianos, como, por exemplo, durante um café da manhã, ao assistir um filme, em uma sala de espera do posto de saúde ou consultório, entre outras. Assim, este estudo apresenta apenas um caminho, dentre tantos outros possíveis propostos e praticados pela educação ambiental crítica, dialógica e libertária. Desta maneira, buscou-se relatar as experiências das atividades de interação educacional que ocorreram na Unidade de Saúde da Família (USF) do bairro Jockey Clube em São Carlos, com as equipes multidisciplinares: Jockey Clube e Jardim Guanabara, daquela USF, as pessoas moradoras do bairro, as pessoas ligadas ao curso de Graduação em Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e com a orientadora e o orientador desta pesquisa, ao qual o diálogo intergeracional sobre sustentabilidade foi proposto. Foram utilizadas as metodologias pesquisa-ação-participante, os princípios das comunidades interpretativas e aprendentes, juntamente com a hermenêutica. É importante ressaltar que até o presente momento, não foi possível concluir que todo esse processo/prática realmente surtirá efeito duradouro para as pessoas envolvidas nesta pesquisa. Entretanto, com base nos resultados obtidos, foi possível colocar em prática o agir e refletir, pelo menos momentaneamente, sobre este assunto de fundamental importância, que a princípio parecia adormecido aos olhos de grande parte dos envolvidos. PALAVRAS-CHAVES: Diálogo, Intergeracionalidade, Sustentabilidade

Clube Conservadores da Natureza: avaliação dos impactos de um programa de Educação Ambiental participativo e continuado Camila de Paula Alvares, Marcela Sacchi Zamiani, Welber Senteio Smith, Rafael Ramos Castellari, Rodrigo Miranda de Andrade, Maria Cláudia Camargo Madureira, Carolina Barisson M. O. Sodré, José Carmelo de F. Reis, Aldo José Bittencourt Lopes Teixeira, Cristiane Crispim Borges, Viviane Aparecida Rachid Prefeitura de Sorocaba ­ Secretaria do Meio Ambiente As atividades de educação ambiental no Zoológico de Sorocaba tiveram início em 1974 (Puglia, 1999). Assim, o Parque é considerado pioneiro no país neste campo. Ao longo de sua existência, o Centro de Educação

Ambiental do Zoo de Sorocaba desenvolveu uma gama muito variada de atividades educativas. Segundo Mergulhão (1988), as atividades educativas do Zoo são classificadas em três categorias: de impacto, de rotina e de continuidade. Especial destaque deve ser dado às atividades de continuidade, que proporcionam aos educadores a possibilidade de acompanhar, a médio e longo prazo, o processo de aquisição, acúmulo e transmissão das informações e valores trabalhados (Garcia, V. et al, 2007). Uma dessas atividades de continuidade é o Clube Conservadores da Natureza (CCN). Este clube reúne no Zoológico de Sorocaba crianças e jovens que, semanalmente, participam de uma série de atividades voltadas ao aprendizado de temas relacionados ao meio ambiente e a p rática da cidadania, de forma a proporcionar a construção de valores, atitudes e competências voltadas a conservação do meio ambiente. As atividades realizadas incluem palestras, aulas práticas, pesquisas, aulas em campo, jogos cooperativos e atividades lúdicas que visam proporcionar aos participantes uma compreensão integrada do meio ambiente, a fim de que possam compreender os desafios e as possibilidades de ação, seja ela individual ou coletiva, que colaborem para a defesa da qualidade ambiental. Considerado um dos fatores de sucesso do clube, seu caráter participativo permite aos jovens participarem do planejamento das atividades a serem desenvolvidas ao longo do ano. Assim, existe a conciliação entre os anseios e expectativas dos participantes com os objetivos e metas de trabalho da equipe de Educação Ambiental, que prioriza a abordagem de temas pautados nas necessidades locais e nas questões ambientais emergentes. A participação dos jovens também se dá na elaboração e execução de projetos junto a comunidade, o que colabora para o desenvolvimento de muitas competências que vão além do objetivo inicial do clube, como por exemplo o desenvolvimento de habilidades cognitivas, afetivas, sociabilidade etc. Tendo em vista o sucesso desta atividade, que existe a aproximadamente dezesseis anos no Zoológico de Sorocaba, este trabalho buscou avaliar os impactos que a participação no CCN tiveram na vida de seus ex-integrantes e integrantes atuais, seja do ponto de vista do desenvolvimento de habilidades cognitivas, afetivas ou mesmo na construção de valores e na adoção de práticas que colaborem para os objetivos fundamentais da Educação Ambiental. PALAVRAS-CHAVES: Juventude; Meio Ambiente; Continuidade

Construção de catálogo etnobotânico das principais plantas na comunidade dos Arturos – Contagem / MG Ana Elisa.Roque Moreira, Kátia Mendes Silva Martins, Eugênio Batista Leite Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais A Comunidade dos Arturos – situado na Cidade de Contagem – MG é um importante grupo familiar que honra as tradições dos ancestrais de origem africana por meio da religiosidade, músicas, danças e ensinamentos. O estudo da etnobotânica neste local possuiu a função de resaltar a cultura dos povos nativos e suas relações com as plantas e ou recursos nos locais onde vivem. Nesta comunidade a transmissão dos ensinamentos é realizada oralmente as pessoas da família que se interessam, mas sabe-se que o registro físico é de suma importância para a conservação da cultura. A cultura e o espaço de comunidades tradicionais são influenciados pelas pessoas que ali vivem e estas são influenciadas por uma cultura global. Assim é interessante valorizar o conhecimento cultural baseado na etnobotânica, na natureza e na sociedade, um vez, que a todos estes estão em transformação constante. Este trabalho foi realizado em associação com a instituição de fomento em extensão da Pró-Reitoria (PROEX) da PUC/Minas em Betim, e proporcionou aos descendentes da comunidade o registro físico dos ensinamentos botânicos para as gerações futuras. O trabalho foi fotográfico de registro, em que diversas espécies do Cerrado foram encontradas, catalogadas e pesquisadas. Tudo isso com auxílio de um dos patriarcas da Comunidade, o Sr. Bill. O convívio com esse “mateiro”, tão rico em ensinamentos botânicos e culturais enobreceu o catálogo e a pesquisa em si, enfatizando ainda mais a preocupação com a conservação de um patrimônio que é imaterial, chamado: vivência. As fotografias das plantas importantes para a comunidade foram realizadas com o vegetal inteiro e o mesmo em partes, a fim de montar um catálogo mais próximo do relatado pelo Sr. Bill. Foram fotografadas 31 espécies: 18 são utilizadas exclusivamente para fins medicinais (Assa-peixe, Boldo, Caninha de macaco, Cervejinha, Anestesia, Caju do campo, Fedegoso, Mamona, Bálsamo, Confrei, Funcho, Manjerona, Alecrim, Alecrim horta, Cipó São João, Boleira, Cagaita, e Pau-terra), 10 para fins alimentícios e medicinais (Bananeira, Mamão,

Gengibre, Hortelã, Canela, Acerola, Jatobá, Laranja, Laranja Fogo e Limão) e 3 para fins espirituais e medicinais (Guiné, Arruda e Espada de São Jorge).A falta de conhecimento das espécies nativas dificulta a preservação do meio ambiente, principalmente quando se trata de espécies que estão diretamente ligadas a aspectos culturais, como aquelas para fins espirituais, medicinais e alimentícios. O registro e a divulgação de hábitos de comunidades tradicionais eleva a qualidade de vida dos povos envolvidos e estimula a preservação da comunidade em si. PALAVRAS-CHAVES: Etnobotânica, Educação Ambiental, Arturos

Construção do programa de educação ambiental da Fundação Florestal Adriana Neves da Silva, Aleksandra Mendes, Priscila Saviolo Moreira, Sonia de Souza, Mayra Jankowsky, Eliana Bucci, Silvana Augusto, Beatriz Bolzani, Vanessa Puerta Veruli Fundação Florestal-Secretaria do Meio Ambiente Apresenta-se o processo de construção do Programa de Educação Ambiental da Fundação Florestal – PEA/ FF, através da criação de um Grupo Trabalho de Educação Ambiental - GTEA. A FF, ligada a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo é responsável pela gestão de 95 Unidades de Conservação - UC, que abrigam um patrimônio ambiental, cultural e histórico ímpar. A Educação Ambiental é entendida como forte ferramenta à gestão destas áreas protegidas, pautada na importância de processos socioambientais educativos na construção da coresponsabilidade entre a sociedade e a instituição que as gerencia. O GTEA, formado por representantes regionais das diferentes categorias de UC, subsidiado por princípios de participação; valorização e respeito aos diferentes saberes, cooperação, integração e troca de experiências e vivências; aperfeiçoamento e valorização das ações já existentes e com possibilidades de novos enfoques, bem como por documentos legais Políticas Nacional e Estadual de EA e da ENCEA (Estratégia Nacional de Comunicação de Educação Ambiental), vem trabalhando para consolidar um PEA/FF para as UC. A elaboração de uma planilha, denominada “Planilha Situacional”, foi estrategicamente utilizada pelo GTEA, com dados do Diagnóstico, através de entrevistas com gestores, equipe e visitas in loco nas UC de Proteção Integral e

de Uso Sustentável. A planilha levantou os principais pontos para auxiliar na construção das diretrizes e linhas de ação. No desenvolvimento deste trabalho, alguns subgrupos foram formados e definiram sete Áreas Temáticas para o PEA/FF: Capacitação e Formação Continuada; Infraestrutura; Interação Socioambiental Local e Regional; Comunicação e Socialização do Conhecimento; Sistema Integrado de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação; Articulação e Integração intra e interinstitucional e Educação Formal. A partir dessa planilha, os gestores das UC foram convidados a contribuir na construção das diretrizes e linhas de ação para cada uma destas áreas temáticas. A sistematização destas sugestões, associada a contribuições de parceiros externos, como proprietários de RPPN-Reserva Particular do Patrimônio Natural, representantes de órgão públicos e sociedade civil, estabelecerá a proposta final do PEA/FF. Um dos principais desafios que o GTEA tem encontrado é a definição de indicadores de acompanhamento e avaliação que identifiquem a contribuição da EA na conservação e sustentabilidade dos recursos naturais, históricos e culturais inseridos nas UC. O processo de construção do PEA/FF é inovador e tem sido importante ferramenta para a consolidação da EA como estratégia de gestão das UC e efetiva contribuição à conservação e à sustentabilidade destas áreas protegidas do Estado.

realizadas apresentações de vídeo explicativo sobre a conferência e discussão com os professores sobre a sua importância, todos os professores participaram, palestras sobre sustentabilidade e mudanças climáticas. Foram mostrados aos alunos modelos de escolas sustentáveis e projetos desenvolvidos por alunos participantes de conferências anteriores. Os professores se dividiram e trabalharam com os temas: Água, Ar, Fogo e Terra. Os alunos prepararam um diagnóstico da escola e foram divididos em grupos que trabalharam em seus projetos de ações individuais com temas específicos escolhidos por eles, propondo ações para tonar a escola sustentável, os professores preparam pastas para cada sala onde os projetos eram recolhidos no final do dia e devolvidos no dia seguinte para dar continuidade. Nessa semana os alunos desenvolveram as árvores dos desejos e as pedras no caminho para montarem seus projetos. Depois, os alunos encontraram as soluções para transformarem seus sonhos em realidade e apresentaram para os professores e colegas suas propostas numa Pré-Conferência. Para a Conferência foram distribuídos convites para os alunos, pais, escolas e para a comunidade, que compareceram para prestigiar e incentiva-los. Inicia a Conferência com a apresentação de todos os projetos enviados, totalizando 53 projetos, desenvolvidos unicamente pelos alunos.

PALAVRAS-CHAVES: Unidade de Conservação, Programa de Educação Ambiental, Processo Perticipativo

PALAVRAS-CHAVES: Educação, Meio Ambiente, Inclusão

Construindo educação ambiental inclusiva na e. E. Waldemar Freire Veras com a IV Conferência Infanto Juvenil pelo meio ambiente Eduardo Zamana Toloi, Adriana Aparecida de Oliveira, Denize Alves da Silva Escola Estadual Waldemar Freire Veras A oportunidade dada pela Diretoria de Educação Ambiental (DEA) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pela Coordenação Geral de Educação Ambiental (CGEA) do Ministério da Educação (MEC) através da IV Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente, proporcionou o desenvolvimento da inclusão a partir da participação de alunos da educação especial juntamente com o envolvimento de toda unidade escolar, pais e comunidade. Foram

Dificuldades para inserção da dimensão política nas atividades de Educação Ambiental focadas na biodiversidade Sonia Buck ; Rose Benedita Rodrigues Trindade; Ariane Di Tullio; Camila Martins Universidade Federal de São Carlos, UFSCar A Biodiversidade corresponde à variabilidade de organismos vivos de todas as origens, os ecossistemas terrestres, aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade de relações ecológicas existentes. É tema de relevância especialmente frente à conservação ambiental e tem as ações de educação ambiental como um dos caminhos para a tomada de decisões. Assim, práticas educativas nesse contexto mostram-se de fundamental importância. Neste trabalho apresentamos algumas ações educativas, com foco

na biodiversidade, desenvolvidas em uma escola pública, e sob a perspectiva da Educação Ambiental Critica (EAC). As ações da EAC estão ancoradas em três eixos: a dimensão dos conhecimentos, a dimensão dos valores éticos e estéticos e a terceira dimensão, que foca a participação política. Na dimensão dos conhecimentos, para o entendimento da biodiversidade se faz necessário a junção de conteúdos de diferentes áreas: zoologia, ecologia, hidrologia, sociologia, economia, história, entre outras. Além disso, também é importante valorizar outras formas de conhecimento, como os populares, artísticos, etc., que em conjunto podem contribuir para a compreensão das relações entre sociedade e ambiente ao longo do tempo. Assim sendo, foram elaborados roteiros interativos para estudos da fauna, flora, sociedade humana e bacia hidrográfica com 50 estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública na cidade de São Carlos (SP). Os estudantes identificaram os problemas socioambientais relacionados à bacia hidrográfica localizada no entorno do ambiente escolar. Os conhecimentos sobre fauna, flora e ecologia foram facilmente apontados pelos estudantes e docentes que participaram desta atividade. As dimensões estéticas e que relacionam valores foram claramente abordadas pelos estudantes, os quais relataram os seguintes temas: beleza cênica, importância da natureza para o bem estar humano, necessidade do cuidar da natureza, manutenção de espaços naturais públicos. Com relação à dimensão política, os estudantes e professores envolvidos nesta atividade educativa tiveram dificuldades em relacionar ações que deveriam ser articuladas ou planejadas em prol da biodiversidade local. Esta dificuldade encontrada pelos participantes provavelmente está relacionada ao certo grau de apatia presente atualmente na sociedade frente aos problemas ambientais e a alta complexidade e dificuldade em lidar com eles. Falta de tempo, de experiência em desenvolver este tipo de ação e a inexperiência dos integrantes da escola em participar de atividades comunitárias neste âmbito foram apresentados como possíveis causadores dessas dificuldades. Ações que envolvam o debate contínuo e a participação da comunidade escolar foram apresentadas como indispensáveis para transformação da realidade observada. PALAVRAS-CHAVES: Biodiversidade, Educação Ambiental Crítica, Dimensão Política

Educação Ambiental Carolina Santos, Caio Marinho, Lara Ramos, Pedro Ferrão Universidade de São Paulo A região do grande Santa Felícia é um dos principais vetores de urbanização da cidade de São Carlos - SP, potencializado com uma área recente do campus 2 da Universidade de São Paulo. Dessa forma, há clara necessidade da preservação dos recursos ambientais locais, tendo, como frente essencial para isso, ações de educação ambiental. Como objetivo visa-se a promoção de ações educativas para turmas do ensino fundamental da Escola Estadual Bento da Silva César. Essas ações buscam dialogar com a comunidade quanto à importância do ambiente local e da necessidade de protegê-lo. O projeto vem sendo executado desde agosto de 2012. As atividades são desenvolvidas uma vez por semana, com três turmas do sexto ano, com crianças na faixa etária dos 12 anos. O desafio está em construir uma educação ambiental politizada, por meio de uma linguagem acessível para incentivar a reflexão coletiva e a visão holística da problemática ambiental. Os trabalhos realizados se baseiam em metodologias que seguem princípios de interlocução e diálogo constante do público alvo, de modo a incentivar estes a tomarem posturas ativas e questionadoras no importante processo de construção de conceitos sobre meio ambiente. Uma concepção libertária de educação emanada de Paulo Freire e da Educação Popular, que tem como fundamento político a democracia radical, que reconhece que cada ser humano detém o direito à participação de seu futuro e à construção da sua realidade. O projeto também tem como objetivo a aproximação com o bairro Santa Felícia, que se localiza no entorno do Campus 2 da USP São Calos. Não são barreiras simples que separam a Universidade com a comunidade dos bairros do entorno, mas sim, barreiras sociais e econômicas que devem ser enfrentadas por ambos os lados e isso é possível por meio da Extensão Universitária. PALAVRAS-CHAVES: Reflexão, Diálogo, Extensão

Educação ambiental com pessoas adultas para a conservação da biodiversidade Mayla Willik Valenti, Haydée Torres de Oliveira

Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Ciências Ambientais, Laboratório de Educação Ambiental Embora as pessoas adultas sejam as principais responsáveis pelas tomadas de decisão em relação à conservação da biodiversidade, esse público muitas vezes não é priorizado no planejamento de ações de educação ambiental. É comum ouvir entre educadoras/es e a população em geral que as crianças são responsáveis em mudar o futuro do planeta. Nessa perspectiva, existe uma ideia de que os adultos são incapazes de aprender e mudar. A proposta de Paulo Freire é totalmente oposta a essa visão, já que considera que todas as pessoas sabem podem sempre aprender umas com as outras por meio do diálogo. Este trabalho traz uma compilação e análise qualitativa de artigos sobre o tema, selecionados por meio de busca sobre educação ambiental e conservação da biodiversidade em diferentes bases de dados e revistas nacionais e internacionais da área até 2011. Essa revisão bibliográfica fez parte do subprojeto “Educação Ambiental para a Conservação da Biodiversidade: o papel dos predadores de topo de cadeia”, no âmbito de um projeto de pesquisa em rede sobre efeitos da perda desse grupo funcional em diversos ecossistemas (SISBIOTA – Predadores). Entre 109 artigos encontrados, 27 mencionaram experiências com público adulto. As atividades desenvolvidas com pessoas adultas refletem uma preocupação com o aumento da participação da comunidade por parte das/dos educadora/es, gestoras/es ambientais e pesquisadoras/es. Oficinas, encontros, conselhos, cursos de formação, propostas de geração de renda estão entre as atividades mais desenvolvidas, especialmente com a comunidade do entorno de áreas naturais ou envolvidas em conflitos com predadores. Esse tipo de atividade normalmente está associado a propostas mais participativas e dialógicas. Interessante notar que quando o trabalho de educação ambiental para a conservação da biodiversidade é feito com adultos, muitas vezes também se faz um trabalho com o público infantil, envolvendo, de fato, toda a comunidade. Por um lado, é importante que todas as pessoas sejam envolvidas, por outro é preciso cuidar para que as ações educativas contemplem de fato as demandas das pessoas adultas. A diversidade de atividades desenvolvidas também merece destaque entre os relatos de experiência envolvendo pessoas adultas. Além disso, a prática tem mostrado às/aos pesqui-

sadoras/es que ações de manejo baseadas apenas em intervenções técnicas não são suficientes e que intervenções comunicativas, como programas de educação ambiental, também são fundamentais para a conservação da biodiversidade. Agradecimentos: agradecemos à FAPESP e ao CNPq pelo financiamento do projeto SISBIOTA Predadores e à CAPES pela bolsa de doutorado concedida à primeira autora. PALAVRAS-CHAVES: Conservação de Predadores, Educação com Pessoas Adultas, Unidades de Conservação

Educação Ambiental e Cidadania Planetária Sheila Ceccon, Paulo Roberto Padilha, Angela Antunes Instituto Paulo Freire Trata-se de uma pesquisa participante que teve como referência os princípios freirianos, realizada de 2010 a 2012, envolvendo pesquisadores do IPF e de uma comunidade escolar de Osasco-SP, que teve como objetivo construir indicadores de um currículo que contribui para a formação de “cidadãos planetários”, sujeitos que exercem sua cidadania tendo como referência o mundo,consideram a humanidade como sua família, envolvem-se na busca pela igualdade social para todos/as e agem com responsabilidade com relação ao meio ambiente, pois sentem-se integrados à Terra. A pesquisa partiu do pressuposto de que é urgente ampliarmos nossa consciência e engajamento em ações vinculadas aos problemas locais e globais, dialogando e aprendendo com a complexidade cultural e biodiversa existente. Precisamos passar de uma educação destinada à memorização de conteúdos para outra, centrada em processos de aprendizagem que se dão ao longo da vida, em contato com o mundo e com os outros, pesquisando, dialogando, construindo saberes. Uma educação integral, ecopedagógica, que formesujeitos éticos e solidários, conscientes, comprometidos com o bem comum e capazes de transformar o mundo. Um dos documentos de referência foi o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, que reforça a importância da educação ambiental crítica, ideológica, como ato político. Esta pesquisa buscou enfrentar também o desafio histórico de construir unicidade entre as diferentes formas de conhecimentos e saberes. Constituiu um grupo heterogêneo de pesquisadores,

composto por educadores do IPF e representantes de estudantes, professores, familiares, funcionários e gestores de uma escola. Encontros periódicos de pesquisa e formação qualificaram a participação dos diferentes segmentos escolares na construção de uma escola pública de boa qualidade sociocultural e socioambiental. Experiências acumuladas pelos diversos sujeitos foram valorizadas e consideradas no processo de construção do currículo da escola. O processo vivenciado fortaleceu a equipe envolvida. Reflexões realizadas fizeram com que o grupo percebesse que para o exercício de cidadania ativa é fundamental o acesso à educação, à saúde, à informação, aparticipação política e o fortalecimento da identidade cultural e da capacidade de intervenção na realidade. O olhar atento para a paisagem mais próxima provocou a construção de novos significados para o ambiente. A mudança do olhar sobre o lugar provocou uma mudança na compreensão do próprio espaço e das responsabilidades em relação a ele. O bairro passou a ser visto como um “lugar” de diálogo, estudo, aprendizagem e intervenção. Um novo currículo foi experimentado. Foi desenvolvido um processo de planejamento, registro e abordagem dos conteúdos que tem como origem a observação e a compreensão da realidade, sob diferentes pontos de vista, culminando com a intervenção no mundo buscando transformá-lo. Depoimentos dos pesquisadores envolvidosreforçam a importância dos resultados produzidos. PALAVRAS-CHAVES: Cidadania, Sustentabilidade, Currículo

Educação Ambiental no desenvolvimento de Agroflorestas em Mato Grosso: Iniciativas do Grupo Semente Lótus Maria de Souza Reuben, Oscar Zalla Sampaio Neto, Eloir Antonio Bernardon Associação Grupo Semente A experiência apresentada é sediada no ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico, num sítio no município de Chapada dos Guimarães, Centro Geodésico da América do Sul. O Grupo Semente, fundado em 2004, é uma Associação que atua na formação continuada em Agrofloresta tendo como missão criar, vivenciar e promover práticas sustentáveis referenciadas na permacultura contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa

e igualitária. Possibilitar o consumo de alimentos livres de agrotóxicos na terra onde é dominante o agronegócio que tem como modelo grandes propriedades e monoculturas, é o desafio dessa organização constituída por uma equipe multidisciplinar. Desde 2010 atua com diversos parceiros para realização de cursos de Agroecologia, Agrofloresta, Coleta e beneficiamento de sementes, entre outros e na realização de mutirões em uma Unidade de Observação Participativa (UOP) que possibilita a formação continuada com indígenas, quilombolas, agricultores familiares, ribeirinhos, atingidos por barragens, estudantes, professores e extensionistas. A UOP está inserida num oásis de preservação da biodiversidade local e abriga animais silvestres, mamíferos de grande porte, além de espécies endêmicas de pássaros do Cerrado. O Grupo Semente participa de uma rede de empreendimentos da economia solidária que visa o envolvimento e empoderamento das comunidades locais para promover segurança alimentar, recuperação de áreas degradadas, reflorestamento, transição agroecológica e fortalecimento da sabedoria tradicional de vários grupos enfraquecidos economicamente por efeitos de grandes obras ou de efeitos do modelo econômico dominante. Este artigo se inicia abordando conceitos de agrofloresta adensada, modelo adotado com base nos experimentos de Ernst Götsch, conceitos de desenvolvimento das organizações segundo a Antroposofia, a Ecologia Social e a Economia Solidária e de Educação Ambiental continuada e participativa. Essa conceituação teórica inicial orienta as atividades desenvolvidas pelo grupo, que são cursos de Agrofloresta e impantações de canteiros agroflorestais em assentamentos e terras indígenas, mutirões na UOP, reuniões, participação em instâncias de articulação política e formação de redes. Apresenta-se também a organização interna do Grupo Semente, que tem em seus princípios e práticas a horizontalização da tomada de decisões. Nos resultados são apresentados dados sobre os cursos realizados, parcerias estabelecidas, dados qualitativos e quantitativos dos participantes, além de descrever a UOP utilizada como vitrine agroflorestal na sede do Grupo Semente. Nas considerações finais são pontuados alguns desafios, perspectivas de novos projetos, parcerias e sonhos. PALAVRAS-CHAVES: Agrofloresta, Mutirões, Formação Continuada

Educação ambiental e educação infantil em espaços educadores Sandra Fagionato­Ruffino, Paulo Henrique Peira Ruffino, Silvia Aparecida Martins dos Santos Prefeitura Municipal de São Carlos, Instituto Florestal, Centro de Divulgação Científica e Cultural-USP Este trabalho é fruto de nossas preocupações sobre a aproximação das crianças com a natureza, em especial das crianças da Educação Infantil, a primeira etapa da educação básica que carece ainda de uma identidade própria que a diferencie das demais etapas. Nos poiamos nos estudos da Sociologia da Infância que indicam que as concepções de criança e infância são construções sociais que variam de acordo com o contexto histórico-cultural-social. Por criança, entendemos o sujeito concreto, de determinada idade (que varia de acordo com o espaço em que está inserida); já a infância é a experiência de ser criança, variando conforme etnia, gênero, classe social, contexto histórico, comunidade etc. Neste trabalho, focamos uma infância urbana composta por crianças que em seu jeito de ser e viver, inicialmente tendem a ser mais próximas da natureza: gostam de brincar com água, terra, animais e plantas, mas que aos poucos, devido à educação a que estão sujeitas, acabam por se distanciar a ponto de não mais se sentirem parte do mundo natural. Sucessivamente a estrutura educacional vai transformando a complexidade e amplitude da natureza em práticas disciplinares pontuais. Assim, é nosso objetivo refletir sobre estratégias de Educação Ambiental (EA) em Espaços Educadores a fim de aproximar criança e natureza, aproveitando os modos de significação de mundo próprios das crianças. Nos baseamos nos quatros eixos estruturadores das culturas infantis: a interatividade, a ludicidade, a fantasia do real e a reiteração pois, nos ajudam a compreender as ações das crianças, colocando-as como atores sociais, não apenas receptoras de uma cultura que está posta, mas inserida em um processo de socialização. Esse processo que se dá por meio de múltiplas interações e negociações entre pares e com os adultos, tendo a brincadeira como uma das atividades sociais mais significativas para elas, sendo esta um mecanismo pelo qual por meio da fantasia do real interpretam acontecimentos e situações, atribuindo significados às coisas e construindo sua visão de mundo. Portanto, partindo da ideia de que as crianças

possuem modos próprios de significação do mundo, que são diferentes dos adultos, entendemos que, se pretendemos construir práticas em EA destinadas às crianças, precisamos considerar seus modos de ser e viver e, neste sentido propomos duas estratégias que chamaremos de vivência e simulação. Vivência: diz respeito a levar as crianças para áreas naturais para que possam explorar os elementos que constituem estes ambientes. Trata-se de uma exploração com base no ser criança: correr, cheirar, tocar, olhar, falar, cantar, evitando-se práticas baseadas na explicação. PALAVRAS-CHAVES: Educação Infantil, Criança e Natureza, Espaços Educadores

Educação para Sustentabilidade: relato de experiência sobre o Projeto Água Invisível do Senac Bauru Paula Sant’Anna Battassini Senac Bauru Vivemos um período onde o ensino necessita mudar antigos paradigmas para buscar uma educação autônoma e participativa, como um processo que promova o desenvolvimento de uma compreensão mais realista do mundo. O Senac São Paulo propõe-se a práticas pedagógicas inovadoras, que instigam o educando a construir o conhecimento e a desenvolver competências com metodologias mais participativas, estruturadas na prática, fundamentadas em situações reais de trabalho como a pedagogia por projetos. Nesta perspectiva, abre-se um diálogo sobre a relação da educação profissional com a sustentabilidade, notadamente a influência de um projeto de educação ambiental sobre água invisível na unidade do Senac do município de Bauru, estado de São Paulo. Água invisível, conhecida também como água virtual é a quantidade de água exigida no processo de fabricação de um determinado produto ou serviço, visto que ambos precisam de água em alguma fase da cadeia produtiva. Contextualizado com o dia Mundial da Água de 2013 o Senac Bauru lançou o desafio do projeto Água Invisível, uma atividade de pesquisa onde os alunos em grupo puderam eleger um objeto ou serviço relacionado à sua área específica para estudar, levantar informações por meio de diversas fontes e sugerir alternativas de diminuição do consumo de água. Exemplos: a turma do técnico em Administração pesquisou a água invisível na produção do papel moeda, estudantes do curso

técnico em Estética investigaram a água invisivel na produção do lençol de algodão e a compararam com a do lençol descartável, a turma do curso técnico em Secretariado selecionou a água invisível exigida para a produção de energia elétrica consumida no telefone e alunos do curso técnico em Segurança do Trabalho elegeram o calçado de segurança como objeto de estudo. A pesquisa de cada turma foi materializada por meio da impressão em banner com os dados do objeto de estudo, com uma imagem que representasse a conclusão do trabalho e as suas alternativas sustentáveis. Experimentamos a pedagogia por projetos como um processo dinâmico que motiva os participantes a partir de seus próprios interesses e estimulados pela curiosidade a buscarem dados sobre um tema inovador. O projeto Água Invisível proporcionou aos participantes analisar a realidade de uma maneira mais crítica com fomento à mudanças de comportamento e valores, provocou reflexões sobre o consumo da água na fabricação de diversos produtos e serviços procurando meios para provocar as transformações necessárias. PALAVRAS-CHAVES: Educação para Sustentabilidade, Água Invisível, Pedagogia por Projetos para Educação Ambiental

Educação socioambiental: um projeto para a construção da ecocidadania Francesca Werner Ferreira, Daniel Rubens Cenci Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul ­UNIJUI A UNIJUÍ é uma instituição comunitária, com mais de 50 anos de história marcada pela sua inserção social e compromisso com o desenvolvimento da região noroeste do RS, na qual está inserida. O campus universitário constitui um espaço-tempo de possibilidades concretas para superar a dicotomia entre a sociodiversidade e biodiversidade. Assim, as espécies de plantas nativas tem lugar na paisagem junto com as espécies trazidas pelos imigrantes, colonizadores da região. A fim de qualificar os espaços já existentes bem como construir novos, o Projeto de Extensão Universitária “Horto Botânico e Jardins Temáticos” proporciona espaços de criação, intervenção e educação ambiental contribuindo com a formação de crianças e jovens, de professores formados e em formação inicial e das comunidades, para que desenvolvam a capacidade de enfrentar os

desafios de cuidar do planeta. O projeto propõe trabalhar a educação ambiental na prática, com e para a natureza, para resgatar e construir valores, numa perspectiva ética. Buscar soluções para os problemas tecnocientificos e socioambientais encontrados na sociedade tanto de modo individual quanto cooperativo e solidário para o desenvolvimento sustentável é responsabilidade da universidade, ao formar profissionais qualificados para as novas demandas sociais. A preservação de espécies arbóreas e herbáceas, no espaço do Câmpus, significa muito mais que incluir elementos aparentemente passivos, já que, na sua dinâmica, reagem, interagem, alimentam e abrigam vírus, bactérias, fungos e animais, além de contribuir para a refrigeração e renovação da atmosfera do planeta. Neste espaço convivem plantas nativas e exóticas representativas da etnicidade constitutiva da sociodiversidade regional. Muitas plantas são utilizadas na alimentação, saúde, estética, religião e ambientação das pessoas e comunidade, e por isso a constituição de hortos, parques, hortas e áreas verdes são essenciais para concretizar este bem estar e preservar o patrimônio genético da biodiversidade. O conhecimento associado à biodiversidade na sua relação com a Sociedade Humana pode ser perdido se um cuidado especial, não for efetivado. Portanto, é essencial cultivar as espécies e transmitir o conhecimento produzido no resgate das plantas medicinais, condimentares, aromáticas, entre outras, às novas gerações. Dai a necessidade de pesquisas para que o uso dos recursos naturais seja sustentável e seguro. Assim, o espaço do Campus constitui-se num local para a formação de recursos humanos, e atuação da Universidade, na produção e difusão do conhecimento tecnocientífico e sociocultural. PALAVRAS-CHAVES: Educação socioambiental, Ecocidadania, Ética Ambiental

Environmental literacy knowledge: content analysis of non­formal environmental education in Southwest Florida Cynthia Clairy Florida Gulf Coast University This study analyzed the physical and ecological knowledge content of local and regional non-formal environmental education (EE) programs for K-12 students. Data were collected from EE programs in

the five-county district of Southwest Florida during 2010-2012. Physical and ecological knowledge content offered in the region was analyzed through a modified Delphi technique. Participants in the modified Delphi study compared national literacy frameworks in physical and ecological knowledge to the program description of each EE program. The results show programs offered in the region have a focus on conservation biology and Earth science content, and gaps in climate, ocean, atmospheric science and, the greatest gap, in energy literacy content. The type of outdoor environmental education these organizations offer is more appropriate for conservation biology concepts. School groups are customers and many pay for their programs. Some organizations must use their program descriptions like advertisement. A program that seems fun is more attractive than solid science. Also, EE programs that do not cover all physical and ecological framework principles have a pattern of shorter duration or younger age groups, or focus on the second tier of knowledge, how societal and political systems affect the natural systems to produce the understanding concepts like pollution, solid waste, energy conservation etc.; their content is more of an application of the fundamental principles to environmental issues. PALAVRAS-CHAVES: Environmentale Education, Physical and Ecological Knowledge

ESTRATÉGICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL MUNICÍPIO NO CURITIBA- Elementos para repensar a experiência da primeira capital ecológica do Brasil Monica de França Universidade Federal do Paraná­UFPR O texto trata de discutir as principais estratégias de Educação Ambiental que foram desenvolvidas no município de Curitiba no período compreendido entre os anos de 1992 e 2013. No bojo das questões norteadoras da pesquisa está a necessidade de compreender como as diferentes estratégias de Educação Ambiental contribuíram para que Curitiba ficasse conhecida nacionalmente como Capital Ecológica e mantenha esta fama até os dias de hoje. Para alcançar este objetivo, partimos da estruturação de uma linha do tempo sobre as ações de Educação Ambiental propostas e realizadas no âmbito das

escolas municipais de Curitiba, considerando a origem de cada proposta e as características de seu desenvolvimento. Na estruturação da linha do tempo e análise das estratégias foram considerados alguns aspectos, tais como: a origem e os objetivos gerais dos programas e projetos; período e duração de cada um dos projetos/programas; pontos fortes de cada uma das experiências e possibilidades de avanços ou melhorias; e, abrangência e resultado das estratégias desenvolvidas com alunos da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Neste ponto da pesquisa, foi possível perceber que o processo educativo-ambiental transcende a ação da Secretaria Municipal de Educação (SME) e envolve o apoio de outras instituições como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), a Universidade Livre do Meio Ambiente (UNILIVRE), etc. Nesta análise, consideramos a história Educação Ambiental em Curitiba a partir dos anos 80, com a elaboração do documento intitulado “A Educação Ambiental no Contexto Escolar” (recém-restaurado), elaborado pela SME e pela SMMA com o objetivo de nortear estas práticas no âmbito escolar. Com a implantação dos Centros de Educação Integral (CEIs) em 1992, houve um impulsionamento da Educação Ambiental e estímulo a implantação de Oficinas permanentes nas escolas para tratar da temática ambiental com os estudantes. Neste contexto, programas como “Lixo que não é Lixo” e o “Alfabetização Ecológica” projetaram as ações educativo-ambiental do município no cenário nacional e internacional, pois receberam prêmios em virtude de iniciativas em prol da sustentabilidade planetária e da forma de inclusão dos princípios da educação curitibana. Algumas destas estratégias pautaram-se na modificação do comportamento individual, fundamentada na tendência tecnicista de educação, numa visão de mundo compartimentada, fragmentada em detrimento da ação coletiva. Conclui-se que muitos foram os fatores que corroboraram para o sucesso de alguns programas, apesar de várias destas iniciativas apresentarem-se de forma descontinuada por motivos de mudança de gestão, falta de financiamento e de (des)interesse governamental. PALAVRAS-CHAVES: Estratégias de Educação Ambiental, Histórico da EA, Educação Ambiental Formal

Estudo de percepção ambiental com os funcionários do Parque Estadual da Serra do Rola­Moça (PESRM) e educadores do entorno como atividade do programa de educação ambiental conviver

dar suporte a gestão da unidade, servindo como subsidio para tomadas de decisões em detrimento da constante melhoria do parque. PALAVRAS-CHAVES: Educação, Percepção, Ambiental

Sandra da Silva Cunha PUC Minas ­Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais O presente trabalho parte de uma pesquisa desenvolvida na disciplina de Educação Ambiental e articulada com o Bacharelado em Gestão Ambiental intitulado “Estudo de Percepção Ambiental com os funcionários do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça (PESRM) e educadores do entorno como atividade do Programa de Educação Ambiental CONVIVER”, caracterizando-se como pesquisa social e tem, como objetivo principal investigar o exercício da Educação Ambiental pelos funcionários e educadores, bem como verificar seu comportamento com relação ao tema. O mesmo serve também para auxiliar o poder público a entender a importância de desenvolver um conjunto de ações e alternativas que possam dar melhores condições de proteção para a área em questão, minimizando assim os impactos causados e dando suporte ao Plano de Manejo da unidade. Assim, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e grupo focal com os funcionários do parque que auxiliaram no levantamento qual itativo da pesquisa, onde conseguimos caracterizar o perfil dos funcionários, bem como subsidiar o levantamento quanto ao conhecimento dos mesmos, sobre a Unidade de Conservação, biodiversidade, questões sócio-ambientais e problemas sofridos pelo parque. Utilizou-se também a aplicação de questionários com os educadores das escolas do entorno contempladas pelo Programa de Educação Ambiental da unidade, em que analisamos seu grau de interesse e repasse de informações para os alunos. Apesar da heterogeneidade entre os grupos, verifica-se que a percepção foi expandida e aguçada pela preparação prévia de sensibilização ambiental. Independentemente da idade e nível de escolaridade, nota-se que os grupos já sensibilizados participaram mais e conseguiram perceber o perfil do parque de maneira mais ampla. Comprova-se também, através dos métodos de coleta de dados utilizados na pesquisa, a importância de visitas guiadas nas unidades de conservação para atingir a correta apreciação do meio. Os dados desta pesquisa, concluída em 2008, tem como intuito

Estudo de percepção ambiental na Vale Verde Alambique e Parque Ecológico: buscando compreender a Educação Ambiental aplicada para a terceira idade Joana D. F. Pires, Kamila Gonçalves Pereira, Miriã Hester G.C. Silva, Rafael Campos Dutra, Eugênio Batista Leite Pontifícia Universidade Católica - MG O artigo tem como objetivo descrever as metodologias aplicadas para a educação ambiental com idosos na Vale Verde Alambique e Parque Ecológico utilizando a forma de pesquisa qualiquantitativa. O Parque Ecológico está localizado na cidade de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte - MG, no bairro Vianópolis, projetado para preservar a fauna e flora oferece uma mistura de beleza, cultura e lazer. A educação ambiental tem como objetivo proporcionar ao idoso uma melhor integração na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida, assegurando-o aos direitos da cidadania, por meio da relação com ambiente natural onde está inserido, intensificando a participação, o senso crítico, a criatividade do sujeito, aprendendo a proteger e cuidar de tal. Devido a experiências passadas e presentes dos nossos idosos na sociedade, podemos constatar a surpreendente diversidade de inúmeras contribuições para a geração atual em relação às questões ambientais. A pesquisa para perceber como os idosos se comportam frente às atividades de educação ambiental baseou-se em um estudo qualiquantitativo, que utilizou como instrumento de pesquisa questionários e da aplicação de grupo focal. Com este estudo de percepção ambiental, para fazer o reconhecimento da Educação Ambiental aplicada aos idosos frequentadores do Vale Verde Alambique e Parque Ecológico, pode-se constatar que os funcionários do Parque Ecológico utilizam de correntes de educação ambiental naturalistas com enfoque no aprender com natureza e vivendo com ela. Ao mesmo tempo o grupo focal permitiu mostrar que a opinião dos funcionários é bastante diversificada proporcionando um equilíbrio entre opiniões que valorizam a Educação Ambiental para com os idosos e aqueles que

a consideram irrelevante. Este trabalho, mesmo que de forma preliminar, mostra a importância das atividades de Educação Ambiental com os idosos nesta instituição, verificando inclusive que a Vale Verde é um espaço privilegiado para atividades de Educação Ambiental não formal. Ao mesmo tempo, mesmo verificando o belo trabalho realizado, nota-se a necessidade da formação continuada dos funcionários que são responsáveis pela Educação Ambiental. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Idoso, Parque Ecológico

Etnoconhecimento de pescadores: saberes populares, percepção ambiental e senso de conservação na comunidade de Combique, Raposa – MA Janaína Gomes Dantas, Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta Universidade Estadual do Maranhão A pesca artesanal é uma atividade de importância social e econômica que exige do pescador um profundo conhecimento sobre o recurso pesqueiro. Assim, este estudo propõe registrar o etnoconhecimento dos pescadores sobre a pesca e bioecologia de peixes para averiguar se o acervo dessas informações, em sinergia com as informações científicas, pode ser utilizado nas práticas de manejo da pesca. Para isso, o estudo foi realizado de agosto a dezembro de 2013 na comunidade de Combique, Raposa (MA). As informações foram obtidas com questionários aplicados a quinze pescadores artesanais. A maioria dos pescadores (47%) apresenta idade entre 52 a 67 anos. A maior parte dos entrevistados não estudou (47%) ou possui grau de escolaridade referente ao ensino fundamental incompleto (33%). De acordo com os relatos dos pescadores, cerca de 40% são cearenses. Os entrevistados contaram que vinham pescar em águas maranhenses e com o passar do tempo começaram a trazer as suas famílias e a fixar moradia na costa maranhense. A diversidade de espécies potencialmente exploráveis pela pesca artesanal é grande, porém algumas espécies são mais capturadas e mais comercializadas que outras. Os entrevistados citaram as seguintes espécies de peixes de interesse comercial mais capturadas na região: bandeirado, arraia, cangatã, pescada-gó, pacamão, gurijuba, bagre e ribassaia. A maioria dos pescadores (80% ) afirma que o pescado vem

diminuindo com o passar dos anos. Quando indagados sobre as causas da diminuição, eles atribuem o fato ao aumento do número de pescadores (67%), poluição dos pesqueiros (13%) e captura de peixes imaturos (13%). Para a comunidade entrevistada, o peixe é um recurso natural de grande abundância e intensamente explorado na região, é importante não somente como subsistência, mas tem grande papel na economia regional. O etnoconhecimento registrado é consistente e pode ser utilizado como subsídio para políticas públicas que tratam dos recursos pesqueiros, especialmente no que se refere à Educação Ambiental direcionada para a importância de se obedecer o período do defeso das espécies mais exploradas na região. PALAVRAS-CHAVES: Ictiologia, Conhecimento Popular, Percepção Ambiental

Etnoconhecimento sobre locais de desova e período reprodutivo das espécies de peixes de importância econômica em uma comunidade pesqueira maranhense Ana Paula Silva e SILVA, Eloisa dos Santos COSTA, Raylla Andrade de SOUSA, Yasmin Cristina Lima dos SANTOS, Raimunda Nonata Fortes CARVALHO NETA Universidade Estadual do Maranhão Neste trabalho investigou-se o etnoconhecimento dos pescadores do município pesqueiro de Raposa (Maranhão) sobre o período de reprodução e o local de desova das espécies de peixes mais capturadas na região. Foram realizadas entrevistas abordando aspectos etnoictiológicos de 15 espécies de peixes comercializadas na comunidade. Os questionários semiestruturados foram aplicados a pescadores (com mais de 18 anos) que trabalham na área há mais de 10 anos. Os questionamentos envolviam aspectos relacionados ao período de reprodução e aos locais de desova das espécies capturadas. Resultados indicam que 62% dos entrevistados acreditam que a época de reprodução ocorre no inverno, sendo que esse período segundo eles vai do mês de dezembro ao mês de junho. Esses dados são genéricos e não coincidem com as informações científicas, apontando a necessidade de ações educativas a serem realizadas com os pescadores direcionadas para o entendimento do período reprodutivo de cada espécie explorada. Por outro lado, o local de desova dos peixes, segundo os

entrevistados, ocorre nas nascentes dos rios (50%), em alto mar (22%) ou no litoral (7%). Um percentual significativo (21%) não soube informar o local de desova da maioria das espécies de peixes por eles capturadas. Em muitos aspectos o etnoconhecimento local coincide com o conhecimento científico sobre o local de desova de algumas espécies ícticas de importância econômica, tais como pescada-gó (Macrodon ancylodon), peixe serra (Scomberomorus brasiliensis), bandeirado (Bagre bagre) e camurupim (Megalops atlanticus). Essas informações, associadas à Educação Ambiental direcionada para o entendimento dos pescadores locais sobre o período de desova das espécies, podem contribuir com um manejo da pesca na região. PALAVRAS-CHAVES: Pesca Artesanal, Pescadores, Desova

Eventos socioambientais no Núcleo Engordador – Parque Estadual Cantareira (PEC): ferramenta na construção do olhar para a preservação Vladimir Arrais de Almeida, Carina Zorzeti, Vanessa Puerta Veruli, Maria Helena Hiratsuka Pieroni Parque Estadual Cantareira O Parque Estadual Cantareira foi criado pelo decreto nº 41.626/63, possui cerca de 7.917 hectares que abrangem quatro cidades: São Paulo, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras. É uma unidade de conservação (UC) de Proteção Integral que tem o objetivo de preservar os ecossistemas naturais, administrada pela “Fundação para a conservação e a produção Florestal do Estado de São Paulo ”com a proposta de “conhecer para conservar” dispõe de quatro núcleos para visitação pública que são: Pedra Grande, Águas Claras, Cabuçu e Engordador, cada qual com seus atrativos turísticos naturais. O Núcleo Engordador situado em região periférica da cidade de São Paulo apresenta características de ocupação em seu entorno com construções irregulares provocadas pelo crescimento populacional e restrições de moradia que favoreceu a instalação de uma população de menor poder aquisitivo, conforme constatado pelo Plano de Manejo (2009). Com excepcional beleza cênica e atrativos naturais, a comunidade local se apropria da paisagem para lazer e recreação, porém além dessas atividades também foram detectadas atividades ilegais em área protegida como: caça, pesca,

captação irregular de água, invasões, trilhas abertas sem autorização, que impactam e trazem riscos à integridade da UC, causando conflito devido às regras estipuladas para o uso. Assim, acreditando que a preservação ambiental está diretamente relacionada com a motivação social, monitores ambientais desenvolveram atividades como forma de experiência socioambiental com o objetivo de observar uma mudança no comportamento da comunidade com o ambiente que a cerca, com a perspectiva de verificar a minimização de impactos. As atividades elaboradas são realizadas dentro do núcleo Engordador por meio de eventos socioambientais que têm como tema as principais questões ambientais com a preocupação do conservar e preservar. Eventos como “semana do meio ambiente”, “dia da árvore”, “semana da criança”, “semana da água”, “dia da Terra” são destinados ao proveito da comunidade de entorno que é chamada a participar de atividades que a envolva e a aproxime, conhecendo mais sobre a fauna, a flora, as várias inter-relações e suas consequências em seu habitat. Durante todo o evento a equipe de monitores educadores observa o comportamento que mantém a comunidade interessada e participante. PALAVRAS-CHAVES: Eventos Socioambientais, Comunidade Local, Unidade de Conservação

Following on animal footprints: school, family and university working together in understanding the Cerrado biodiversity Camila Martins, Flávia Torreão Corrêa da Silva Thiemann, Sônia Buck, Cinthia de Fátima Matias Serantola, Haydée Torres de Oliveira Universidade Federal de São Carlos, UFSCar Habitat fragmentation and the rapid expansion of agriculture and of urban areas are greatly responsible for biodiversity loss on the planet, especially in the Cerrado, which is considered one of the world’s biodiversity hotspots. Several studies indicate that people´s perception of the Cerrado as lacking in plant and animal species, and being devoid of elements that justify its conservation based in aesthetic, anthropocentric or utility to human beings value contributes to its rapid degradation. Thus it becomes necessary to build educational practices based on the importance of Cerrado conservation that are grounded in a critical and participatory environmental education perspective which address

the various dimensions of the educational process - knowledge, values and participation – as related to the importance of Cerrado biodiversity. This study aimed to construct and develop, in partnership with the school community, families and university, a sequence of educational activities on Cerrado biodiversity with elementary school students in a private school in São Carlos. The activities were conducted in four stages: 1) a visit to the São Carlos Municipal Bothanical Garden “Edmundo Navarro de Andrade” guided by the school teacher and two university researchers; 2) a bibliographic search of the Cerrado wildlife at the school library; 3) the creation of plaster footprints at the school; 4) and a presentation of the project at the school´s Knowledge Fair (an annual science fair). During the visit to the Municipal Garden students were able to observe animal footprints, make plaster molds on the site, and experience the local flora and environment. The activities were conducted using an activity guide elaborated by the Environmental Education Laboratory at UFSCar (São Carlos Federal University), and the researchers guiding the visit are also school children´s mothers. Back at school, using educational material produced by the Center for Scientific and Cultural Diffusion (CDCC/USP), and once more involving the teacher and children´s mothers, each child could choose an animal and produce a box containing its plaster footprint and information on the animal´s biology, ecology issues, conservation status and potential threats to the chosen species. This teaching sequence was presented at the school Knowledge Fair, allowing for the discussion, in a playful way, of the main features of the Cerrado biodiversity as well as underscoring potential threats to it. Furthermore, the participatory dimension of the project, characterized by dialogue between all the actors of the educational process: the school community, university and family was very important for the implementation and enrichment of the educational activities. PALAVRAS-CHAVES: Cerrado, Elementary School Students, Critical Environmental Education

Formação Socioambiental no Contexto da Fiscalização em Unidades de Conservação Beatriz Truffi Alves, Rodrigo Machado, Wagner Nistardo Lima, Adriana Neves da Silva, Marlene Francisca Tabanez Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA­SP)

A Formação Socioambiental (FS) destina-se a envolver Conselhos Gestores de Unidades de Conservação (UCs) do Estado de São Paulo com o desenvolvimento de abordagens a problemas de fiscalização, visando contribuir com a melhoria ambiental da Zona de Amortecimento das UCs e demais territórios. A FS integra o Plano de Fiscalização de Unidades de Conservação da Coordenadoria de Fiscalização Ambiental, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. É realizado com o Instituto Florestal, a Fundação Florestal, o Instituto de Botânica e a Polícia Militar Ambiental. Esta intervenção junto aos Conselhos de UCs parte do reconhecimento de que os problemas ambientais de fiscalização no interior das UCs, não têm origem, predominantemente, dentro das mesmas. Seus condicionantes estão, também, fora delas. Em síntese, compreende-se que dinâmicas políticas, socioeconômicas, histórico-culturais condicionam agentes sociais diversos a portarem-se de forma conflitante com os objetivos de conservação de áreas protegidas, causando impactos negativos à biodiversidade e aos serviços ecossistêmicos. Durante a FS criam-se, portanto, situações de reflexão crítica e problematização de questões socioambientais que afetam as UCs e identificam-se as causas que condicionam tais conflitos. Na sequência, a proposta compartilha técnicas de planejamento para fomentar intervenções com vistas ao enfrentamento dos problemas percebidos. O sentido da FS é promover e qualificar a participação social em Conselhos Gestores de UCs. Com isso, possibilita a formação socioambiental dos participantes, ao interpretar os Conselhos como espaços de ensino-aprendizagem ou “espaços educadores”. Realizaram-se 26 encontros com gestores e Conselhos de 13 UCs, organizadas em sete polos pelo estado. Os encontros, três em cada polo, destinaram-se a abordar causas e efeitos de problemas de fiscalização das unidades e desenvolver estratégias e ações para seu enfrentamento. Como resultados parciais, observam-se, até o momento: oito Conselhos Gestores com planos de ação construídos, totalizando mais de 50 ações a serem realizadas por organizações da sociedade civil, setor produtivo e poder público (municipal, estadual e federal); articulação e integração entre os órgãos envolvidos e entre os agentes sociais do território das UCs para compatibilizar interesses diversos com os objetivos das unidades, atendendo as disposições legais; disseminação dos planos de fiscalização das UCs nas respectivas comunidades; construção de

agendas dos Conselhos atreladas aos problemas de fiscalização; e ampliação da compreensão dos gestores e demais participantes dos encontros sobre a problemática das UCs e sobre o papel e atuação dos Conselhos Gestores. PALAVRAS-CHAVES: Fiscalização em UC, Formação Socioambiental, Conselhos Gestores

GIRO - Formação em Compostagem Pedro Henrique de Oliveira Zanette Veracidade O projeto GIRO (Gestão Integrada de Resíduos Orgânicos) busca difundir a pratica da compostagem urbana e discutir praticas sustentáveis caseiras. Surgiu da articulação entre membros da Associação Veracidade em parceria a pessoas ligadas ao Festival CONTATO, que acontece anualmente na cidade de São Carlos - SP. A partir da iniciativa de alguns dos participantes do projeto, de compostar resíduos orgânicos localmente em seus domicílios, de fazer pesquisas para entender o caminho percorrido e a destinação dada aos resíduos orgânicos da cidade, surgiu a ideia de iniciar um sistema de coleta domiciliar autônomo e autopoiético do resíduo orgânico das residências dos cidadãos de São Carlos. Como atuação prática o projeto visa receber os resíduos orgânicos compostáveis em pontos de coleta (ou Pontos de Entrega Voluntária - PEV) que estarão distribuidos nas proximidades de onde será feita a compostagem do material. Também visa abrir diálogo com pontos de grande geração de resíduos como restaurantes de modo a sugerir que eles descartem corretamente os seus resíduos orgânicos, economizando e ganhando apelo comercial no sentido da sustentabilidade. A sede da Associação Veracidade, situada na Vila Prado, está como o primeiro ponto de compostagem e funciona como espaco de formacao em compostagem. Durante o ano de 2013 recebeu diariamente os residuos orgânicos do restaurante Mamãe Natureza e de diversos moradores do bairro Vila Prado, que voluntariamente levavam seus resíduos ao local. Este primeiro ponto modelo foi criado como forma de incentivar o surgimento de mais pontos, a partir da iniciativa de terceiros que se comprometam a serem gestores. Na Veracidade foram utilizadas 4 metodologias diferentes de compostagem afim de ampliar o conhecimento técnico e verificar fatores como: tempo, facilidade de manuseio, qualidade

do composto, entre outros. Além da capacitação de seus 6 operadores fixos e de mais pelo menos 20 voluntarios que puderam operar ao menos um dia, o projeto forneceu composto para 3 hortas orgânicas, recebe visitas frequentes de escolas e demonstra como minhocas e os decompositores podem nos auxiliar na compostagem. O GIRO tem como objetivo mais amplo atender aos objetivos propostos pela ONU em promover a soberania alimentar dentro do contexto de transição da agricultura convencional para a agricultura orgânica e agroecologica, seja urbana, periurbana ou rural e auxiliar o município de São Carlos a se enquadrar na nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305. PALAVRAS-CHAVES: Compostagem, Reciclagem, Resíduos Sólidos

Gurukulam System for Environmental Education S. Krishnan CEM/IUCN The more than 1000 years old Gurukulam system of education, where disciples (students) lived with the Guru (teacher), for short or long periods of time to learn skills of the trade and the appropriate ways of living has to be given top priority in these days of natural resource scarcity, exploitation beyond the powers of recoupment and sustainability. This system enables the teacher and taught, to work together under natural conditions, exposed to the vagaries of nature and to excel in a frugal living and high thinking. A sense of belonging is inculcated by selfless teachers, who are identified by the rulers (in the present days by the Government) as mentors. In this proposal, I wish to re-visit the Gurukulam System, with appropriate modifications required in the 21st Century for clear understanding, optimal follow up and the best results. Financial grant shall be considered investment for life in the long run than expenditure incurred. This education pattern shall not be an ornament in adversity but a formula to a contented living under local self governance with micro-generation of finances, akin to the Gram RajRam Raj- Swaraj Principle (Village administration – welfare administration – local self governance) of Mahatma Gandhi. Every village shall be a unit of self sufficiency and the surplus shall be shared in the neighbourhood, on bartending than for paper

or plastic currency. This Gurukulam system shall train the youth, in all the facets of environmental sustainability, including conservation for posterity. Education will be field oriented with minimal use of text books and modern gadgetry, in consonance with nature. Students will be asked to invest at least a couple of months in summer or winter or autumn as interns with a selected guru in the local district. Such an exposure portends to widen the vistas of knowledge, tolerance, deployment of appropriate technologies and co-operation for common good. PALAVRAS-CHAVES: Gurukula System, Schooling, Sustainability

Integração entre o poder público e as universidades na popularização do conhecimento a respeito da biodiversidade Welber Senteio Smith, Carolina Barisson M. O. Sodré, Vidal Dias da Mota Junior, Jussara de Lima Carvalho, Rafael Ramos Castellari Camila de Paula Alvarez, Rodrigo Miranda de Andrade, Aldo José Bittencourt Lopes Teixeira, Maria Cláudia Camargo Madureira, José Carmelo de F. Reis, Cristiane Crispim Borges, Viviane Aparecida Rachid Secretaria do Meio Ambiente de Sorocaba A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, com o objetivo de subsidiar e dar diretrizes às ações ambientais, no âmbito do município de Sorocaba, articulou junto às universidades e pesquisadores durante o ano de 2013 o tema “Biodiversidade no Município de Sorocaba”. Esse processo ocorreu em três etapas: reunião preparatória para orientação e exposição do projeto, um workshop realizado durante dois dias, onde foi promovida a discussão entre os pesquisadores que atuam com o tema e possuem informações com respeito ao município e a criação de uma rede de contatos com esses pesquisadores para organizar as informações e gerar dois produtos: uma publicação síntese no diário oficial do município e um livro. Esse processo resultou no levantamento de todas as informações relativas à biodiversidade produzida no município. Participaram 59 professores, pesquisadores e representantes de órgãos ambientais responsáveis pelo desenvolvimento de projetos de levantamento da biodiversidade do município. Entre as informações levantadas está o numero de espécies identificadas para o município (1.172), onde as espécies ocorrem se são nativas ou invasoras e quais

áreas são prioritárias para a conservação. A forma com que foi produzida e as informações geradas, além de integrar quem a produz, facilitarão o acesso dos cidadãos a este tipo de informação, criando um instrumento de pesquisa de referência. Outro aspecto relevante é o de fornecer diretrizes para a elaboração de material informativo, estratégias e atividades educativas além de políticas públicas na questão da biodiversidade. O conhecimento sobre a flora e a fauna silvestres é o ponto de partida para a elaboração de políticas públicas nas áreas do manejo e conservação, além de representar uma importante ferramenta para as ações de educação ambiental. Promover a discussão entre pesquisadores que atuam nas universidades e instituições que trabalham com a biodiversidade do município em sintonia com quem estabelece políticas públicas é de fundamental importância para que todos que estejam engajados em projetos de educação ambiental tais como os coletivos ambientais, professores, alunos e população em geral possam receber informações a cerca da biodiversidade com enfoque na realidade local. PALAVRAS-CHAVES: Biodiversidade, Poder Público, Universidades

La Ecopedagogía como Paradigma Transformador en el Desarrollo Predial Agroecológico”Saavedristas”, en los Estudiantes del tercer año Subsistema de Educación Secundaria,de la U.E.N”Luis Cardenas Saavedr Hildemar Sánchez U.E.N “Luis Cardenas Saavedra” Ministerio del Poder Popular para la Educación El presente trabajo da cuenta de las experiencias que vienen desarrollandose en el predial agroecológico desde las estrategias metodológicas empleadas por el docente para la enseñanza de la conservación ambiental en los estudiantes del primer año(educación ambiental), llevadas a cabo en el Instituto Venezolano de Investigaciones Cientificas (IVIC), a través de una caminata ecológica(procesos sensoperceptivos).Dicha experiencia participó en el II congreso de Diversidad Biológica, celebrado en la Universidad Bolivariana de Venezuela (UBV) en mayo de 2011. Para el mes de mayo de 2012 participan en el III congreso de Diversidad Biológica celebrado en la Universidad Nacional Experimental

de los LLanos Ezequiel Zamora(UNELLEZ), con el siguiente trabajo,”Desarrollar la agroecología como agricultura urbana: Camino a la soberania alimentaria en los estudiantes del segundo año”. Es evidente entonces, que el proyecto la Ecopedagogía como Paradigma Transformador en el Desarollo Predial Agroecológico(DPA) Saavedristas,va demostrar que la conservacion del ambiente depende de una conciencia EcopedagógicaAgroecológica y Transformadora.Esa conciencia depende de la educación, y es en estos espacios donde la Ecopedagía aborda estrategias para transformar los nuevos actores educativos.Se trata de una pedagogía que promueve el aprendizaje.Por ejemplo, Jean Piaget endeño que el curriculum debe reflejar lo que es importante para los estudiantes significativamente,pero también si lo enfoca para el bienestar de la convivencia y la salud para la madre tierra.La Ecopedagogía es educativa para estos procesos de transformación Ecoplanetaria, apta para una cultura de Sostenibilidad y paz ecológica. El siglo XXI enfrenta temas de corresponsabilidad ecoplanetaria(especie humana), como el ecológico,la agricultura convencional,educación y lo político, y esto nos lleva a pensar en paradigmas transformadores sobre el futuro de las especies. Hoy la sostenibilidad se ha convertido en el tema de la conciencia de este siglo, con efecto de la madre tierra, la habilidad de reeducar la psique, para retroalimentar un futuro en armonía con la naturaleza. PALAVRAS-CHAVES: Agroecología, Cambio Climático, Sostenibilidad

La Educación Ambiental como herramienta para la conservación de la biodiversidad: la experiencia de Fundación Temaikèn Bárbara Reich Fundación Temaiken La Asociación Mundial de Zoos y Acuarios (WAZA) es la organización que unifica los principios y las prácticas de más de 1.000 zoológicos y acuarios que reciben más de 600 millones de visitantes al año. La WAZA establece las pautas para incrementar los logros en materia de conservación de la biodiversidad, objetivo que da sentido a la existencia de dichas instituciones. La más reciente estrategia para el alcance de dicho objetivo data

del año 2005 e incluye lineamientos para cada una de las áreas centrales de los parques. El apartado referido a la estrategia educativa enuncia una serie de conceptos complejos, tales como educación medioambiental, educación sostenible y educación para la conservación, expresados como significantes de similares significados. Asimismo, la descripción implícita que orienta las acciones en la materia pareciera indicar una relación casi directa entre la contemplación y conocimiento de las especies, la comprensión de su valor para los ecosistemas que habitan y la promoción de actitudes de conservación de las mismas. La asimilación de posicionamientos pedagógicos de alta complejidad con sus particulares contenidos éticos y políticos, así como la concepción del proceso de enseñanza y aprendizaje implícito en la sugerencia de la estrategia metodológica descripta, han promovido programas educativos desde los más diversos enfoques en los parques zoológicos y acuarios alrededor del mundo. Fundación Temaikèn (Buenos Aires, Argentina), organización que tiene por misión la protección de la naturaleza a través de programas de investigación, conservación y educación, decidió emprender en el año 2011 una renovación de sus propuestas educativas convocando para tal fin a profesionales provenientes de diferentes disciplinas, principalmente del campo social. Los aportes de dichos especialistas - sustentados en una perspectiva de la educación ambiental crítica y latinoamericana- promovieron una redefinición de los programas existentes poniendo en cuestión sus fundamentos éticos y políticos. Los alcances de dicho cuestionamiento pedagógico excedieron el ámbito del departamento educativo para atravesar a la Fundación en su conjunto, generando un movimiento promotor de nuevos debates y reflexiones vinculadas con el rol de la educación en los parques zoológicos y el de las organizaciones sociales ambientales en la actualidad. El presente trabajo tiene por objetivo compartir los principales ejes en tensión que caracterizaron el proceso de transformación pedagógica del departamento educativo de la Fundación Temaikèn a partir de la introducción de la perspectiva de la educación ambiental, así como abordar sus implicancias institucionales en términos más amplios. PALAVRAS-CHAVES: Educación Ambiental, Zoológico, Bioparque

A model for successful Environmental Education Johannes M Dreyer University of South Africa, UNISA A number of research projects undertaken by the author (and co-authors) provided several insights regarding aspects that seem to typify successful EE programmes. Among the providers and programmes researched were: a) Privately-run environmental education centres; b) Provincially-sponsored environmental education centres; c) Environmental education programmes from metropolitan areas; d) Environmental education programmes from botanical gardens; e) The Eco-schools programme (managers and individual schools’ representatives); f) NonEco-schools running independent environmental education programmes; g) Environmental education programmes from national parks; h) Environmental education programmes from zoos; i) Environmental education programmes from wildlife areas; j) Environmental education programmes from the Department of Agriculture; and k) A common denominator in the research is the fact that an environmental champion was driving successful programmes. Other success factors were: i) sound management; ii) quality programmes; iii) well-trained and experiences facilitators; and iv) practical nature of programmes, etc. Further elements of programme that seems to ensure success are: good quality programmes, the practical nature of programmes, the active nature of programmes, the “fun” element of programmes, capacity-building of programmes, context-specific programmes. Indicators for successful impact of EE programmes are: a) numbers of people reached – in tandem with other indicators, b) comebacks; c) evaluations at the end of a programme, d) networking, e )letters of appreciation, f) volunteers involved, g) behaviours - positive behavioural changes, h) environmental impact – Is the environment better off? A model for successful EE (based on the research) will be discussed. PALAVRAS-CHAVES: Success Factors, Environmental Education, Champion

Nascentes Verdes Rios Vivos - restaurando a paisagem para conservar a água Andrea Pupo Bartazini, Roberto de Lara Haddad

IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas Localizado na cidade de Nazaré Paulista, interior de São Paulo, o reservatório Atibainha integra o Sistema Cantareira de águas, que abastece cerca de sessenta por cento da população que vive na Região Metropolitana de São Paulo, a mais desenvolvida do país (Souza, J. F. V. 2007). A destruição ou ausência da mata ciliar nos reservatórios, nas nascentes e no curso dos rios que formam a bacia do rio Atibaia é uma grande ameaça à qualidade e disponibilidade da água, à sobrevivência de muitas espécies da fauna e de milhares de seres humanos que dependem deste recurso. As ações do projeto “Nascentes Verdes Rios Vivos”, iniciativa do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, tiveram início em 2007 com o levantamento da fauna, das Áreas de Preservação Permanente e o plantio de árvores. Trata-se de um esforço para proteger mananciais, o reservatório de água e a biodiversidade numa grande área de Mata Atlântica. O componente de Educação Ambiental foi agregado às ações em 2010 e conta com a parceria das quatro escolas estaduais da cidade. Todos os anos, cerca de 500 alunos e cinquenta professores participam de atividades práticas inseridas na Mata Atlântica, direcionadas à sensibilização e conscientização para as questões ambientais e, principalmente, para aquelas relacionadas à restauração da paisagem. O projeto proporciona aos estudantes palestras temáticas que são proferidas por pesquisadores do IPÊ, além de atividades de campo, como oficinas de preparação de mudas de árvores nativas no viveiro-escola, mutirões de plantio, coleta de dados para o monitoramento de áreas de restauração e caminhadas em trilhas onde são disseminados conhecimentos etnobotânicos. Com o apoio da Diretoria de Ensino Regional de Bragança Paulista, os professores vivenciam as mesmas práticas dos seus alunos, porém com um olhar voltado ao planejamento de situações de aprendizagem relacionadas às atividades de campo. Dessa forma, eles são incentivados a apropriar-se de instrumentos pedagógicos e metodológicos que aprimorem a prática docente. Além disso, trabalham as questões socioambientais locais, reconhecendo sua importância e os problemas relacionados através de uma abordagem curricular integrada e transversal, contínua e permanente, em todas as áreas de conhecimento. Os resultados dos trabalhos dos professores e alunos são sempre apresentados em eventos de final de ano, com a presença de toda a comunidade escolar incluindo os pais dos estudantes. Uma

pesquisa realizada em 2012 revelou que esses pais aprovam a abordagem do tema socioambiental e que os filhos têm levado o conteúdo adquirido para casa. PALAVRAS-CHAVES: Restauração, Educação, Mata Atlântica

Naturando - Construindo Cidades na História da Humanidade José Carmelo de Freitas Reis Júnior, Rafael Ramos Castellari, Bertha Azambuja Rolim de Camargo, Hetiany Ferreira da Costa, Marcelo Esteves Susuki, Thainara Pereira Prefeitura de Sorocaba Há cerca de 30 anos Sorocaba-SP é palco de diversas ações de Educação Ambiental nos Parques da cidade. Entre elas estão os tradicionais projetos de férias, em que crianças de diferentes idades realizam gincanas e jogos interativos nos Parques durante as férias escolares. Nesse contexto a Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de Sorocaba realizou o projeto “Naturando - Construindo Cidades na História da Humanidade”, que abordou aspectos socioambientais da história da humanidade, o surgimento e o futuro das cidades. O projeto teve como objetivo apresentar de forma lúdica e interativa a realidade atual sobre as cidades, de onde surgiram, como funcionam e o que fazer para melhora-las. Sensibilizando os participantes para questões relacionadas dentro de sua realidade, demonstrando ações para que entendam e contribuam para o meio ambiente e a qualidade de vida. O curso aconteceu de 22 a 26 de julho no período da tarde no Parque “Chico Mendes” com 40 participantes de 7 a 12 anos. As atividades aconteceram por meio de jogos interativos, atividades práticas, “contação” de histórias, tarefas socioambientais, atividades nas trilhas e espaços do Parque e uma visita técnica ao Paço Municipal (Biblioteca, Palácio dos tropeiros e Câmara dos vereadores).A metodologia utilizada foi baseada em uma gincana, com bases envolvendo sub-temas, dividas nos dias trabalhados: • Jogo da Vida: Homem na selva, Alimentos e os sentidos, O ecossistema e Cultura indígena. • Jogo das Sociedades: Conhecendo as sementes, Construindo sociedades, A vida em sociedade e Expressão cultural. • Jogo da Democracia: Visita ao Paço, Corrida do

Voto, O Chico quer saber e Visita a biblioteca. • Jogo da Sustentabilidade: Cuidar do próprio lixo, Cultivar seu alimento, Ocupar espaços livres e Recuperar o ambiente natural. Durante os jogos foram nomeadas equipes com nomes indígenas de contexto local. Em cada base havia uma demonstração ilustrando o tema, uma explicação do monitor, uma tarefa a realizar, uma questão a responder e uma pista para a próxima base. Dessa forma foi abordada de forma lúdica a problemática atual das cidades contextualizada na origem das sociedades. As práticas realizadas em cada base, as respostas dadas a cada questão, bem como uma avaliação final colaborou com indicadores positivos da sensibilização dos participantes durante a ação. O envolvimento das crianças durante a semana de vivências também cria uma relação de pertencimento as áreas verdes e espaços públicos, além de contribuir para a formação de agentes multiplicadores de práticas sustentáveis para as cidades. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental Não Formal, Áreas Verdes, Cidades

Nurturing environmental behaviours through the Sepilok Junior Rangers Bernadette D Joeman, George Hubert Petol & Loraiti Lolin Rainforest Discovery Centre Sabah Forestry Department, Malaysia The Rainforest Discovery Centre or RDC is an environmental education (EE) centre in the east coast of Sabah, Malaysia. This centre was developed in 1996 by the Sabah Forestry Department, a state government department, with the aim to create awareness on the importance of the forest, to students and to all visitors. Situated within the Kabili-Sepilok Forest Reserve, the RDC is surrounded by communities consisting of staff of the Sabah Forestry Department, staff of the Sabah Wildlife Department and the local communities who are mainly fruit farmers. There are an estimated 100 children living around Sepilok. Due to its proximity to the communities, RDC used to experience problems such as vandalism of its structures and signage, littering along the forest trails and graffiti. Mischievous kids also killed wildlife such as squirrels and birds with their homemade catapults. Realising these problems, in 2006, the RDC set up an informal children’s nature

club called the Sepilok Junior Rangers. Their activities among others are learning about plants and animals around the RDC, bird watching, nature camps, birding camps, face painting and recycling. This paper aims to share the changes in attitude and behaviours of the children in Sepilok before and after they became junior rangers. O meio ambiente começa no meio da gente: educação ambiental para alta conservação da Bacia do Pericumã (Pedro do Rosário – MA) Regina Célia De Castro Pereira, Amanda Diniz Santos Universidade Estadual Do Maranhão Apresentam-se neste trabalho os resultados de um projeto de Extensão desenvolvido em comunidades rurais do município de Pedro do Rosário (MA), financiado pelo programa PIBEX (Programa Institucional de Bolsa de Extensão) da Universidade Estadual do Maranhão. O referido projeto resulta das atividades de pesquisa que vem sendo realizada na bacia do rio Pericumã, situado na Baixada Maranhense, uma das regiões geográficas do Maranhão, cujo sistema ambiental é muito frágil em função de suas características ecológicas e de sua localização no estado. O município de Pedro do Rosário, situado nesta região, foi escolhido para aplicação do projeto por apresentar um aumento das queimadas nos campos de várzeas; redução da quantidade de pescados e da diversidade de espécies e assoreamento dos rios. Daí se buscou nas estratégias de educação ambiental, o enfrentamento dos problemas presentes no referido município, considerando a realidade em seu conjunto indissociável de aspectos econômicos, ecológicos, sociais e culturais e a possibilidade de uma abordagem integrada e holística destes problemas junto a estudantes do ensino fundamental. O projeto de extensão em educação ambiental foi desenvolvido para a realidade local, priorizando o conhecimento da realidade, dos ecossistemas e das problemáticas sociais. O objetivo foi promover a conservação da alta bacia do rio Pericumã, a partir de estratégias de educação ambiental formal, com oficinas educativas e atividades lúdicas em escolas do ensino fundamental I e II. Enfocou-se os temas, “meio-ambiente”, “a pessoa” e o “lugar”, visando à sensibilização em relação aos direitos de cidadania das pessoas e a conservação ambiental. Realizou-se levantamento e catalogação de fontes bibliográficas

para o conhecimento do sistema ambiental da alta bacia do Pericumã e de sua sociedade, tendo em vista a identificação dos aspectos ambientais mais críticos, relativos à natureza, à pessoa e a cidadania. Posteriormente, foram realizadas as oficinas meio-ambiente, a pessoa e o lugar, contemplando duas escolas públicas em comunidades rurais do município Pedro do Rosário com alunos de idade entre 06 e 15 anos. Os resultados demonstraram um elevado interesse e motivação de toda comunidade escolar, houve efetiva participação dos alunos nas atividades, o que contribuiu para o êxito do projeto. A expectativa é de continuidade do projeto com expansão para outros municípios e elaboração de materiais didáticos que abordem a realidade da área que é notoriamente carente de informação. PALAVRAS-CHAVES: Baixada Maranhense, Pedro do Rosário, Educação Ambiental

O Parque Estadual de Porto Ferreira como espaço educador na região nordeste do Estado de São Paulo: resultados de parcerias entre os anos de 2010 a 2013. Sonia Aparecida de Souza, Andréia Luiza Baggio Rodrigues, Paulo Lameiro, Suélen Rigon Instituto Florestal / Fundação Florestal O Parque Estadual de Porto Ferreira localiza-se na região nordeste do interior do Estado de São Paulo, onde ao longo dos anos, o ambiente natural e a biodiversidade deram lugar à agricultura, à pecuária e mais recentemente ao agronegócio. O Parque conserva amostras representativas da vegetação de cerrado, floresta estacional semidecidual e 5 km de mata ciliar ao longo do rio Mogi-Guaçú, que se configuram em habitat e refúgio para centenas de espécies da fauna. A educação ambiental no Parque tem os objetivos de sensibilizar e conscientizar a comunidade sobre a importância da biodiversidade e apoiar a sua conservação e gestão. Considerando as políticas públicas, a necessidade de ações de cooperação e o trabalho em rede entre os órgãos gestores do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, as secretarias estaduais e municipais de educação e de meio ambiente e em atendimento ao Plano de Manejo da unidade, a partir do ano de 2010 foram implantados projetos específicos. O projeto “Parque na Escola” se refere a uma parceria entre a unidade e o Departamento de Educação do Município

de Porto Ferreira, desenvolvido de forma integrada, sistematizada e continuada para classes da educação infantil e do ensino fundamental, visando à sensibilização de estudantes sobre a importância da biodiversidade e despertar o interesse nos professores para práticas pedagógicas e vivências em contato com a natureza. Em 2011 o Parque integrou o projeto “Lugares de Aprender”, resultante de uma parceria entre a Secretaria da Educação - Fundação para o Desenvolvimento Escolar FDE e a Fundação Florestal, com o objetivo de promover o acesso das escolas às unidades de conservação, com atividades de apoio ao currículo escolar e abordagem de temas ambientais locais, atendendo à Diretoria de Ensino da região de Pirassununga que abrange oito municípios e 25 escolas, com a participação de estudantes e professores do 6º ao 9º ano e do ensino médio. Palestras temáticas, exposições, trilha interpretativa monitorada, jogos, estudo do meio, interpretação e plantio de arboreto, oficinas, materiais de divulgação e paradidáticos como o folder e o roteiro interpretativo da Trilha das Árvores Gigantes e o folheto Nossa Fauna são as principais estratégias educativas utilizadas nos dois projetos, enfatizando conceitos relacionados aos ecossistemas regionais, histórico do Parque, biodiversidade, mata ciliar, importância das florestas, relações ecológicas e impactos ambientais. Assim, nos últimos anos o Parque estreitou a sua relação com as escolas e foi utilizado como espaço educador por 3.214 estudantes do Projeto “Parque na Escola” e por 4.050 do Projeto “Lugares de Aprender”, possibilitando a integração dos conceitos socioambientais locais e regionais com os currículos escolares, visando o apoio à conservação da biodiversidade, dos recursos naturais e do meio ambiente em geral. PALAVRAS-CHAVES: Biodiversidade, Educação Ambiental, Floresta

Observadores Mirins de Aves da Serra da Bodoquena Marja Z. Milano, Anne Zugman, Lúcia M. O. Monteira, Patrícia H. Zerlotti, Chris A. T. Vasques Fundação Neotrópica do Brasil O Projeto “Observadores Mirins de Aves da Serra da Bodoquena” é realizado pela Fundação Neotrópica do Brasil (FNB), uma organização não governamental sem fins lucrativos, de Mato Grosso do Sul com

sede em Bonito, que atua desde 1993 em prol da conservação da natureza. O objetivo é possibilitar a educação e sensibilização ambiental de crianças e adolescentes por meio do convívio com a natureza, a partir da prática de fotografar e observar as aves. Realizado entre 2011 e 2012, primeiramente com apoio do Grupo O Boticário de Proteção à Natureza e após do Instituto Oi Futuro, beneficiou 80 crianças e adolescentes (6 a 15 anos) em situação de vulnerabilidade social. Semanalmente (4 horas) os alunos participavam de atividades teóricas e práticas, totalizando 140 horas. As aulas tiveram como eixo temático as aves e ambientes naturais locais e suas interrelações. Foram estimuladas as reflexões sobre a importância da conservação da natureza e o papel de cada um nesse processo, utilizando diferentes recursos didáticos como: vídeos, dinâmicas, elaboração de jornais e contação de histórias, além das saídas a campo. Por meio de parcerias com empresários locais, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer diversos atrativos turísticos. Assim, passaram a compreender porque as belezas naturais de Bonito/MS atraem turistas do mundo inteiro, contribuindo para o “despertar” do sentimento de pertencimento e orgulho em relação ao patrimônio natural da região onde vivem. Concomitantemente, a prática de observação de aves estimulou, de maneira lúdica e agradável, a disciplina, concentração, foco, observação, respeito e cidadania. O uso de binóculo e máquina fotográfica digital se mostrou importante no processo de aprendizado. Aumentou o interesse dos alunos, auxiliou na memorização dos conteúdos e possibilitou o reconhecimento e exercício de habilidades próprias. Através da análise das fotografias, foi possível avaliar a evolução desses “olhares” ao longo do projeto. Com base na evolução deste grupo de crianças, acreditamos que esta ferramenta educacional pode ser utilizada com sucesso em grupos de diferentes faixas etárias, em áreas urbanas, rurais ou naturais e que desta maneira podemos contribuir para a formação de uma nova geração de cidadãos que conheçam, gostem e cuidem do meio ambiente ao seu redor. PALAVRAS-CHAVES: Educação ambiental, Observação de Aves, biodiversidade local

ODS, EDS e as organizações. O papel das organizações na comunicação da sustentabilidade: dos Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável à Educação para o Desenvolvimento Sustentável Iara Maria da Silva Moya Universidade de São Paulo, USP A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, deu visibilidade mundial às ameaças à vida em nosso planeta e sinalizou que o mundo precisa aprender novos modos de viver. A ação do homem sobre o planeta é de tal ordem que hoje admite-se um novo período geológico da Terra, o Antropoceno, e as consequentes mudanças climáticas. A sustentabilidade passa a ser questão de vida ou morte. Esse novo entendimento requer a comunicação como estratégia, no aprendizado de novas maneiras de ver e de viver a vida. Um resultado importante da Rio+20 foi a proposição dos ODS, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que devem substituir, ou complementar os ODM, Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que têm por prazo final o ano de 2015. Nesse sentido, o Secretário Geral da ONU propôs uma série de iniciativas sob o título genérico de Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.O artigo aborda duas dessas iniciativas. A primeira refere-se a Rede da ONU de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN), que publicou recentemente, em junho de 2013, o relatório “Uma Agenda de Ação para o Desenvolvimento Sustentável”. O estudo elenca os desafios prioritários para o desenvolvimento sustentável, com questões já presentes nos ODM; propõe aspectos que vão do aprimoramento de sistemas de agricultura e a prosperidade rural ao asseguramento de serviços ecossistêmicos e biodiversidade; e abrange pontos polêmicos como o desenvolvimento dentro dos limites planetários; frear a mudança climática, assegurar energia limpa para todos e a transformação da governança para o desenvolvimento sustentável. A outra iniciativa refere-se à consulta popular à sociedade civil mundial, chamada My World, “Meu Mundo”, visando definir as prioridades para um mundo melhor, a partir de uma relação de 16 itens, que vão do acesso à água potável e saneamento, às liberdades políticas e ao combate às mudanças climáticas. Na medida em que os ODS tornam-se a nova agenda do planeta, dos governos e das organizações, é nesse contexto que se busca refletir sobre a contribuição das organizações na comunicação para a sustentabilidade. Enquanto os governos são chamados a assumir a liderança na promoção da sustentabili-

dade, as empresas e as diversas organizações da sociedade civil têm a responsabilidade de promover uma nova comunicação atuante na discussão de novos conhecimentos, valores e comportamentos que a sustentabilidade requer. A comunicação para a sustentabilidade visa a construção e o debate de uma nova visão de mundo. PALAVRAS-CHAVES: ODS; EDS; organizações

Percepciones sobre la Naturaleza y actitudes ambientales de los niños y niñas en escuelas urbanas de cuatro cantones de la provincia de Heredia, Costa Rica María Elisa Durán López El contacto con la Naturaleza es fundamental para el desarrollo infantil e influye en la formación de las percepciones ambientales. En el contexto urbano, las escuelas representan un entorno adecuado para iniciar y fortalecer la relación con la Naturaleza. En este estudio se analizó la influencia del sexo, presencia o ausencia de áreas verdes escolares y el tipo de financiamiento escolar sobre las percepciones ambientales (ecocéntricas o antropocéntricas) de los niños de tercer grado (n=207) de ocho escuelas urbanas en la provincia de Heredia (Costa Rica). Las percepciones ambientales se evaluaron a través de una encuesta (análisis cuantitativo) y de dibujos, entrevistas y observación no participante (análisis cualitativo) del grupo meta, para posteriormente triangular los resultados. El análisis cuantitativo sugirió que el ecocentrismo marcado estuvo ligado a: a) la presencia de áreas verdes en las escuelas y al contacto directo que los estudiantes tengan con e llas y b) el sexo, en donde el sexo femenino fue más ecocéntrico (análisis multinivel percepción= 16,36 -5,24 sexo masculino +5,36 escuelas con área verde). Sin embargo, los resultados del análisis cualitativo también demostraron que el grupo meta en general, fue más ecocéntrico de lo que se esperaba (sexo masculino y escuelas SAV). Además, a través de las metodologías cualitativas se evidenciaron otros factores que influyeron en la postura ambiental del grupo meta: c) el enfoque ambiental de las maestras, d) la relación cercana con ellas (sentimientos y emociones), y e) el tipo de financiamiento escolar. Con base en los resultados, se manifiesta la importancia de incluir espacios verdes en las escuelas, para que los niños tengan una interacción directa con la Naturaleza. Asimismo, es

fundamental promover en la escuela, la enseñanza de una ética ambiental que enfatice la interconexión entre humanos y demás elementos del ecosistema, entendiendo el valor intrínseco de la Naturaleza. Dicha enseñanza debe construirse sobre acciones y ejemplos de las maestras y autoridades escolares para generar un cambio real de consciencia ambiental. PALAVRAS-CHAVES: Percepciones Ambientales, Escuelas Urbanas, Costa Rica

Permacultura, educação popular e criação de espaços educadores como agentes da transformação sistêmica: Associação Veracidade e a casa educadora Djalma Nery Ferreira Neto Veracidade É preciso reconhecer os limites de um processo de ensino-aprendizagem pontual, que se restrinja a espaços oficias, negligenciando o caráter transversal e constante de tal processo, inerente a praticamente toda e qualquer situação. Quase todos os momentos de nossas relações com outras pessoas e com o mundo à nossa volta podem ser momentos de aprendizado. No entanto é preciso também reconhecer a impossibilidade de uma intervenção constante por parte das instâncias educativas tradicionais – isso porque a educação em voga compartimenta o processo ensino-aprendizagem lacrando-o dentro das salas de aula e apenas na presença de profissionais qualificados para condução do mesmo, reproduzindo uma prática anti-sistêmica de educação, desconectada do todo e fragmentada. Em geral, grande parte da prática de educação ambiental de que se tem notícia, segue esta mesma linha não processual, resumindo-se a intervenções pontuais e, não raro, vinculada às instâncias oficias de ensino contemporâneas. Escolas, gestores e educadores, ainda que valorizem a dimensão ecológica no/do ensino, tendem a fazê-lo dentro dos espaços e formas já disponíveis, tomando por simples conteúdo uma questão que, dada sua amplitude e potencial, dificilmente poderia ser levada a cabo sem uma alteração na forma. É por isso que o conceito de ‘espaços educadores’ é tão central: a partir da criação de espaços onde o processo ensino-aprendizagem seja intencionalmente estimulado (seja na relação com o espaço ou na relação com aqueles que o ocupam) é possível criar uma dinâmica pedagógica continuada, processual e

não pontual; muito mais vivencial do que mimética. É em tal percepção que reside a responsabilidade de planejar espaços (sejam públicos ou privados) para que catalisem processos de aprendizagem; para que reúnam comunidades aprendentes (BRANDÃO, 2005) e construam de forma consciente o caminho para a uma percepção crítica e apurada da realidade circundante. Com a perspectiva de proporcionar tal vivência é que nasce a Associação Veracidade, em 2012, na cidade de São Carlos, interior de São Paulo. A Veracidade é um grupo, uma prática, uma proposta. Uma proposta posta em prática em grupo. É uma Organização não governamental que reúne indivíduos interessados em vivenciar e apreender a permacultura: um método sistêmico de planejamento que é também uma filosofia comunhão com a natureza. O presente trabalho visa realizar um estudo de caso da citada Associação, apontando a vantagem da multiplicação de espaços educadores na educação ambiental e na relação com o entorno. PALAVRAS-CHAVES: Permacultura, Pensamento Sistêmico, Educação Popular

Plantios Escolares: Uma Metodologia para Mobilização Socioambiental e Participação Cidadã de Estudantes da Rede de Ensino de Sorocaba Rafael Ramos Castellari Os Plantios Sociais junto as Escolas da Rede de Ensino de Sorocaba (Municipal, Estadual e Particular) está embasada na declaração das cidades educadoras para o desenvolvimento sustentável (2011), com o intuito de utilizar praças, parques e outras áreas públicas para sensibilizar as crianças sobre a importância da recomposição da vegetação nas áreas urbanas e seu papel como cidadão atuante, capaz de agir favoravelmente ao desenvolvimento sustentável global através de pequenas ações locais em sua comunidade. As ações realizadas neste projeto justificam-se como tentativa para superar a fragmentação dos conhecimentos sobre arborização em espaços da cidade e a dissociação destes com as atitudes individuais, através da aliança de aspectos educacionais e afetivos, utilizando a vivência em campo. Segundo MOREIRA, (1999), o aprender também requer prazer e afetividade, que direciona o indivíduo para a aprendizagem significativa, obtida com a int egração do pensamento, sentimento e ação com

a estrutura cognitiva do aprendiz. Sendo assim, o conhecimento, através da vivência no plantio, passa a ter um significado na realidade em que as crianças se encontram. Assim, pelo conhecimento adquirido e partindo da associação deste com as experiências e conhecimentos anteriores, espera-se que as crianças desenvolvam capacidade crítica e prática para realizar ações conscientes e significativas. Objetiva-se que o trabalho desenvolvido contribua para torná-las capazes de participar de ações para a melhoria e soluções de problemas que possam aparecer, agindo ativamente na sociedade, tornando-se cidadãos plenos, cientes de seus direitos e deveres.\r\nPara tal, as crianças participaram de oficinas em suas unidades escolares para compreender e refletir sobre vários aspetos envolvidos com a ação. Após este primeiro contato na unidade escolar, as crianças vão a campo, no local do plantio, para então vivência rem o que foi trabalhado na escola. As áreas escolhidas para o Plantio Escolar localizam-se preferencialmente no entorno das escolas participantes. As turmas participantes do Plantio Escolar retornam periodicamente ao local do plantio, onde será feito o acompanhamento e o registro do desenvolvimento dos espécimes por eles plantados, possibilitando o estabelecimento de vínculo e o despertar da consciência cidadã, através da visualização dos impactos positivos do trabalho coletivo realizado em cada área.Participaram do “Plantio Escolar”, entre os anos de 2011 e 2013 11.639 alunos matriculadas nas redes de ensino de Sorocaba, com idades entre 03 até 17 anos, envolvendo 35 escolas, em um total de 18 eventos de plantio no decorrer do ano de 2011, com saldo de 30.400 mudas plantadas. PALAVRAS-CHAVES: Plantios Sociais, Mobilização Social, Educação Ambiental

Por que o Brasil deve assinar a Convenção de Aarhus? Isis Akemi Morimoto, Marcos Sorrentino IBAMA e USP/PROCAM A “Convenção Sobre Acesso à Informação, Participação do Público no Processo de Tomada de Decisão e Acesso à Justiça em Matéria de Ambiente” conhecida como Convenção de Aarhus entrou em vigor para a União Europeia em 30/10/2001 e hoje conta com 46 países signatários (denominados como Partes), sendo que dentre estes, 21 países não fazem parte

da União Europeia. O art. 19, § 3º da Convenção abre esta possibilidade de adesão para países não integrantes da Comunidade Europeia desde que sejam membros das Nações Unidas aprovados pelas Partes. Os três pilares da Convenção de Aarhus, quais sejam: informação, participação e acesso à justiça, interessam especialmente ao Brasil tendo em vista que a normatização existente no País sobre estes temas carece de implementação mais efetiva através da conjugação de esforços de diferentes setores da sociedade. Buscando compreender o entendimento de alguns destes setores sobre o tema, foram examinados documentos produzidos por entidades da sociedade civil, renomados doutrinadores brasileiros e membros de instituições públicas e privadas que vêm se manifestando em favor da adesão brasileira à referida Convenção desde o ano de 2001. Concluiu-se que a possível adesão do Brasil à Convenção de Aarhus representaria uma importante oportunidade de promover cooperação internacional através do compartilhamento de informações, experiências e metodologias que poderiam contribuir para a melhoria da aplicação da legislação ambiental no País, bem como, com a potencialização da participação popular nos diversos processos decisórios e de controle social de forma consoante aos princípios da Educação Ambiental crítica e emancipatória. PALAVRAS-CHAVES: Informação, Participação, Acesso à Justiça, Educação Ambiental

Presencia pedagógica del Río Bogotá: un estudio en la cuenca alta (Cundinamarca – Colombia) Ciro Parra Moreno, Jefferson Galeano Martine Universidad de La Sabana La huella dejada por el manejo irregular de los recursos naturales en Colombia cada día es más evidente y los problemas ambientales que el país enfrenta son cada vez más complejos. Uno de ellos es la alta contaminación del Rio Bogotá, cuenca ubicada en el departamento de Cundinamarca, con una extensión de 380 km, alberga cerca del 18% de la población colombiana, lo que lo convierte en un eje importante para el desarrollo económico, social y ambiental del país. En la actualidad es considerado uno de los ríos mas contaminados del mundo. Para lograr mitigar esta problemática, se han planteado varias estrategias, entre las cuales

se destaca la educación ambiental, la cual debe ser impartida desde las instituciones educativas a través de los proyectos ambientales escolares (PRAES). Es una estrategia educativa que se define como proyectos transversales e interdisciplinarios que incorporan la problemática ambiental al quehacer de las instituciones educativas teniendo en cuenta la dinámica natural y sociocultural de contexto. Sin embargo, al explorar casos como el del río Bogotá pone en evidencia que la estrategia no impacta significativamente los entornos socioambientales. En la presente investigación documental cualitativa se realizó un análisis de la pertinencia de los PRAES de las instituciones educativas ubicadas en la zona de influencia de la cuenca alta del río Bogotá frente a la responsabilidad ambiental con dicha cuenca. Participaron 18 instituciones educativas de seis municipios (Villapinzón, Chocontá, Gachancipá, Suesca, Sesquilé y Tocancipá). Se construyeron dos instrumentos, el primero realizó una revisión técnica estructural y el segundo realizó un análisis por tres categorías (pertinencia, relevancia y viabilidad) y seis subcategorías (Pertinencia del diagnostico inicial, pertinencia pedagógica de las estrategias, suficiencia de recursos, integralidad del PRAE, vinculación con otros actores y presencia del río Bogotá) previamente definidas. Los resultados muestran que los PRAES no son pertinentes con las necesidades educativas frente al cuidado y conservación de la cuenca alta del río Bogotá, debido a que el eje de trabajo de varias propuestas es el reciclaje. Solo dos colegios contemplan el río Bogotá, en una jornada pedagógica y no como centro de trabajo interdisciplinar y transversal. También se evidencia insuficiencias técnicas en las propuestas, debido a que gran parte de los líderes de los PRAES no poseen las suficientes herramientas pedagógicas ni académicas para plantear propuestas significativas que involucren a la comunidad educativa y social. PALAVRAS-CHAVES: Río Bogotá, Cuenca Alta, Proyecto Ambiental Escolar

Profesionalización de educadores ambientales que laboran en Centros de Educación y Cultura Ambiental Paola Bueno Ruiz, María Esther Méndez Cadena, Beatriz Martínez Corona Colegios de Postgraduados

Con la creación del Programa Internacional de Educación Ambiental surgieron diversas prácticas pedagógicas que incurrieron en sesgos y distorsiones en la instrumentación de procesos educativos. En México, los programas de educación ambiental no formal, a cargo de los Centros de Educación y Cultura Ambiental (CECA), presentan cuadros poco calificados en aspectos pedagógicos para alcanzar resultados de aprendizaje significativo , debido a la poca preparación en el área educativa del personal contratado, el cual se compone de profesionistas de diversas áreas. Cada CECA ha definido el tipo de educadores que necesita y las capacidades que de ellos requieren, pero algunos estudios coinciden en la necesidad de profesionalizarlos pues, si bien la educación no es tarea exclusiva de educadores profesionales, todo proceso dirigido a educar necesita aplicar principios pedagógicos mínimos que permitan generar alternativas de intervención educativa que, a su vez, concilien teoría ambiental y práctica educativa para afrontar adecuadamente la labor de dichos centros. Siendo así, la investigación tiene como objetivo demostrar la necesidad de profesionalizar a los involucrados en la educación ambiental, al suponer que ésta, tanto en su planeación como en su realidad operativa, está relacionada con las prácticas pedagógicas de quienes la llevan a cabo. En base a lo anterior, el diseño metodológico, que incluye el análisis de representaciones sociales y estadística descriptiva y correlacional, parte de la fusión de datos cuantitativos y cualitativos a los cuales se accedió por medio de un cuestionario y una rúbrica de observación, los cuales fueron aplicados a la totalidad de los facilitadores empleados en ocho CECA del Estado de Puebla, México y que analizan las siguientes variables: Formación Académica, Experiencia Laboral, Formación Pedagógica, Formación Ambiental, Compromiso Socioambiental, Relación del facilitador con el CECA, para el caso del questionario; y para la rúbrica de observación: Objetivos, Presentación del facilitador, Manejo de grupo, Acción reflexiva, Análisis, Diálogo, Materiales y recursos didácticos y Evaluación. Al analizar los datos obtenidos se podrá identificar la necesidad de alcanzar propuestas de profesionalización y de educación ambiental no formal hacia la sostenibilidad. PALAVRAS-CHAVES: Profesionalización, Educación ambiental, Facilitadores

Programa de Educação Ambiental não formal do Sesc SP na Unidade de Itaquera Caroline Almeida Santos, Deborah Dias Matos, Guilhermo Bonini Panebianco Sesc Itaquera Na década de 1940 o Brasil passou por um acelerado crescimento urbano. Com o objetivo de oferecer alternativas de educação e cultura para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores do comércio e serviços e da comunidade em geral, surge o Serviço Social do Comércio – Sesc, que desde 1946 atua nas áreas de educação, cultura, lazer, saúde e ação comunitária. Com a proposta de proporcionar ao público acesso a um ambiente permeado pela diversidade, a educação permanente é a base de sua ação, que busca a pluralidade de olhares e a troca de saberes entre os diferentes atores da sociedade. Inaugurado em 1992, o Sesc Itaquera ocupa uma área de 350 mil metros quadrados, em um dos poucos remanescentes de Mata Atlântica da cidade de São Paulo, integrando a Área de Proteção Ambiental do Carmo. A sua localização permite observar a biodiversidade associada a este bioma, favorecendo o desenvolvimento de ações que objetivam aproximar o público da realidade socioambiental do entorno. Localizado na Zona Leste, área mais populosa da cidade, a Unidade é referência para os habitantes da região, que têm acesso a uma variedade de atividades, destacando-se as ações de educação ambiental não formal, trabalhada transversalmente. A diversidade de abordagens possibilita que o público amplie seu repertório, se aproprie de conceitos e ressignifique espaços, compreendendo as relações sistêmicas entre os seres vivos. Uma equipe multidisciplinar é responsável pela gestão do Programa de Educação Ambiental e dos projetos desenvolvidos, cuja base é discutir temas relevantes na formação da cidadania e sensibilizar o público para que sejam protagonistas da transformação local a partir da ação individual. Nesse contexto, são oferecidos de maneira permanente, cursos de capacitação de educadores e lideranças, onde estes são estimulados a desenvolver projetos nas instituições de ensino. Outra ação refere-se ao atendimento de grupos escolares organizados, oferecendo um roteiro de experimentação nas áreas verdes e outros espaços educadores da unidade. Além dessas iniciativas, destacam-se os programas de oficinas para diferentes públicos

– crianças, adultos, idosos e intergeracionais – e o fomento à articulação social para a criação de fóruns de discussão do contexto socioambiental da região. Estas ações são embasadas pelos valores e princípios que norteiam o Programa de Educação Ambiental não formal da Instituição – cooperação, convivência, respeito, não-violência, cuidado – e ilustram as estratégias utilizadas para o desenvolvimento deste programa. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental Não-Formal, Espaços Educadores, Transformação Social

“Programa de educação ambiental para todos” do Parque Água Vermelha Sorocaba-SP Aldo José Bittencourt Lopes Teixeira, Welber Senteio Smith, Rafael Ramos Castellari, Carolina Barisson M. O. Sodré, Viviane Aparecida Rachid, Cristiane Crispim Borges, José Carmelo de F. Reis, Maria Cláudia Camargo Madureira, Camila de Paula Alvarez, Rodrigo Miranda de Andrade Prefeitura Municipal de Sorocaba Secretaria do Meio Ambiente Cerca de 15% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência, no entanto não é verificada a presença de todos esses indivíduos na sociedade. Esse fato pode ser entendido pela desatenção dos setores públicos quanto à acessibilidade dos centros urbanos, o que exclui cerca de 70% dos indivíduos com algum tipo de deficiência do contexto social. Sendo assim, é fácil perceber que medidas públicas devem ser tomadas com a finalidade de garantir a acessibilidade das pessoas com deficiência (PcD) na sociedade. Nesse sentido, a Prefeitura de Sorocaba, através da Secretaria do Meio Ambiente, vem desenvolvendo o “Programa de Educação Ambiental para Todos” (PEAT) no Parque Água Vermelha, que tem por objetivo garantir o acesso de todos à Educação Ambiental, bem como o direito de utilização de áreas verdes e dos benefícios por elas oferecidos.Para garantir pleno acesso das PcD, em 2011 o Parque passou por uma série de melhorias sendo construídas rotas acessíveis com rampas de acesso e piso tátil, placas indicativas/educativas em braile, mapa tátil do local, espaços acessíveis como banheiros e bebedouros adaptados, brinquedos para usuários de cadeira de rodas, além de um “jardim sensorial”onde os participantes podem utilizar os cinco sentidos. O

PEAT atende grupos e pessoas interessadas ao longo de todo o ano de forma gratuita, levando sempre em consideração as especificidades de cada grupo e de seus participantes. As atividades são destinadas a todos os interessados, sejam eles indivíduos com deficiência ou não, garantindo a inclusão de todos nas atividades educativas desenvolvidas pelo Parque.As atividades são realizadas por intermédio de monitores treinados, sendo utilizadas as potencialidades do parque para abordar questões relacionadas à conservação e preservação do meio ambiente com foco na realidade local dos participantes, sempre de forma interativa e lúdica. Dentre as atividades oferecidas pelo Parque podemos destacar: visitas monitoradas para grupos previamente agendados com foco na conservação e proteção dos recursos hídricos; clubes ecológicos para crianças e idosos com objetivo de formar agentes ambientais e de transformação local; programação de férias com temática ambiental sempre nos meses de janeiro e julho; atividades ambientais aos finais de semana; além de atividades em comemoração a datas alusivas ao meio ambiente. O PEAT atende crianças, jovens, adultos e idosos e durante o ano de 2013 atendeu de forma direta cerca de 1923 pessoas. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Acessibilidade, Inclusão

PROGRAMA EDUCATIVO PARA LA CONSERVACIÓN DE LAS ESPECIES VEGETALES EN PELIGRO DE EXTINCIÓN, SEMERUCO, VERA Y CUJÍ. Gloriant Salas, Mónica Rodriguez Ministerio del poder para la Educación/ Instituto de los Derechos del Niño, niña y adolescente En el Marco de las Líneas Estratégicas Nacionales para lograr la conservación de la diversidad biológica 2010-20 que establece: la conservación de especies amenazadas y en concordancia con el eje transversal educación para la conservación de la biodiversidad que insta a promover espacios para la formación en conservación y diseño de programas académicos de formación para la gestión de la diversidad biológica; El Liceo Bolivariano “Francisco José Rojas” del Estado Lara, ejecuta un programa para la conservación de las especies vegetales semeruco, vera y cují , cuyo propósito es promover la formación y participación de los estudiantes en acciones

conducentes a valorar la importancia y conservación de la biodiversidad. Está estructurado en 3 fases: Planificación, Ejecución y Seguimiento/evaluación. La metodología es vivencial y participativa, procurando un aprendizaje significativo y el accionar de todos los actores mediante el desarrollo de proyectos de investigación, carteleras, juegos didácticos, charlas y plantación de especies. Los resultados obtenidos reflejan amplia motivación de los estudiantes a participar en las actividades anteriormente descritas, se forma y educa a los jóvenes para que asuman una actitud responsable en la utilización de los recursos naturales y en armonía con el ambiente. En conclusión se han desarrollado diferentes estrategias que han propiciado la participación y aprendizaje de los estudiantes, se observan amenazas para la conservación de las especies vera, cují y semeruco (especie emblemática del Estado Lara) por tal razón, se recomienda que esta temática sea abordada en las diferentes instituciones educativas del estado. PALAVRAS-CHAVES: Programa Educativo, Biodiversidad, Conservación

Projeto de extensão universitária em educação ambiental “Semente Viva” Mariana Virgínia Moretti Carvalho, Vivian de Oliveira Porto Universidade Estadual Paulista (UNESP/Rio Claro) Pode-se entender a Educação Ambiental como uma mediação educativa, de forma a abranger as áreas do conhecimento, relacionando-as, sendo essencial para a definição de novos conceitos e práticas ambientais que contribuem para o desenvolvimento social (CARVALHO, 2001). Dessa forma, são valorizadas alternativas mais coerentes para as necessidades atuais e soluções para as problemáticas que envolvem as relações indivíduo e meio ambiente, de maneira responsável e consciente. O Projeto de Extensão em Educação Ambiental “Semente Viva” foi fundado no ano de 2000 por alunos do curso de Ecologia da Universidade Estadual Paulista (UNESP/ Rio Claro) visando estreitar laços entre a comunidade e a universidade, propondo atividades que estimulem a criatividade e a participação ativa do público alvo, fomentando o desenvolvimento de habilidades manuais e a postura crítica das crianças por meio de atividades lúdicas, rodas de discussão, jogos, teatro, música e dança, entre outros. O projeto tem como

objetivos a mudança da percepção ambiental dos membros do projeto e do público alvo, focando na reflexão e no mútuo aprendizado; sensibilização para com os problemas ambientais a fim de promover uma união indissociável entre indivíduo e natureza dentro de uma consciência coletiva; estímulo à tomada de decisões a favor do bem estar da sociedade e de todos que a compõem. Assim, são realizadas atividades com a temática proposta pelo grupo na Escola Municipal Sylvio de Araújo, localizada no bairro do São Miguel, na cidade de Rio Claro – SP. São contemplados alunos de uma sala do quarto ano do Ensino Fundamental, durante todo o ano letivo, sendo as atividades realizadas uma vez por semana com a duração de uma hora. O projeto atua na escola desde 2010 até os dias atuais. O grupo está em constante renovação de membros, contando atualmente com alunos do curso de Ecologia, Pedagogia, Engenharia Ambiental e Matemática da UNESP/Rio Claro. Além disso, há a busca de embasamento teórico e ferramentas didáticas para o planejamento das atividades a serem realizadas durante o ano e são compartilhadas experiências individuais e coletivas que são essenciais à formação da identidade do grupo. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Criança e Meio Ambiente, Consciência Ambiental

Reserva Particular do Patrimônio Natural ­ RPPN da ArcelorMittal Vega: o espaço educador do Programa Verde Com Vida Giseli Aguiar de Oliveira, Renata F.S. Böhm, Elaine C. Spitzner, Fernando L. Diehl, Emilio M. Dolichney, José Alberto Schweitzer Acquaplan A ArcelorMittal Vega é uma empresa do grupo ArcelorMittal, um dos maiores conglomerados siderúrgicos mundial. A visão da sustentabilidade do grupo inclui, entre outras iniciativas, a criação de Unidades de Conservação integradas aos seus condomínios industriais. A ArcelorMittal Vega, localizada na região insular do Município de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina, criou em 2005 uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, com 76 hectares, equivalente a 1/3 do terreno da unidade industrial. A RPPN abriga remanescentes de Floresta Atlântica de Planície Quaternária, em estágio médio a avançado de regeneração, sendo esta a floresta brasileira mais ameaçada. Na RPPN

foram construídas estruturas para a realização de vivências educativas, como: trilhas interpretativas, hortas, viveiro de mudas e um Centro de Educação e Treinamento Ambiental (CETA). Neste ambiente é desenvolvido desde 2007, o Programa de Educação e Sensibilização Ambiental Verde Com Vida, que propicia ao público visitante vivências de sensibilização ambiental, em contato direto com a Mata Atlântica bem preservada. Procura-se despertar sentimentos de respeito e admiração pelo ambiente em equilíbrio, bem como promover descobertas e reflexões sobre o verdadeiro valor da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos. A metodologia fundamenta-se nos princípios da Educação Ambiental da Lei 9.795/1999, tendo o desafio de reaproximar as pessoas da natureza e de se reconhecerem como parte dela. As visitas monitoradas incluem atividades no campo da arte cênica, dos jogos cooperativos, das dinâmicas do fluxo do aprendizado sequencial e das práticas no viveiro de mudas. As atividades criadas aplicam, em linguagem adequada, as informações científicas compiladas pelo Programa de Monitoramento da Biodiversidade do condomínio industrial. Ao todo, desde a sua criação, 11.992 visitantes participaram do programa. O público alvo é formado por turmas de todas as faixas etárias, provenientes de instituições escolares e grupos sociais da região, além dos colaboradores da empresa acompanhados de seus familiares. O lanche e o transporte dos visitantes são fornecidos pela empresa. Ao final da vivência os participantes preencheram uma ficha de avaliação com itens referentes ao conteúdo da visita, sensibilização, expectativa. Nas avaliações, o programa foi classificado como ótimo, por 97% dos visitantes. Conclui-se que as Unidades de Conservação devem ser empregadas como espaços educadores, ao ar livre, onde as descobertas e a sensibilização ambiental acontecem naturalmente, contribuindo como uma das formas de se fazer educação ambiental para a sustentabilidade. PALAVRAS-CHAVES: Sensibilização, Vivências, Sustentabilidade

Sensibilização prévia como prática de aprendizado em unidades de conservação Giovana Cristiane Prevato, Olavo Raymundo Junior, Sonia Aparecida de Souza BK Consultoria e Serviços Ltda.

O presente trabalho apresenta uma proposta de sensibilização prévia para aumentar o interesse e o aprendizado de alunos em unidades de conservação. Para tanto, as atividades foram desenvolvidas na Escola Municipal de Ensino Fundamental Bernardo Garcia, do bairro Caju no município de Leme - SP e no Parque Estadual de Porto Ferreira, unidade de conservação do SIEFLOR – Sistema Estadual de Florestas, com a participação de 26 alunos da 3ª série e 29 alunos da 4ª série com faixa etária entre nove a 14 anos. As duas turmas responderam um pré e um pós-questionário sobre as relações socioambientais e visitaram o Parque. Apenas a turma da 4ª. série passou pela sensibilização prévia com a realização de práticas pedagógicas denominadas “percepção ambiental”, “muro das lamentações”, “pedra no meio do caminho” e “árvore dos sonhos” onde foram abordados os conteúdos sobre a relação entre seres vivos e o ambiente natural e urbano, impactos ambientais, problemas sociais, comparando-se à pedra do poema de Drummond e perspectivas dos alunos para melhorar as condições socioambientais. No Parque os alunos assistiram palestra sobre a unidade, visitaram a sala de exposições, fizeram caminhada monitorada no arboreto e na Trilha das Árvores Gigantes com o auxilio de um monitor e da professora. A turma da 3ª. série foi definida como controle e não fizeram as práticas de sensibilização na escola. As respostas dos questionários foram tabuladas e analisadas estatisticamente, utilizando o teste de variância anova e o teste t-studant. Os resultados indicaram que a metodologia utilizada foi de grande relevância para mesurar a efetividade da sensibilização antecedendo a visita ao Parque. O grupo sensibilizado, além de ter levado mais tempo na trilha, demonstrou maior interesse e motivação, conseguindo interagir e elaborar várias perguntas sobre as características do ambiente durante o percurso da trilha. A sensibilização antes da visita ao Parque proporcionou um rendimento estatisticamente significativo, devendo ser incorporada como parte integrante de programas de visitas às unidades de conservação visando aproximar os alunos dos ambientes naturais e assim apoiar a conservação da natureza e da biodiversidade. PALAVRAS-CHAVES: Biodiversidade, Unidade de Conservação, Educação Ambiental

Sesc SP e a atuação do Centro de Férias Sesc Bertioga: Os Mundos entre a Serra e o Mar Marcela Oliveira Fonseca, Ana Emília Cruz e Carla Cruz Soares Serviço Social do Comércio – SP Sesc - Serviço Social do Comércio é uma instituição brasileira, privada, criada em 1946 e mantida pelos empresários dos setores de comércio de bens, serviços e turismo. A ação do Sesc é nacional, todavia cada estado possui sua própria administração regional. No estado de São Paulo, o Sesc desenvolve seu trabalho pautado em três princípios norteadores: a destinação social ao sentido amplo de cultura; a dimensão cultural a ideia de educação permanente; o imperativo educativo à realidade diária de seu trabalho social. A unidade de Bertioga é um Centro de Férias que atua sob a ótica do turismo social junto aos hóspedes e comunidade local por meio de programas institucionais. As atividades propostas buscam vivenciar o lazer em todos os seus aspectos. Isto é, por meio de diversas atividades busca-se relacionar o tempo livre e engrandecimento cultural, de m odo que pode ser possível atingir um nível de envolvimento do participante que promova um desenvolvimento tanto no plano pessoal como no social. Dentre os diversos campos de atuação, destaca-se a área de Educação para a Sustentabilidade. A Unidade conta desde 2008 com o Centro de Educação Ambiental (CEA), local de referência para atividades socioambientais e mantém uma equipe técnica de profissionais com diferentes áreas de formação, cujas experiências em ações socioeducativas contribuem diretamente para o caráter multidisciplinar do Centro. Ressalta-se aqui que a atuação no campo da educação socioambiental no Sesc Bertioga, antecede a criação do CEA. O CEA pretende ser um espaço de construção e difusão de saberes e tem a missão de se constituir como polo gerador de experiências educativas onde mantém um diálogo com a comunidade local por meio de seu acervo pedagógico, apoio às instituições educacionais e da comunidade local. O Centro traz como tema vocativo: Entre a Serra e o Mar, e constitui-se como um espaço que trata a Educação Ambiental como produção de conhecimento com foco na realidade local e se propõe a favorecer o dialogo entre cultura e natureza. O CEA oferece atividades que atendem também a comunidade local, como cursos, encontros, capacitações e formações voltadas ao campo da Educação Ambiental. Todo o planejamento, mediação e avaliação das ações edu-

cativas são feitos pela equipe técnica. Com o intuito de aperfeiçoar e qualificar os trabalhos realizados pelo CEA, este trabalho visa compartilhar as práticas em EA realizadas, sejam para compartilhamento de experiências, para discussão de idéias ou propor novos subsídios educativos, práticas estas que estão alinhadas aos objetivos desta conferência. PALAVRAS-CHAVES: CEA (Centro de Educação Ambiental), Educação e Sustentabilidade

Sesc SP: a atuação socioambiental da Unidade de Interlagos na região sul da Cidade de São Paulo Lucas Carbonera Molina, Gabriela Graça Ferreira, Gustavo Herdeiro de Faria e Felipe Campagna de Gaspari Serviço Social do Comércio – SP O Sesc – Serviço Social do Comércio – é uma instituição brasileira privada de atuação nacional, criada e mantida pelos empresários dos setores de comércio, serviços e turismo, com o objetivo de colaborar para a melhoria da qualidade de vida do trabalhador desses setores, seus dependentes e comunidade. No estado de São Paulo, o Sesc desenvolve seu trabalho pautado na criação de elos que atam três princípios norteadores: a destinação social ao sentido amplo de cultura; a dimensão cultural à ideia de educação permanente; o imperativo educativo à realidade diária de seu trabalho social. O Sesc Interlagos implantado há 40 anos, às margens da Represa Billings, na Zona Sul de São Paulo, passou e vem passando por profundas transformações, principalmente quanto à ocupação do território. Na década de 1980, o Sesc Interlagos assume um papel pioneiro de incentivo a educação socioambiental em sua região. Implantado em área de mananciais e, atualmente, constituindo um raro fragmento de Mata Atlântica, a Unidade se torna um importante mediador de questões socioambientais na Zona Sul da cidade. Sua atuação se encontra organizada a atender diversos públicos em seis projetos: O Projeto Viva o Verde promove a visitação de grupos organizados, principalmente escolares. Nele, são oferecidas vivências que estimulam o contato com o ambiente natural por meio de atividades como trilhas e visitas ao Viveiro de Plantas. Outra iniciativa é o Projeto de Formação de Agentes Socioambientais (ASAS), que visa à formação de referências locais, oferecendo uma programação que dialogam com os interesses

da comunidade e buscam fortalecer e formar redes locais sensibilizadas quanto à conservação dos recursos naturais. No Viveiro de Plantas da Unidade, acontecem as Oficinas de Jardinagem e o Adote uma árvore, uma inciativa de doação de mudas de árvores nativas de Mata Atlântica atravé. Além disso, anualmente acontece o evento “Pétala por Pétala”, uma mostra de boas práticas ambientais. O projeto mais recente é o Conexão Sul, que visa oferecer atividades para educadores formais e não formais, onde são discutidos temas da região por meio de vivências, palestras e debates, formando uma rede de multiplicadores preocupados com as complexas questões socioambientais. Por meio desses projetos, procuramos promover e estimular debates e ações que buscam a melhoria das condições socioambientais locais, acreditando no poder da educação e da informação como motivadores de transformações e de construção de novos valores. PALAVRAS-CHAVES: Educação, Comunidade, Socioambiental

Sujeito e subjetividade em Edgar Morin e a proposta de uma educação para a sustentabilidade Tônia Andrea Horbatiuk Dutra Sense Consultoria Socioambiental Ltda. A compreensão da complexidade das relações homem/ambiente e o desenho de vias alternativas harmônicas ecologicamente consideradas, é um desafio a ser enfrentado com uma multiplicidade de ferramentas, dentre as quais a educação ambiental é uma das principais. A passagem da era moderna para a pós-modernidade acarreta uma gama de conflitos e impõe que teorias e práticas sejam revistas no seio da própria epistemologia. Filósofos e sociólogos como Bauman, Leff e Morin tecem severas críticas à racionalidade moderna, considerando-a uma das causas do distanciamento do homem de suas raízes biológicas e de por em risco a preservação do equilíbrio ecossistêmico do planeta, do qual a biodiversidade é um requisito essencial. Por sua vez, a crítica à modernidade levada a extremos sugere que a própria figura do Sujeito já não seria pertinente diante das condições de incerteza das verdades científicas, da intersubjetividade e da complexidade do conhecimento. A teoria do pensamento complexo de Edgar Morin, dentro desse contexto, oferece bons subsídios

para concatenar uma perspectiva de educação para a humanidade do futuro. Um dos elementos chave na obra do autor é pensar o homem como um ser auto-eco-geno-feno-organizador propondo um novo conceito de Sujeito, de modo a suplantar os impasses da pós-modernidade quanto a essa figura. Compreender-se Sujeito sob uma ótica não antropocêntrica como sugere Morin proporciona novas experiências e alcances na relação de alteridade do processo educativo. Explorar essas possibilidades é o objetivo do artigo proposto. Para uma abordagem da referida proposição teórica sugere-se primeiramente, traçar uma delimitação dos contornos da ideia de sustentabilidade contemplando seus matizes social, cultural, econômico e ecológico; tecer uma breve exposição sobre a teoria do pensamento complexo e o conceito de Sujeito em Edgar Morin; para, por fim, estabelecer um liame entre as possibilidades da educação ambiental em benefício da biodiversidade e do equilíbrio ecossistêmico, e o resgate da noção de Sujeito, quiçá capaz de interferir positivamente para a recomposição de um equilíbrio possível no embate homem/natureza, em favor da Vida. PALAVRAS-CHAVES: Sujeito, Morin, Educação Ambiental

Sustentando o Cerrado na Respiração do Maracá: conversas com os Mestres Krahô Verônica Aldé; Vera Margarida Lessa Catalão Universidade de Brasília; Pontifícia Universidade Católica de Goiás O presente trabalho discute a metodologia utilizada pelo projeto Água como Matriz Ecopedagógica AME na formação de formadores (professores e extensionistas ambientais) a partir de pesquisa de campo de pós-doutoramento desenvolvida no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação na Universidade de São Paulo, em 2010, sob a orientação do Prof. Dr. Pedro Jacobi A investigação foi realizada em Brasília - DF e envolveu 40 pessoas que participaram de quatro turmas de formação do projeto em momentos diferenciados anos 2003, 2008, 2009 e 2010 e da análise documental de textos e artigos produzidos no mesmo período. Interessava-nos avaliar o enraizamento do processo formativo e a repercussão na vida profissional e pessoal ao longo do tempo. A questão central foi desvelar o potencial

da água como sujeito e metáfora de religação entre o indivíduo e seu ambiente, entre a pessoa e seu universo simbólico, entre conhecimento e sabedoria e investigar o alc ance da metodologia utilizada para sensibilizar atores sociais e enraizar conhecimentos face à água, elemento aparentemente abundante, mas cuja qualidade e disponibilidade coloca em risco a sobrevivência humana e a vida planetária. Os depoimentos trazem evidências de que um educador ambiental formado dentro de uma concepção de educação sensível, e transdisciplinar altera e ressignifica o conceito de educação crítica e transformadora e nos estimula a pensar a auto-crítica como polo complementar para a educação ambiental crítica. A análise dos conteúdos e dispositivos pedagógicos na ótica dos participantes da formação mostrou a repercussão transformadora dos processos formativos ao longo dos últimos sete anos. O impacto nas subjetividades decorrentes da pedagogia simbólica, vivencial e estruturada por uma racionalidade sensível do projeto AME evidenciou-se nos documentos de avaliações anteriores e nas entrevistas coletivas e reflexivas junto aos eg ressos, evidenciando a sustentabilidade da formação ao longo do tempo. Os resultados da pesquisa mostraram a relevância de estratégias pedagógicas apoiadas em aspectos simbólicos para mobilizar o pertencimento dos seres humanos na relação com a água e de processos formativos que provoquem simultaneamente mudanças no plano da externalidade ( ações, comportamentos e produtos) e da interioridade ( sentimentos, imaginário, valores) ancorados em valores existenciais mais profundos e, por isso mesmo, mais sustentáveis. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental; Povo Krahô; Cerrado

The Need for In­Service Training for Environmental Education Facilitators in Malaysia Azyyati A.K.; Noor Azlin Y Forest Research Institute of Malaysia In Malaysia, various efforts have been introduced to increase knowledge, skills and awareness of society for conservation by encouraging a variety of environmental programmes. A number of government agencies, private and non-government organization’s (NGO) are offering environmental awareness programme to target the public especially school

teachers and students. A study was conducted on a group of environmental education facilitators to identify their capability as environmental programme resource persons. Twenty four staff comprising 18 officers from government agencies, two from private agencies and four from NGOs answered pre and post questionnaires given during a ‘Train-the-trainer’ course which was organized by Forest Research Institute Malaysia (FRIM) and Malaysia Nature Society. Before they undergo the two-day-one-night course, their scores on self capability in terms of knowledge on environmental issue, programme planning skill, programme organizing skill, communication skill with adult, communication skill with children and skill of making environmentally relevant conclusions was at the scores of 3.253.38 (Average-Good). However, at the end of the programme, an increment was found in all the scores. For example, on self capability especially on programme planning skill (pre: 3.34; post: 4.00) and communication skill with adult (pre: 3.25; post: 3.79). It was found that the course benefitted participants and boosted self confidence. Almost 100% of participants agreed that they need continued training to enhance their skill as environmental education facilitators. In-service training was suggested to include topics such as developing learning modules, verbal communications and non-verbal communications. Participants also asked for topic in specific subjects such as botany, ecology and as well as current issues on the environment. The conclusion obtained from this study was the confidence of environmental educators was enhanced through training. Continuous training is needed as human capital development of environmental educators is very important as these are the people who link to a bigger audience in environmental programming. “Train-the–trainer” courses organized by independent experts and attended by various agencies are especially appreciated as they provide opportunities for learning and benchmarking with others from different agencies. The week of the birds: an education tool for conservation Natalia Sanz de Santamaría, Camila Gómez, Ana María Diaz SELVA: Investigación para la Conservación en el Neotrópico

SELVA is a conservation NGO based in Colombia with an environmental education research area focused on improving awareness for biodiversity conservation in the Neotropics. As part of this initiative, we have designed “The Week of the Birds”, an environmental education curriculum for children between 9 and 12 years of age. Its objective is to reconnect children with nature and to feed their interest in science and research, while learning about the biology and ecology of birds. The curriculum contains a kit with materials for five different activities, one for every day of the week. All materials are low cost and easy to access even in basis or remote rural areas. The curriculum activities have self explanatory instruction cards accompanied by reference materials for the teachers. This allows teachers to use the curriculum independently and to adapt it to their needs. “The Week of the Birds” is designed so that the activities fit into everyday teaching objectives, with out placing extra work on the educators. Teachers can complement and achieve goals in various subjects including science, math, reading and writing, arts and physical education. This is especially useful in the Neotropics where many rural teachers and schools lack even basic tools and teaching materials. Since 2011 SELVA has implemented the curriculum in 6 rural schools in Colombia. A total of 160 children and 15 teachers have participated and used the materials with positive results. The next step for SELVA is to expand the curriculum to include activities for ages 5 to 17. The current curriculum is publicly available for download through the SELVA website at www.selva.org.co. We believe that many schools and organizations interested in conservation and environmental education could benefit from replicating this initiative across the Neotropics. PALAVRAS-CHAVES: Birds, Rural Areas, Education

USP: 18 anos de Práticas Sustentáveis ­ O Curso de Especialização “Educação Ambiental e Recursos Hídricos” do CRHEA Carlos Eduarto Matheus, America Jacintha de Moraes, Janete Brigante CRHEA/EESC/USP Curso de Especialização em Educação Ambiental tem procurado, no decorrer de sua história, difundir as inúmeras contribuições na área ambiental, envolvendo, de forma significativa, os setores educacionais

local e regional, bem como aqueles localizados em regiões mais distantes do Estado de São Paulo. Com o apoio de profissionais de diferentes áreas de pesquisa e instituições, o curso permitiu a abertura de novos caminhos na área ambiental, integrando aspectos sociais, econômicos e ambientais na busca de soluções mais efetivas para análise e possível solução da crise ambiental. Podendo ser considerado pioneiro e de considerável importância no cenário nacional, o Curso de Especialização em Educação Ambiental tem procurado trabalhar com os resultados derivados do desenvolvimento de projetos realizados pelos professores e outros profissionais (considerados como elementos de difusão) e alunos (atores envolvidos no processo de transferência de experiências) de diversas regiões do Brasil, facilitando uma interação mais rápida e produtiva com as comunidades. Tal postura temática torna possível uma transferência e socialização de conhecimento mais efetiva entre os diversos setores envolvidos, bem como a aquisição de novas informações para o processo de reavaliação da estrutura do próprio curso (mecanismo de retroalimentação do sistema). O caráter diferenciado do curso em relação aos demais também é decorrente da utilização do conceito de bacia hidrográfica como objeto de estudo, permitindo uma visão mais ampla do meio ambiente, uma vez que são discutidos os principais usos, impactos e conseqüências das atividades humanas nos sistemas terrestre e aquático. Ressalta-se, ainda, a importância dos trabalhos de campo e de laboratório nesse processo, pois concomitante às aulas, os professores e demais profissionais participantes podem desenvolver uma visão holística sobre os problemas das bacias hidrográficas, bem como avaliar algumas propostas para a solução desses problemas. Por outro lado, deve ser enfatizadas as ações participativas decorrentes da implantação dos programas de Educação Ambiental iniciados nas escolas e em outras comunidades envolvidas com os projetos, permitindo a articulação das pessoas em níveis pessoal e interinstitucional para resolver os problemas ambientais detectados pelos integrantes do projeto. Assim, verifica-se mais uma contribuição, a qual se relaciona ao potencial do curso em promover iniciativas individuais e coletivas direcionadas à resolução das questões ambientais. Nesse sentido o Curso de Especialização tem ousado na forma de conduzir o seu direcionamento, ou seja, com enfoque notadamente humanístico, valoriza a essência do

ser humano e a base de sustentação da própria vida. Para que isto se viabilize, a proposta foge muito dos esquemas acadêmicos onde as relações interpessoais geralmente são frias e acompanhadas de extremo espírito competitivo e individualista. PALAVRAS-CHAVES: Sustentabilidade, Especialização, Universidade

Vir vendo o meio ambiente - metodologias inclusivas de educação ambiental com alunos portadores de deficiências visuais Maria Gardênia Sousa Batista, Adriano Ursulino de Lucena, Francisco Moisés Sousa Batista, Maria de Fátima Souza De Sá, Laurita Maria de Oliveira Gonçalves,Cleidiane De Sousa Cunha, Franciele Gisele Sousa e Silva, Mayara Kely Cruz e Moraes, Larisse Raquel Carvalho Pereira, Suyane Cabral de Sousa, Claudia Maria DSilva, Antonia Maíra Ribeiro Morais Universidade Estadual do Piaui A visão holística da percepção ambiental aborda questões sobre o comportamento humano, colocando-o como resultante de um processo preceptivo no qual o ambiente possui um papel fundamental. A educação e percepção ambiental despontam como armas na defesa do meio natural, e ajuda a reaproximar o homem da natureza, garantindo um futuro com mais qualidade de vida para todos, já que desperta uma maior responsabilidade e respeito dos indivíduos em relação ao ambiente em que vivem. Abordar a percepção ambiental é de grande importância na interdisciplinaridade e inclusão e requer dos professores empenho na busca de alternativas e instrumentos para desenvolver conteúdos ligados a esta questão. O presente trabalho tem como objetivo principal, direcionar para um “olhar” vivenciado do meio ambiente no sentido de oportunizar a utilização de metodologias inclusivas em Educação Ambiental na educação de deficientes visuais, a fim de estimularem a exploração e o desenvolvimento pleno dos outros sentidos com vistas a desenvolver novas abordagens para a melhoria do processo inclusivo no âmbito educacional destes sujeitos, com vista a uma melhor qualidade de vida e exercício da cidadania. Buscou-se identificar aspectos concernentes ao ensino da Educação Ambiental no contexto comum e especial da educação escolar bem como desenvolver junto aos graduandos a habilidade de

criação de materiais didáticos, aulas em campo e palestras para o exercício da educação inclusiva e da melhoria da qualidade de vida dos alunos com deficiência visual. As atividades abordou o estudo da percepção ambiental como de fundamental importância para que possamos compreender melhor as inter-relações entre o homem e o ambiente. O trabalho foi conduzido através de palestras, visitas a unidades de conservação, dinâmicas com músicas, produção de materiais tridimensionais que abordam a temática: meio ambiente, animais silvestres, tráfico de animais em extinção, lixo, entre outros temas com sustentabilidade, alimentação saudável, sexualidade e mobilidade urbana. Esta experiência nos faz perceber, uma experiência de vida sem fronteiras para o saber, para prossegui-lo, para o aprender, assim como estes jovens alunos com deficiência visual e tantos outros com outras deficiências no decorrer de nossas atividades de Educação Ambiental. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Inclusão, Deficiência Visual

TEMA B

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS E INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR GREENING EDUCATION (SCHOOLS AND HIGHER EDUCATION INSTITUTIONS) EDUCACIÓN AMBIENTAL EN ESCUELAS E INSTITUCIONES DE EDUCACIÓN SUPERIOR 101 Ways to Live Cleaner and Greener for Free: A practical resource to inspire the next generation towards a path of sustainable consumption and zero waste. Anna Pitt The Dustbin Diet It is widely recognised that current lifestyle is contributing to global warming and climate change (IPCC 2103 specifically Myhre et al. 2013). It is also acknowledged that the way we use and dispose of

resources is unsustainable (European Commission 2009). This points to a global need to encourage social change towards a greener lifestyle. We need catalysts for that social change. This paper presents a practical resource for use in schools to help with this: 101 Ways to Live Cleaner and Greener for Free, a book and a series of related workshops, developed in the UK for students aged 9 to 15. Its aim is to encourage that social change by empowering and inspiring students to consider the subject of waste and resources and lead them to take their own practical steps towards a greener lifestyle. Presenting the maths and science behind food waste, water, energy and fuel usage, as well as recycling and reuse, the book and workshops help young people to think in a new way about consumption and its related waste. Schools are an ideal place to discuss attitudes to waste and current, past and future behaviours or habits and how these effect our environment. As we educate about carbon footprint and climate change we need to encourage students to be positive and look for solutions, empowering them to see that small changes can have a positive impact. 101 Ways to Live Cleaner and Greener for Free is constructed in a way that students can create their own version of the book. By creating their own book, students are encouraged to engage more fully with the ideas it discusses. It provides them with the stimulus to think about and apply their learning from the book and workshops and gives them a lasting and shareable reminder of their learning. In this presentation I will show how 101 Ways to Live Cleaner and Greener for Free can and has been used in schools to help students think more carefully about the world’s resources and the way we use them. I will talk about how this resource can be used globally by other environmental educators as a stepping-stone to greener living in and out of school.

A Declaração de Thessaloniki (1997) através do teatro: um relato da importância da educação ambiental na formação inicial de professores Larissa Nobre Magacho, Taís Silva, Bárbara Cristina Heitor, Mateus Paulo da Silva Universidade Federal de Lavras É notável nos dias atuais a grande preocupação da sociedade com o meio ambiente e a educação

ambiental (EA). Este assunto vem sendo debatido desde a década de 1960 com o grande avanço industrial, ganhando força ao longo dos anos, a partir da Conferência das Nações sobre o ambiente humano, realizada na cidade de Estocolmo em 1972. O tema possibilita ainda, no campo da educação, experiências pedagógicas de variadas formas por diversos ramos da sociedade, incluindo a formação inicial de professores. Nesse processo, existem várias ferramentas pedagógicas para o ensino da EA e dentre elas o teatro. Esta ferramenta lúdica amplia a capacidade cognitiva e emocional dos espectadores e atinge um público alvo diversificado. Nesta perspectiva o presente resumo traz o relato de um teatro apresentado na Universidade Federal de Lavras (UFLA) - Minas Gerais, pelos membros do Laboratório de Educação Científica e Ambiental (LECA) e integrantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) de Biologia da mesma universidade. A atividade em todas suas partes, desde a preparação até a apresentação, se estendeu por 8 horas e trouxe a proposta apresentar as ideias contidas em um documento oficial acerca do Meio Ambiente e EA de forma que estas fossem voltadas para o ensino. O objetivo deste trabalho foi apresentar um teatro com o intuito de sintetizar e expressar a essência da Declaração de Thessaloniki (1997), simplificando o contexto e os conceitos da EA contidos na carta. A peça teatral foi construída por cinco graduandos do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da UFLA, de forma bem humorada, a fim de atrair a atenção do público e trazer as recomendações presentes na declaração de forma crítica. Após a construção, a mesma foi apresentada para outros graduandos, possibilitando uma discussão acerca da Declaração de Thessaloniki e da ferramenta pedagógica utilizada, avaliando desta maneira a prática realizada. Todos os processos da atividade foram filmados e registrados possibilitando assim uma análise dos trabalhos. Desta forma, os estudantes que assistiram à peça, relataram que foi possível compreender e debater os assuntos abordados na Declaração de Thessaloniki através do teatro. Estes ainda trouxeram a importância de atividades semelhantes a apresentada para a formação inicial de professores, destacando a necessidade de mais práticas no campo da Educação Ambiental em uma perspectiva crítica-reflexiva. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Declaração de Thessaloniki, Teatro

A QUESTÃO DA COLETA SELETIVA NO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Stephannie Minami, Daniela Rocha Teixeira Riondet Costa, Luciana Botezelli Universidade Federal de Itajubá O material reciclável na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) é coletado pela Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Itajubá – ACIMAR. O trabalho aborda a coleta seletiva no Centro de Convivência da UNIFEI pela elevada produção de resíduos vinda do fluxo diário de aproximadamente 1500 pessoas, onde alunos, professores, funcionários e visitantes almoçam ou lancham. Visou analisar e desenvolver ações para aperfeiçoar a coleta seletiva no Centro de Convivência da UNIFEI de acordo com o tipo de resíduo coletado pela ACIMAR, através da sensibilização dos frequentadores, realocação e adaptação dos coletores. Houve pesquisa quantitativa com questionários, um no início e outro no final dos trabalhos, com aplicação presencial e virtual. As perguntas visavam identificar o comportamento mediante situações corriqueiras de destinação de resíduos. A coleta de dados deu-se por meio da observação sistemática semanal. Foi desenvolvido um plano de ação focando: a) Adesivos confeccionados no CorelDraw para cada coletor seguindo especificações da ACIMAR; b) Transformação dos coletores de vidro em de rejeitos; c) Agrupamento das lixeiras em quatro tipos de resíduos (Rejeitos, Papel, Plástico e Metal) dispostas em lugares estratégicos; d) Elaboração de coletores para copos descartáveis: Canos de PVC cortados e pintados de vermelho; e) Elaboração, com o programa Windows Microsoft Publisher, de Cartilha informativa e f) Confecção de vídeo, programa Windows Live Movie Maker, que foi exposto durante os intervalos das aulas e almoço. No que se refere às cartilhas, houve falta de interesse da maioria do público. O questionário, disponível durante onze dias e respondido por 148 alunos, mostrou que 72% não notou mudanças nas lixeiras do Centro de ComVivência e os adesivos colados. A realocação das lixeiras se mostrou ineficiente, pois os maus hábitos permaneceram (resíduos sobre as mesas e descarte na lixeira mais próxima e não na correta). A cartilha e o vídeo: houve falta de interesse, surtindo pouco efeito. Quanto aos adesivos, a maioria não se preocupou em descartar os resíduos adequadamente, não buscou informações sobre a coleta

seletiva e desconhecia a ACIMAR. Os coletores de copos: mais utilizados no horário do almoço e foram negligenciados pela maioria. As reuniões mostraram comportamentos e concepções daqueles envolvidos na coleta seletiva. O objetivo foi atingido parcialmente. As ações foram ineficientes, para maioria do público-alvo. Com o apoio dos sensibilizados, será possível disseminar, nos próximos anos, a importância da coleta seletiva e incentivar o público-alvo a adotar comportamentos adequados e assim atingir o objetivo proposto. PALAVRAS-CHAVES: Coleta seletiva, Educação Ambiental, Estratégias

Ambientalização curricular – um levantamento de pesquisas sobre educação ambiental na formação inicial de professores (2002-2012) Marisa Sartori Vieira, Vânia Gomes Zuin Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos A Educação Ambiental, de forma gradual, vem ocupando um espaço cada vez maior dentro das Instituições de Ensino Superior (IES) através das políticas acadêmicas relacionadas ao ensino, pesquisa, extensão e gestão. Esse movimento denominado ambientalização universitária tem respaldo em leis federais como a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9795/1999), principalmente no que se refere ao currículo. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo levantar as pesquisas desenvolvidas sobre ambientalização curricular, mais especificamente nos cursos de licenciatura brasileiros, para verificar as tendências, enfoques e contextos de estudo nessa área nos últimos dez anos. Para isso foi utilizado um banco de teses construído coletivamente por alunos do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), durante uma disciplina ministrada no 2º semestre de 2013. Os dados catalogados são de teses disponibilizadas virtualmente de 25 PPGE(s) de universidades brasileiras, com conceitos iguais ou superiores a 3 pelo sistema de avaliação da CAPES. O banco possui informações referentes ao título da tese, resumo, ano de publicação, instituição, termos chaves e autor de 3471 trabalhos entre 2002 a 2012. A bibliometria contribuiu para a organização dos dados quantitativos, bem como qualitativos, como pode ser verificado

por meio de alguns resultados elencados a seguir: cerca de 2% do total de teses abordam a Educação Ambiental em contextos formais de ensino e espaços não formais; 28 ou 0,8% dos trabalhos focam a EA no ensino superior e a maioria destes (21) se relaciona, diretamente ou indiretamente, com a formação discente na graduação. Os cursos de formação inicial de professores estão presentes em 11 teses dos principais PPGEs do Brasil. Neste montante destaca-se o foco da pesquisa nos alunos (suas concepções sobre educação ambiental ou dimensão ambiental), no ensino (metodologias, conteúdos e concepções docentes) e por fim na discussão curricular (disciplinas e políticas curriculares). Considerar esses e outros dados quantitativos, além de fomentar reflexões qualitativas, pode favorecer o interesse pela pesquisa em campos temáticos ainda pouco explorados e para melhor compreender o processo desafiador da inserção da dimensão ambiental na universidade brasileira. PALAVRAS-CHAVES: Ambientalização Curricular, Formação Inicial de Professores, Tendências de Pesquisa

Análise do processo de capacitação para implantação da Política de Gestão de Resíduos da Universidade de São Paulo (USP) Patrícia G. Moreira, Patricia B. Di Vitta, Adriano C. Pimenta, Aline Melluci, Ana Maria de Meira, Arthur R. Silva, M. Cecília H. T. Cavalheiro, Clara M. Zorigian, Daniela C. Sudan, Danilo Vitorino, Elizabeth T. Lima, Estela Gaglianone Moro, Fabrício Rossi, Glauco Arnold Tavares, Miguel Cooper, Patrícia C. S. Leme, Simone B. J. Simonelli, Tamara Gomes, Vera Gandra C. Albuquerque, Welington B. C. Delitti, Marcelo Romero Universidade de São Paulo A Universidade de São Paulo (USP) possui oitocampi e uma comunidade universitária de aproximadamente 120 mil pessoas, incluindo funcionários, estudantes e docentes. A USP tem desenvolvido diversas ações ambientais, incluindo projetos e programas na área de resíduos. Entretanto, tais ações careciam de articulação e integração. Nesse contexto, em 2012, a USP criou a Superintendência de Gestão Ambiental (SGA),buscando desenvolver ações de conservação dos seus recursos naturais; educar e construir, de forma participativa, uma Universidade sustentável,

transformando a USP em um modelo de sustentabilidade para a sociedade. Esta Superintendência formou, ainda em 2012, um Grupo de Trabalho para cuidar das questões relativas aos resíduos gerados na USP. Tal grupo, composto por especialistas na área, priorizou desenvolver, por meio de processos participativos, estratégias e procedimentos para elaboração e implantação de uma Política de Gestão de Resíduos (PGR/USP), adequandoasespecificidades contidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - Lei nº 12.305/10 ao contexto universitário.A PGR/USP prevê a elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos nas unidades pertencentes à USP. Para o planejamento da gestão de resíduos na Universidade será realizada a capacitação de servidores partindo de uma proposta educativa que promova a participação de todos os envolvidos proporcionando um questionamento coletivo de atitudes e comportamentos diante do contexto ambiental universitário. A estrutura da capacitação propõe a renovação de valores num entendimento de inter-relação entre alunos, funcionários, docentes e dirigentes da USP, sendo todos corresponsáveis pelo gerenciamento adequado de resíduos. Sendo assim, a capacitação pode ser considerada um dispositivo indispensável para a difusão do conhecimento e consecução do processo que tornará possível implantar a Política de Gestão de Resíduos da USPde forma uniforme e institucional.O enfoque da capacitação será a realização do diagnóstico dos resíduos, que fornecerá subsídios à elaboração dos planos, cujos resultados, serão utilizados para definição de indicadores que nortearão as adequações e melhorias da gestão dos resíduos nos campi. As perspectivas apontadas acerca da capacitação a partir da implantação de uma política institucional possibilitarão conhecer o contexto da instituição, perceber fragilidades e possibilidades com o intuito de promover a discussão sobre a temática da sustentabilidade nas universidades a partir da gestão de seus resíduos. PALAVRAS-CHAVES: IES (Instituição de Ensino Superior), Gestão de Resíduos, Sistema de Gestão Ambiental

Análise Do Contexto De Pesquisa-Ação Participativa Em Formação Continuada Professores Em Educação Ambiental Crítica Leticia Zuleide de Lima, Rosana Louro Ferreira Silva

Universidade Federal do ABC, Universidade de São Paulo A Universidade de São Paulo (USP) possui oitocampi e uma comunidade universitária de aproximadamente 120 mil pessoas, incluindo funcionários, estudantes e docentes. A USP tem desenvolvido diversas ações ambientais, incluindo projetos e programas na área de resíduos. Entretanto, tais ações careciam de articulação e integração. Nesse contexto, em 2012, a USP criou a Superintendência de Gestão Ambiental (SGA),buscando desenvolver ações de conservação dos seus recursos naturais; educar e construir, de forma participativa, uma Universidade sustentável, transformando a USP em um modelo de sustentabilidade para a sociedade. Esta Superintendência formou, ainda em 2012, um Grupo de Trabalho para cuidar das questões relativas aos resíduos gerados na USP. Tal grupo, composto por especialistas na área, priorizou desenvolver, por meio de processos participativos, estratégias e procedimentos para elaboração e implantação de uma Política de Gestão de Resíduos (PGR/USP), adequandoasespecificidades contidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - Lei nº 12.305/10 ao contexto universitário.A PGR/USP prevê a elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos nas unidades pertencentes à USP. Para o planejamento da gestão de resíduos na Universidade será realizada a capacitação de servidores partindo de uma proposta educativa que promova a participação de todos os envolvidos proporcionando um questionamento coletivo de atitudes e comportamentos diante do contexto ambiental universitário. A estrutura da capacitação propõe a renovação de valores num entendimento de inter-relação entre alunos, funcionários, docentes e dirigentes da USP, sendo todos corresponsáveis pelo gerenciamento adequado de resíduos. Sendo assim, a capacitação pode ser considerada um dispositivo indispensável para a difusão do conhecimento e consecução do processo que tornará possível implantar a Política de Gestão de Resíduos da USPde forma uniforme e institucional.O enfoque da capacitação será a realização do diagnóstico dos resíduos, que fornecerá subsídios à elaboração dos planos, cujos resultados, serão utilizados para definição de indicadores que nortearão as adequações e melhorias da gestão dos resíduos nos campi. As perspectivas apontadas acerca da capacitação a partir da implantação de uma política institucional possibilitarão conhecer o contexto da instituição, perceber fragilidades e

possibilidades com o intuito de promover a discussão sobre a temática da sustentabilidade nas universidades a partir da gestão de seus resíduos. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Formação de Professores, Pesquisa-Ação Participativa

Educação Ambiental no Programa Universitário por um dia Herbert Alexandre João, Driele Rafaele Vicentin, Luana Cheven Perbore dos Santos, Aparecido Luciano Breviglieri Joioso, Adriano Defini Andricopulo, Antonio Carlos Hernandes Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos A temática Sustentabilidade Ambiental tem ganhado mais espaço na educação formal e não formal desde a Conferência Rio 92, a qual determinou que a diminuição do impacto gerado pelas atividades humanas, através de ações sustentáveis, é imprescindível para a preservação ambiental. Com o objetivo de propiciar um ambiente não formal para Educação Ambiental no IFSC-USP, em março de 2012, iniciou-se a apresentação de uma palestra sobre Sustentabilidade Ambiental no Programa “Universitário Por Um Dia”. O Programa, que recebe diariamente estudantes do Ensino Médio do Estado de São Paulo, apresenta experimentos de Física, informações sobre a universidade e os cursos oferecidos pelo Instituto. A palestra sobre Sustentabilidade Ambiental aborda tópicos como o uso racional de água e energia, e minimização de resíduos sólidos. Como atividade prática, é realizada a medida do pH de amostras de água coletadas no município da escola visitante. Nesta atividade, os estudantes verificam a relação entre o pH, a qualidade da água, e a conservação ambiental. Para estimular o engajamento, kits para medida de pH e canecas duráveis são distribuídos. Observou-se que, de março a outubro de 2012, 58 escolas visitaram o Instituto, totalizando 2.213 estudantes. Na primeira etapa do projeto (março e abril), a atividade de medida do pH foi realizada posteriormente pelos docentes em suas respectivas escolas. De 27 escolas, somente 7 enviaram os dados (26% do total). Na segunda etapa (agosto e setembro), foram adicionadas à palestra mais informações sobre o uso do kit de medida de pH. De 18 escolas, somente 1 enviou os dados (5% do total). Na terceira etapa

(outubro), a atividade de medida de pH passou a ser demonstrada durante a palestra. De 13 escolas, 8 enviaram os dados (62% do total). Os dados enviados foram inseridos em um mapa disponível em http:// www.ifsc.usp.br/ambiental. Concluiu-se que a demonstração do experimento de medida do pH durante a palestra no Instituto influenciou o aumento do envio dos dados pelos docentes. Adicionalmente, estima-se que a substituição de copos descartáveis por canecas duráveis reduziu o consumo de 45.000 copos plásticos por ano no Instituto. Portanto, as atividades desenvolvidas colaboraram para a criação de um espaço de Educação Ambiental no Instituto. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Parceria Universidade-Escola, pH do Planeta

Ambientalização na universidade: uma experiência no campus Paulo VI Wenderson Santos Vasconcelos, Alana S. Cardoso, Zafira da Silva de Almeida Universidade Estadual do Maranhão A Ambientalizaçao nas instituições de ensino superior é uma temática que vem sendo amplamente discutidas considerando que as universidades são formadoras de opinião e prestadoras de serviços à sociedade e devem transmitir a conscientização ambiental por meio da gestão socioambiental envolvendo os mais diversos segmentos e fóruns. Neste contexto, nossa proposta objetiva reconhecer os resíduos sólidos produzidos na Universidade Estadual do Maranhão, campus Paulo VI no propósito de sensibilizar a comunidade acadêmica sobre a problemática ambiental do lixo no campus, e contribuir para a coleta seletiva na comunidade acadêmica. O trabalho foi executado em três momentos: No primeiro foi feita uma caracterização dos resíduos sólidos. No segundo foi realizado um trabalho de sensibilização com a comunidade acadêmica, aplicando-se um questionário abordando de como gerenciar os resíduos sólidos produzidos no campus Paulo VI, seguido de uma capacitação de todos os servidores e contratados da prefeitura de campus e dos prédios pilotos (CCB – Centro de Ciências Biológicas; DQB – Departamento de Química e Biologia e UEMANET – Núcleo de Tecnologias para Educação), no terceiro momento foi observado o destino final dos resíduos, junto com a empresa parceira do projeto (ECOCEMAR). De acordo com os dados obtidos verificou-se

que os resíduos mais produzidos nos prédios pilotos (CCB, DQB e UEMANET) da Universidade Estadual do Maranhão são os Papeis e o lixo do tipo aterro (inorgânicos). totalizando assim 81,8 kg/mês e 34,02 kg/mês respectivamente. Parte desses resíduos é transferida para as recicladoras em parceria com a Ecocemar, os resíduos são do tipo papeis e plásticos. Já o destino dado aos resíduos do tipo aterro diverge das normas ecológicas exigidas pela constituição em seu Art. 225/ parágrafo 1º. As universidades devem ter preocupações sobre impactos causados ao meio ambiente e à sociedade , decorrentes de suas ações e das atividades de seus agentes cumprindo com seu papel social e não pode continuar conduzindo os resíduos para os lixões da cidade, contribuindo com os problemas ao meio ambiente e a saúde da população.Os resultados revelam que é de fundamental importância e envolvimento da comunidade acadêmica para a resolução da problemática do resíduo sólido por meio da coleta seletiva e destinação adequada. PALAVRAS-CHAVES: Coleta Seletiva, Resíduos Sólidos, Sociedade

Ambientes imersivos não virtuais para o ensino de ecodesign. Modelo de Ensino-aprendizagem Sustentável na Instituição de Educação Superior Paulo Sergio de Sena, Nelson Matias Tavares, Rosinei Batista Ribeiro Faculdades Integradas Teresa D´Ávila Este trabalho tem por objetivos criar um ambiente imersivo de aprendizagem cooperativa e significativa para o Ecodesign e redesenhar ambientes das IES para o ensino de Ecodesign e afins, o que amplia o tom da sustentabilidade da Instituição de Ensino Superior. O referencial teórico transitou por ROSCHELLE e TEASLEY (1995) e suas propostas de ambientes imersivos para a aprendizagem, o construcionismo de PÁPERT (1980) e a construção significativa do conhecimento de PIAGET (1976), além de explorar o conceito de Ecodesign de BREZET e VAN HEMEL (1996), como segmento do Design, que se abastece de três outros conceitos: o desenvolvimento sustentável, a redução de resíduos e emissões e do ciclo de vida de produtos e serviços. As atividades de redesenho institucional se deu na IES Faculdades Integradas Teresa D´Ávila, Lorena, SP, em seus vários ambientes: salas de aula, jardins internos, laborató-

rio de aprendizagem cooperativa, Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores entre outros. Para testar os espaços pedagógicos foi proposto um desafio para os alunos do Segundo Ano de Design, na Disciplina de Ecodesign: Desenvolver alternativas para a embalagem de lanches com hambúrgueres fornecidos pelo Restaurante Universitário. Os alunos geraram 22 alternativas de embalagens para lanches com hambúrgueres com elementos redesenhados segundo os conceitos de Ecodesign. Três soluções foram as mais compartilhadas entre o grupo: a. Uso de matéria prima reciclável, reciclada ou comestível (papel de arroz); b. Usabilidade para comer o lanche sem precisar retirá-lo da embalagem e usar guardanapo, por exemplo; c. Embalagens que acomodavam o lanche, a bebida e a batata frita, ao mesmo tempo, com o uso mínimo de matéria prima. Os resultados mostraram a possibilidade de estabelecer mobilidade entre ambientes de aprendizagem capazes de favorecer atividades de Pensar, Descobrir, Transmitir, Trocar e Criar dentro das referências conceituais do Design e sustentabilidade, bem como para contribuir para a formação do Designer. PALAVRAS-CHAVES: Ecodesign, Ambientes Imersivos de Aprendizagem, Sustentabilidade de IES

Arte Educação Ambiental na Coopervivabem, Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis, São Paulo - SP, Brasil Paulo E. Diaz Rocha, Biatriz Corrales Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares - PRCEU/USP Este artigo trata da experiência da ITCP-USP junto à Coopervivabem em 2012 e 2013, ministrando oficinas para cooperados para a instalação em nova central de triagem. Utilizamos, sempre que possível, as bases da arte educação e da educação socioambiental – a Arte Educação Ambiental (DIAZ ROCHA, 2009) – para promover a integração e o envolvimento dos cooperados. Se baseou em ideias tais como: educar através da arte, reagir à matematização do mundo, proporcionar uma educação (do) sensível, reverter a espetacularização da cultura, somar sensibilidade à razão técnica, se opor ao “mínimo eu” que forma indivíduos sem apegos e valores. Focamos em duas oficinas - Leitura e cultura e Capacitação em

Cooperativismo - que tiveram mais componentes lúdicos. Na primeira usamos charges com os temas: desmatamento, desemprego, exclusão social, qualidade de vida, rural x urbano etc; separados em grupos, discutiram e apresentaram. No segundo dia, utilizamos músicas com os temas dinheiro, desigualdade social, injustiça, desilusão, comportamento social etc, cujas letras foram projetadas enquanto ouvidas e os cooperados discutiram e o coletivo se posicionou frente a cada tema. As músicas foram: Dinheiro (Arnaldo Antunes), Comportamento Geral (Gonzaguinha), Cidadão (Zé Ramalho), Até Quando? (Gabriel Pensador) e Problema Social (Ana Carolina). Na outra, introduzimos o tema cooperativismo com uma brincadeira de bexigas e depois organizamos a simulação de uma fábrica, aprofundando o debate sobre o modo de produção capitalista que provocou questões tais como: a produção de lucro e a relação patrão-empregado, complementada com uma apresentação dos princípios do cooperativismo. Em outro dia, sobre formação política, iniciamos com um jogo cooperativo, apresentamos uma imagem simbolizando o cooperativismo e exibimos o filme “Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin, debatendo as características do trabalho hoje em dia. No dia seguinte, desenvolvemos a ideia de economia solidária, apresentando uma charge sobre mais-valia e um quadro comparando uma cooperativa e uma empresa, projetando o vídeo Outra Economia Acontece (SENAES-MTE), seguido de debate. Apesar de inúmeras dificuldades (ausência de apoio logístico, não pagamento, pouco interesse dos cooperados e a transferência de centrais), estas oficinas trabalharam temas diversos e não apenas o ambiental, estrito senso. Através de expressões artísticas, elas proporcionaram momentos de descontração e comunhão e demonstraram o potencial de envolvimento no processo de ensino-aprendizagem a partir de músicas, imagens, dinâmicas, charges, filmes e teatro. No geral, os grupos fizeram reflexões abrangentes, embora alguns cooperados tenham trazido visão bastante crítica e trazendo diversos conteúdos relacionados ao dia a dia deles. PALAVRAS-CHAVES: Ludicidade, Cooperativismo, Reciclagem

Arte-educação e educação ambiental: possibilidades e contribuições à extensão universitário no projeto “Cia Éxciton” Ana Clara Nery da Silva, Flávio Soares Alves UNESP - Universidade estadual paulista “Júlio de Mesquita Filho” - campus de Rio Claro A questão ambiental está posta e faz-se imprescindível tratá-la sob diferentes dimensões do conhecimento humano, dentre as quais a educativa. No Brasil a educação ambiental (EA) é regulamentada por um conjunto de leis e políticas, como a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA (Lei 9.795/99), que a institui enquanto tema transversal para todos os níveis de ensino nacionais, incluindo o superior. A ambientalização curricular e as práticas educativas ainda são escassas no nível superior, mostrando a necessidade de novas reflexões, currículos e propostas pedagógicas. Aqui são apresentados os resultados de atividades relacionadas à questão ambiental no ensino superior público por diferentes metodologias no projeto de extensão universitária “Cia Éxciton”. O projeto, vinculado ao Instituto de Biociências da UNESP de Rio Claro, é institucionalizado pela PAC/ PROEX desde 1994 sendo integrado por alunos dos diferentes cursos de graduação e pós- graduação da universidade. Em 2012 e 2013, baseando-se na leitura de materiais escritos e audiovisuais, rodadas de discussão e oficinas os alunos aproximaram-se da temática ambiental, avançando em suas concepções e reflexões acerca da ordem ecológica, social e política do sistema vigente. Ao fim, produziram um espetáculo em dança/teatro intitulado “Desvenda-se” no qual convidaram os espectadores a refletirem via arte, propondo atividades de diálogo com o público e multiplicando suas reflexões sobre/para a EA. Foram 20 apresentações e 950 espectadores em diferentes cidades, com dois grupos beneficiados: primeiro os alunos-artistas, responsáveis pela elaboração e execução das atividades, que vivenciaram e experimentaram estas reflexões; e segundo o públicoespectador, formado por pessoas de diferentes faixas etárias, níveis escolares e setores sociais e que puderam ter contato com essa temática. Conclui-se que a arte pode ser uma ferramenta para o alerta sobre a situação desarmônica por que passamos, fazendo uma crítica, informando e educando de maneira não apenas racional, mas também através da emoção

despertada, apontando suas possibilidades de uso pelos mais diferentes níveis de ensino, inclusive o superior. A apreciação estética foi fundamental à formação valorativa dos alunos-artistas e importantíssima no despertar da ética dos sujeitos, tornando-os mais sensíveis, conscientes e críticos para agir da sociedade onde estão inseridos. Espera-se que também o público-espectador tenha se emocionado e refletido, adquirindo para si as ideias propostas e fazendo emergir outras vinculadas à temática ambiental. A arte-educação fez-se essencial para a EA nesse nível de ensino, sendo fundamental para formar seres pensantes, estimulando o processo criativo e ultrapassando os modos tradicionais de conhecer /fazer. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Arte-Educação, Ensino Superior

Avaliando ações educativas – o caso do IFSC – Câmpus Gaspar Graciane Regina Pereira, Gabriela Neumann, Marcela Soares Cerutti IFSC - Câmpus Gaspar Às instituições de ensino cabe a formação integral dos indivíduos. Formação essa que contempla a reflexão sobre a relação do indivíduo com seu meio, numa perspetiva crítica. Nas últimas décadas os princípios e conceitos relacionados à sustentabilidade vêm sendo incorporados por todos os segmentos sociais, inclusive nas políticas públicas educacionais, o que desencadeou mudanças nos currículos, nas metodologias e até na forma de gerir as instituições de ensino. Atividades de educação ambiental, seja no ensino, na pesquisa ou na extensão são realizadas pelas instituições de ensino, estimulando posturas responsáveis na sua comunidade interna e externa contribuindo para as transformações tão esperadas da sociedade. O trabalho apresentado configura-se como uma tentativa de avaliar algumas acões de educação ambiental desenvolvidas no IFSC – Câmpus Gaspar. O Instituto Federal de Santa Catarina – Câmpus Gaspar é uma instituição que oferece cursos técnicos e profissionalizantes. Iniciou suas atividades em 2010 e conta com aproximadamente 700 alunos e 85 servidores. As atividades de educação ambiental realizadas na instituição se configuram como uma contínua pesquisa-ação dentro da perspectiva crítica e emancipatória. O objetivo

foi identificar o atendimento dos treze princípios do PRONEA pelas atividades educativas dos projetos de extensão desenvolvidos no câmpus. Foram selecionadas algumas ações para serem avaliadas: programa de gerenciamento de resíduos sólidos; informativo ambiental; produção de materiais educomunicativos; campanha para uso de canecas ecológicas; gincana ambiental; e a semana do meio ambiente. Para cada atividade avaliada, de acordo com cada princípio, havia as opções: ‘atende’, ‘atende parcialmente’ e ‘não atende’. A avaliação de cada atividade resultou em tabelas descritivas, onde percebeu-se que a realização da Gincana Ambiental e os informativos ambientais foram as ações que mais atenderam os princípios do PRONEA. Os resultados são parciais e fazem parte de uma proposta mais ampla e contínua de avaliação das ações educativas nessa instituição. PALAVRAS-CHAVES: Avaliação de Educação Ambiental, PRONEA, Educação Ambiental Crítica

Bringing an environmental education perspective to science teacher education Flávia Torreão Thiemann; Ariane Di Tullio; Valéria Ghislot Iared; Otavio Henrique Thiemann DCAm/UFSCar; IFSC/USP The Bachelor’s Degree in Sciences offered by the University of São Paulo in São Carlos aims to prepare students to teach in the areas of Science in the second cycle of basic education, and Mathematics, Physics or Chemistry at the high school level. Although aimed at preparing teachers to work in primary education, the Bachelor’s Degree in Sciences curriculum does not address the environmental dimension explicitly. Thus we decided to offer two classes on environmental education (EE). Both courses were developed with the intention of promoting a first contact of these future teachers with the EE field, and discuss the possibilities to work within this perspective in their educational interactions. The first one was offered as an intensive course, during one week in the winter vacation period, lasting 40 hours. It was open to participation by both university students and teachers already working at the municipal schools, which gave the students the opportunity to exchange ideas with experienced teachers. The second was an optional discipline, with a workload of 30 hours, offered during the school semester. These initiatives

sought to contribute to the formation of professionals who will teach in Brazilian schools, considering the fact that Brazilian law guarantees the right to all people to environmental education, according to the National Environmental Education Policy (PNEA). Both formative processes have been developed within the framework of critical environmental education. In this perspective, the pedagogical practices aim to surpass the simple transmission of knowledge, attitudes and environmentally friendly standards, as well as the often cited awareness raising objectives, seeking instead to engage students in cognitive and affective ways in the teaching/learning processes, encouraging reflection and the questioning of human relationships, society and nature, considering its political, aesthetic enchantment and intrinsic values in our educational interactions. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental; Formação de Professores; Ambientalização no Ensino superior

Chubut: Capacitando docentes desde el enfoque transversal de la Educación Ambiental Maria José Esteves Ivanissevich, Carolina Humphreys Ministerio de Ambiente y Control del Desarrollo Sustentable de la provincia del Chubut - Argentina La Provincia del Chubut, situada en el centro de la Patagonia Argentina, ha desarrollado en la última década una política sostenida desde el Estado de capacitación a docentes en Educación Ambiental con una mirada interdisciplinaria y transversal en el marco de una alianza entre los organismos de gestión ambiental y la administración del sistema educativo que se ha afianzado en el tiempo y que arroja buenos resultados. En los inicios de este trabajo conjunto, durante el año 2004 se firmó un convenio entre Educación y Ambiente para concretar acciones conjuntas tendientes a generar conciencia respecto a la necesidad de preservar el ambiente. Finalmente en marzo de 2012, los ministros de Ambiente y de Educación de la provincia del Chubut, firmaron el Decreto Nº 350/12 que aprueba el Plan de Educación Ambiental Permanente de la Provincia del Chubut. Entre los objetivos del mismos esta la incorporación de la educación ambiental en los

ciclos educativos y la articu lación de acciones entre el Ministerio de Educación y el de Ambiente. Con la sanción de la Ley Nº 5541, se crea el Ministerio de Ambiente y Control del Desarrollo Sustentable brindándole a esta área mayor independencia política e importancia jerárquica dentro del ámbito estatal. En febrero del año 2012 se creó en éste Ministerio la Dirección de Educación y Comunicación Ambiental responsable de coordinar acciones relacionadas con educación ambiental en ámbitos formales y no formales. El objetivo del presente trabajo, es compartir las experiencias implementadas en la Provincia, en lo que a capacitación docente se refiere, demostrando el impacto logrado cuando se piensa en una educación ambiental transversal e interdisciplinaria. El Ministerio de ambiente inició estas de actividades en forma presencial, y luego con la incorporación de las TIC, aulas virtuales y el programa Conectar-Igualdad, cambió su modalidad a semipresencial. Esto permitió abarcar mayores localidades, teniendo en cuenta que el extenso territorio provincial posee condiciones geográficas y climatológicas que no permiten un trabajo en forma indistinta en cualquier época del año. Entre los resultados, detallamos que el trabajo con el Ministerio de Educación es expeditivo y eficaz, logrando que el número de docentes que se inscriben a las capacitaciones sea muy numeroso. La modalidad semipresencial, permite atender diferentes capacitaciones paralelamente. Se firmaron convenios de trabajo con diferentes entidades, como el Instituto Superior de Formación Docente N° 803, la Administradora de Península Valdés; que agilizan el trabajo en forma mancomunada permitiendo una sinergia entre las entidades. PALAVRAS-CHAVES: Educación Ambiental, Capacitación docente, Transversalidad

Ciências e ambiente: diálogos com a escola e com a comunidade universitária Alessandra Aparecida Viveiro, Maria Cristina de Senzi Zancul, Andréa Midori Machida Ferraz Mendes, Fábio Eduardo Nascibem, Flávia Regina Maria, Juliana Margato Rodrigues Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara – UNESP O Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores e Práticas Pedagógicas em Ensino de Ciên-

cias e Educação Ambiental – ECiEA desenvolve, desde o início de 2013, dois projetos articulados, um deles no campus da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (FCL/Ar) - UNESP e outro na Escola Estadual Bento de Abreu – EEBA de Araraquara, que visam desenvolver ações relacionadas a aspectos socioambientais e científicos com as comunidades dessas duas instituições. A partir da metodologia da problematização com o arco de Maguerez, por meio de observações e investigações da realidade, foram feitos diagnósticos nos dois espaços. Na FCL/Ar, entre os aspectos evidenciados, destacamos: preocupação dos funcionários com a forma de descarte do lixo, mas não com a redução na produção; desperdício de alimentos no Restaurante Universitário; dificuldade dos estudantes em perceber a FCL/Ar como “meio ambiente”, indicando ausência de sentimento de pertencimento ao local; produção expressiva de copos descartáveis por parte de professores e funcionários, além do descarte incorreto, impossibilitando que sejam destinados à reciclagem. Na EEBA, onde a simples observação de salas e pátios revelou grande produção e descarte inadequado dos resíduos, verificamos que: poucos alunos reconhecem o homem como parte do meio e a presença humana é sempre relacionada a aspectos de ação antrópica destrutiva; as ações dos estudantes indicam uma visão bastante restrita de ambiente; os professores reconhecem a importância da questão ambiental na escola, mas revelam dificuldades de implementação de práticas efetivas em sala de aula. A partir do diagnóstico, o grupo deu início a um processo de reflexão crítica sobre os aspectos levantados e de busca de referenciais que pudessem subsidiar propostas de soluções para os problemas identificados. As primeiras ações realizadas visaram a conscientização e a difusão de informações, por meio de: exibição de filmes e proposição de discussões para sobre questões como resíduos sólidos e sustentabilidade tanto na FCL como na EEBA; oficinas de percepção ambiental para alunos da EEBA; construção de uma instalação, usando copos descartados durante quatro dias por funcionários e docentes da FCL/Ar. A continuidade do projeto prevê ações que estimulem uma participação maior da comunidade da FCL/Ar e da EEBA na melhoria das condições socioambientais de seus espaços. Além disso, pretende-se fomentar o interesse por temas relacionados à Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente, favorecendo reflexões, busca de informações e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes sobre esses temas. PALAVRAS-CHAVES: Ciências, Ambiente, Projeto

Círculo de Educadores Flavia Torunsky Veracidade A Veracidade é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos criada em meados de 2012 com a finalidade de transformar a realidade urbana. Tem como missão fomentar e catalisar ações que visem amplas melhorias socioambientais para o homem sobretudo em seu contexto urbano através da difusão e prática de técnicas como a permacultura, agroecologia, economia solidária e cooperativismo tendo como princípios gerais o desenvolvimento sustentável e justiça socioambiental. Dentro das iniciativas da associação se encontra o Circulo de Educadores, um projeto que tem como objetivo sistematizar o conhecimento oriundo dos educadores que formam parte da associação e realizar ações educativas e formativas que visem atingir esta missão através de oficinas, palestras, visitas escolares, debates e material didático de sensibilização ambiental. Trazer noções de ecologia nas demais etapas da educação e/ou disciplinas tem importância de construir como base de qualquer conhecimento o pensamento sistêmico e possibilita a construção de conexão entre individuo e natureza. Trabalha-se a transformação da atual visão linear dos processos para uma visão cíclica e abordando diversas problemáticas ambientais envolvidas tanto com relação a agricultura (agrotóxicos, degradação de solos, perda de biodiversidade, transgênicos, petróleo, etc) como nossa relação com os resíduos sólidos (lixões e aterros sanitários, contaminação de solos e lençóis freáticos, saúde, vida útil destes espaços, etc). Dentro das temáticas abordadas são enfocadas a agricultura orgânica em espaços urbanos e compostagem de resíduos orgânicos. Até o presente momento foram realizadas atividades na ESALQ/USP em parceria com USP Recicla; na UNESP/Rio Claro durante a Semana de Estudos da Ecologia; dentro do Projeto de Trabalho Técnico Social (PTTS) do Programa Drenagem Urbana Sustentável da Prefeitura de São Carlos foram feitas oficinas na EMEI Cecilia Rodrigues e na Escola Infantil Garden Kids ; oficinas de construção de cúpula geodésica e horta mandala em parceria com outros coletivos no SESC São Carlos, debates e visitas com os jovens do cursinho popular Emancipa sobre consumo responsável e meio ambiente, participação do festival Contato/São Carlos nas duas ultimas edições com um stand de divulgação das práticas permacul-

turais e sensibilização do público para as questões ambientais. Também em sua sede aconteceram visitas escolares onde as crianças puderam ter um panorama geral sobre permacultura urbana (banheiro seco , hortas, captação de agua de chuva, compostagem, galinheiro, agrofloresta, entre outros). PALAVRAS-CHAVES: Permacultura, Educação Ambiental, Oficinas

Clases verdes para todas y todos

días de convivencia y diversión, aprendiendo a valorar la riqueza natural de su entorno y conociendo nuevas estrategias para un desarrollo sostenible. Los centros educativos crecen como una oferta de museo abierto para todos, proponiendo alternativas sostenibles y viables para el desarrollo de la zona. En ellos se practica una educación ambiental de calidad, donde el saber ancestral de sus habitantes, transmitido por los animadores permanentes de las clases verdes, se fusiona con la colaboración internacional de voluntarios expertos de corta y larga estancia.

Carmen Ramos En un ambiente extraordinariamente biodiverso pero con una de las tasas depobreza más alta del mundo, la ONG Bel Avenir, con sede en Túlear (Madagascar), ha creado un Programa de Educación de Base, dando especial importancia a la educación ambiental. Como una gran escuela de la vida, los más de 200 trabajadores y voluntarios de Bel Avenir trabajan directamente con aquellas y aquellos que tienen menos oportunidades, tanto desde la educación formal (con la Escuela de las Salinas y la Escuela de los Zafiros), y cómo desde la educación no formal (1 Centro de Arte y Música, 1 Escuela Deportiva, una Granja-Escuela y 2 Centros Educativos Ambientales). \r\n\r\nGracias a la colaboración de la Red Internacional Agua de Coco, la ONG local Bel Avenir posee en Mangily (norte de Tulear) dos centros educativos ambientales con producción agropecuaria y un área de recuperación del bosque primario autóctono. Mangily se encuentra situado en el Bosque Espinoso Seco de Ifaty, declarado por la UNESCO Reserva de la Biosfera y uno de los 15 lugares más biodiverso (el 65% de las especies vegetales son endemismos) y más amenazados del planeta (más del 50% del Bosque ha sido destruido en los últimos 10 años, según WWF). Además, cerca de Mangily, se encuentra el área de recuperación del Manglar que Bel Avenir gestiona y el arrecife de coral que forma la barrera del Lagoon. Desde hace más de 7 años se vienen desarrollado las clases verdes, consistentes en 4 días de campamento ambiental en nuestros centros: Mangily Plage y Mangily Fôret. Con capacidad para 40 y 70 personas respectivamente, los centros funcionan gracias a la energía solar y en concordancia al protocolo de Agenda 21. Cada año pasan por estos centros de manera gratuita alrededor de 3500 niños y adolescentes, en su mayoría procedentes de familias que se encuentran en la pobreza extrema. Son cuatro

Colombia y Brasil, la experiencia de los países en la formulación de políticas públicas de educación ambiental Mejia, Luisa Fernanda Universidade Federal de Minas Gerais A Veracidade é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos criada em meados de 2012 com a finalidade de transformar a realidade urbana. Tem como missão fomentar e catalisar ações que visem amplas melhorias socioambientais para o homem sobretudo em seu contexto urbano através da difusão e prática de técnicas como a permacultura, agroecologia, economia solidária e cooperativismo tendo como princípios gerais o desenvolvimento sustentável e justiça socioambiental. Dentro das iniciativas da associação se encontra o Circulo de Educadores, um projeto que tem como objetivo sistematizar o conhecimento oriundo dos educadores que formam parte da associação e realizar ações educativas e formativas que visem atingir esta missão através de oficinas, palestras, visitas escolares, debates e material didático de sensibilização ambiental. Trazer noções de ecologia nas demais etapas da educação e/ou disciplinas tem importância de construir como base de qualquer conhecimento o pensamento sistêmico e possibilita a construção de conexão entre individuo e natureza. Trabalha-se a transformação da atual visão linear dos processos para uma visão cíclica e abordando diversas problemáticas ambientais envolvidas tanto com relação a agricultura (agrotóxicos, degradação de solos, perda de biodiversidade, transgênicos, petróleo, etc) como nossa relação com os resíduos sólidos (lixões e aterros sanitários, contaminação de solos e lençóis freáticos, saúde, vida útil destes espaços, etc). Dentro das temáticas abordadas

são enfocadas a agricultura orgânica em espaços urbanos e compostagem de resíduos orgânicos. Até o presente momento foram realizadas atividades na ESALQ/USP em parceria com USP Recicla; na UNESP/Rio Claro durante a Semana de Estudos da Ecologia; dentro do Projeto de Trabalho Técnico Social (PTTS) do Programa Drenagem Urbana Sustentável da Prefeitura de São Carlos foram feitas oficinas na EMEI Cecilia Rodrigues e na Escola Infantil Garden Kids ; oficinas de construção de cúpula geodésica e horta mandala em parceria com outros coletivos no SESC São Carlos, debates e visitas com os jovens do cursinho popular Emancipa sobre consumo responsável e meio ambiente, participação do festival Contato/São Carlos nas duas ultimas edições com um stand de divulgação das práticas permaculturais e sensibilização do público para as questões ambientais. Também em sua sede aconteceram visitas escolares onde as crianças puderam ter um panorama geral sobre permacultura urbana (banheiro seco , hortas, captação de agua de chuva, compostagem, galinheiro, agrofloresta, entre outros). PALAVRAS-CHAVES: Educación, Ambiental, Políticas

Compostando na creche: uma experiência para toda família Adriane de Fátima D Lopes, Alessandra Moda, Angélica Cristina de Oliveira, Beatriz S H Giannetti, Kelly Beatriz Danelon, Maria de Lourdes F Bueno, Marta Cristina D Goiaro, Nilva Cristina de Camargo, Rogéria Cancilieri, Rosangela S Esteves, Sandra de Fátima Cruz, Sueli Alexandre Bassetti, Verônica Bruno, Zuleide Toledo Trevisan Centro de Convivência Infantil Ermelinda Ottoni de Souza (CCIN) da Prefeitura do Campus USP Luiz de Queiroz O Centro de Convivência Infantil “Ermelinda Ottoni de Souza Queiroz” ( CCIn) da Prefeitura do Campus USP “Luiz de Queiroz”, baseia-se na Teoria Sócio-Interacionista, com ênfase em Piaget, que acredita na participação ativa da criança em seu próprio desenvolvimento onde explora, testa, constrói as ações e fenômenos. A equipe do CCIn tem como missão contribuir para a melhoria da qualidade de vida da criança, família, funcionários e sociedade. Em busca desse objetivo, visa desenvolver atividades

educativas e projetos com a participação da família e comunidade. O Projeto “Compostando na Creche: uma experiência para toda a família” é uma das Intervenções de Educação Ambiental no CCIn, que tem como objetivo contribuir para a formação de um sentimento de preocupação e respeito com o meio ambiente e para uma construção de sociedades mais sustentáveis, e busca sensibilizar as crianças, funcionários e pais para o aproveitamento de resíduos orgânicos. O Projeto iniciou em 2003 em conjunto com o Programa USP Recicla, e com o Centro de Pesquisa para Aproveitamento de Resíduos Agroindustriais (Cepara). Para o aproveitamento dos resíduos, é utilizado o processo da compostagem, que consiste na degradação aeróbia dos resíduos, transformando-os em composto orgânico. No processo são misturados materiais orgânicos como folhas e cerca de 40kg semanais de restos de comida da cozinha (casca de frutas, casca de ovos, borra de café, etc.), evitando o encaminhamento desses resíduos para o aterro. A atividade é realizada semanalmente junto às crianças e funcionários do CCIn, recolhidos de segunda à sexta-feira, para a atividade na composteira. O composto é utilizado na horta orgânica, onde as crianças participam do plantio, da colheita e degustação desses próprios alimentos, podendo levar os mesmos para suas casas. Este env olvimento é feito através de trabalhos pedagógicos desenvolvidos pelos professores com as crianças, que participam de todas as etapas do processo e os familiares são estimulados por meio de oficinas pedagógicas a adotarem essas práticas em suas residências; busca ainda valorizar uma perspectiva transdisciplinar, visando a integração dos valores humanos e promover ações mais responsáveis com o meio ambiente. O projeto tem contribuído para a sensibilização, construção do conhecimento, responsabilidade, compreensão das relações entre seres humanos, sociedade e natureza, e principalmente, a formação de uma consciência comprometida com a melhoria da qualidade do meio em que vive. PALAVRAS-CHAVES: Educação, Ambiental, Criança

Desarollo del emprendimiento económico y social a través de iniciativas ecológicas vinculadas con programas de clasificación y reutilización de residuos sólidos

Edinson Gudiño, Adriana Paolini, Eduardo Campechano, Isabel Díaz, Dilnan Meléndez Universidad Centroccidental Lisandro Alvarado y Universidad Pedagógica Experimental Libertador La necesidad de desarrollar actividades que contribuyan a disminuir el impacto ecológico de la acción humana es una necesidad impostergable para la sociedad. La clasificación y el reciclaje son una excelente opción para minimizar la huella ecológica que dejamos marcada en el ambiente. En la mayoría de las instituciones educativas se observa el consumo de grandes cantidades de papel, aluminio y plástico; buena parte de éstos se desperdicia al mezclarse con los residuos sólidos urbanos con lo cual no es posible aprovechar estos recursos. En términos generales, se puede decir que en nuestras comunidades no existe una cultura de selección para el reciclaje, hay pocas experiencias colectivas organizadas de clasificación y aprovechamiento de residuos sólidos, por lo que el presente proyecto está orientado a estimular esta actividad con una visión ecológica, pero también económica, demostrando que clasificar, reutilizar y reciclar puede generar un impacto positivo para la comunidad y el ambiente. El objetivo del proyecto es fomentar el desarrollo de capacidades de emprendimiento social y económico en la sociedad larense a través de iniciativas ecológicas vinculadas con programas de clasificación, reutilización y reciclaje. La metodología utilizada está fundamentada en la investigaciónacción con la finalidad de cambiar la realidad involucrando a los propios agentes de la misma. La estrategia está basada en la interacción entre los integrantes del proyecto con distintas comunidades educativas del estado Lara para generar la concientización y promoción de la clasificación y aprovechamiento de los residuos sólidos, mediante charlas educativas en los planteles para generar una matriz de opinión favorable con respecto al tema ambiental. Adicionalmente, se aplicó un pretest y un post test para medir el impacto de los talleres realizados y entrevistas informales. Como impacto social en las comunidades educativas y locales donde se está trabajando se ha observado el desarrollo y fortalecimiento de una cultura ecológica, de aprovechamiento de los residuos sólidos, lo que contribuye a disminuir el impacto ambiental que generamos como sociedad. Los resultados

preliminares obtenidos son los siguientes: a) En la escuela Rafael Coronado se está desarrollando un programa de recolección y clasificación de plástico, con el apoyo de toda la comunidad educativa. b) Capacitación de 102 docentes en instituciones educativas públicas, c) Organización de tres ferias de reutilización de residuos con la participación de más de 600 estudiantes de escuela básica y media. PALAVRAS-CHAVES: Reciclaje, Residuos Sólidos, Emprendimiento

Economia solidária, comércio colaborativo, consumo colaborativo: promoção do portal bazar Vinícius Henrique de Souza, Diomédes da Silva Costa, Katia Aline Forville de Andrade Faculdade de Tecnologia Senac Goiás Este artigo apresenta uma ação interdisciplinar de Educação Ambiental para a sensibilização da comunidade acadêmica da Faculdade de Tecnologia Senac Goiás ao comércio e consumo colaborativo. Tratou-se de uma proposta para promover o “Portal Bazar Protejo Integrador”, um sítio de comércio colaborativo elaborado por acadêmicos do curso de Gestão da Tecnologia da Informação em parceria com os cursos de Design Gráfico e Gestão Ambiental. Para conhecer o perfil, comportamento e conhecimento ambiental do público, envolvendo também questões sobre o comércio eletrônico, realizou-se uma pesquisa por meio da aplicação de questionários. Para disseminar informações sobre a economia solidária e colaborativa, motivação gerada pelo incomodo consumo exacerbado dos recursos naturais impostos pela globalização e devido ao avanço da tecnologia, e ainda divulgar o Portal Bazar, foi confeccionado um banner informativo afixado na área de convivência da Faculdade na Semana do Meio Ambiente em 2013, com um trabalho in loco dos proponentes para explanar sobre a temática e estimular a participação da comunidade acadêmica. Na oportunidade também foi disponibilizado um computador para acesso da comunidade acadêmica e navegação no portal, possibilitando a efetivação de cadastro do público, que poderia anunciar, comprar, vender ou até mesmo trocar pertences eletrônicos, livros, entre outros objetos diversos. Ainda utilizou-se o Facebook para compartilhar os conceitos e divulgar o portal. Espera-se que ações como estas possam sensibilizar as

pessoas para a promoção de modelos de economia solidária e colaborativa, minimizando o consumismo desenfreado, sobretudo estimulando e fortalecendo a socialização dentro desta comunidade, mitigando os impactos gerados ao meio ambiente incitando a formação de cidadãos conscientes. Entende-se que este projeto favoreceu a prática do Educador Ambiental, certificação profissional intermediária concedida ao Gestor Ambiental, possibilitando ainda o cumprimento do papel social da instituição de ensino que propiciou a discussão de uma temática tão importante no mundo hoje. PALAVRAS-CHAVES: Consumo colaborativo, Educação ambiental, Portal Bazar

Educação ambiental a partir de uma história em quadrinhos acerca do Tratado de Tbilisi, 1977 Marco Túlio Jorge Cortez, Joberth Rainner Baliza De Paula, André Luiz Silva Andrade, Josiane Carvalho Fonseca Silva, Antonio Fernandes Nascimento Junior Departamento de Biologia, Universidade Federal de Lavras O Tratado de Tbilisi (1977) representa um marco no desenvolvimento da Educação Ambiental (EA) em âmbito internacional, cujas resoluções são pertinentes até os dias de hoje. Essas expressam a preocupação com a qualidade do meio ambiente, em aspectos naturais e humanos, do indivíduo ao coletivo. Perante a validade das análises contidas nesse documento e o reconhecimento da não solução das questões ambientais, tomou-se o próprio como objeto do desenvolvimento de uma oficina de produção de material didático em EA. Tal oficina foi realizada no Museu de História Natural da Universidade Federal de Lavras, por integrantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, estudantes do curso de Licenciatura em Biologia na referida universidade. A oficina teve como objetivo a produção de uma história em quadrinhos (HQ), buscando a sensibilização e estímulo à tomada de consciência por parte de crianças, jovens e adultos para a temática ambiental através do Tratado. Este trabalho fará o relato dos processos de elaboração do material didático produzido para, posteriormente, analisar as contribuições possíveis de serem alcançadas na esfera educativa. As HQs representam uma forma

lúdica de trabalhar diferentes olhares para a realidade, inserindo assuntos como ética, saúde, política, economia e sociedade. Por isso, esta foi escolhida como estratégia pedagógica pelos envolvidos na sua elaboração, que após fazer a leitura e discussão do Tratado, destacaram o conteúdo que estaria incluído no material. Conseguiu-se expressar, de forma simples, a essência do documento, utilizando personagens que, dialogando, simulavam sua construção em uma linguagem acessível. O texto foi criado com a perspectiva de mostrar que as mediações sociais são determinantes na forma que nos relacionamos com e na natureza. Além disso, a dimensão histórica revela a proporção que os riscos ambientais tomaram ao reafirmar sua problematização e relevância do assunto. A HQ foi montada a partir da utilização de um site de uso livre que oferecia recursos gráficos para desenhá-la e foi apresentada em forma de slides. Era apresentado quadro por quadro enquanto os mediadores pronunciavam as falas da história. Ao final, foi proposta uma discussão para avaliação do recurso didático. Toda a atividade foi filmada e posteriormente estudada pela metodologia de análise temática. Os resultados indicaram que a utilização de HQs como estratégia de EA se mostrou eficaz, podendo ser utilizada em diferentes espaços e com grande potencial de abrangência devido à linguagem simples e imagens utilizadas, proporcionando maior interesse dos alunos e da comunidade. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, História em Quadrinhos, Tratado de Tbilisi

Empowering Rural Communities Through Environmental Education And Education For Sustainable Development: Some South African Case Studies CP Loubser Unisa The concept ‘Sustainable Development’ only became prominent in academic discourse fairly recently and diversified views are still held on what the concept pertains. The purpose of this paper is show how indicators for a sustainable lifestyle in rural communities where identified by means of case studies. By having been involved with these communities for three years it was attempted to also establish to what extent education could play a role in order to promote a sustainable lifestyle. The case studies

revealed a number of indicators which could be classified respectively as ecological aspects, social and educational aspects, as well as religious and value system aspects. It was also ascertained that constant education could contribute to benefit a sustainable lifestyle, despite serious obstacles like poverty.   EDUCAÇÃO AMBIENTAL E HISTÓRIA AMBIENTAL – TRABALHANDO COM OS PATRIMONIOS COMUNITÁRIOS A PARTIR DAS PERCEPÇÕES DE CRIANÇAS Nelma Baldin; Cintia Madureira Orth; José Cavalheiro Neto; Joelias dos Santos; Amanda Carolina de Mello; Sabrina De. Pin Universidade da Região de Joinville ­Univille Pirabeiraba, em Joinville (SC), destaca-se pela paisagem bucólica e forte influência da colonização germânica nas suas manifestações culturais. O atual crescimento econômico da localidade tem, na ocupação urbana, a supressão das paisagens naturais, trânsito e ruídos intensos e outras características que vêm alterando não somente o cenário da região, como a rotina e as tradições. Justamente em decorrência dessas mudanças historicoculturais e socioambientais porque passa a comunidade, os Projetos EduCA - Univille vêm ali atuando com pesquisas em Educação Ambiental e História Ambiental desde 2009. Este texto representa um fragmento dessas pesquisas ali desenvolvidas em três escolas da rede municipal de ensino. A pesquisa analisa os discursos e as percepções das crianças sobre o meio ambiente, em especial a relação dessas com a natureza, o ambiente que as cerca e a história ambiental da localidade. No ano de 2012 trabalhou-se, nessas escolas, com as percepções das crianças quanto aos patrimônios imateriais da comunidade, enfatizando a questão da educação e da sensibilização socioambiental e cultural. Inicialmente, aplicou-se um questionário para a análise da percepção e dos saberes das crianças sobre o meio ambiente e a história ambiental e patrimonial local. Após, desenvolveram-se atividades como palestras e discussões em grupos sobre o cuidado com os patrimônios naturais, ambientais, históricos, culturais e artísticos da comunidade. Nesse espaço, as crianças participaram de um jogo pedagógico (e lúdico) sobre os patrimônios histórico e ambiental locais. Ao final, trabalhou-se com o questionário aplicado no início das atividades,

objetivando analisar não somente a questão da percepção, mas também o aprendizado das crianças após as intervenções dos pesquisadores, com vistas a envolvê-las no trato com o meio ambiente e na prática da Educação Ambiental. As respostas das crianças possibilitaram identificar que ainda carecem de um “despertar” quanto às questões patrimônios natural, ambiental, histórico, cultural e artístico da localidade. Percebeu-se que embora a escola promova a educação histórico-ambiental, essa ação é ainda insuficiente. A análise das respostas das crianças ao questionário aplicado (antes e depois da prática de Educação Ambiental) mostrou que houve relativa assimilação do conteúdo e apontou a Educação Ambiental e a História Ambiental como os caminhos para a sensibilização e preservação dos bens patrimoniais da comunidade. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, História Ambiental, Patrimônios Comunitários

EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL DIRECIONADA PARA PRODUÇÃO DE PRODUTOS ECOLÓGICOS EM UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS, MARANHÃO Ana Claudia da Silva Carvalho, Michelly Mendes Freire, Nayara Duarte da Silva, Helena Lucimar Rodrigues, Raimunda Nonata Forte Carvalho Universidade Estadual do Maranhão Os óleos residuais da cozinha de residências e restaurantes causam vários impactos ambientais, tais como entupimento de tubulações e poluição de corpos d’água. Educar ambientalmente os estudantes para a possibilidade de reciclar esse produto pode gerar novas condutas e novos valores, bem como pode gerar ganhos financeiros para a escola. Neste trabalho objetivou-se realizar ações educativas direcionadas para a reciclagem do óleo de cozinha com estudantes de ensino médio em uma escola pública de São Luís-MA. As ações educativas foram realizadas com estudantes de uma turma de primeiro ano do ensino médio da instituição Manoel Beckman durante os meses de maio a julho de 2013. Foram realizadas entrevistas com auxílio de questionários e posteriormente foram proferidas palestras sobre a importância da reciclagem, destacando-se os impactos causados pelo óleo de cozinha quando descartado sem os devidos cuidados e as possibilidades de ganhos financeiros com a reciclagem desse produto.

Nessa fase do trabalho foi sugerida a possibilidade de fabricação do sabão ecológico pelos próprios alunos com auxílio técnico do laboratório de Química da Universidade Estadual do Maranhão no campus Paulo VI. Na etapa seguinte do trabalho foi realizado o processo de fabricação do sabão ecológico com uso de óleo reciclado pelos próprios estudantes em suas residências. Essa prática ambiental, segundo os estudantes já está contribuindo para a sensibilização sobre os impactos ambientais gerados pelo derramamento exagerado de óleos residuais de cozinha, reduzindo a poluição dos mares e rios da região, tornando-se assim uma iniciativa sustentável e de bem comum. PALAVRAS-CHAVES: Óleo de cozinha, Educação Ambiental, Sabão ecológico

Educação Ambiental para a Sustentabilidade ­Pelas Escolas das Vilas Doroty A. Martos CEAD UFOP ­Universidade Federal de Ouro Preto O objetivo é refletir sobre aspectos das relações existentes entre ONGs socioambientalistas e escolas públicas e seu respectivo impacto nas localidades onde estão sendo implementadas, bem como, nos indivíduos nelas inseridos.Estudos foram realizados no intuito de observar com a Carta da Terra e o Tratado Internacional de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis serviram de inspiração e caminhos metodológicos na atuação da ONG nas escolas. A técnica escolhida foi apesquisa qualitativa denominada de Grupo Focal e uma característica marcante da metodologia foram os Diálogos Intergeracionais para a Sustentabilidade. A pesquisa de campo – visitas in loco - foi realizada na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em localidades denominadas de Vilas. Estas Vilas abrigam comunidades caracterizadas por condições socioeconômicas bastante frágeis, elevado índice de degradação ambiental, graves problemas sanitários e altas taxas de violência. Contrapondo estes dados alarmantes, nota-se relevante potencial de produção de arte e cultura, bem como, uma capacidade interessante de mobilização e organização popular. As atividades dos Grupos Focais foram desenvolvidas em duas escolas públicas. Para a atividade foi elaborado um roteiro composto de dois “eixos estruturadores”: i)

Iniciativa - como se processou, iniciativa individual ou institucional, formas de articulação, políticas públicas, linhas de financiamento; ii) Mudanças ocorridas - como (atividades desenvolvidas), quando, onde, quem. As atividades com os Grupos Focais mostraram a influencia do projeto nos indivíduos que participaram do processo – adultos, crianças e adolescentes – e o impacto positivo que a iniciativa causou. Elevação da autoestima, sentimento de pertença, senso de coletividade, reavaliação de hábitos de consumo, bem como, sentido decuidado com todas as formas de vida são alguns elementos de mudança observados. O grupo foi provocado a refletir sobre o vínculo entre escola e comunidade, como se estivessem utilizando a estratégia de formação de uma COM-VIDA (Comunidade de Meio Ambiente e Qualidade de Vida): a Carta da Terra foi citada, assim como, ficou evidente o protagonismo juvenilno processo. Verificou-se que o maior desafio é saber qual a extensão do impacto positivo dos projetos e por quanto tempo estas mudanças – já identificadas – podem perdurar. Necessitamos fortalecer e aprofundar os estudos acerca do conceito de sustentabilidade socioambiental. Este conceito pode ser o eixo norteador das ações e relações que se estabelecem para promover a Educação Ambiental e os Diálogos Intergeracionais para a Sustentabilidade. PALAVRAS-CHAVES: Escola, Sustentabilidade, Intergeracional

Educação ambiental, uma ferramenta para formação crítica e socioambiental de estudantes de determinada escola publica de Diadema Everton Viesba, Leticia Viesba, Natália Ribeiro, Marilena Rosalen Universidade Federal de São Paulo Considerando que uma educação ambiental que reflete os desafios da sociedade atual pode contribuir para o desenvolvimento sustentável, buscamos realizar o presente trabalho de forma que os estudantes e professores envolvidos além de ter um maior acesso às informações de causa, conseqüência e solução das temáticas socioambientais tivessem, também, a possibilidade de elaborar opiniões críticas de forma a levar a transformações individuais e coletivas (LOUREIRO, 2004). O projeto foi desenvolvido com as turmas de 8º/9º anos de uma escola pública do

município de Diadema/SP, cidade que apresenta um enorme potencial de serviços ambientais prejudicados diretamente pelo crescimento populacional acelerado. Baseando-se também na Lei 9795/1999 que aponta que: “... A Educação Ambiental não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino...” e sim abrangida em todas as áreas de estudo, procuramos utilizar as aulas vagas das turmas e scolhidas e associar as disciplinas de ciências e biologia delimitadas segundo o PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais, com a mudança das paisagens por causas antrópicas. Para o desenvolvimento do projeto foi considerada e valorizada a realidade dos estudantes - a vida cotidiana deles. Inicialmente, foi realizada a fase de sensibilização, destacando as ciências ambientais. Como atrativo para os estudantes, para o desenvolvimento do projeto buscamos sempre realizar aulas a partir de questionamentos que suscitavam discussões em grupo como uma alternativa ao método de ensino tradicional, valorizando a reflexão de assuntos socioambientais em sala de aula como item fundamental para a formação cidadã dos estudantes. Na finalização do trabalho, foi realizada uma exposição com as maquetes produzidas por grupos de estudantes, com visitação de pais e comunidade do entorno da escola. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Ciências Ambientais, Ensino-Aprendizagem

Educação e Sustentabilidade: por um método dialógico e participativo na escola Edson Grandisoli, Rosiani Carla Baron Telles, Thaís Milani Bianco, Cristiana Mattos Assumpção Colégio Bandeirantes / PROCAM A Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável considera central o papel da escola na criação de uma sociedade mais justa e encoraja a integração dos princípios da sustentabilidade em diversas situações de aprendizado. Apesar de a Década ter gerado resultados positivos, pouco caminharam as iniciativas de criação de novas metodologias de ensino pautadas pelo princípio da sustentabilidade no Ensino Básico. Nessa direção, foi concebido, em 2010, o Projeto Educação para a Sustentabilidade - atividade extracurricular para estudantes de Ensino Médio de uma escola paulistana - que tem sido palco de experimentação, criação de

metodologias de ensino e avaliação de intervenções dentro do paradigma da sustentabilidade. A atividade é optativa e a adesão dos estudantes, voluntária. Nos primeiros encontros, os participantes são avaliados qualitativamente (por textos, grupo focal e entrevistas) quanto à compreensão do conceito de sustentabilidade e sua relação com o dia a dia. Os resultados dessa avaliação norteiam o primeiro semestre do projeto que, por meio de aulas, discussões, filmes e visitas a profissionais da área de sustentabilidade cuidam da formação conceitual dos estudantes, garantindo uma visão mais ampla, complexa e integrada do conceito dentro das esferas social, ambiental, cultural e econômica. As mesmas avaliações são repetidas no final do ano e após três anos. A comparação desses momentos tem apontado para um aumento na compreensão do conceito, sua importância e influência sobre diferentes escolhas. No segundo semestre, os estudantes desenvolvem uma intervenção no ambiente escolar visando torná-lo mais sustentável. Como exemplo, pode-se citar a eliminação dos copinhos plásticos e a criação de uma Feira de Ciências sustentável. Nessas intervenções, são criadas estratégias de comunicação, diálogo e negociação, dentro do grupo, e com diferentes atores da escola a fim de atingirem seus objetivos. Os resultados dessas intervenções consideram os benefícios para a comunidade escolar, a sociedade e o planeta, conectando o local e o global. Todo esse processo se torna uma verdadeira experiência política, na qual os participantes são capazes de reconhecer o desenvolvimento de diferentes habilidades, bem como a importância do diálogo e do respeito a diferentes valores e pontos de vista na busca por soluções consensuadas. Além disso, os participantes também identificam a criação de novas conexões entre diferentes conteúdos trabalhados em diferentes disciplinas (interdisciplinaridade). Todos esses resultados indicam a efetividade da metodologia criada e, como conseqüência, a formação de um estudante mais capaz de compreender e agir no mundo de forma mais responsável e sustentável. PALAVRAS-CHAVES: Educação, Sustentabilidade, Escola

Educomunicação socioambiental: uma proposta interdisciplinar no ensino formal Jéssica Marques, Michele Roberta Ennes,

Thayline Vieira Queiroz, Carolina Buso Dornfeld Unesp – Ilha Solteira A Educomunicação Ambiental refere-se a um campo de práticas metodológicas aplicadas em projetos e programas de educação e gestão ambiental que buscam uma nova perspectiva de cooperação interdisciplinar. Na educação formal, ambientalizar o ensino significa inserir a dimensão socioambiental onde ela não existe ou está tratada de forma inadequada. É um processo, que demanda comprometimento institucional e que pode ser concretizado em um novo currículo. O jornal mural é uma das ferramentas da educomunicação ambiental, sendo este um recurso de excelência no trabalho em grupo. Trabalhos sobre Educomunicação associados à Educação Ambiental são de grande importância, porém, ainda existem poucos estudos nessa área no ensino formal. O presente trabalho teve por objetivo analisar as possíveis contribuições que a elaboração de jornais murais oferecem para a comunidade escolar. O trabalho foi desenvolvido com os alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma escola privada situada na cidade de Ilha Solteira (SP), por meio de atividades realizadas em um projeto extraclasse denominado Biologia Muito Além da Ilha e desenvolvido em parceria com a Pró - Reitoria de Extensão Universitária da UNESP. Antes de iniciar as atividades junto aos alunos foram realizadas reuniões com a Coordenadora Pedagógica e os professores responsáveis pelas disciplinas de Ciências e Geografias da escola parceira, nas quais foram discutidos como seria a seleção dos alunos para participação no projeto, a duração em semanas, os conteúdos que seriam abordados de acordo com o material didático e curricular da escola e as possibilidades da equipe executora. Realizou-se treze encontros, durante os quais foram abordados tópicos sobre questões ambientais e proposto atividades diferenciadas, as quais resultaram em materiais para compor o jornal mural. Os tópicos trabalhados no jornal mural foram: Curiosidade Científica, Educação Ambiental, Comentários e opiniões, Entretenimento, Entrevistas e Ilustrações. As atividades envolveram saídas de campo (Praças, ruas do entorno da escola, Centro de Conservação e Praia do município), confecção de terrário e maquetes representando a Estação de Tratamento de Água e Estação de Tratamento de Esgoto, Registros fotográficos, Leituras de Revistas Científicas (Revista Pesquisa FAPESP) e Revistas de grande circulação e Entrevistas com Docentes e Pesquisadores da UNESP. A avaliação do projeto foi

realizada com base em um questionário aplicado aos participantes do projeto e na observação, cujos instrumentos foram as notas de campo. Todos os alunos responderam ter lido o jornal mural depois de pronto e fixado no painel da escola, sendo que o tema de maior interesse foi a Biodiversidade de Vertebrados (38%). 92% dos alunos participantes disseram ter ouvido comentários positivos dos demais alunos sobre a exposição do jornal mural. Além disso, o tópico do jornal que gostaram mais de elaborar foi o de Curiosidade Científica. De acordo com os dados obtidos, a elaboração do jornal mural pode contribuir de forma positiva no processo de aprendizagem. Tanto os alunos envolvidos com a sua confecção quanto os alunos leitores e a comunidade escolar puderam ser beneficiados. Durante as atividades foi observado a articipação ativa dos alunos, onde o trabalho em equipe possibilitou trocas de experiências. A comunidade escolar foi favorecida a partir do momento em que o jornal mural foi exposto na escola e proporcionou informações por meio da leitura. PALAVRAS-CHAVES: Educomunicação Sócioambiental, Jornal Mural, Ensino Formal

El consumo de agua embotellada en la universidad del país vasco: percepción, cuantificación y alternativas Jose Ramon Díez, Arantza Rico, Iñaki Antigüedad Universidad del País Vasco/ Euskal Herriko Unibertsitatea La producción, la distribución y el consumo de agua embotellada genera grandes impactos ambientales y supone una dilapidación absurda de recursos, a pesar de haberse convertido en uno de los iconos de vida saludable. El agua embotellada a menudo no es más sana que la del grifo, su coste es del orden de mil veces superior, y su producción y consumo podría agravar los problemas de escasez globales e incrementar las amenazas que impiden el acceso universal a este recurso indispensable para la vida. A consecuencia del masivo crecimiento registrado en el consumo de agua embotellada durante las últimas décadas, en varios lugares del planeta hoy día están surgiendo iniciativas para promover el uso del agua de grifo debido a su eficiencia energética, su sostenibilidad y su calidad. Es este el contexto en el que se está desarrollando este estudio, que tiene por objetivo elaborar un

diagnóstico detallado relativo al consumo de agua embotellada en el ámbito de la Universidad del País Vasco mediante 3 estrategias: encuesta on line sobre la percepción y hábitos de consumo de agua embotellada y de agua de grifo de la comunidad universitaria; inventario sobre la accesibilidad al agua de grifo en sus facultades e instalaciones; y cuantificación del volumen de compraventa en restaurantes, cafeterías y máquinas de vending. Dado que la calidad del agua de grifo en el conjunto del País Vasco es excelente, el objetivo último que persigue este estudio es proporcionar herramientas de gestión a las autoridades universitarias para que adopten medidas activas que minimicen el consumo de agua embotellada en aras de un futuro más sostenible. \r\nLos resultados obtenidos hasta el momento corresponden a la primera estrategia, es decir, el cuestionario on line realizado durante el primer semestre de 2013, mientras que las otras dos líneas de trabajo concluirán próximamente. Más de 1600 personas, pertenecientes a los colectivos de PDI, PAS y estudiantes, han contestado a dicho cuestionario. Entre otros muchos resultados, la mayoría manifiestan que a lo sumo consumen una o dos botellas de agua a la semana y la mayor parte de ellos reutilizan botellas de plástico o beben directamente del grifo. Una minoría, sin embargo, manifiesta consumir más de 6 botellas a la semana. Hasta el momento las principales conclusiones que se han obtenido son tres. La primera, que la comunidad universitaria favorece el consumo de agua de grifo y la reutilización de botellas de agua y otros recipientes; la segunda, que la edad y el nivel educativo determina el nivel de consumo de agua embotellada y la percepción de su impacto medioambiental; la tercera y última, dado que el agua de grifo es de fácil acceso y de gran calidad, las estrategias de gestión deberían ser enfocadas hacia medidas que minimicen o erradiquen el consumo de botellas de agua en nuestra universidad. PALAVRAS-CHAVES: Agua Embotellada, Diagnóstico, Sostenibilidad

“El Pensamiento Ambiental Latinoamericano (PAL) y la construcción de propuestas didáctico pedagógicas: una perspectiva que invita a resituarnos…”

Claudia Andrea Gotta e Graciela Ester Mandolini Universidad Nacional de Rosario. Instituto Superior de Profesorado Nº 1 “Manuel Leiva” de Casilda Consideramos que a partir de la propuesta de Educación Ambiental diseñada y sostenida en el contexto de la Escuela de Educación y Formación Ambiental “Chico Méndes”, retomada y resignificada desde la perspectiva local por el Instituto Superior de Profesorado N° 1 de Casilda, en convenio con el Instituto Rosita Ziperovich” de AMSAFE, la Escuela Agrotécnica de Casilda, y otras instituciones de la Universidad Nacional de Rosario, estamos haciendo lugar a un educador que deja de ser responsable para ser habitante del hecho educativo. Nos proponemos analizar y justificar teóricamente un modelo de Educación Ambiental incluyente que se construye a partir de las voces de los protagonistas, de los actores locales, de los estudiantes de carreras de formación docente, de los educadores, de los técnicos, un modelo de educación ambiental que se piensa social y colectivamente, que incluye problemáticas socioambientales articuladas con la noción de “territorio” En una Argentina donde la frontera agropecuaria avanza cada vez más vertiginosamente sobre ecosistemas sumamente frágiles, desplazando a los pobladores originarios, y generando riqueza efímera para algunos y miseria y exclusión social para muchos, es imprescindible contar con sujetos que se educan y educan en la formulación y generación de modelos de construcción del conocimiento verdaderamente alternativos, ambiental y socialmente sustentables, justos y solidarios. El ejercicio de formación que recreamos desde el Instituto abreva en una propuesta de formación, fuertemente articulada con la necesidad de contribuir a la construcción de un conocimiento colectivo, nutrido por el aporte de diversas instituciones, y espacios sociales, a partir de propuestas locales, configurándose y reconfigurándose en función de la diversidad local y regional. PALAVRAS-CHAVES: Educación Ambiental, Exclusión Social, Construcción Modelo Incluyente

El Pensamiento Crítico Ambiental y La Educación Luz Elena Garcia Garcia

Los procesos de apropiación, asimilación y construcción de la realidad ambiental, implican modos de pensar, sentir y actuar del sujeto con capacidad de observar, poner en cuestión las condicones dadas y atreverse a dar cuenta de aquello que subjetiva y socialmente lo constituye en esos modos de pensar. A partir de este reconocimiento de quienes somos en nuestros modos de pensar, sentir y actuar, podemos potenciar condiciones de existencia que nos implican proyectar esos modos de pensar en las culturas y en las sociedades, en las primeras a través de nuevos lenguajes y símbolos emergentes de lo ya estatuido, y en las segundas, cambiando las formas de relación social, y tomando consciencia de las decisiones que conllevan a comportamientos, actitudes y acciones. Lo anterior es posible en el marco de una epistemología crítica y abierta, entendida como una forma de mirar que implica dar cuenta cómo pensamos lo ambiental, quiénes somos como sujetos en la teoría y en nuestra vida cotidiana, para qué y para quién conocemos, y desde qué lógicas organizamos nuestros razonamientos sobre la realidad. En el conocimiento moderno del desarrollo sostenible, la realidad ambiental es sistemática, regulable, controlable, se somete a leyes, tiende al orden y el equilibrio. En este sentido, lo real pertenece a la razón, a la forma de pensamiento lógico, -empírico y racional-, que adapta, adecua y contribuye al alcance de una meta o finalidad, por lo que los estudiosos de los problemas y temas ambientales buscan encontrar respuestas a partir de explicaciones, descripciones y experimentaciones. Desde el pensamiento crítico la realidad es una construcción por parte de un sujeto capaz de dar cuenta del conocimiento desde su experiencia de vida, su modo superando las de organizar el pensamiento y sus lógicas instrumentales por lógicas modos de actuar emergentes, más incluyentes, más solidarias entre los seres humanos y las relaciones de estos con la tierra, buscando problematizar los acontecimientos y experiencias con sentido social de época, abriendo posibilidades de comprensión y propuestas de prácticas ambientales que de ellos puedan derivarse. Este modo de pensar impacta radicalmente la educación. La presente ponencia contiene reflexiones sobre una mirada crítica al modo de pensar la educación ambiental, como espacio de posibilidades para generar diálogos y discusiones pensamiento eco-socio-histórico, en la organización teniendo en cuenta y construcción del que los problemas ambientales y del desarrollo sostenible alcanzan cierta complejidad y exigen miradas multi e interdisciplinares para afrontarlos.

Experiência docente em Educação Ambiental no curso de Pós­Graduação na Universidade Federal de Alfenas – MG. Adriana Maria Imperador Universidade Federal de Alfenas As sociedades humanas vêm passando por diversas transformações ao longo dos anos. A atual crise ambiental é marcada pelo conflito entre a conservação dos recursos naturais e o estímulo ao consumo abusivo incentivado pelos meios de comunicação em massa. A Lei 9.795 de 1999 é reconhecida como uma importante ferramenta para redução deste conflito. Ela descreve a Educação Ambiental como o processo pelo qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas à conservação do meio ambiente. Ela deve estar presente em todos os níveis de ensino em espaços formais e não formais. O objetivo deste trabalho é apresentar a experiência como docente responsável pela disciplina “Educação Ambiental como Instrumento de Gestão”, durante os anos de 2012 e 2013, do curso de pós-graduação Stricto sensu em Ciências da Engenharia Ambiental na Universidade Federal de Alfenas. As atividades foram planejadas com o intuito de apresentar conceitos relativos à área de ciências naturais e estimular a ação, tomada de decisão e trabalho em equipe, contemplando atividades como apresentação de seminários temáticos, elaboração de jogos e kits ecológicos com seus respectivos protocolos de avaliação. Foram confeccionados jogos com temas relacionados às questões ambientais e de sustentabilidade da Cidade de Poços de Caldas, como preservação da fauna e flora, importância dos recursos hídricos, coleta seletiva, gerenciamento de resíduos sólidos entre outras. Os materiais produzidos foram apresentados aos alunos de Ensino médio da rede pública por meio de uma dinâmica agendada previamente com gestores das escolas participantes. Todo material produzido foi doado para Universidade para apresentações em feiras de ciências e eventos direcionados a esta temática. A avaliação acadêmica relacionada à participação e rendimento dos alunos de mestrado foi positiva em ambos os anos, sendo a frequência acima de 90% de assiduidade e altos índices de aproveitamento. Esta disciplina proporcionou a participação coletiva na discussão de temas e conteúdos relativos às Ciências da Engenharia Ambiental por meio de práticas educativas, incentivando

os alunos à adoção de condutas sustentáveis em relação à gestão de recursos naturais e soluções de problemas, além de transmitirem estas competências como futuros docentes. PALAVRAS-CHAVES: Docência, Práticas Educativas, Meio Ambiente

Formação socioambiental de servidores técnico-administrativos da USP: uma experiência formativa em capilaridade com a temática da sustentabilidade Daniela C. Sudan, Ana M. de Meira, Patrícia C. S. Leme, Marcos Sorrentino, Welington B. Delitti, Aldo R. Ometto, Antônio V. Rosa, Angélica M. P. Pipitone, Carolina C. Góis, Denise M. G. Alves, Estela Moro, Fernanda da R. B. Fernandez, Laura Martirani, Paulo Diaz, Patricia G. Moreira, Rosana Silva, Silvia Ap M. da Silva, Suzana Ursi, Taitiany K. Bonzanini, Tamara M. Gomes Universidade de São Paulo Este trabalho aborda um relato de experiência do Projeto de Formação Socioambiental dos Servidores da USP em andamento que visa a formação socioambiental de 17.000 servidores técnico-administrativos dos sete campi da Universidade de São Paulo – Brasil, em uma perspectiva crítica e emancipatória em Educação Ambiental. Sob a coordenação da Superintendência de Gestão Ambiental da USP, o Projeto em questão tem como objetivos: educar ambientalmente seus servidores; ampliar a internalização da sustentabilidade na gestão universitária e fomentar ações sustentáveis na universidade. Para atingir a totalidade dos servidores, será adotada a metodologia da capilaridade. Nesta perspectiva, os envolvidos são “pessoas que aprendem participando” (PAP) e que assumem o compromisso de mobilizar outros grupos de seu ambiente de trabalho, por meio de cursos teóricos e práticas monitoradas. O grupo inicial (PAP1) é constituído por especialistas convidados e equipe técnica da SGA (30 pessoas). Tem o papel de elaborar o plano político pedagógico da formação dos servidores e de fomentar e tutorar (presencialmente e à distância) as lideranças dos campi (PAP2), formadas por agentes ambientais e membros de comissões institucionais (180 pessoas). Os PAP2, por sua vez, darão cursos em formato presencial, em suas unidades de trabalho, aos PAP3 (estimativa de 4.590servidores). Os PAP3 terão o compromisso de desenvolver uma ação educadora articulada à gestão

ambiental envolvendo outros membros da comunidade universitária (PAP4), atingindo, desse modo, o total de servidores técnico-administrativos da USP. em modalidades diferenciados. Destacamos como resultados e produtos iniciais: (i) realização de dez encontros com especialistas (PAP1) para aprimoramento do projeto e articulações estratégicas; (ii) apresentação do projeto nos conselhos gestores dos campi de Bauru, Pirassununga, São Carlos, Ribeirão Preto e Piracicaba; (iii) consolidação da indicação/ seleção dos grupos de lideranças socioambientais nos campi, com anuência das chefias imediatas; (iv) três encontros formativos envolvendo PAP1, PAP2 e palestrantes especialistas convidados, somando 22 horas de capacitação em seis temas (educação ambiental, crise civilizatória, mudanças climáticas, indústria cultural e consumismo, políticas públicas, boas práticas de sustentabilidade em universidades); (v) divulgação da iniciativa nas mídias da USP (IPTV, TV USP, Agência USP de Notícias, dentre outros); (vi) coordenação do trabalho de oito bolsistas da CCEX, seis estagiários e três educadores contratados para o Projeto. Espera-se que essa experiência possa trazer contribuições aos processos formativos com a temática em outras instituições e que transforme a USP em um modelo de sustentabilidade para a sociedade. PALAVRAS-CHAVES: Formação Socioambiental, Educação Ambiental, Participação

Giving the children the voice to help integrate EfS into the IB PYP curriculum Lorna Fox London Wildlife Trust/ London South Bank University The aim of this paper being presented was to assess Year One (5-6 year olds) children’s views of the environment (in an International Baccalaureate Primary Years Programme school, IB PYP) in order to provide suggestions for integrating Education for Sustainability (EfS) into the curriculum. This study was one of the first of its kind to study children’s perception of the environment and analyse it, at such a young age. The objectives of this research were to: gain an insight into children’s views on the environment and what is important to them; understand whether children have concerns about the environment or not; understand what are the key issues in the environment for them and why;

gather and examine their ideas for an environmental curriculum that covers these key issues and; suggest ways in which EfS could be integrated into Year One in an IB PYP school In the 21st Century many people are beginning to realise that current living patterns, certainly in the North, are no longer feasible due to advancing changes on the planet, such as climate change and reduction of natural resources. Hence, there is a need to make core changes in political, social and economical spheres in order to achieve sustainable societies. Education, ‘as the means of social reproduction’ (Sterling, 1996, p.18) can therefore be one of the key components for social change. Education is, as UNESCO states: ‘the primary agent of transformation towards sustainable development, increasing people’s capacities to transform their visions for society into reality’ (www. unesco.org, 2005). Teachers have a key role to play in bringing about this social change (Brundtland, 1987). However, it is not only teachers who play a crucial part in the social transformation towards sustainability. All those involved in the teaching and learning process, from children to adults, are vital in the move towards a sustainable future. Children, especially, need to be given the opportunity to identify issues in the environment that are relevant to them and to voice their ideas. As John (1996, p.8) writes children ‘can only be ‘leaders’ if they are given the opportunity for voicing their concerns and if they are indeed listened to’. They are not only the future generation but often, as Cullingford (1991) suggests, have surprising foresight and an honest and sincere approach to their environment. Elizabeth Dowdeswell stated: ‘I have absolutely no doubt that children are leaders where environmental matters are concerned. They have the power to educate their parents as decision-makers and change what’s happening at an individual level’ (Children of the World, 1994, p.82, taken from John, 1996). Subsequently, when integrating EfS within a school environment, the whole school community, the adults and especially the children, can be involved in the formation and assimilation processes. The children can be fundamental decision-makers and implementers. They can help to choose the values, skills and knowledge that should be taught and learnt within the whole school community. PALAVRAS-CHAVES: Children, Education, Sustainability

Greening Education (schools and higher education institution) Fredrick Awuor Nyatado Poverty transition Initiative Greening education is an indispensable role of every learning institution. According to the U.S secretary of education, Arne Duncan, green schools and environmental literacy complement the goals of providing a well-rounded education for the 21st century, of modernizing schools at reduced costs, and of accelerating learning. Even though skeptics say that green schools would have to come at the expense of reading and math, of repairing brokendown schools, and offering arts and sports, it is important to note that greening schools is a win –win game. This paper posits a comprehensive strategy of greening schools, especially in African countries, which if adopted by the schools and governments, there will be over 40% increase in aforestration. The paper has also identified media techniques that can be adopted to reach the optimum audience and the campaign strategies that can be employed to lobby for the greening of schools in order to achieve the desired objectives. PALAVRAS-CHAVES: Greening Education

Horta como recurso didático e interdisciplinar na Escola Municipal Tengatuí Marangatu- Dourados/MS. Maria Adriana Torqueti Rodrigues, Aginaldo Rodrigues, Alini Fernades, Jaqueline Souza de Oliveira UFGD Este trabalho apresenta as atividades desenvolvidas na Ação Educativa 40+20 da EMBRAPA Agropecuária Oeste de Dourados-MS, desenvolvidas na Escola Municipal Indígena Tengatui Marangatu. Teve como objetivo a construção de uma horta com propósitos interdisciplinar, pedagógico, agroecológico e sustentável na escola, envolvendo os professores das diversas áreas do ensino fundamental, principalmente os alunos do 6° ano - turmas A e B, onde também participaram as demais séries e toda comunidade escolar que se interessou em participar desse projeto. Em acordo com os critérios avaliativos estabelecidos pela EMBRAPA que foram: Inovação; Criatividade; Sustentabilidade; Impacto na comunidade; Benefício gerado pela tecnologia para o aprendizado do aluno.

Concluiu-se que através dos formatos geométricos com o uso de garrafas PET (Polietileno Tereftalato) e pneus na formação dos canteiros e com o uso de adubos naturais, obteve-se uma horta com alimentos orgânicos de forma eficiente e sustentável. Onde foi oportunizado aos alunos evoluções nos itens Criatividade, Sustentabilidade e conhecimento sobre tecnologias inovatórias como, por exemplo, o plantio direto e a cobertura com palhas de milho. Com a construção da horta, ocorreu o incentivo e o ensinamento que foram transmitidos aos nossos alunos e á comunidade local alcançando os critérios: Impacto na comunidade e Beneficio gerado pela tecnologia para o aprendizado do aluno. PALAVRAS-CHAVES: Sustentabilidade, Interdisciplinaridade, Recurso Didático

Horto Botânico no Campus universitário: um espaço sociambiental para a ecocidadania Francesca Werner Ferreira, Mara Lisiane Tissot Squalli­Houssaini, Maria Cristina Pansera de Araujo, Vidica Bianchi Universidade regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul A UNIJUÍ é uma instituição comunitária, com mais de 50 anos de história marcada pela sua inserção social e compromisso com o desenvolvimento da região noroeste do RS, na qual está inserida. O campus universitário constitui um espaço-tempo de possibilidades concretas para superar a dicotomia entre a sociodiversidade e biodiversidade. Assim, as espécies de plantas nativas tem lugar na paisagem junto com as espécies trazidas pelos imigrantes, colonizadores da região. A fim de qualificar os espaços já existentes bem como construir novos, o Projeto de Extensão Universitária “Horto Botânico e Jardins Temáticos” proporciona espaços de criação, intervenção e educação ambiental contribuindo com a formação de crianças e jovens, de professores formados e em formação inicial e das comunidades, para que desenvolvam a capacidade de enfrentar os desafios de cuidar do planeta. O projeto propõe trabalhar a educação ambiental na prática, com e para a na tureza, para resgatar e construir valores, numa perspectiva ética. Buscar soluções para os problemas tecnocientificos e socioambientais encontrados na sociedade tanto de modo individual quanto coopera-

tivo e solidário para o desenvolvimento sustentável é responsabilidade da universidade, ao formar profissionais qualificados para as novas demandas sociais. A preservação de espécies arbóreas e herbáceas, no espaço do Câmpus, significa muito mais que incluir elementos aparentemente passivos, já que, na sua dinâmica, reagem, interagem, alimentam e abrigam vírus, bactérias, fungos e animais, além de contribuir para a refrigeração e renovação da atmosfera do planeta. Neste espaço convivem plantas nativas e exóticas representativas da etnicidade constitutiva da sociodiversidade regional. Muitas plantas são utilizadas na alimentação, saúde, estética, religião e ambientação das pessoas e comunidade, e por isso a constituição de hortos, parques, hortas e áreas verdes são essenciais para concretizar este bem estar e preservar o patrimônio genético da biodiversidade. O conhecimento associado à biodiversidade na sua relação com a Sociedade Humana pode ser perdido se um cuidado especial, não for efetivado. Portanto, é essencial cultivar as espécies e transmitir o conhecimento produzido no resgate das plantas medicinais, condimentares, aromáticas, entre outras, às novas gerações. Dai a necessidade de pesquisas para que o uso dos recursos naturais seja sustentável e seguro. Assim, o espaço do Campus constitui-se num local para a formação de recursos humanos, e atuação da Universidade, na produção e difusão do conhecimento tecnocientífico e sociocultural. PALAVRAS-CHAVES: Horto Botânico, Ecocidadania, Educação Ambiental

Imaginarios Ambientales en la Universidad Tecnológica de Pereira Carlos Ignacio Jiménez Montoya Universidad Tecnológica de Pereira Los imaginarios son mundos posibles en los cuales se mueven y desenvuelven los sujetos, son configuraciones de las imágenes que la cultura le ha dejado como huella. Nos representamos en el otro, nos identificamos con él, queremos conocerlo y aprehenderlo. Es preciso que se aprenda a trabajar con la dimensión de lo imaginario en la comunidad y en las prácticas de sensibilización en educación ambiental, partiendo de los imaginarios colectivos ambientales presentes, también, de la estimulación de la capacidad creativa de los sujetos en formación, sin que ello signifique la pérdida de importancia del

conocimiento científico; además de esto, permita la interpretación de los saberes y potencia la interdependencia de los objetos propios de la praxis educativa. Objetivo General. Conocer los imaginarios colectivos ambientales de la Universidad Tecnológica de Pereira con el fin de incluir la dimensión ambiental en el que hacer del profesional de los estudiantes que se forman al interior de la institución de educación superior. Metodología. El enfoque a utilizar es el de complementariedad etnográfica, desde el cual se reconoce la complejidad de las realidades sociales y la necesidad del apoyo en diferentes teorías y métodos de recolección y procesamiento de la información, siempre que ayuden a la comprensión profunda de la realidad social estudiada. En el diseño e interpretación no se trata de yuxtaponer los datos cuantitativos y cualitativos, sino de articularlos en una interpretación que busque profundidad y amplitud. Resultados. Por tal motivo y teniendo como fundamento el trabajo realizado, surge la necesidad de consolidar una propuesta que atienda a la población académica de la universidad y brinde las herramientas conceptuales mínimas para que desde las diversas profesiones se tenga el imaginario ambiental acorde a la normatividad ambiental vigente en Colombia. Es así entonces como la Facultad de Ciencias Ambientales consolida una propuesta de catedra virtual denominada Producción y Consumo Sustentable, la cual es aprobada en el año 2012 por el consejo académico de la universidad e institucionalizada para todos los programas académicos del campus. Indicators of sustainability for the School of Engineering of São Carlos Jonatas Fernandes Marques, Kalyl Gomes Calixto, Luma Sayuri Mazine Kiyuna, Maicom Sergio Brandão, Patrícia Cristina Silva Leme, Tadeu Fabrício Malheiros Universidade de São Paulo The requirements of sustainable development for changes in the attitudes and behaviors of the society have caused institutions of higher education (IHE) to restructure their teaching, research, extension and management based on the principles and

foundations of sustainability. This project consists in a qualitative and exploratory research in the form of a simple case study. It proposes a set of indicators to assess the sustainability of the School of Engineering of São Carlos at the University of São Paulo on environmental management, education and institutional policy activities. The case study was a suitable alternative because each institution has its own peculiarities and needs to be prioritized in the indicators building process. The process was based on a review of the state-of-the-art of the concepts, researches related to sustainability in higher education and indicators of sustainability used by IHE. Internationally recognized tools, such as Ecological Footprint, Global Reporting Initiative and Sustainability Tracking Assessment & Rating System were taken as references. From the analysis of the information obtained in the review and as a first step in a participatory construction, a workshop with experts on the topics covered by the selected activities was organized and resulted in a preliminary list of indicators adapted to the context of SESC. The second step consisted in consulting experts individually on the proposed set of indicators. A final list of best-qualified indicators was then obtained. The project is on a stage of application of the indicators by the collection and analysis of data for the evaluation of the answers provided by the indicators and introduction of new experiences on their characterization, structure and use. The development of sustainability indicators is an ongoing process and the set of indicators must be reviewed for the construction of new proposals based on experiences. The set of sustainability indicators is expected to contribute to the School as an institutional tool for the curricular environmentalization of courses, environmental management and institutional policy for sustainability. PALAVRAS-CHAVES: Indicators, Institutions of Higher Education, sustainability

Institucionalizaçao da Educação Ambiental na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Araújo,A., Pereira, C.R.,Almeida, Z.S., Lopes, J.R., Santos, P. C. Dos, Araújo, H., Catunda,P., Lima, R., Passinho, S, Passinho,J., Santos, A.A. Dos, Santos, D. Dos, Ferreira Junior, E.C

Universidade Estadual do Maranhão A UEMA vem desenvolvendo há vários anos educação ambiental (EA) em caráter formal e não formal em vários cursos de Graduação e Pós Graduação visando atender aos objetivos e princípios da Política Nacional de EA, nas linhas de atuação citadas no Art. 8º da referida Lei. Somos cientes da obrigatoriedade da inserção de EA não formal, o que vem sendo apresentado embora de forma isolada a exemplo de projetos do PIBEX-UEMA, projetos diversos nos campi nas modalidades presencial e à distancia; ações de diversos cursos de Graduação o que demonstram interesse em iniciar efetivamente a implementação de uma política universitária de EA, visando atender adequadamente aos princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental, PNEA, Lei Federal no 9795/99, prevendo a EA como tema transversal, tal qual determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9.394/96/LDB), da PNEA e da Lei Estadual no 9.279/10, que dispõe sobre a Política e o Siste ma de Educação Ambiental do Maranhão – PEEA, sendo este um anseio de diversas entidades da sociedade civil maranhense, que vem acompanhando sistematicamente junto aos órgãos competentes o desdobramento da referida demanda. A educação Ambiental, incluindo a formação dos docentes, a transversalidade da EA e a interiorização nos demais polos da universidade, através de uma política institucional própria, a partir da Comissão Permanente de EA instituída pelo reitor através da Portaria 312/2013- GR, coloca esta instituição como protagonista de uma ação social que integra, consolida e amplia projetos da comunidade universitária voltados ao ensino, pesquisa e extensão. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Política, Universidade

Inundaciones, riesgo y educación ambiental. Experiencias y trayectos técnicos en la formación superior Maria Rosa Batalha e Maria Teresa Carballo Universidad Nacional de Quilmes, Universidad Nacional de Luján Dentro de la asignatura Educación Ambiental en la Universidad Nacional de Luján (Argentina) se propone como meta introducir a los alumnos en los principios, propósitos y contenidos fundamentales

de la educación aplicados a las problemáticas ambientales en diversas escalasde alto impacto social. A la vez que se pretende el abordaje de algunas temáticas centrales de la educación para el desarrollo sustentable, consideradas como las más significativas, para introducir a los estudiantes en algunas estrategias didácticas tanto para la educación formal como para la no formal. Tambiénpermite la apropiación e integración con los saberes incorporados en otras asignaturas puestos al servicio en una problemática comunitaria. En este trabajo de formación tuvo lugar el debate teórico para la propuesta de estrategias para la formación de promotores para la educación en la prevención del riesgo ambiental.Para ello, se abordaron aspectos conceptuales y metodológicos centrados en una visión crítica, y también empírica de la práctica de la educación ambiental a través de un intenso trabajo de campo como contexto pedagógico. La metodología propuso diversos momentos de trabajo, a saber: se partió de actividades de preparación indagatoria de la población asentada sobre las márgenes del río, la toma de la encuesta, el posterior análisis e interpretación a modo de generar estrategias que permiten poner al alcance de autoridades y decisores una nueva herramienta para la intervención en la gestión y prevención del riesgo a las inundaciones. Entre los principales resultados de la experiencia se concluye que la educación ambiental tiene un papel protagónico dentro del manejo de riesgo. La educación ambiental debe ser capaz de reorientar nuestros modelos interpretativos y nuestras pautas de acción hacia un nuevo paradigma: participación en la gestión del riesgo ambiental, en el marco del desarrollo local, que promuevan futuros profesionales con competencias para afrontar las aceleradas transformaciones territoriales y sociales. Asimismo, permitió afirmar la necesidad de revisar y reflexionar sobre visiones complejas del ambiente y los problemas aun no resueltos. También permitió avanzar sobre experiencias y trabajo directo con la comunidad y explorar el trabajo de la EA desde las representaciones sociales sobre la utilización de los recursos naturales, el riesgo, en especial del agua y el río dentro del espacio urbano, en el marco integral y sistémico de la cuenca hídrica. PALAVRAS-CHAVES: Inundaciones, Formación, Comunidad, Riesgo, Representaciones

Jogos didáticos participativos como elementos facilitadores da educação ambiental no contexto das mudanças globais Rosana Louro Ferreira Silva; Laury amaral Liers; Simone Rodrigues de Freitas Instituto de Biociências da USP; Universidade Federal do ABC Este trabalho pretende discutir o papel da educação ambiental frente ao problema das Mudanças Climáticas Globais (MCGs), pontuando concepções e pontos controversos que se apresentam para a área de pesquisa em Educação Ambiental, bem como apresentar dados de pesquisa sobre um material didático desenvolvido sobre o tema como subsídio para uma EA formadora da cidadania. Entendemos que a divulgação e a discussão dos conhecimentos gerados sobre as MCGs devem estar presente desde o ensino básico, sendo necessários materiais didáticos apropriados. O jogo Ecoestratégia foi desenvolvido em um processo participativo da universidade com alunos e professores da educação básica. O jogo trata de temáticas associadas às MCGs e tem cartas de ataque (causas, conseqüências e vulnerabilidades) e defesa (mitigação e adaptação) em diferentes cenários, representando particularidades regionais brasileiras. Durante o jogo, os estudantes devem buscar estratégias para mi nimizar os efeitos das mudanças climáticas globais em diferentes cenários. Além da confecção do jogo, foi elaborada uma apostila como material de apoio aos professores e produzido um blog para o projeto. O objetivo do processo de a pesquisa associado ao jogo foi identificar as concepções de alunos e professores da educação básica sobre o tema e investigar a apropriação do material pelos docentes, propondo adequações às suas diferentes realidades. Os dados foram obtidos em escolas de educação básica e em duas oficinas para professores, por meio de questionários e gravações em áudio e vídeo. Os resultados demonstraram vários aspectos relevantes: que o público escolar tem interpretações muito variadas sobre o fenômeno, expressando principalmente as conseqüências deste, e menos as causas e mitigações; que existem poucos materiais de apoio disponíveis sobre o tema; que o processo participativo possibilita o trabalho com o tema de forma significa tiva e na perspectiva da educação ambiental crítica. Concluímos que investimentos na produção de jogos didáticos, quando desafiam

o pensar e propõem uma postura investigativa, favorecem aquisição de habilidades relacionadas à cognição, afetividade e socialização, essenciais para as atividades de educação ambiental na formação cidadã de alunos e professores da educação básica. PALAVRAS-CHAVES: Jogos Didáticos, Educação Ambiental Crítica, Mudanças Globais

O estímulo de práticas socioambientais na primeira infância: a experiência do Centro de Convivência Infantil do Campus USP “Luiz de Queiroz” Adriane de Fátima D Lopes, Alessandra Moda, Angélica Cristina de Oliveira, Beatriz S H Giannetti, Kelly Beatriz Danelon, Maria De Lourdes F Bueno, Marta Cristina D Goiaro, Nilva Cristina de Camargo, Rogéria Cancilieri, Rosangela S Esteves, Sandra de Fátima Cruz, Sueli Alexandre Bassetti, Verônica Bruno, Zuleide Toledo Trevisan Centro de Convivência Infantil Ermelinda Ottoni De Souza (CCIN) da Prefeitura do Campus USP “‘Luiz de Queiroz” Toda criança tem direito a qualidade de vida, ao ambiente equilibrado e a educação de qualidade e neste sentido o Centro de Convivência Infantil “ Ermelinda Ottoni de Souza Queiroz” (CCIn) da Prefeitura do Campus USP “Luiz de Queiroz” tem como um dos seus princípios promover a educação ambiental e espaços internos e externos que valorizam o bem-estar físico e mental da criança. A educação Ambiental no CCIn é desenvolvida, não apenas como o cuidado com o ambiente, mas na relação do ser humano e da sociedade como um todo, em que a percepção do local precisa identificar o universal, considerando que uma atitude de respeito com os recursos naturais, envolve uma mudanças de valores e de atitudes para a formação de sociedades sustentáveis, baseada em princípios morais e éticos. Para isso, são realizadas no CCIn intervenções socioambientais educativas e formação continuada de professores e funcionários, a fim de buscar a valorização desses profissionais e o desenvolvimento de práticas educativas comprometidas com as questões socioambientais. O CCIn entende que as questões socioambientais devem estar intrínsecas à sua gestão administrativa e às suas ações pedagógicas e isso tem se traduzido principalmente nas seguintes ações: a) construção de brinquedos com sucatas; uso de materiais duráveis,

O saber ambiental e a ressiginificação do conceito de trabalho na educação profissional: a necessidade de ambientalizar o “aprender fazer fazendo”

transversais que devem orientar o currículo da EPT em todos os níveis e fundamentar a prática pedagógica de educadoras/es no dia a dia das unidades escolares. É exatamente neste sentido que entendemos que o saber ambiental além de problematizar o conhecimento fragmentado em disciplinas oportuniza a comunidade escolar realizar uma reflexão acerca de sua interdependência entre/com o ambiente onde está inserida, bem como repensar sobre a relação dos seres humanos com os demais seres da natureza e os usos múltiplos dos bens ambientais, criados e recriados a partir dos diversos modos de ocupação dos espaços ecológicos. A partir deste cenário, compreendemos que os processos de formulação e reformulação dos projetos políticos pedagógicos dos cursos em cada campus devem considerar o saber ambiental como possibilidade transversal e mediadora para a ressiginificação do conceito de trabalho nas instituições de educação profissional do país. O saber ambiental, como apresentado e discutido nesta pesquisa, oportuniza a comunidade escolar através do diálogo permanente a pensar e refletir sobre a educação integral das/os educandas/ os e educadoras/es envolvidas/os na educação profissional no Brasil.

Silvano Carmo de Souza , Amadeu José Montagnini Logarezzi , Iris Gomes Viana , Claudia de Pinho , Erika Patricia Lacerda Dias

PALAVRAS-CHAVES: Curriculo na Educação Profissional, Saber Ambiental, Trabalho como Principio Educativo

reuso de papéis, separação dos materiais recicláveis para a coleta seletiva, compostagem dos resíduos orgânicos da cozinha; c) revisão do cardápio e adoção de alimentação mais saudável e menor impacto ambiental; d) na promoção de espaços educativos que incentivam a valorização dos recursos em contraponto ao consumismo, como feiras de trocas de brinquedos, roupas, sapatos etc; e) na promoção de atividades e brincadeiras que estimulam o convívio, a solidariedade e não a competição; f) está em andamento o projeto de adoção de aquecedor solar, entre outros. Espera-se que essa concepção de educação ambiental voltada à inclusão e ao exercício pleno da cidadania, contribua para o desenvolvimento integral da primeira infância e fortaleça a sua responsabilidade e de seus familiares na construção de sociedades mais sustentáveis. PALAVRAS-CHAVES: Educação, Ambiental, Criança

Universidade Federal de São Carlos A expansão da Rede Federal de Educação observada a partir da Lei 11892/2008 com a criação de mais 300 campi em todo o Brasil, objetiva entre outras metas, interiorizar a Educação Profissional Tecnológica (EPT). Esta ampliação da presença do Estado através do sistema educacional pretende contemplar as realidades ambientais e socioeconômicas locais e regionais. No inciso I do art. 6º da referida lei é ressaltada como finalidade dos Institutos Federais colaborarem para o desenvolvimento local, regional e nacional, com vistas à promoção da justiça social e do desenvolvimento sustentável, bem como à busca de soluções técnicas e geração de novas tecnologias, para atender eficientemente o mundo do trabalho brasileiro. Com o levantamento documental e revisão bibliográfica, esta pesquisa apresenta e discute a necessidade de ressiginificação do conceito do Trabalho como principio educativo a partir do Saber Ambiental. Os documentos oficiais dizem que o trabalho como principio educativo é um dos temas

O TROTE “O PAPEL DO CALOURO DA UFPA” COMO AÇÃO DE EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL NO CONTEXTO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA) Lucia de Fátima Almeida, Liana Maria Machado, Juliana Chagas Oliveira Universidade Federal do Pará Por meio da Coordenadoria de Meio Ambiente (CMA), a Prefeitura da Universidade Federal do Pará (UFPA) vem participando da programação oficial da Semana do Calouro com atividades que buscam conduzir a sustentabilidade. Desde de 2012 vem promovendo, juntamente com Comissão da Coleta Seletiva Solidária da UFPA (CCSS), o trote solidário e sustentável intitulado “O Papel do Calouro da UFPA” cujo, duplo sentido remete a responsabilidade social e ambiental daqueles que adentram na universidade pública. A ação objetivou arrecadar o papel utilizado pelos alunos para a sua aprovação no vestibular

tais como rascunhos, cadernos e apostilas e outros papéis sem condições de reuso que iria parar no lixo comum. Com isso, pretende também chamar atenção para a importância do Programa Coleta Seletiva Solidária da UFPA e, para as pessoas que recebem o material reciclável gerado na UFPA: os catadores e catadoras. Os alunos que ingressaram por meio do Processo Seletivo foram convidados a participar da ação. Por ocasião da divulgação na mídia interna e externa, foram informados sobre o período, horário e local de arrecadação. O trote representou um ganho ambiental, pois contribuiu com que – em apenas uma semana – mais de 1tonelada de papel deixasse de ir para o Lixão do Aurá, que é o local onde os resíduos sólidos urbanos produzidos na Região Metropolitana de Belém são despejados a céu aberto. Com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), esse tipo de destinação será proibido até meados de 2014. O trote também contribuiu com a responsabilidade compartilhada, uma vez que envolve a gestão integradora, onde os órgãos públicos são chamados a possibilitar a participação da sociedade. A ação também possibilitou revelar o perfil de 78 novos alunos por meio de entrevistas com perguntas referentes a motivação ao trote, o conhecimento sobre a coleta seletiva, aos trabalhos voluntários da CMA, entre outras. Para a implantação da prática se faz necessário uma equipe interessada e comprometida com a promoção da modernização da gestão institucional. A experiência em questão é passível de ser replicada em qualquer Instituição de Ensino Superior (IES) e, de acompanhamento e avaliação mesmo sendo um evento anual. Sua operacionalização requer também o envolvimento de alunos veteranos para a mobilização junto aos calouros nas boas vindas e no recebimento do papel. PALAVRAS-CHAVES: Semana do Calouro, Coleta Seletiva Solidária, Cooperativas de catadores, Modalidade: Apresentação de Poster

Olhares de docentes sobre a educação ambiental nos cursos de licenciatura Rita Silvana Santana dos Santos; Vera Margarida Lessa Catalão Universidade de Brasília/ Faculdade de Educação O presente artigo apresenta ideias iniciais sobre a educação ambiental nos cursos de licenciatura a partir da visão e experiências de docentes que

atuam em universidades federais. Foi utilizado como instrumento de pesquisa um questionário com questões fechadas e abertas visando obter informações que possibilitassem caracterizar a instituição; analisar como a educação ambiental está presente no currículo; identificar desafios e oportunidades que o trabalho em educação ambiental gera. Teve a intenção também de investigar o processo de inserção da educação ambiental no currículo e a participação dos sujeitos entrevistados nesse processo. Como resultado, foi constatado que a educação ambiental está presente em todos os cursos investigados. Ela constitui-se tanto como uma disciplina específica (optativa) como também integra outras disciplinas ou componente curricular. Em um dos cursos, a matriz é formada por unidades temáticas desenvolvidas por meio de projetos onde são trabalhadas as questões ambientais, ainda que a educação ambiental como disciplina seja o caminho adotado pela maioria das IES. Entretanto, a presença da EA em outras disciplinas ou componentes curriculares indica abordagens transversais de EA nos cursos de licenciatura, o que foi constatado nas respostas de duas das três instituições pesquisadas sobre temas correlatos à EA nos currículos dos cursos. Em relação à elaboração da matriz curricular dos cursos, a maioria dos entrevistados não participou do processo. Apesar disso, as respostas em relação aos desafios para trabalhar a educação ambiental no currículo, apontam para a dificuldade desses profissionais em superar a perspectiva educacional fragmentada resultante da organização disciplinar do currículo e da própria formação dos docentes. Como desafios foram mencionados: apoio institucional para atender as deliberações legais em trabalhar a EA de forma transversal, inter, multi e transdisciplinar; a superação da estrutura organizacional fragmentada, dos currículos e das concepções conservadoras de EA no âmbito das universidades. Como estratégias de implementação da EA nos cursos de licenciatura, as respostas indicam a necessidade de avanços conceituais e metodológicos no campo da educação ambiental; o reconhecimento social da importância desse campo; a perspectiva formativa que favoreça aos estudantes a relação de pertencimento local e planetário; o compromisso dos docentes universitários com a inclusão da EA nesses cursos. Na opinião das professoras, as políticas públicas de EA na educação superior existentes não atendem à quantidade e à diversidade de demandas da área e

são insuficientes para as mudanças curriculares nas IES pesquisadas. PALAVRAS-CHAVES: Educação Superior; Licenciatura, Educação Ambiental

Pedagogia simbólica e eco­formação na experiência do projeto Água como matriz ecopedagógica Vera Margarida Lessa Catalão Programa de Pós­Graduação em Educação da Universidade de Brasilia O presente trabalho discute a metodologia utilizada pelo projeto Água como Matriz Ecopedagógica AME na formação de formadores (professores e extensionistas ambientais) a partir de pesquisa de campo de pós-doutoramento desenvolvida no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação na Universidade de São Paulo, em 2010, sob a orientação do Prof. Dr. Pedro Jacobi A investigação foi realizada em Brasília - DF e envolveu 40 pessoas que participaram de quatro turmas de formação do projeto em momentos diferenciados anos 2003, 2008, 2009 e 2010 e da análise documental de textos e artigos produzidos no mesmo período. Interessava-nos avaliar o enraizamento do processo formativo e a repercussão na vida profissional e pessoal ao longo do tempo. A questão central foi desvelar o potencial da água como sujeito e metáfora de religação entre o indivíduo e seu ambiente, entre a pessoa e seu universo simbólico, entre conhecimento e sabedoria e investigar o alc ance da metodologia utilizada para sensibilizar atores sociais e enraizar conhecimentos face à água, elemento aparentemente abundante, mas cuja qualidade e disponibilidade coloca em risco a sobrevivência humana e a vida planetária. Os depoimentos trazem evidências de que um educador ambiental formado dentro de uma concepção de educação sensível, e transdisciplinar altera e ressignifica o conceito de educação crítica e transformadora e nos estimula a pensar a auto-crítica como polo complementar para a educação ambiental crítica. A análise dos conteúdos e dispositivos pedagógicos na ótica dos participantes da formação mostrou a repercussão transformadora dos processos formativos ao longo dos últimos sete anos. O impacto nas subjetividades decorrentes da pedagogia simbólica, vivencial e estruturada por uma racionalidade sensível do projeto AME evidenciou-se nos documentos

de avaliações anteriores e nas entrevistas coletivas e reflexivas junto aos eg ressos, evidenciando a sustentabilidade da formação ao longo do tempo. Os resultados da pesquisa mostraram a relevância de estratégias pedagógicas apoiadas em aspectos simbólicos para mobilizar o pertencimento dos seres humanos na relação com a água e de processos formativos que provoquem simultaneamente mudanças no plano da externalidade ( ações, comportamentos e produtos) e da interioridade ( sentimentos, imaginário, valores) ancorados em valores existenciais mais profundos e, por isso mesmo, mais sustentáveis. PALAVRAS-CHAVES: Formação Humana, Água, Transdisciplinaridade e Ecopedagogia

Percepção ambiental da comunidade universitária da UNESP de Araraquara: Primeiras Análises Flávia Regina Maria, Alessandra Aparecida Viveiro Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara As transformações técnico-científicas ocorridas no mundo foram causadoras de desequilíbrios socioambientais, gerando uma subjetividade nas relações humanas com tudo que é exterior. Desta forma, o ser humano, muitas vezes, não se reconhece mais como parte integrante do meio ambiente, e é nesse ponto que estudos de percepção ambiental são importantes para que haja melhor compreensão das inter-relações entre o homem e o ambiente, suas expectativas, satisfações e insatisfações, julgamentos e condutas e, a partir disso, desenvolver projetos de Educação Ambiental (EA) participativos e com potencial transformador. A partir disso, realizamos um diagnóstico de percepção ambiental da comunidade universitária da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (FCL/Ar) - UNESP buscando problematizar os aspectos evidenciados, de forma a contribuir com a elaboração de projetos de EA junto ao público em questão. A pesquisa com abordagem qualitativa está em desenvolvimento. Como instrumentos foram utilizados: e-mails consultivos à comunidade universitária sobre projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento voltados à comunidade da FCL/Ar nos últimos cinco anos; e-mails para as secretarias de Departamentos, explorando a gestão de resíduos nesses espaços; entrevistas com funcionários da unidade buscando compreender percepções e expectativas sobre o ambiente; e aplicação de um

questionário de percepção ambiental online para os alunos (ainda não analisado). O levantamento dos projetos mostrou que a EA tem sido pouco explorada dentro dos espaços da FCL/Ar. Os e-mails consultivos aos departamentos (dez ao total) e as entrevistas com seis funcionários responsáveis pelos principais getores da Faculdade (Divisão Técnica Administrativa, Divisão Técnica Acadêmica, Seção Técnica de Informática, Seção de Atividades Auxiliares, Biblioteca e Restaurante Universitário) nos trouxeram elementos indicando uma grand e preocupação com a forma de descarte do lixo. Atualmente, segundo descrevem, os resíduos não são separados de forma adequada e somente são reutilizados e reciclados o papel e o papelão. É unânime entre os funcionários a necessidade da criação de um projeto para o descarte correto de resíduos e separação de materiais recicláveis, bem como a retirada frequente desse material para que não haja acúmulo. As primeiras análises demonstram que há, por um lado, a carência de projetos de EA junto à comunidade da FCL/Ar, e por outro, a angústia dos funcionários com relação aos resíduos gerados. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Percepção Ambiental, Universidade

Percepção e representação social sobre Meio Ambiente: uma abordagem fenomenológica e poética para a Educação Ambiental Fatima Elizabeti Marcomin, Zysman Neiman Universidade do Sul de Santa Catarina ­ UNISUL, Universidade Federal de São Paulo Frequentemente encontram-se confusões entre os conceitos de “percepção” e “representação” que são tidos como processos psicológicos similares. A compreensão de que a maneira como o ambiente é percebido e representado é tão ou mais crucial do que a compreensão da maneira de como o ambiente está organizado pelo ser humano, uma vez que essa compreensão se dá sob uma perspectiva subjetiva apoiada numa realidade concreta. O presente estudo investiga a percepção e a representação de sujeitos acerca das questões ambientais que permeiam o cotidiano de cada um. Os diferentes lugares e espaços constituídos, vão desde o ambiente universitário, escolas públicas e privadas e comunidades. Constitui uma síntese de pesquisas em desenvolvimento

em duas universidades de Estados diferentes. Numa etapa inicial, investigaram-se quais são as representações sociais sobre Meio Ambiente (MA) e Educação Ambiental (EA) dos docentes de graduação nos diversos cursos de uma das universidades. A coleta de dados foi realizada através de um questionário eletrônico enviado para todos os docentes e as respostas foram analisadas de modo a identificar as concepções de MA e EA. Revelou-se uma visão bastante tecnicista e fundamentada na dimensão conceitual das questões ambientais. Complementarmente, em outra etapa, observou-se que nos diferentes espaços, lugares e contextos em que a temática ambiental é estudada e junto aos diferentes sujeitos (professores e estudantes universitários, alunos e professores do ensino fundamental e médio, agricultores agroecológicos, pescadores), as concepções de meio ambiente são diferentes. Nesta etapa, o contexto de percepção foi paulatinamente sofrendo a influência dos estudos fenomenológicos ao longo de seis anos, observando a necessidade de incorporação de uma dimensão sensível e poética às investigações e ao desenvolvimento de processos sensibilizadores em EA, oposta à visão presente no âmbito da universidade. Elucida-se o reconhecimento de que tais processos passam pela compreensão de quem são os sujeitos envolvidos, sua essência, corporeidade e de que o conhecimento da percepção de cada um é condição “sine qua non” aos movimentos interventivos em EA. A análise de representações sociais dos seres humanos como produtos da sua condição sócio-histórica, apesar de revelar muito de seus condicionantes comportamentais e morais, não é suficiente para o entendimento de como eles se misturam ao mundo, de como estão mergulhados nos fenômenos que vivenciam. Esse entendimento exige que se busque o humano em sua complexidade e se resgate nele mais que reflexões morais sobre as tendências e quadros socioambientais que se configuram para as gerações futuras. PALAVRAS-CHAVES: Percepção, Representação, Sensibilização

Percepções de estudantes sobre a construção coletiva de um plano de ação de sustentabilidade na escola

gem de resíduos sólidos. PALAVRAS-CHAVES: Sustentabilidade na Escola, Percepção dos Alunos, Plano de Ação Coletivo

Pedro Neves da Rocha, Alessandra Aparecida Viveiro Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho A pesquisa em questão possui como objetivo a análise de um plano de ação de sustentabilidade, desenvolvido em uma colégio particular do município de São Carlos - SP. Este plano de ação consiste em um projeto criado pelos próprios alunos, com orientação do professor-pesquisador, para tornar a escola mais sustentável. Tal projeto foi construído com o intuito de participar da IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, organizada pelo Ministério da Educação em parceria com as Secretarias da Educação dos diversos estados brasileiros, no ano de 2013. O plano contou, no interior da escola, com a participação de alunos do segundo ciclo do Ensino Fundamental. O presente trabalho constitui um recorte desta pesquisa, em que são analisadas as percepções dos alunos participantes do projeto na escola. Por meio de um questionário entregue e devidamente respondido por 24 alunos, foram coletados os dados necessários à análise pretendida pelo professor-pesquisador. A partir das coletas, pôde-se caracterizar o perfil dos alunos (faixa etária e a qual ano do ensino fundamental pertence), além de compreender as motivações que levaram-nos a ingressar no projeto. Os alunos também expuseram suas opiniões, levantando pontos que julgaram positivos e negativos durante o processo de construção do plano de ação. Por fim, através do questionário foi possível buscar indícios de uma possível sensibilização dos alunos quanto ao tema sustentabilidade. Por meio da análise, percebeu-se que os alunos ficaram motivados a participar do projeto por diversas razões, tais como: interesse já existente pelo tema, vontade de construir um ambiente escolar melhor ou a vontade e necessidade de participar de uma atividade diferenciada, como forma de fuga das atividades tradicionais da escola (tais como aulas expositivas, relação passiva com conteúdos teóricos rígidos e sistema de avaliação individual, de caráter classificatório). A partir das citações dos alunos, podemos ter fortes indícios de que o projeto foi efetivo em promover de fato a Educação Ambiental, uma vez que os mesmos julgaram-se mais sensibilizados quanto ao tema, além de considerarem que aprenderam mais sobre a necessidade de redução na produção e recicla-

Practices and reflections on urban and regional sustainability in the context of integrated curricular activities on learning, research and extension in UFSCar, Brazil Bernardo Arantes Teixeira, Ioshiaqui Shimbo, Ricardo Siloto da Silva Universidade Federal de São Carlos The Federal University of Sao Carlos (UFSCar), a public institution located in Sao Paulo State, Brazil, created, in 2002, a program called “Integrated Curricular Activity on Learning, Research and Extension” (ACIEPE). In this program, undergraduate students have opportunities in establishing closer contacts with research and extension activities, as well as in interacting with graduate and undergraduate students of different careers. At the Civil Engineering Department (DECiv) the authors of the present paper have proposed and conducted an ACIEPE called “Urban and Regional Sustainability: practices and reflections” aiming to study and to apply more sustainable production processes in several areas, mainly in the urban or regional contexts. The main objective has been the introduction of the concept of sustainability in the formation of new professionals, not only in technical or environmental dimensions, but also in social, cultural or political aspects. Students of C ivil Engineering, Engineering of Production, Biology, Social Sciences and Pedagogy have participated in some of the seven times this ACIEPE has been offered. The activities have been carried out in spaces inside or outside the University. The general learning strategy has been based on participative techniques, including workshops and debates about concepts, principles, dimensions and indicators of sustainability. Specific themes have been chosen by the students working individually or in groups and the results of the investigations, evaluations or implementations presented at the end of each period. Some of these themes were: implementation of a system to evaluate the sustainability in a medium sized municipality, identification of sustainability issues present in the Institutional Development Plan

(PDI) of UFSCar, development of a “Sustainability Game”, elaboration of didactic products, organization and participation in “Sustainability Fairs”. As a conclusion, this ACIEPE has demonstrated that is important and necessary to consider themes related to the Sustainability in the formation of undergraduate students, not only future engineers, but in others careers too. Additionally, the conditions provided by the ACIEPE were very favourable respect to the possibility of integrating learning, research and extension, besides the positive contact with the external reality. PALAVRAS-CHAVES: Sustainability, Curricular Activities, Undergraduate Students

Práticas de educação ambiental na construção de hortas e composteira na escola Bento da Silva César no município de São Carlos – SP Aline Patriota Pereira, Diego Fernandes da Cruz Instituto de Química de São Carlos Universidade de São Paulo Entendendo o município de São Carlos como um lugar onde práticas do campo ainda se encontram bastante arraigadas na cultura popular, em face aos processos urbanos que devastam esta ligação com a terra, entende-se necessário o resgate destas práticas como uma maneira de reconectar à população infanto-juvenil ao meio ambiente de uma maneira construtiva, engrandecedora e libertadora, visto que o entendimento de meio ambiente desta forma se torna muito mais qualificado. Assim, aliando a função educacional das escolas públicas juntamente com o potencial de hortas na consolidação de uma educação ambiental forte, surge a oportunidade da consolidação de boas práticas neste eixo que é de extrema valia na formação de cidadãos. Os principais objetivos do presente projeto são: Construção e/ou consolidação de hortas em escolas no município de São Carlos; desenvolver junto às escolas, professores, estudantes e comunidade interessada um programa de Educação Ambiental que permita uma reflexão que estimule os valores e atitudes que adotem práticas ambientalmente adequadas; contribuir na formação dos estagiários envolvidos para atuar como educadores ambientais; difundir conhecimentos sobre produção sustentável de alimentos, compostagem de resíduos orgânicos e a importância

da preservação dos nossos recursos naturais entre os estudantes e promover valores de conectividade com a terra. A atividade consiste em uma revisão bibliográfica sobre educação ambiental e o seu papel na formação de consciência crítica, estudo sobre a relação dos seres humanos com a terra, avaliação da conjuntura da produção de alimentos no cenário brasileiro atual e estudo sobre produção orgânica/ agroecológica de alimentos; seguido de um desenvolvimento de hortas e composteira na escola, com um planejamento de atividades ligadas a horta com os alunos com o foco em ensinar a importância da produção orgânica; finalizando com a avaliação das atividades realizadas, como forma de se melhorar futuras ações educativas da Horta. Além da difusão de conhecimentos sobre agroecologia e produção orgânica para os alunos e funcionários das escolas, o projeto não só a formação de conhecimento e técnicas de educação ambiental, mas também à formação social dos bolsistas ao realizarem atividades com os alunos e funcionários da escola. Como resultado espera-se oferecer um instrumento de educação ambiental para os alunos e funcionários das escolas, assim como a difusão de conhecimentos de educação ambiental não só para alunos e funcionários, mas também é esperado que os mesmos levem esse conhecimento para casa e para toda a comunidade do entorno. PALAVRAS-CHAVES: Horta, Compostagem, Escola

Práticas de Educação Musical no desenvolvimento da sensibilização ambiental Moniele Rocha de Souza, Maria Cristina de Senzi Zancul Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara UNESP A Educação Ambiental é vista como um instrumento capaz de criar condições para que a sociedade e os indivíduos pensem formas de desenvolvimento que contribuam para uma relação mais harmônica com a natureza. Segundo Marcatto (2002), uma das características da Educação Ambiental é a transversalidade, que pode ser proposta conforme recomendam os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL. 1998), documento em que o meio ambiente aparece como um dos temas transversais. Dentro dessa perspectiva de transversalidade, as diferentes disciplinas, com suas características próprias, oferecem diversas possibilidades para a abordagem das ques-

tões de Meio Ambiente. A Educação Musical, por exemplo, dentro de suas especificidades, pode incluir perspectivas que levem ao desenvolvimento de sensibilização e conscientização ambiental, contribuindo, ainda, para o desenvolvimento de conteúdos, procedimentos, atitudes e valores com relação ao Meio Ambiente. Autores da Educação Musical como Schafer (2001), Schafer (2011) e Fonterrada (2004), têm refletido sobre temas ambientais, a partir de sua relação com a linguagem musical e têm buscado desenvolver o conceito de paisagem sonora, bem como reflexões acerca dos sons ambientais e sobre a forma que os mesmo afetam a vida do ser humano. Neste trabalho, apresentamos uma proposta de Educação Musical para o desenvolvimento da sensibilização ambiental para alunos da educação complementar, com a faixa etária entre 09 e 10 anos de idade, de uma escola de Itápolis-SP. A proposta é parte de pesquisa de mestrado em desenvolvimento, cujo objetivo é analisar as possibilidades de desenvolver a sensibilização ambiental e a aprendizagem de conteúdos referentes ao meio ambiente, por meio de atividades de música. Com base em Schafer (2001), Schafer (2011), Fonterrada (2004), foram elaboradas seis atividades, a serem desenvolvidas por meio de uma sequência didática, vi sando alcançar os objetivos propostos. Serão trabalhadas as percepções de sons em diversos locais da cidade, como uma fábrica, o aeroclube da cidade, uma área de lazer, um parque, um córrego próximo à escola. Cada atividade possui seus objetivos relacionados aos locais a serem visitados pelos alunos. O intuito é de que a paisagem sonora de cada local promova a percepção mais apurada dos diferentes sons do ambiente bem como a discussão de conteúdos como poluição sonora, a importância da água, a relação homem/natureza, entre outros. PALAVRAS-CHAVES: Educação Musical, Educação Ambiental, Sensibilização Ambiental

Processo de formação e educação continuada na FMRP/USP de Ribeirão Preto, com ênfase em educação ambiental e gestão integrada de resíduos Roseli Aquino Ferreira, Carol Kobori da Fonseca, Regina Yoneko Dakuzaku Carretta Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP Compartilhar experiências, dividir expectativas, apri-

morar práticas, pensar, elaborar e realizar programas de educação ambiental como etapas de processos transformadores é um desafio cotidiano, que se expande quando pretendemos que estas ações sejam alicerces para a construção de uma cidadania proambiental. Neste contexto, temos um consenso de que a educação ambiental é imprescindível para a construção de uma sociedade sustentável e, desta forma, suscitar novas discussões sobre as possíveis soluções e alternativas para os problemas ambientais é sempre válido e desejável. Também a proposição e realização de ações visando à resolução dos problemas ambientais pontuais e/ou locais tornam-se essenciais e necessárias. Para tal, a Educação Ambiental (EA), temática complexa que considera a questão ambiental que atinge o mundo, exigindo novas condutas, torna-se uma estratégia capaz de responder positivamente a problemática ambiental, aliada aos outros meios políticos, econômicos, legais, éticos, científicos e técnicos. Neste sentido, a formação de educadores ambientais, como agentes participativos e transformadores, pode tornar possível a reaproximação do homem com o meio ambiente, de forma que educadores e educandos participem de um processo de mudança de atitudes e comportamentos com relação ao ambiente, repensando sua presença, ações e papel no planeta. Com o objetivo de consolidar a potencialidade da universidade em formar educadores ambientais, capacitando-os como parceiros e facilitadores para o resgate da qualidade ambiental e de vida da nossa comunidade universitária, de seu entorno e da sociedade em geral, a Comissão de Gestão Ambiental/ USP Recicla da FMRP realizou o Curso sobre o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) abordando aspectos como o histórico sobre a legislação de resíduos sólidos no Brasil; leis e normativas vigentes para a gestão de resíduos; harmonização entre CONAMA e ANVISA; impactos da gestão de resíduos; definição, caracterização e quantificação dos resíduos; geração, fluxo, manejo, segregação e acondicionamento; tratamento intra e extraunidade; transporte interno e externo; disposição final e, a importância do engajamento dos funcionários e alunos no processo de gestão. Com o intuito de atingir toda FMRP, participaram desse curso os servidores técnicos e administrativos, os funcionários terceirizados e os alunos de pós-graduação da Unidade. Reflexões, intervenções educativas e ações integradas têm promovido junto

à comunidade da USP, o desenvolvimento de boas práticas de administração universitária e ampliação de projetos abrangendo a questão ambiental em sua complexidade, assim como a formação de pessoas na área de Educação Ambiental, revertendo, desta forma, em ações proambientais concretas. PALAVRAS-CHAVES: Formação Continuada, Educação Ambiental, Gestão Integrada de Resíduos

Programa “ECOSALVA” y las actitudes de los alumnos de la Universidad Nacional de Huancavelica respecto a la conservación del medio ambiente Edwin Julio Cóndor Salvatier Universidad Nacional de Huancavelica El objetivo del trabajo de investigación fue: establecer el nivel de eficacia del Programa “ECOSALVA” para mejorar las actitudes respecto a la conservación del medio ambiente de los alumnos del II ciclo, de la Facultad de Educación de la Universidad Nacional de Huancavelica (UNH), se trabajó con los alumnos de las diferentes escuelas académicos profesionales, conformado de la siguiente manera: Grupo Nº 01 (futuros docentes para labor con niños) EAP Educación Inicial, EAP Educación Especial, EAP Educación Primaria y Grupo Nº 02 (futuros docentes para labor con adolescentes y jóvenes) EAP de Educación Secundaria: especialidades de Ciencias Sociales y Desarrollo Rural; y la especialidad de Matemática - Computación e Informática. Se utilizó el método cuasi experimental, empleando para tal fin una encuesta validada, sometida a la experimentación, se obtuvo como resultado la mejora de una actitud muy favorable hacia la conservación del medio ambiente. El efecto de la aplicación del programa “ECOSALVA” tiene un alto nivel de eficacia para mejorar las actitudes respecto a la conservación del medio ambiente de los alumnos del II ciclo de la Facultad de Educación de la UNH. PALAVRAS-CHAVES: Educación, Educación Ambiental, Programa, Actitudes, Medio Ambiente

Programa Clorofila de Educação Ambiental Em Bertioga Beatriz Pereira de Almeida, Maria Cristina Peres

Empresa Construtora Sobloco S/A Programa Clorofila de Educação Ambiental em Bertioga. Sobloco Construtora S/A. Início do Programa: 1992. Área de abrangência: Município de Bertioga – SP. Público alvo: Estudantes e comunidade escolar do município (professores, diretores,coordenadores, autoridades municipais voltadas a área da educação): aproximadamente 12 mil estudantes do ensino infantil ao ensino médio. Indiretamente são beneficiados pais de alunos e todos os munícipes, na interação com as crianças, com a escola e com os resultados dos trabalhos implantados. Descrição do programa. O Programa Clorofila de Educação Ambiental completa 22 anos de atividades em 2014. Iniciado em 1992, o Programa parte do princípio de que a discussão sobre os grandes problemas ambientais de nosso tempo está diretamente vinculada a uma noção de cidadania, do indivíduo perceber-se como parte de um todo para que esse todo (planeta) se mantenha vivo. O Programa difunde a idéia de que, dentro de suas possibilidades, qualquer indivíduo pode atuar com pequenas ações ou com grandes projetos para melhorar o ambiente onde convive. Assim, o Programa envolve estudantes, professores, pais e diretores das escolas públicas e particulares de Bertioga na melhora do seu ambiente mais próximo - a escola, o bairro - desenvolvendo neles a criatividade e a iniciativa para implantar melhorias e sistemas sustentáveis, bem como adotar hábitos e atitudes de conservação ambiental.Através do Projeto Clorofila, profissionais da área de educação e agronomia da empresa auxiliam as escolas de Bertioga a implantarem hortas e jardins em seu espaço físico, a reduzirem e separarem seu lixo para a reciclagem, a adotarem posturas críticas em relação ao consumo e a desenvolverem atividades positivas ligadas ao meio ambiente, sob os princípios da “Carta da Terra”. O Programa organiza um concurso anual voltado para as escolas que já está em sua 22ª edição, denominado Prêmio Atitude Ambiental, onde alunos e professores são convidados a desenvolver trabalhos sempre com temas relacionados a sustentabilidade na perspectiva da cidadania planetária. Cursos e oficinas para educadores, vivências com a Natureza, Formação de comissões de meio ambiente, bem como projetos personalizados de acordo com a demanda dos professores, são também desenvolvidos em uma convivência permanente entre a equipe de meio ambiente da empresa e os educadores. 22 escolas do município, entre públicas e privadas, são

parceiras hoje do programa que envolve mais de 12 mil estudantes. A empresa conta com o apoio e parceria da Prefeitura Municipal através de suas secretarias de educação e meio ambiente. Mais informações no site do Programa Clorofila: WWW. sobloco-canalescolar.ning.com ou tel (11) 3093-9347 - Beatriz. PALAVRAS-CHAVES: Educação, Cidadania, Sustentabilidade

Programa educativo sobre manejo sostenible de la biodiversidad en estudiantes del Colegio Agropecuario El Milagro, San Juan Bautista, Maynas, 2008. Ana María Rengifo Panduro Empresa Construtora Sobloco S/A El objetivo del trabajo fue determinar la influencia de un programa educativo sobre manejo sostenible de la biodiversidad en el aprendizaje y cambio de actitud de 54 estudiantes del tercero, cuarto y quinto de secundaria. Se utilizó la investigación aplicada. El diseño corresponde a una investigación cuas-iexperimental. Se manejó el método de enseñanza teórico-práctico, basado en un programa educativo estructurado en talleres de aprendizaje y motivaciones al cambio de actitud. Se logró la mejora de los conocimientos en el 96% de los estudiantes. Se alcanzaron resultados mayores en el nivel 2 (logro) que fue del 65% en las tareas de la biodiversidad, cercos vivos, recuperación de suelos degradados, crianza de especies silvestres y agricultura orgánica. El 61% de los participantes consiguió una actitud favorable hacia el manejo sostenible de la biodiversidad.Palabras claves: programa educativo, manejo sostenible de la biodiversidad, aprendizaje, cambio de actitud. Projeto Criando Terra No IEE: Promovendo Educação Ambiental e Agricultura Urbana dentro e fora dos muros da universidade Henrique Callori Kefalás, Joaquim Alves Silva Júnior, Volker Minks, Clara Camargo, Cássio Pinheiro Edelstein, Mariana Meyer, Caio Tancredi Zmyslowski, Pedro Coelho Massella,Vinicius Tubino, Rosana de Cássia Oliveira Oba, Adolpho José Melf

Universidade de São Paulo O projeto Criando Terra no IEE é parte integrante do “Sistema Integrado de Redução de Resíduos e Desenvolvimento de Bioenergia no Campus”. Recentemente foi aprovado no edital de Sustentabilidade no Campus, da Superintendência de Gestão Ambiental da USP. Apesar da recente aprovação do projeto junto ao SGA, o mesmo já está em andamento e possui alguns resultados obtidos em curto prazo. O objetivo dessa proposta é criar um espaço de aprendizagem para produção de adubo e horta orgânicos, a partir da técnica de compostagem dos resíduos vegetais (podas de grama e de árvores, folhas e galhos) gerados no IEE, e técnicas de agricultura urbana, aliando essas práticas a atividades de Educação Ambiental. As atividades permanentes são: manejo, monitoramento e controle da compostagem, manejo e cuidados com os canteiros da horta, e mutirões, cursos e seminários, cujas abordagens se dão em torno do aprendizado sobre as técnicas usadas e a introdução de outras que se adéquam às necessidades do projeto. A importância desse projeto é a de servir como interface entre o conhecimento teórico adquirido nos cursos de graduação e pós-graduação e a prática, seja essa visando a implantação de técnicas e conceitos ou a interação entre pesquisadores, alunos, professores e funcionários. As etapas em andamento consistem nas atividades permanentes já descritas acima, além da formação, treinamento e entrosamento da equipe executora do projeto. Com o agrupamento dos envolvidos foi possível realizar mutirões para organizar e planejar o uso do espaço e plantios iniciais de variedades para adubação verde, hortaliças e temperos. Um minicurso também foi ministrado, cujo tema era Plantas Alimentícias Não Convencionais e o público alvo foram os envolvidos no projeto. A atividade mais relevante até o momento foi a realização do I Encontro de Iniciativas Sócio Ambientais da Pós Graduação da USP, dentro da programação do I Simpósio Interdisciplinar de Ciência Ambiental. O I-EISA foi realizado no espaço do projeto com apresentação de trabalhos e atividades prático-demonstrativas de Educação Ambiental. A curta história do projeto demonstra que o processo de observação, aprendizagem, prática e avaliação ocorrem de maneira cíclica e crescente, surgindo no inicio como uma ideia voltada a resolução de um problema, que quando abordado de maneira sistêmica interage a outras variáveis e encontra novas necessidades, diversificando e enriquecendo a iniciativa.

Tal processo já se faz presente e reflete na ânsia em trabalhar não apenas com a comunidade acadêmica, mas também transbordar as fronteiras da universidade. PALAVRAS-CHAVES: Extensão Universitária, Agricultura Urbana, Educação Ambiental

Projeto de compostagem dos resíduos orgânicos do restaurante universitário da área II da USP-São Carlos Rhennan Bontempi, Renato Oliveira, Carolina Bianco, Carolina Santos, Caroline Mathi, Felipe Pucci, Julia Guermandi, Lara Ramos, Letícia Alencar, Pedro Henrique Zanette, Renan Lupion, Thais Beham Universidade de São Paulo O processo de manter e fomentar a compostagem numa escala comunitária faz parte de um ciclo que se retroalimenta: separação na fonte dos resíduos orgânicos e educação ambiental. Ambos necessitam um do outro, pois a compostagem só é possível se os moradores separarem o resíduo orgânico, o que demanda um trabalho de educação ambiental que só é possível quando a composteira se torna também um espaço didático. Os resultados aqui apresentados referem-se às análises físico-químicas do composto maturado e ao processo de elaboração da cartilha de educação ambiental e da oficina de compostagem realizada na Escola Estadual Professor Bento da Silva César. O projeto visa à divulgação e conscientização da comunidade USP e dos moradores do entorno do Campus II da USP São Carlos acerca do tema compostagem, apontando-se o papel imprescindível da sociedade como colaboradora e corresponsável na implantação de políticas e soluções para os resíduos sólidos. Procedeu-se as análises físico-químicas com duas amostras de compostos maturados fornecidas pela Associação Veracidade. Estas foram coletadas em composteiras operadas com metodologias distintas para a compostagem do material. Todas as análises mencionadas foram realizadas em laboratórios que estão na Escola de Engenharia de São Carlos, USP. Os procedimentos realizados foram os seguintes: determinação de pH; abertura das amostras para leitura de nitrogênio e fósforo; leitura de fósforo; leitura de nitrogênio, entre vários outros. A Cartilha Educativa e Oficina de Compostagem: O preparo da cartilha e o desenvolvimento da oficina foram auxiliados pelo GEISA (Grupo de Estudos e

intervenções Socioambientais) da USP São Carlos. Durante a Oficina a cartilha foi distribuída aos alunos de salas do ensino fundamental e foram apresentadas quatro diferentes metodologias de compostagem e houve uma conversa sobre a importância de se compostar. Na apresentação das técnicas as crianças puderam ver como é a construção, o funcionamento e os benefícios de cada uma. O Grupo de Compostagem levou até a escola um alambrado, uma minhocas, uma composteira rotativa e também foi utilizada a própria composteira em leira estática da escola. Quanto à compostagem dos resíduos do R.U., estamos em fase de finalização do projeto faltando apenas empregar em maior escala a técnica de leira vertical de alambrado. Conclui-se com este trabalho que a compostagem é viável técnica e economicamente e que suas vantagens vão além de uma resposta técnica à questão dos resíduos orgânicos, mas propicia um espaço de socialização e aprendizado para a comunidade abrangida pelo projeto. PALAVRAS-CHAVES: Compostagem, Educação, Reutilização

Projeto de Formação Socioambiental de Funcionários Técnico-Administrativos da USP no campus São Carlos: a visão da equipe de educadoras ambientais e estagiários do campus de São Carlos Maurício Caetano, Nathália Formenton Universidade de São Paulo Este trabalho trata de relatar as percepções da equipe de apoio do Projeto de Formação Socioambiental dos Funcionários Técnico-Administrativos da USP, do campus de São Carlos, sobre suas experiências e desafios. Desde a criação de sua Superintendência de Gestão Ambiental, em 2012, a USP promove projetos que fomentam debates sobre a necessidade de construção de uma universidade socioambientalmente responsável. Estes projetos tem como foco o desenvolvimento de atitudes transformadoras entre a própria comunidade universitária, visando a mudança de práticas descompromissadas ambientalmente em seus institutos e escolas. Um destes projetos é o “Projeto de Formação Socioambiental dos Funcionários Técnico-Administrativos”, que pretende envolver 17 mil funcionários da USP. Além de seu público alvo, este projeto conta com a participação de uma equipe de coordenação e apoio multicampi formada

por educadores ambientais, docentes e estudantes (estagiários e bolsistas de extensão). No campus de São Carlos a equipe é formada por duas educadoras ambientais e dois estagiários das áreas das Ciências Biológicas e Sociais. O processo formativo foi iniciado em 2012 e tem duração de 3 anos, com cursos e encontros presenciais e a distância. Este trabalho trata do relato das percepções da equipe de apoio da unidade USP de São Carlos sobre esse processo, focando na aplicabilidade dos conhecimentos acadêmicos desta equipe, suas dificuldades de transpô-los à comunidade e quais os resultados mais relevantes apontados por cada um de seus integrantes. Com base no referencial teórico da história oral, os procedimentos metodológicos utilizam os relatos/ depoimentos das educadoras e dos estagiários. Por meio de uma relação dialógica, a equipe busca esclarecer o percurso de cada integrante no decorrer deste processo. Compreendemos que analisar qualitativamente as percepções dos membros da equipe de apoio e expô-los à comunidade é uma forma de continuidade da proposta metodológica deste processo de formação. Desse modo, nós esperamos contribuir com a construção de uma cultura socioambiental responsável por meio da participação efetiva de todos os envolvidos, de forma horizontal, dividindo conhecimentos e percepções de mundo. PALAVRAS-CHAVES: Pessoas que Aprendem Participando; Educação Socioambiental, EA em Universidades

Projeto Ecoviver A arte de viver e transformar o meio Emiliana Ferreira de Paula, Miriam Duailibi, João Francisco de Carvalho Pinto Santos INDES - Instituto para o Desenvolvimento Sustentável O projeto Ecoviver acontece desde 2006, em 22 municípios de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, oferecendo oficinas e workshops que estimulam o debate sobre as questões socioambientais. O projeto tem por objetivo sensibilizar professores e alunos de escolas públicas quanto à questão da sustentabilidade, disponibilizando repertório socioambiental e proporcionar, a partir daí, a adoção de hábitos e práticas condizentes com a conservação ambiental e a melhoria das condições de vida no território da escola e da comunidade em que vivem. A

proposta metodológica do projeto está alicerçada na Oficina de Futuro, ferramenta lúdica de diagnóstico socioambiental e de construção de alternativas de soluções sustentáveis para os problemas detectados e para as expectativas do grupo. Assim, incentiva em seus participantes a capacidade de sonhar e de realizar mudanças coletivamente, assumindo, de forma compartilhada, a construção do futuro desejado. Tendo a sustentabilidade como tema gerador, o projeto incentiva professores e alunos a explorar, com mais profundidade, suas relações existentes com o meio em que vivem, passando de expectadores para agentes de transformação. Para tanto, os professores participam de workshops de formação, em que são estimulados e preparados para desenvolver o projeto. Com os alunos, realizam pesquisas teóricas e práticas, investigando a realidade local e a partir daí, traçam um plano de ação, articulado com parceiros que podem ser desde os funcionários da própria escola, pais dos alunos e comerciantes do bairro até o poder público, ONGs e outros. Por fim, materializam os resultados na forma de mostras culturais. Nas mostras, os trabalhos são apresentados e compartilhados com a comunidade. São apresentações de teatro e outras manifestações culturais, que democratizam o acesso à cultura e promovem a sensibilização para um tema tão atual. Além de estimular a reflexão e sensibilização, o Ecoviver promove a mudança de comportamento e incentiva a construção de hábitos mais sustentáveis. Em 2013, o projeto que é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo do Ministério da Cultura e patrocinado pelo Grupo EcoRodovias, envolveu mais de 1.200 professores e cerca de 250 escolas nos 22 municípios atendidos. PALAVRAS-CHAVES: Sustentabilidade, Projeto, Escola

PROJETO SÍTIO WEB CAMPUS PIRASSUNUNGA SUSTENTÁVEL Ednelí Soraya Monterrey­Quintero Universidade de São Paulo Uma das principais características insustentáveis dos nossos tempos é o “eco-analfabetismo”; as pessoas ainda têm pouca ou nenhuma familiaridade com o significado da sustentabilidade de uma maneira coerente. Isto torna a educação para sustentabilidade um tema não só atual como necessário. Adicionalmente

à informação, o compromisso, o encorajamento e o feedback, devem estar sempre presentes, como forma de facilitar a introdução de mudanças e a manutenção do entusiasmo, nas iniciativas administrativas para a implantação de processos ou rotinas mais sustentáveis. É visando está necessidade de informação, comunicação e encorajamento que idealizamos o Projeto “Sítio Web Campus Pirassununga Sustentável” (SCPS). O projeto SCPS consiste basicamente da configuração e manutenção de um sítio de internet, com o objetivo de ser um espaço unificado de comunicação que, por um lado integre todas as iniciativas existentes no campus e, por outro, receba as sugestões da comunidade, para o desenvolvimento da sustentabilidade da Universidade de São Paulo em Pirassununga. Este espaço virtual de comunicação será uma construção orgânica resultado da participação da mais ampla audiência possível de participantes. O conteúdo do SCPS será resultado de um processo de pesquisa em todos os setores e públicos atuantes no Campus de Pirassununga. É um levantamento que nos permitirá compilar uma lista de atividades do campus, percebidas na comunidade como tendo impacto na sustentabilidade. A priori, as perguntas que buscaremos responder serão: Quão sustentáveis nós somos? e Quão sustentáveis queremos nos tornar? As ferramentas para a condução deste levantamento poderão incluir questionários, entrevistas, reuniões com grupos, inspeções, etc. A avaliação da eficácia das atividades será efetuada através da contabilização do número de acessos ao sítio web, do número e do tipo de sugestões enviadas pela comunidade, e da identificação do tipo de público que acessará o SCPS. Além destas informações, faremos uma pesquisa de opinião da comunidade, avaliando diretamente a percepção de todos com respeito à utilidade do SCPS e das melhorias que possam ser introduzidas. Os resultados concretos esperados são: a disponibilização de um canal de aprendizado e o enriquecimento do repertório informações ligadas à sustentabilidade da comunidade do campus de Pirassununga; a mudança de comportamentos e introdução de novas rotinas mais sustentáveis no cotidiano dos indivíduos; a inserção do tema “sustentabilidade” nos diferentes setores atuantes no campus; a consolidação das ações empreendidas pelo Plano Diretor Sócio-AmbientalParticipativo do Campus e o desenvolvimento de um senso de comunidade e inter-relacionamento nos indivíduos. PALAVRAS-CHAVES: Sustentabilidade, Comunidade, Sítio­Web

Projeto SustentABC ­Educação Ambiental voltada ás práticas de consumo consciente na região do grande ABC Patricia Martin Alves Universidade do Grande ABC Vive-se, nos dias de hoje, o que se pode chamar de “Era do Consumo”, na qual a importância atribuída à satisfação imediata das próprias necessidades e o poder aquisitivo das pessoas atinge proporções acima do razoável, apoiada, muitas vezes, no conceito de desenvolvimento econômico. Existe um sentimento generalizado de insatisfação e angústia derivado da pressão gerada pelo círculo vicioso “trabalhar mais para ganhar mais e consumir mais”. Em diferentes situações e mídias, vem sendo repetida a mesma mensagem em que as pessoas sentem que estão cada vez mais presas a armadilha do consumo. Infelizmente o consumismo integrou-se ao próprio sistema de socialização entre pessoas, qual seja a sociedade do consumo, acarretando graves problemas ambientais entre eles o consumo excessivo de recursos naturais e a geração de resíduos sólidos. Diante deste quadro, no ano de 2013 foi iniciado o Projeto SustentABC que tem como objetivo principal difundir atitudes sustentáveis na região do Grande ABC para promover o consumo consciente e consequentemente diminuição na geração de resíduos sólidos. Como objetivo específico o projeto procura trazer para os alunos do curso de Tecnologia de Gestão Ambiental da Universidade do Grande ABC a vivência em educação ambiental junto à comunidade, já que são eles os principais atores das ações realizadas. Os conceitos de consumo consciente e sustentabilidade são abordados em sala de aula, tanto em conteúdos expositivos quanto em aulas práticas, como montagem de composteira e fabricação de bombas de sementes, ambas inseridas na disciplina de Gerenciamento de Resíduos. Além do conhecimento formal, há também o estímulo a educação ambiental informal, realizada por meio de tenda itinerante com exposições, vídeos, palestras, gincanas e oficinas realizadas nos municípios do Grande ABC. Como resultados parciais obtidos no ano de 2013 com a realização do Projeto SustentABC pode-se citar: 1. Realização da Tenda Itinerante nos bairros Senhor do Bonfim e Pinheirinho em São Bernardo do Campo e no Jardim Santa Tereza em Rio Grande da Serra; 2.Participação na Semana de Biologia da Universidade do Grande ABC com exposição

de materiais reciclados e palestra sobre Consumo Consciente; 3.Roda de Conversa sobre Propaganda e Meio Ambiente ; 4. Participação no Mutirão Coletivo Cora na cidade de Mauá com a realização da Oficina de Bombas de Sementes e plantio de muda; 5.Participação de mais de 200 pessoas nas atividades realizadas ao longo de 6 meses. PALAVRAS-CHAVES: Consumo Consciente, Gestor Ambiental, Educação Ambiental

Proposta de criação de um Parque Natural Municipal em Rio Claro – SP: contribuição a Biodiversidade e o desenvolvimento de estratégias para a educação ambiental em espaços não formais de aprendizagem Felipe A. Vale Silva, Ellén Garcia, Nathalie Assis, Monique Setin, Marcelo E. dos Santos, Ivy Panagassi SEPLADEMA/UNESP O presente trabalho tem como objetivo identificar os elementos ambientais e sociais que devem sustentar a criação de um Parque Natural Municipal de acordo com a Lei 9985/2000, que estabelece o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Com efeito, será possível desenvolver estratégias de educação ambiental em um espaço não formal de aprendizagem com a população do bairro - aproximadamente 60 mil habitantes - e do município em geral. Além de promover a conservação da Biodiversidade. O setor nordeste da cidade de Rio Claro – SP, comtemplando, dentre outros, o bairro Mãe Preta, o mais expressivo do local, caracteriza-se como área de importante valor ambiental para consolidação de uma Unidade de Conservação. Na área, existem diversos afluentes do Ribeirão Claro, um dos mais importantes recursos hídricos do município em produção de água que esta sendo ameaçado pela ocupação irregular e descarte de lixo em suas margens. A proposta de criação desta Unidade vem sendo discutida desde o início do ano de 2013 pela Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente de Rio Claro- SP (SEPLADEMA) e atende ao Plano Diretor Municipal que estabelece a criação de diversas unidades de conservação no Município. A área de estudo sofre grande pressão devido à urbanização periférica e caracteriza-se de fragilidade ambiental de acordo com inúmeros estudos feitos por pesquisadores da UNESP, campus

Rio Claro – SP e pesquisas in loco. Destacam-se na área solos susceptíveis à erosão laminar, a presença de uma voçoroca de grande proporção, área sujeita a inundação e importante manancial de capitação de água para o abastecimento público. Estudos interdisciplinares deverão e necessitam serem elaborados como: reflorestamento em diferentes situações e tipologias, conscientização da população quanto ao descarte de resíduos, estratégias de educação ambiental, análise socioambiental entre outros. PALAVRAS-CHAVES: Unidade de Conservação Municipal, Educação Ambiental, Biodiversidade

Reciclagem de Resíduos Sólidos em Instituições de Ensino Superior ­ Estudo de Caso: Programa USP Recicla Cássia Maria Vieira Martins da Cunha Menezes, Mauro Silva Ruiz, Patrícia Cristina Silva Leme, Aleixo Leopoldo da Cunha Menezes e João Carlos da Silva Universidade Nove de Julho ­UNINOVE O presente estudo pretende averiguar que ações de gestão ambiental, relacionada à Reciclagem de Resíduos Sólidos vêm sendo adotadas em Instituições de Ensino Superior – IES, no Estado de São Paulo, enfatizando o Programa USP Recicla, no campus de São Carlos. Com o objetivo de identificar e descrever as lições aprendidas pelos envolvidos no processo de criação e operacionalização do programa USP Recicla, com vistas a sistematizar e disponibilizar o conhecimento adquirido como uma possível contribuição na replicação de iniciativas similares em outras instituições. A metodologia está embasada na pesquisa qualitativa fundamentada em estudo de caso via revisão da literatura e entrevistas com a finalidade de conhecer o processo de desenvolvimento e operacionalização do programa USP Recicla ao longo de seu histórico e seu subsídio de boas práticas na gestão de resíduos sólidos. Como plano de trabalho foram estruturadas ações a partir da revisão da literatura e continuando na seguinte ordenação: entrevista com a educadora do programa USP Recicla – do campus de São Carlos, sistematização e análise das informações obtidas, definição da amostra de profissionais a serem contatados via e-mail e entrevistados, elaboração dos instrumentos de pesquisa: roteiros de entrevistas (presencial) e questionários semiestruturados, aplicação de pré-teste dos instrumentos de pesquisa, aplicação do

roteiro de entrevista, sistematização e análise das informações obtidas, confrontação da síntese da revisão da literatura e dos resultados das entrevistas, elaboração das lições aprendidas e a validação das lições com participantes do USP Recicla. Os resultados preliminares da análise deste programa mostra que o engajamento dos colaboradores e a proximidade dos departamentos no campus de São Carlos foram fatores importantes para o sucesso do “projeto piloto” do USP Recicla, assim como observações relacionadas aos benefícios das parcerias institucionais entre as instituições de ensino, na troca de experiências. Outro ponto importante é o apoio técnico e operacional às cooperativas de catadores como mostra no fortalecimento das ações voltadas para a comunidade. As inovações mecânicas e estruturais de programas como o USP Recicla são outro avanço em seu desenvolvimento. Estas amostras preliminares têm indícios da grande importância do programa USP Recicla como inspirador de diversas outras iniciativas de reciclagem em várias IES no Brasil e no exterior. PALAVRAS-CHAVES: Reciclagem Resíduos Sólidos, Gestão Ambiental, Instituições de Ensino Superior

Relato de experiências em espaços não formais de aprendizagem: o uso da informação ambiental para uma prática de experimentação pedagógica Lucivaldo Vasconcelos Barros Universidade Federal do Pará A informação é um componente essencial para a consolidação da educação ambiental, sobretudo no Brasil onde o nível de acesso às informações sobre questões ecológicas ainda é baixo, conforme aponta dados de pesquisas quinquenais publicadas pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com o Instituto de Estudos da Religião. O difícil acesso à informação sobre o tema, aliada às demandas do novo perfil do bibliotecário influenciaram a implantação da disciplina “Informação Ambiental”, integrante do novo currículo acadêmico do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Pará (UFPA). Como objetivo central, a disciplina visa promover a organização e o tratamento adequado da informação ambiental a partir de técnicas da Biblioteconomia para fins de acesso e uso, aliando também teorias de outras áreas do conhecimento hu-

mano. Outro fator importante na criação da matéria está relacionado ao fato de que a UFPA está inserida na Região Amazônica e isso é um ponto estratégico para futuros estudos, haja vista que mesmo nos dias atuais, o potencial da biodiversidade ainda é pouco conhecido em termos de visibilidade, transparência e acesso às pesquisas, por exemplo. Dentre as atividades propostas pela disciplina, incluem-se algumas atividades realizadas além da Faculdade, como a ocupação de outros espaços ambientais dentro e fora da Universidade. É uma forma de transpor os muros da sala de aula convencional e mobilizar os discentes a contemplar o ambiente, bem assim enfrentar a dura realidade vivida no cotidiano pela sociedade. Uma das dinâmicas aplicadas no último período de 2013 reuniu os alunos na Capela Ecumênica da UFPA, numa dinâmica intitulada “Cadeia Ecológica”. A capela é um espaço de acolhimento e reunião de diferentes segmentos sociais e ideológicos. Um dos técnicas foi o uso de palavras-chave relacionadas, escolhidas pelos próprios alunos a partir dos estudos realizados nas aulas anteriores. Cada um escolhia uma palavra dispostas no centro da aldeia (poluição, ética, turismo, economia, meio ambiente, transporte, interdisciplinaridade etc.) e comentava a respeito. O aluno seguinte tirava o seu descrito e tinha que relacionar com a palavra anterior. A partir dessa dinâmica demonstrou-se a possibilidade de aliar um conceito da Biologia (cadeia ecológica) a uma técnica da Biblioteconomia (tratamento de palavra-chave). Com isso, a atividade uniu as duas áreas do conhecimento, mostrando na prática que a questão ambiental envolve informação e conhecimento interdisciplinar. A informação ambiental perpassa qualquer ciência, assumindo assim um viés transversal. Também foi realizada uma atividade de campo, onde os discentes da disciplina visitaram um “Sítio Familiar de Uso Sustentável” localizado no nordeste do Estado do Pará. A programação começou no Bosque Rodrigues Alves, que é um santuário ecológico sediado no coração de Belém. Durante a viagem alunos voluntários apresentavam pontos socioambientais importantes no decorrer do trajeto. Na chegada, os alunos puderam ter acesso ao inventário florístico do sítio e assistiram uma apresentação de capoeira e de uma dança de Marujada integrada por membros da comunidade local. Visitaram uma casa de farinha e presenciaram o fazer do produto e toda a cadeia de preparação da massa. Houve também a apresentação do bingo ecológico e outras atrações.

O envolvimento dos alunos foi bastante positivo e todos ficavam curiosos em descobrir como o Bibliotecário poderia ser inserido no ensino e aprendizagem da educação ambiental. As atividades extraclasses propostas pela disciplina foram uma oportunidade de vivenciar a teoria recebida durante as aulas, realizando nos espaços não formais ações concretas acerca do conteúdo ministrado. Foi também uma forma de envolver ativamente os discentes com as atitudes ecológicas, agregando informação e conhecimento à experiência vivenciada. PALAVRAS-CHAVES: Informação ambiental, Educação ambiental, Prática pedagógica

Simulation as a means to integrate environmental education in the classroom Itumeleng Phage There are various methods to teaching and learning and simulation, as a practical component of study, can be used to stimulate and enhance environmental education teaching and learning in the classroom. The researchers investigated how efficiently and effectively does the results of simulation activities mean to learners and teachers and how teachers can use it as method of teaching to instil curiosity among learners to apply their knowledge in simulation to take care of nature and conserve it for sustainable development. Simulation as a teaching strategy can be used to emphasize the importance of real life phenomena and its underlying science. They further stated that expert science educators use it to make visual and conceptual models accessible to students. This will improve the connection between that requires teachers to know how their students think as an extremely useful guide development of effective teaching. Situações de aprendizagem aplicadas à construção do conhecimento ambiental na formação do gestor ambiental: uma experiência da Faculdade de Tecnologia SENAC Goiás Ronaldo de Oliveira Dorta, Karyne Oliveira Coelho, Katia Aline Forville de Andrade Oliveira Faculdade de Tecnologia SENAC Goiás

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq), o Brasil produz cerca de 850 mil toneladas de queijo por ano. Estima-se que, em média, para cada quilo de queijo produzido são gerados oito litros de soro, este resíduo, pode poluir corpos hídricos, quando lançados direta ou indiretamente. Entretanto, o aproveitamento do soro mostra-se relevante na gestão ambiental do agronegócio evidenciando os aspectos: a) ambiental, na utilização de subprodutos e destinação correta aos resíduos do processo produtivo; b) econômico, permitindo geração de renda ao pequeno produtor rural que agrega valor ao processo produtivo, atendendo às pressões relativas à sustentabilidade; c) sociocultural, na diversificação de atividades no campo e aproveitamento de recursos disponíveis. O soro pode ainda ser usado na melhoria das rações animais, na elaboração de produtos como o queijo ricota, bebidas lácteas, whey protein, dentre outros. Diante da necessidade de discutir tais questões, o curso de Gestão Ambiental da Faculdade de Tecnologia Senac Goiás desenvolve atividades interdisciplinares como metodologia de ensino nas quais são criadas “situações de aprendizagem” que podem contribuir com a integração da teoria e prática dos componentes curriculares do curso. Este artigo relata uma aula prática planejada com o objetivo de desenvolver habilidades e competências do Gestor Ambiental. Além da contribuição pedagógica, observou-se que esta atividade tem estimulado a sensibilidade dos acadêmicos sobre questões como: a redução do desperdício de alimentos, a destinação correta de resíduos dos processos produtivos, a melhoria da qualidade da alimentação das pessoas e o aprendizado de estratégias educativas que podem ser aplicadas pelo educador ambiental, uma das certificações profissionais concedidas pelo curso. Durante a aula prática, os alunos produziram queijo e reaproveitaram o soro na fabricação de pão de queijo. Posteriormente, degustaram os pães de queijo com soro realizando uma análise sensorial com o intuito de determinar a qualidade do alimento. Por meio da análise dos resultados obtidos, o pão de queijo com soro surpreendeu os acadêmicos, 66% responderam gostar extremamente do seu sabor e textura, contra 33% que disse gostar extremamente do pão de queijo tradicional. Ressaltou-se através desta atividade o valor nutricional do soro e a potencialidade de seu reaproveitamento na produção de receitas que utilizam leite, reconhecendo seu excelente custo benefício comparado ao preço de 1

litro de leite, como a outras técnicas de tratamento deste tipo de resíduo. Portanto, conclui-se que este tema se torna oportuno para discussões em sala de aula, especialmente, quando se considera cursos relacionados ao meio ambiente. PALAVRAS-CHAVES: Sustentabilidade, Formação Acadêmica, Gestor Ambiental

Teatro de fantoches no Museu: o relato de uma atividade do PIBID sobre o ciclo da água com enfoque em educação ambiental Alexandre Magno Meria Araujo, Laís Furtado Oliveira, Marco Túlio Mendes Ferreira, André Luiz Silva Andrade, Antonio Fernandes Nascimento Junior Universidade Federal de Lavras O presente trabalho vem relatar uma prática pedagógica realizada por bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência de Biologia da Universidade Federal de Lavras – MG durante a Semana Nacional de Conscientização da Água. O objetivo era trabalhar o conceito de ciclo da água para as crianças dos sétimos anos de uma escola da zona rural do município de Lavras, Minas Gerais. A atividade consistiu na apresentação de um teatro de fantoches produzido pelo Laboratório de Educação Científica e Ambiental da referida universidade. Esta prática pedagógica foi utilizada uma vez que, o teatro como arte e atividade lúdica permite que os alunos cresçam não somente nos aspectos emotivos e psicomotores, mas também cognitivos. Essa arte possibilita a abertura para que eles possam vivenciar a afetividade, a compreensão e principalmente a expressão, já que o teatro de fantoches permite educar pela imagem e pela palavra, fazendo com que o boneco ganhe autoridade em cena. O objetivo deste teatro foi construir, juntamente com os alunos, o ciclo da água e os efeitos da poluição sobre este processo. A peça consistia em um diálogo entre dois personagens: uma gota de água e uma flor. A flor questionava sobre a “vida” da gotinha, e ela por sua vez, respondia explicitando suas aventuras: as etapas do ciclo da água. A apresentação aconteceu no museu de História Natural da Universidade Federal de Lavras. Em seguida, os bolsistas iniciaram uma discussão com os alunos sobre o tema abordado no teatro na tentativa de desconstruir o ideal de educação ambiental conservadora e permitir a reflexão crí-

tica sobre as questões ambientais contidas no teatro. Durante a discussão os alunos traziam contribuições relacionadas às suas vivências e de como a poluição antrópica tem afetado o meio ambiente. As falas dos alunos foram identificadas e analisadas, o que permitiu perceber a importância desta atividade para uma melhor compreensão das etapas do ciclo da água e os impactos humanos sobre o mesmo. Assim, sugere-se que essa prática possui um interessante potencial como estratégia pedagógica eficiente na na prática da educação ambiental. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Teatro de Fantoches, Ensino de Ciências

Tecendo as Águas: educação e mobilização socioambiental para a gestão compartilhada do Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar e Bacias Hidrográficas do Litoral Norte de SP Andrée de Ridder Vieira, Ceceo Chaves, Debora Redivo, Fernando do Rego, Mariana Pirro, Patricia Mie Matsuo, Sati Ballabio e Silvia Weel Instituto Supereco O Instituto Supereco, OSCIP que há 20 anos investe em educação pela sustentabilidade e integra a PlanTea – Rede Planetária do Tratado de Educação Ambiental, desenvolve, desde 2005, o Programa “Planejando a nossa Paisagem – Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar” tendo a educação ambiental e a educomunicação como ferramentas estratégicas para mobilização, formação de redes e gestão compartilhada do Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar e suas bacias hidrográficas; com o fortalecimento de políticas públicas e o desenvolvimento local. O processo metodológico de educação ambiental do Supereco, alinhado com a prática efetiva dos princípios do Tratado de Educação Ambiental com Responsabilidade Global, e os resultados expressivos já alcançados no fortalecimento do Litoral norte de SP, vem sendo replicados, atualmente, no Projeto “TECENDO AS ÁGUAS”, patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental e desenvolvido em parceria com o Instituto Educa Brasil, CBHL-Norte, Prefeituras Municipais de Caraguatatuba e de São Sebastião, Instituto Trata Brasil, CEAG, Made in Forest e OBME. O objetivo é contribuir para a recuperação da qualidade dos recursos florestais (e da biodiversidade) do Parque

Estadual da Serra do Mar e de seu entorno e dos recursos hídricos dos Sistemas de Abastecimento Porto Novo e São Francisco com a conservação da Sub-bacia do Rio Juqueriquerê e da Sub-bacia do Rio São Francisco (Caraguatatuba e São Sebastião). Os grupos comunitários “Ciclos Contínuos” formados e capacitados para garantir a gestão compartilhada do projeto com a equipe técnica, juntamente com representantes dos vários segmentos e públicos das sub- bacias, articulados em rede, são envolvidos num planejamento estratégico composto de: diagnósticos socioambientais e sanitários, mapeamentos situacionais; formação/capacitação de multiplicadores e de redes de parcerias; elaboração de estratégias e planos de ação temáticos resgatando e valorizando saberes locais; educomunicação e comunicação integrada; monitoramento e gestão ecoeficiente das ações; avaliação dos produtos finais e devolutiva de resultados para o público e parceiros envolvidos. A metodologia de “aprender fazendo”, com a pesquisa-ação participativa (resolver conflitos e transformar) aplicada em vivências, estudos de meio, seminários e oficinas de capacitação, plantios e mutirões comunitários, eventos temáticos, abordagens interativas, produção participativa de materiais de apoio, fortalecimento técnico de pequenos grupos de trabalho e de apoio mútuo, compartilhamento de situações críticas e conflituosas e a criação conjunta de possíveis soluções, tornam- e importantes “comunidades de aprendizagem” em diferentes “espaços educadores sustentáveis” para sensibilização, capacitação e articulação de parcerias. A educação ambiental é o eixo transversal dos 6 objetivos específicos do projeto: 1) Saberes das Águas - formação continuada de educadores; 2) Águas da Mata - restauração florestal e ecoeficiência em propriedades rurais; 3) Se Ligue nas Águas - campanhas sobre saneamento e saúde; 4) Conhecendo as Águas - diagnóstico socioambiental e sanitário e caracterização da vegetação e da biodiversidade da sub-bacia do Rio São Francisco; 5) Caminho das Águas - roteiro ecoturístico, histórico e cultural e 6) No Ritmo das Águas - cursos de educomunicação (rádio, WEB e audiovisual). Como resultados da grande rede de parceiros já formada, e em expansão ao longo do projeto, espera-se contribuir para a influenciação e o fortalecimento das políticas públicas que relacionem “em visão sistêmica” a gestão de recursos florestais com a gestao de recursos hídricos – conservação da biodiversidade; a articulação, integração e fortaleci-

mento das iniciativas e instituições locais visando o desenvolvimento sustentável do litoral norte de SP, evitando duplicidade e sobreposição de intervenções; criação de modelos de gestão compartilhada em bacias hidrográficas com potencial de replicabilidade e adaptação que valorizem a educação ambiental e a mobilização social como nortes estratégicos para a sustentabilidade na região. PALAVRAS-CHAVES: Recursos Hídricos, Corredor de Biodiversidade, Gestão Compartilhada

The environmentalization of physical education in higher education settings: environmental dimensions of academic units in Federal Universities of Brazil Caê Rodrigues Federal University of Sergipe The aim of the presented research targets the following question: considering the global movement of sustainability in education as an “environmental happening” and the consequential tendency towards the environmentalization of different areas of knowledge, what developments stand out in the field of physical education in the context of higher education reform (possibilities and critique)? The empirical corpus of the research embraces “Unit Guides” of academic units found in curricular structures of physical education programs in Federal Universities of Brazil that aim for the study and discussion of environmental problems and issues. Recognizing that processes of environmentalization in education settings cover a scope of activities that are not restricted to academic units, the choice for the selected corpus is justified by the relevance these units have as representation of geo-cultural/ historical processes that result from disputes about knowledge/power directly associated with the constitution/legitimation of social structures. The academic units were selected, firstly, by a keyword search in electronic sites of the forty-four (44) Federal Universities of Brazil that have physical education programs in their venue and, secondly, by sending electronic messages to the departments/faculty of the physical education programs. The results showed eighteen (18) units in fifteen (15) institutions that address the synergies between physical education and environmental issues. The corpus was analyzed using Textual Discursive Analysis, methodology

that comprises the following steps: a) disassembly of the texts (emergence of units); b) establishing relations (categorization of units); c) capturing the new (hypertext showing the emergence of a renewed understanding of the whole). The analysis of the corpus highlight, above all, how sporting and recreational activities in nature appear as the almost exclusive focus of most disciplines, in which discussions on synergies between physical education (in a wider context) and environmental issues take up little or no space. Another point of interest is the diversity of objectives, contents and methodologies used in different disciplines, justified, especially, by the apparent lack of epistemological identity of the environmental field and the differences between schools, centers and institutes to which the physical education programs are associated, as well as consequences of historical developments of the area. More broadly, the results highlighted different dimensions of environmental discourses that are being incorporated by the physical education field in (higher) education settings, as well as other significant data for understanding the trends/issues surrounding the environmentalization processes of physical education in Brazil today. PALAVRAS-CHAVES: Environment; Curriculum; Higher Education

THE MAS ECO GO BEYOND PROGRAMME: A Successful Sustainable Development Education Programme Model based on a Public-Private Partnership in Sri Lanka

and responsibilities of the Ministry as the Public Sector partner is to grant access to MAS and its personnel to conduct the Programme in relevant schools whilst providing advice and monitoring when required on the programme. Total ownership of the project and execution is with MAS. What is unique is that MAS is also the content owner of the curriculum. Sustainable Development is not a traditional subject, and MAS developed the model and curriculum using the UNEP Youth Exchange programme documents, the Consumer Citizenship Network’s LOLA toolkit and as expertise of specialist consultants. Programme methodology includes: workshops, audio–visual presentations, activation in schools by projects designed and executed by students, the monitoring of these by the specialists and finally the rewarding of the best performers annually. Some results of the initiative (2011-2013) - completed in 29 schools in 10 MAS operating localities; today all of the participant schools are already polythene free zones or striving towards polythene free, biodegradable waste is composted, while the iron, glass, plastics are collected, separated and given for recycling. They have increased their green cover, the species of butterflies and birds frequenting schools have been listed, most canteens have phased out unhealthy food items and introduced healthier alternatives, they maintain tabulated data on energy and water consumption, with constant monitoring and systems in place for further reduction.

Amanthi Perera

PALAVRAS-CHAVES: Compromiso Social Universitario­ Ambiente­ Inclusión, Educativa­ Recuperadores

JASTECA- Japan Sri Lanka Technical and Cultural

Threats to Green Education in Sudan

Launched in 2006, Eco Go Beyond (EGB) a community outreach initiative by MAS Holdings (a private company involved in Apparel Manufacturing, fashion and lifestyle) has been operational for 7 years. The objectives of this programme is to create/ raise awareness on the concept and practice of sustainable development, to provide an opportunity for the implementation of the knowledge gained, leading to an educated, active youth who will promote sustainable livelihoods in their communities. As of December 2013- programme impacted- over 29500 school students. This project is conducted in partnership with the Ministry of Education. The role

Dr. Abu Bakr El Siddig Ahmed El Tohami Faculty of Environmental Sciences-Omdurman Ahlia University Sudan is faced by the fact that its formal education system is unable to create citizens who are concerned, knowledgeable and aware of their environment. The result is diverse environmental problems the country face. This paper is an attempt to identify constraints or threats that face green education in Sudan. The implementation of successful environmental education at school levels is hindered by the following constraints:

lack of trained teachers and institution materials, current teaching methodologies do not allow room for active participation of the learners, the present class size (average 80) is too big to be handled effectively, inflexible programmes and lack of time, and lack of community re-enforcement. With regard to universities large number of qualified persons and a considerable number of institutions are involved in environmental research activities but the outcome is far below the aspiration. This is because environmental research needs long time, continuous and guaranteed flow of finance and reliable infrastructure, unfortunately , these requirements are not always not easy to obtain in Sudan, lack of coordination among researchers, and in turn between institutions, makes the use of the meager resources injudicious and the information fragmented and difficult to obtain, the low number of teaching staff specialized in environmental sciences is another limiting factor, lack of job description for the graduates from the environmental study faculties or department . This has resulted in poor recruitment rates and therefore massive of unemployed. Moreover, the graduates receive poor training because of financial and infrastructure constraints. To resolve the previously mentioned constraints at school levels, one can recommend the following teaching criteria can be adopted: simple observation, discussions, audio-visual demonstration and there should be a change in teaching methodologies with more emphasis on the outdoor activities, skills development and attitude. With regard to universities level, universities should develop their own tools of knowhow and technology transfer and offering consultancies and raising the awareness of the politician decision-makers, as well as, the stakeholders. Regardless of these constraints one can infer that the future is for green environmental education in Sudan. Trabajo educativo con recuperadores de basura en la ciudad de Mar del Plata en el marco del Compromiso social universitario María Teresa Fantini Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina El presente trabajo refiere a una experiencia de

voluntariado universitario realizada en la Universidad Nacional de Mar del Plata -UNMdP- sustentada en el concepto de Compromiso Social Universitario, es decir, aquellas prácticas ético-políticas que relacionan a las Universidades con las necesidades de la sociedad. La Común Unidad de Recuperadores Argentinos -C.U.R.A-. surge en agosto de 2004 cuando un grupo de recuperadores se conformó como cooperativa, impulsado por el Municipio del Partido de Gral. Pueyrredón con el propósito de que esta organización obtuviera la concesión de la “Planta Municipal de Separación y Clasificación deResiduos Sólidos Urbanos” que se estaba construyendo a partir de un subsidio otorgado por el Banco Mundial. CURA ha sido destinataria de una serie de acciones por parte UNMdP, tendientes a resolver problemas concretos de su actividad específica, pero aún no se ha podido atender las necesidades educativas de los asociados y de sus familias. En esta línea, se inscribe la creación de microespacios para el desarrollo de prácticas de trabajo socio-ambientales-educativas, donde los estudiantes de la Facultad de Humanidades de la UNMdP participen activamente y acompañen los procesos educativos de los miembros de CURA. Objetivos: •Trabajar con estudiantes universitarios diversas necesidades educativas en comunidades vulnerables, través de una praxis reflexiva y éticamente comprometida con lo socioambiental. •Favorecer los procesos de formación profesional de los universitarios a través de dispositivos teórico-prácticos en diversos espacios educadores. •Acompañar a los sujetos de CURA en su proceso de construcción de saberes que tengan en cuenta al ambiente. •Favorecer los procesos de inclusión educativa a través de intervenciones comprometidas con la educación ambiental respecto del entorno y los vínculos humanos. •Promover acciones como talleres de lecto-escritura y apoyo académico, talleres y encuentros de promoción sociocultural y educación ambiental. La experiencia educativa que estamos realizando apunta a construir estrategias extramuros para comenzar a establecer un espacio de diálogo intra e interinstitucional que, al decir de Paulo Freire, constituye una forma de comunicación y al mismo tiempo, “... un encuentro de saberes y prácticas que tienden a enriquecer y ampliar las lecturas y las escrituras de la vida, la experiencia y el mundo”. PALAVRAS-CHAVES: Compromiso Social Universitario­ Ambiente­ Inclusión, Educativa­ Recuperadores

Um panorama da sustentabilidade nas instituições de educação superior no Brasil Antonio Fernando Silveira Guerra; Mara Lúcia Figueiredo; Victor Ranieri; Patricia Leme; Aloisio Ruscheinsky Univali, UNifebe, USP, Unisinos O IV Seminário Sustentabilidade na Universidade, foi um dos nove eventos nacionais convocados pela Alianza de Redes Iberoamericanas de Universidades por La Sustentabilidad y el Ambiente – ARIUSA, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, representado pela Alianza Mundial de Universidades sobre Ambiente y Sostenibilidad (GUPES). A finalidade foi retomar as discussões e socializar os avanços realizados no que diz respeito ao estado da arte da incorporação da temática da sustentabilidade socioambiental nas Instituições de Educação Superior (IES) no Brasil. Nos três Grupos de Trabalho (GTs) -Ambientalização curricular, Gestão e planejamento territorial e Políticas Públicas e Institucionais - foram apresentados 19 trabalhos e participaram nos debates representantes de 51 IES, de todas as regiões brasileiras e do governo federal (MEC), destacando a relevância da formulação e dos processos decisórios de políticas públicas nacionais. Entretanto, da análise dos debates observa-se que apesar do avanço anos com a incorporação da dimensão ambiental nas políticas públicas, ainda falta uma maior articulação entre as políticas das áreas de Educação e Meio Ambiente, e a política que define a Educação Ambiental, distorção esta se espera corrigir a médio e longo prazo pela Resolução das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental - DCNEA. As IES em sua busca de legitimação social têm sido conduzidas sob a pressão na qual se inclui a busca pelo desenvolvimento de atitudes, valores e competências profissionais, por vezes sem diálogo substantivo com a dimensão socioambiental e discussão da crise ambiental. Os estudos apresentados constatam que nos documentos dos cursos de Graduação se verificam processos heterogêneos de ambientalização curricular. As questões ambientais e da sustentabilidade quando abordadas, muitas vezes, se restringem a áreas direcionadas à gestão ambiental, tendo como perspectiva a formação para o trabalho, sem necessariamente expressar aspectos educativos relacionados às mudanças de atitudes e ressignificação de valores sociais quanto à sustentabilidade em suas diferentes dimensões. Os

resultados enfatizam desafios para a incorporação da dimensão socioambiental e das dimensões da sustentabilidade nos processos de ensino, pesquisa, extensão e gestão. Conclui-se que o Seminário teve um importante papel na promoção do diálogo e integração entre pesquisadores dessa temática, atingindo o objetivo proposto de atualizar informações sobre o panorama da temática do evento. PALAVRAS-CHAVES: Sustentabilidade, Ambientalização, Ensino Superior

Uso de materiais alternativos reutilizáveis para construção de recursos didáticos em uma escola municipal de São Luís ­MA Celiane Gonçalves SILVA ; Wellyne Grettchen PEREIRA, Janderson Bruzaca GOMES;Nadson Rubem Maranhão Sá CARVALHO; Isabel Cristina Vieira da SILVA; Jéssica Ramos SOUSA; Raimunda Nonata Fortes CARVALHO ­NETA Universidade Estadual do Maranhão ­UEMA O problema da destinação adequada e produção de lixo é um desafio a ser abordado na educação ambiental e ser compreendido por cada indivíduo por ser ele parte atuante desse que é um dos mais preocupantes problemas ambientais (PADUA & TABANEZ, 1997). Os resíduos sólidos causam inúmeros impactos para o meio ambiente, desde sua fabricação até seu descarte. A reutilização desses resíduos é uma forma de minimizar os impactos causados ao meio ambiente. A reutilização é considerada uma forma de redução, e segundo Silva et. al. (2007) além do aspecto positivo ambiental, o aspecto social é fortemente afetado positivamente, gerando empregos as classes menos favorecidas que não tem oportunidade de estudo e encontram dificuldade de colocação profissional. Estima-se que no Brasil 500 mil pessoas vivam da coleta seletiva e venda do material reciclado. Neste trabalho objetivou-se incentivar uma visão crítica dos alunos e educadores sobre as questões de suste ntabilidade do meio ambiente, a partir da reutilização de material alternativo para construção de recursos didáticos. A tendência pedagógica da Educação Ambiental trabalhada foi a Ecopedagogia. Uma vez que, houve a interação de todos para a realização do projeto. Realizou-se um questionário com o objetivo de diagnosticar o conhecimento dos estudantes sobre as questões ambientais. As perguntas foram referentes sobre o que eles entendiam sobre

meio ambiente, o que é lixo, onde era descartado o lixo. Os resultados foram que apesar de serem crianças, eles obtêm certo conhecimento sobre a importância da preservação do meio ambiente, sobre o que é lixo, e onde deve ser jogado. Ministrou-se uma palestra no intuito de despertar nos estudantes a importância da reutilização dos resíduos sólidos. Nas oficinas educativas de montagem e criação teve-se a colaboração dos professores e estudantes, foram utilizados garrafas pets e papel, para a construção dos materiais didáticos que foram utilizados em sala de aula. Através do projeto implantaram-se novas ideias de reutilização do pet e do papel, para aulas mais dinâmicas. Além de despertar a sensibilização dos alunos e professores para melhoria e qualidade do meio ambiente através de ações que levem a sustentabilidade. PALAVRAS-CHAVES: Resíduos sólidos, Sustentabilidade, Meio ambiente

TEMA C

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E GESTÃO PARTICIPATIVA EM COMUNIDADES RURAIS E TRADICIONAIS EE/ESD AND PARTICIPATORY STRATEGIES IN RURAL AND TRADITIONAL COMMUNITIES EDUCACIÓN AMBIENTAL Y GESTIÓN PARTICIPATIVA EN COMUNIDADES RURALES Y TRADICIONALES Ações educativas para comunidades rurais criadoras de peixes na Área de Proteção Ambiental (APA) do Maracanã, São Luís, Maranhão, Brasil Lucenilde Carvalho de Freitas, Josielma dos Santos Silva, Jonatas da Silva Castro, Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta Universidade Estadual do Maranhão As Unidades de Conservação de Uso Sustentável visam equilibrar a conservação ambiental com o desenvolvimento econômico. Quando atividades econômicas são executadas de forma inadequada

em áreas legalmente protegidas podem provocar desequilíbrios ambientais e afetar gravemente os recursos naturais. O cultivo de peixes de água doce é uma das atividades econômicas bastante realizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) do Maracanã (São Luís-MA). Essa atividade econômica, na sua maioria, ocorre sem nenhuma fiscalização e controle dos órgãos responsáveis pela gestão da Unidade de Conservação. Nesta pesquisa objetivou-se realizar ações educativas voltadas ao entendimento dos impactos da atividade piscícola exercida na APA do Maracanã, oferecendo formação continuada aos piscicultores locais. Um diagnóstico inicial foi realizado e ações educativas foram encaminhadas a partir das necessidades diagnosticadas. Realizaram-se visitas aos tanques de piscicultura existentes na APA e os piscicultores foram entrevistados através de questionários semiestruturados, abordando os seguintes temas: treinamento técnico para o cultivo, diferença entre monocultivo e policultivo, benefícios e prejuízos gerados pela piscicultura na APA, impactos negativos causados pela criação de peixes, órgão gestor responsável pela APA, licença ambiental e normas ambientais para exercício da atividade. Os resultados indicaram que 90% dos entrevistados não conseguiram responder se realizavam mono ou policultivo; 100% dos piscicultores acham que sua atividade não apresenta prejuízos ao meio ambiente, bem como não conhecem o órgão gestor responsável pela APA e não possuem licenciamento ambiental. As observações indicaram que o manejo inadequado dos peixes e a falta de apoio técnico são os principais fatores que contribuem para os impactos negativos da prática piscícola na APA. Essas informações forneceram subsídios para a elaboração das cartilhas educativas que abordaram os seguintes aspectos: o que é piscicultura, o que é APA, princípios que devem ser seguidos na atividade piscícola, leis que regem o licenciamento ambiental da piscicultura, impactos ambientais e as principais doenças em peixes de cultivo. A cartilha educativa foi trabalhada com os criadores em suas propriedades, que o consideraram como sendo muito útil à melhoria da sua atividade piscícola. A avaliação feita pelos piscicultores sobre o trabalho educativo encaminhado indica a necessidade de continuidade de Educação Ambiental na APA do Maracanã para que os produtores rurais possam modificar suas práticas no meio ambiente, produzindo melhor e reduzindo os danos a estas áreas. PALAVRAS-CHAVES: APA do Maracanã, impactos ambientais, Educação Ambiental

Are we ready to hear “no” and respect it? The limits of participation in Western x Other cultures relations Daniel Fonseca de Andrade e Marcos Sorrentino Centro Universitário Barão de Mauá; Universidade de São Paulo - Piracicaba The relation between the West and other cultures has been normally deleterious for the latter. Since the sixteenth century, Western rationality has expanded its frontiers over other territories first through explicit violence and then subtler means, such as education and cultural expressions. But up to today the process of colonization is still under way whenever the West impinges on others its values and priorities.\r\nThe second half of the Twentieth century witnessed a growing demand for participation in public deliberative processes. In general, a lack of trust in those responsible for these processes and the perception that they need to be open to a wider range of values generated this demand. However, “participation” is still a contentious issue, precisely due to the amount of what is shareable that is at stake: how much of the issue under consideration can be influenced by “participants”. This paper has two objectives: to address the role of environmental education in processes of participatory management in rural and traditional communities and to suggest the incorporation of dialogue as the ethos underlying such role. In a participatory process involving traditional or rural communities, environmental educators are representatives of the West. Environmental education was “invented” by the West to respond to problems that have been mostly created by it, so a contact between environmental education and such communities is ultimately as a contact between cultures. In this paper we consider dialogue a kind of relation in which there is symmetry among those who participate. That entails, however, a whole set of assumptions and values that are different to what the West is used to: ultimately, the West would have to conceive the possibility of hearing a “no” from other cultures to its plans, respect and cope with it, no matter the reason or the perceived losses that would represent. As the West is usually the strongest stakeholder when in relation with other cultures, entering into dialogue with them would involve the acknowledgement that there are limits to its expansion. Learning to dialogue

encompasses learning to see the other as genuine subjects and right holders and respecting their self-determination. In this context, environmental educators play a fundamental role, recognizing the existing power asymmetry and creating strategies so that all those involved are fully acknowledged, counted and respected. Otherwise, it will do nothing but perpetuate the expansion of Western culture over such peoples, carrying with it its unsustainable life style. PALAVRAS-CHAVES: Dialogue, Participation, Contacts Between Cultures

Avaliação de diferentes instrumentos de coleta de dados do diagnóstico rural participativo (drp) e do diagnóstico participativo de unidades de conservação (dipuc) na região de cerrado em Paraopeba ­MG Kátia Mendes Silva Martins, Ana Elisa Roque Moreira, Eugênio Batista Leite PUC-Minas / Betim Este Projeto de Pesquisa articulou-se com o estágio de Bacharelado em Gestão Ambiental e também foi parte do Projeto FIP na PUC Minas em Betim. Trata-se de uma Pesquisa Social com objetivo em aplicar diferentes instrumentos de Coleta de dados a partir do Diagnóstico Participativo Rural (DRP) e Diagnóstico Participativo em Unidades de Conservação (DiPUC). Tais diagnósticos serviram como ferramenta em busca de metodologias para mobilização da comunidade, partindo de análise documental através da Biblioteca Pública da Cidade a fim de categorizar o tema Cerrado de acordo com as necessidades locais. As entrevistas semi – estruturadas com os comerciantes da Região e trabalhadores da Floresta Nacional (FLONA -Paraopeba) serviram para um levantamento quanto ao conhecimento sobre Unidades de Conservação, sua biodiversidade e problemas sócio – ambientais que acometem a cidade. Utilizou-se, também, um conjunto de técnicas variadas, destinadas a uma escola da região, onde pode-se trabalhar o mesmo grupo de atividades com o ensino fundamental e médio, um grupo de jovens da igreja local e com os trabalhadores da Unidade de Conservação a fim de perceber o entendimento do Bioma Cerrado nas categorias definidas e promover informações relevantes. Finalizou–se com um grupo

focal que tinha como público alvo o poder público, representado pelas secretarias, onde pode-se promover um momento diálogo entre os participantes com o objetivo de visualizar a temática em estudo. A aceitação das entrevistas foi notória, entretanto, percebe -se que poucas pessoas têm informação sobre o Bioma em que estão inseridos. Houve grande participação das atividades desenvolvidas dentro da FLONA, na escola e na Igreja, o que demonstra que atividades interativas causam um maior interesse na temática e são capazes de transferir e trocar conhecimentos de uma maneira muito simples e interessante. A mobilização social preconizada nestes diagnósticos possibilitaram a articulação de parcerias com a comunidade local e público interno da Unidade de Conservação para fins de conservação. Há grandes vantagens nas técnicas utilizadas por estes diagnósticos - são de baixo custo, quando comparadas a estudos quantitativos; tem –se a possibilidade de utilização como única ferramenta na Pesquisa Social; e são interativos e passíveis de modificações posteriores, de acordo com a necessidade local. A utilização dos dados desta pesquisa vai à perspectiva de implementação do sentimento de pertencimento e có-responsabilidade, ou seja, de topofilia, a fim de elucidar as relações de causa e efeito e subsidiar tomada de decisões quanto aos problemas diagnosticados. PALAVRAS-CHAVES: Cerrado, DRP, DIPUC

Desenvolvimento rural sustentável e Educação Ambiental: uma interação necessária Fábio dos Santos Massena Universidade Estadual de Santa Cruz Este trabalho tem por objetivo discutir a importância do desenvolvimento de ações de Educação na busca da manutenção e/ou conquista da almejada sustentabilidade no meio rural. O capítulo 7 da Agenda 21 faz referência específica ao planejamento rural e urbano, recomendando que as atividades humanas de uso da terra e de ordenamento de espaço, sejam avaliadas na perspectiva do desenvolvimento sustentável, nas variáveis econômica, social, ambiental, política e cultural. Esta concepção estabelece uma nova ordem para as maneiras de planejar e avaliar os impactos causados pela ação do homem sobre a natureza. Entende-se que o foco destas discussões

está centrado na ideia da sobrevivência humana dentro das limitações impostas pela natureza, ou seja, viver dentro de sua capacidade de suporte. As diversas ações antrópicas que extrapolaram os limites de resiliência da natureza levaram a necessidade do Desenvolvimento Sustentável (DS), conduzindo a valoração dos recursos naturais renováveis pelas organizações e pela sociedade. A ideia de sustentabilidade também perpassa pela elevação de expectativas em relação ao desempenho socioambiental (SACHS, 2009; GUIMARÃES, 2011 e RAMIRA, 2011). A educação precária e falta de acesso a serviços de saúde, também contribuem para a manutenção da pobreza no meio rural. Além disso, o acesso à ciência e tecnologia para a melhoria da produtividade auxiliam para a permanência desta realidade (LEITE, 2002). A sustentabilidade, atualmente ou em qualquer época futura, é e será sempre um imenso desafio, pela sua “significativa variedade de definições limitantes, que partem para uma generalização”. A falta de reconhecimento de sua amplitude leva a simplificação em um dado momento (OSTROVSKI e PASSOS, 2012, p. 50). No entanto a discussão sobre sustentabilidade deve ser muito mais ampla, uma vez que envolve diversos campos de conhecimento, incluindo as dinâmicas socioambientais, políticas, culturais, territoriais e organizacionais. Entende-se, portanto, que se os problemas ambientais foram criados por homens e mulheres, deverão vir deles suas soluções, ressaltando-se que estas soluções virão de pessoas do povo. Certamente a EA não resolverá os complexos problemas expressos. No entanto, poderá ser definitiva para mitigar isso, pois contribui para a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres (que poderão intervir para a promoção de políticas públicas, que visem à redução das desigualdades sociais e novos padrões de consumo). PALAVRAS-CHAVES: Desenvolvimento Sustentável, Comunidades Rurais, Educação

Diagnóstico da cadeia produtiva de ostras (Mollusca, Bivalvia) como subsídio à educação ambiental em comunidades pesqueiras da ilha de São Luís (MA) Eliane Braga Ribeiro, Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta Universidade Estadual do Maranhão - UEMA

As ostras constituem um importante recurso alimentício e comercial no Maranhão, especialmente nos municípios da Ilha de São Luís (Raposa, Paço do Lumiar, São Luís e São José de Ribamar). Neste trabalho objetivou-se diagnosticar a cadeia produtiva de ostras do gênero Crassostrea comercializadas na Ilha de São Luís para indicar uma proposta educativa para o seu manejo nas comunidades pesqueiras. Foram adquiridos exemplares de ostras no período de outubro de 2011 a abril de 2013, a partir de compras aleatórias de vendedores ambulantes nas praias da Ilha de São Luís. Na ocasião realizou-se entrevista com os vendedores, a fim de se conhecer a origem das ostras e os cuidados com a comercialização do produto. As ostras foram levadas para o Laboratório para aferição dos dados biométricos (comprimento e a largura da concha). Para o comprimento os resultados variaram entre 4,71 e 6,21cm (5,86 ±0,92 cm) e para a largura variaram entre 3,34 e 4,65cm (4,1 ±0,46 cm). As entrevistas indicaram que as ostras comercializadas são provenientes do município maranhense de Primeira Cruz, localizado a cerca de 250 km de São Luís. As ostras são trazidas de barco para o Município de São José de Ribamar, de onde são transportadas por caminhão para as comunidades chamadas de Cumbique e Farol do Araçagy, localizadas no Município de Raposa. Nessas comunidades o produto é repassado para vendedores ambulantes, que passam até cinco dias com as ostras conservadas em caixas isotérmicas com gelo até sua completa comercialização. Apesar de no Maranhão não haver um dispositivo legal que estabeleça o tamanho mínimo das ostras para a comercialização, observou-se que os dados biométricos registrados estão em conformidade com o padrão indicado pela legislação (entre 5 cm e 10 cm) para a comercialização do produto em outras regiões do Brasil. Os dados sobre a cadeia de comercialização das ostras indicam a necessidade de fiscalização dessa atividade, já que os organismos são transportados de forma inadequada e passam muito tempo até chegar ao consumidor final. Portanto, é necessário um programa de educação ambiental direcionado para transporte, conservação e comercialização desses moluscos nas comunidades que os recebem, visando contribuir com a saúde pública relacionada a consumo in natura. Por outro lado, será necessária a criação e a articulação de arranjos de co-gestão adaptativa de recursos pesqueiros em todos os municípios da cadeia produtiva desses moluscos, conduzidas de forma integrada

com as políticas públicas existentes para a zona costeira maranhense. PALAVRAS-CHAVES: Crassostrea, Recurso Pesqueiro, Proposta Educativa

Diagnóstico da percepção da qualidade ambiental pelas populações do entorno do reservatório do Lobo Brotas/Itirapina, SP – Brasil André Luís Sanchez, Lucas Bueno Mendes, Evaldo Luiz Gaeta Espíndola & Carlos Eduardo Matheus Universidade de São Paulo O conceito de meio ambiente leva em conta não só os aspectos naturais e físicos, como também as relações sociais, culturais, históricas e tecnológicas entre os elementos envolvidos. Os estudos de percepção ambiental consistem em detalhar as relações e interações entre sociedade e natureza de maneira mais qualificável, aliada as necessidades de compreensão das relações entre o homem e o meio ambiente. Nesse contexto, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de analisar a percepção ambiental dos usuários permanentes e ocasionais do reservatório do Lobo e o seu entorno, buscando analisar a qualidade ambiental da localidade, identificando as fragilidades e os potenciais do ambiente local e a elaboração de um plano de ação para a melhoria da qualidade ambiental em conjunto com os interesses de cada segmento da sociedade, além de um modelo de educação ambiental e gestão participativa para a localidade pautada pela sustentabilidade socioambiental. Para tanto, um questionário foi desenvolvido e aplicado com o objetivo de diagnosticar o perfil das populações permanentes e ocasionais, o interesse em relação à temática ambiental, os aspectos da percepção ambiental em relação a localidade e a sua variação ao longo do tempo. A partir dos resultados das entrevistas, foi possível traçar um diagnóstico da percepção ambiental da região do reservatório do Lobo. A universidade foi destacada como importante agente nas questões socioambientais, sendo posicionada como principal responsável na produção de informações, conscientização e campanhas para a sociedade. Ao serem questionados sobre a inserção da sociedade com o meio ambiente e os mecanismos de envolvimentos na temática ambiental os entrevistados mostraram interesse e disposição para envolvimento. Nesse sentido, algumas perguntas

aplicadas deixaram o caráter subjetivo, aproximando os conhecimentos teóricos científicos com o contexto social individual, através de temas do cotidiano como água e lixo. Para a maioria dos entrevistados os agentes da degradação ambiental da localidade são os próprios usuários, sendo os hábitos da sociedade as principais fontes de deterioração do meio ambiente. Convém ressaltar o interesse e a informação dos entrevistados da importância da sua própria inserção na sociedade através de atitudes ou a partir de regras sociais especificas. Portanto, os esforços para o desenvolvimento sustentável terão sua eficiência potencializada ao aliar os estudos das interferências e pressões causados pelo homem com informações ambientais de fácil compreensão e acesso, mostrando e subsidiando as mudanças sustentáveis para a sociedade, integrando, assim, a educação ambiental nos múltiplos espaços de aprendizagem. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Percepção Ambiental, Impactos Ambientais

Educação Ambiental a partir da instalação de tecnologias sociais desenvolvidas pela Embrapa Terezinha Pinto de Arruda, Wilson Tadeu Lopes da Silva Embrapa O Sítio São João, unidade de agricultura familiar tradicional, localizado no município de São Carlos/ SP, e em harmonia com as características produtivas e paisagísticas de cobertura vegetal características do vale do Ribeirão Feijão, importante manancial que abastece a cidade. A propriedade, de aproximadamente 13 ha, sobrevive de horticultura, piscicultura e produção de mudas nativas. O sítio São João tornou-se um agente transformador, de forma interativa e participativa, a partir da instalação de tecnologias sociais aplicadas com sucesso na propriedade (fossa séptica biodigestor e jardim filtrante), aliadas ao restauro florestal. No ano de 2012, foi escolhido pela Embrapa Instrumentação para ter sua experiência sistematizada de acordo com a metodologia de Oscar Jara que, no campo da Educação Popular e no trabalho em processos sociais, é uma interpretação crítica de uma ou várias experiências que, a partir de sua ordenação e reconstrução, descobre ou explicita a lógica do processo vivido e sua dinamicidade de aprendizagens e compartilhamentos. O conhecimento

acumulado, não só na tecnologia em si, mas também do aspecto de visão sócio-ambiental, foi incorporado à propriedade, fato que culminou em uma ação de educação ambiental que atende anualmente cerca de 3.700 (três mil e setecentos) alunos da Pré-Escola (4 a 5 anos), do Ensino Fundamental (6 a 15 anos) e Ensino Médio (15 a 18 anos). O levantamento dos dados qualitativos e quantitativos, relacionados desde a mudança de visão dos proprietários do ponto de vista ambiental até a capacidade na formulação de ações em educação, ocorreram através de questionários submetidos aos proprietários do referido Sítio, bem como educadores e funcionários da Embrapa envolvidos com o desenvolvimento e transferência das tecnologias. Observou-se que o protagonismo do Agricultor foi fundamental. Isto ocorreu a partir do domínio dos conceitos de saneamento básico rural e seu impacto direto e indireto nas características da propriedade. Esta visão levou às ações efetivas de educação ambiental, conciliadas às atividades produtivas e promoção do respeito ao meio ambiente e sua sustentabilidade. Observou-se também a criação, de forma espontânea, de uma linguagem própria para crianças de 4 a 6 anos e sua preocupação na transmissão desses conhecimentos aos sitiantes vizinhos. Conclui-se que é possível a união da conscientização ambiental com a viabilidade econômica, promovida pela adoção de tecnologias sociais que respeitam as características das propriedades familiares, fazendo que os agricultores se apoderem do conhecimento e se tornem protagonistas de transformações para toda a sociedade. PALAVRAS-CHAVES: Educação Ambiental, Agricultura Familiar, Sustentabilidade

Educação ambiental em uma comunidade produtora de vinho de juçara da área de proteção ambiental do Maracanã, São Luís­MA. Luciana da Silva Bastos, Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta Universidade Estadual do Maranhão ­UEMA As comunidades humanas que vivem na APA do Maracanã (São Luís-MA) realizam a exploração do fruto de uma palmeira conhecida localmente como juçara (Euterpe edulis) como atrativo turístico. O modo de extração do fruto e preparação da bebida típica (vinho) é conhecido por grande parte da população,

principalmente, na ocasião da Festa da Juçara que ocorre há 44 anos na região. O modo de preparo e conservação dessa bebida envolve riscos à saúde da população, caso não sejam seguidas as normas de higiene básicas. No presente trabalho objetivou-se a realização de ações de Educação Ambiental com os produtores do vinho da juçara no Parque da Juçara localizado na APA do Maracanã, utilizando como instrumento didático-pedagógico uma cartilha educativa com abordagem sobre as boas práticas higiênicossanitárias na produção e comercialização da juçara e seus derivados. A cartilha intitulada “Saiba como preparar a Juçara” foi elaborada destina da aos produtores do vinho da juçara e teve a intenção de comunicar informações básicas e importantes sobre boas práticas higiênicossanitárias na manipulação e comercialização da juçara e seus derivados. Nesse contexto, foram enfocados os seguintes temas: perigos na produção do vinho de juçara (doença de Chagas, doenças de transmissão hídrica), e as boas práticas na produção do vinho de juçara (colheita, debulha, armazenamento, transporte, processamento da juçara, acondicionamento e coleta de resíduos, manipuladores), bem como dicas visando os cuidados na lavagem de reservatórios e como lavar as mãos. A ação educativa ocorreu com cada responsável pela comercialização do vinho atuante durante a Festa da Juçara durante dois anos consecutivos (2011 e 2012). O foco do trabalho educativo foi a sensibilização dos manipuladores do fruto da juçara, desde o momento da coleta do fruto até a destinação final do vinho ao consumidor, tornando-os aptos a reconhecer as boas práticas nessa atividade. Na avaliação realizada pelos sujeitos participantes da ação educativa, o instrumento didático utilizado foi muito útil para sensibilizar e promover reflexão sobre sua atividade laboral, uma vez que de uma forma prática e agradável possibilitou aprofundar os conhecimentos básicos sobre o assunto e promoveu mudanças de atitudes relacionadas com o preparo e conservação do vinho da juçara. PALAVRAS-CHAVES: Área de Proteção Ambiental, Doença de Chagas, Boas, Práticas Higiênicossanitárias

Educação ambiental no viés da piscicultura: identificando as espécies exóticas e nativas cultivadas na Área de Proteção Ambiental do Maracanã, São Luís-MA

Josielma dos Santos Silva; Lucenilde Carvalho de Freitas; Jonatas da Silva Castro; Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta Universidade Estadual do Maranhão A piscicultura é uma atividade desenvolvida por grande número de moradores da Área de Proteção Ambiental do Maracanã, localizada na capital maranhense. Esta atividade proporciona desenvolvimento econômico, mas produz impactos ao ambiente, se praticada de forma inadequada, ou seja, sem o manejo nas etapas de cultivo. Essa atividade necessita de um acompanhamento sistemático de profissionais e órgãos de gestão ambiental da região. Neste contexto, buscou-se realizar atividades de Educação Ambiental com os criadores de peixes de água doce da APA do Maracanã, identificando as principais espécies cultivadas, formas de obtenção dos exemplares, biologia dos táxons e ações para a sustentabilidade da piscicultura na região.Inicialmente foram feitas visitas aos tanques de cultivo para registrar as espécies mais cultivadas e o manejo realizado na região. Juntamente com as visitas, alguns questionários, no formato semiestruturado, foram aplicados aos piscicultores com o intuito de conhecer a atividade desenvolvida na APA do Maracanã. Durante as visitas, alguns exemplares de peixes foram comprados e levados ao “Laboratório de Pesca e Ecologia Aquática” da Universidade Estadual do Maranhão para a identificação taxonômica. Após esta etapa, com base nos dados dos questionários, cartilhas educativas foram produzidas para o trabalho pedagógico com os criadores da região, por meio de oficinas educativas. Os resultados dos questionários indicam que os piscicultores não têm conhecimento aprofundado sobre as espécies que são cultivadas, visto que não reconhecem espécies nativas e exóticas. A análise laboratorial realizada com os exemplares comprados dos piscicultores indicou que as espécies mais cultivadas são: Colossoma macropomum (Tambaqui), Oreochromis niloticus (Tilápia) e Cyprinus carpio (Carpa comum). A tilápia e a carpa são espécies exóticas e não deveriam ser cultivadas nas pisciculturas de uma Unidade de Conservação. Os piscicultores não souberam diferenciar um sistema do tipo policultivo de um do tipo monocultivo. Além disso, esses piscicultores enfrentam dificuldades para obtenção dos alevinos que são oriundos, principalmente de laboratórios localizados fora de São Luís. A intervenção educativa realizada

na APA sanou muitas dúvidas dos piscicultores, sendo que os temas com maiores destaque durante as entrevistas foram trabalhados através da cartilha educativa elaborada especialmente para a realidade da APA do Maracanã. Durante o desenvolvimento deste trabalho ficou clara a necessidade das práticas de Educação Ambiental na APA do Maracanã associadas ao trabalho do órgão gestor, pois ações praticadas sem um conhecimento prévio pelos produtores locais podem provocar resultados inesperados que comprometem a qualidade ambiental dessa Unidade de Conservação maranhense. PALAVRAS-CHAVES: Piscicultura, Espécie Exótica e Educação Ambiental

Educação ambiental para o manejo dos resíduos sólidos em uma associação de horticultores situada nos arredores da Universidade Estadual do Maranhão, São Luís-MA Ana Paula Pereira Viana, Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta Universidade Estadual Do Maranhão - UEMA O diagnóstico sobre os contextos de geração dos resíduos sólidos é importante para orientar a segregação, a coleta, o tratamento e a destinação final do lixo. Em São Luís (MA) as áreas rurais ainda não são servidas suficientemente pelo sistema público de coleta de lixo, levando muitos produtores a eliminarem o lixo de forma ineficiente para a produção e para o ambiente. Este problema afeta a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), especialmente nos arredores da Comunidade Dom Ricardo, onde existe a associação de horticultores Jardim São Cristóvão. Essa associação possui uma área verde de 16 hectares e está localizada nas proximidades do Campus da UEMA em São Luís. O lixo produzido na comunidade é disposto de forma inadequada nesta área rural e no próprio campus. Neste trabalho objetivou-se identificar a percepção ambiental dos moradores da Comunidade Dom Ricardo acerca da geração e gestão de resíduos sólidos, a fim de subsidiar um programa de Educação Ambiental. Definiu-se um perfil dos moradores através de entrevistas utilizando questionários semiestruturados, numa perspectiva sócio-cultural-estrutural-ambiental. Os temas abordados foram: entendimento sobre o conceito de meio ambiente, destinação dos resíduos orgânicos,

identificação dos problemas ambientais na comunidade e práticas sustentáveis a serem desenvolvidas na comunidade. Os resultados indicam que 86% dos entrevistados conhecem os problemas relacionados com a falta de gestão dos resíduos sólidos em sua comunidade e na cidade. Todavia, esses moradores (86%) não realizam coleta seletiva e faz a queima do lixo. A maioria dos moradores (52%) afirma que os principais problemas da comunidade são a poluição do solo e a falta de proteção da nascente do rio Paciência que nasce no campus da UEMA e passa pela área verde da associação; e 55% indicou a necessidade de realizar práticas sustentáveis associadas à separação do lixo reciclável, orgânico e compostagem. Esse diagnóstico apontou os caminhos das ações educativas a serem desenvolvidas com a comunidade e em parceria com a UEMA. Entre as ações já encaminhadas por essa cooperação universidade e comunidade constam palestras e rodas de conversas com os membros da associação de moradores sobre coleta seletiva, reciclagem e reaproveitamento dos resíduos sólidos. Também foram realizadas oficinas de reutilização de materiais recicláveis e fabricação de objetos possíveis de agregar renda aos moradores da comunidade. Na avaliação feita sobre as ações educativas, percebeu-se a formação de novos valores capazes de contribuir com a gestão adequada dos resíduos sólidos na comunidade e no campus da UEMA. PALAVRAS-CHAVES: Ações Educativas, Percepção Ambiental, Resíduos Sólidos

Educação ambiental: entre a representação de classe e a participação efetiva dos trabalhadores da pesca artesanal Danieli Veleda Moura, Carlos Frederico Bernardo Loureiro, Lúcia F. S. de Anello Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Este trabalho representa parte da Tese que está sendo desenvolvida no PPGEA-FURG, cujo tema centra-se no estudo da Colônia de Pescadores Z-1 como entidade representativa dos pescadores artesanais de Rio Grande-RS. Nossa problemática consiste em conhecer a partir da vigência da Lei Federal 11.699/2008, de que forma a Z-1, através de suas lideranças, exerce sua função de representante da classe dos pescadores artesanais nos diversos espaços da gestão pesqueira (ordenamento da captura;

organização e regramento do beneficiamento e comercialização do pescado; garantia dos direitos fundamentais: saúde, educação, moradia, capacitação profissional). O objetivo é conhecer e analisar limites e possibilidades da atuação representativa dessas lideranças e; buscar por meio do desvelamento das possíveis contradições existentes na representação desta entidade, formas para que esta realmente expresse os interesses do setor pesqueiro artesanal e seu desenvolviment o social. Nisso, entendemos que a Educação Ambiental Crítica (EAC) poderá ajudar na compreensão das categorias de representatividade e participação, atendendo à finalidade de procurar “brechas” daquilo que poderá contribuir para o desenvolvimento da autonomia destes trabalhadores, para que a representação (se for necessária) seja realmente o reflexo dos interesses da classe trabalhadora da pesca artesanal. Entendemos que isso é possível, na medida em que os pescadores artesanais ocuparem os espaços de disputa por meio da participação efetiva e consistente na luta por melhores condições para si. Adotaremos como marco de referência temporal para o início da pesquisa, o tempo correspondente ao periodo da vigência da Lei 11.699/2008 até o presente momento. Por meio do referencial teórico da EAC de cunho marxista, apoiando-nos especialmente na concepção de Estado gramsciana, intencionamos realizar entrevistas semiestruturadas com o(s) presidentes da Z-1 e com representantes de órgãos que atuam/atuaram na“adaptação” à Lei; analisar normativas relacionadas ao tema e documentos que se façam necessários durante a pesquisa; referências da pesca artesanal, EAC, movimentos sociais e; nossa experiência junto a estes trabalhadores, sobretudo no RS, por meio do Projeto “Análise da Cadeia Produtiva do Pescado oriundo da Pesca Artesanal e da Aquicultura Familiar no Estado do RS”, de onde surgiu o interesse no desenvolvimento da Tese, pois foi aí que pudemos ouvir dos pescadores artesanais a necessidade deste debate. Entendemos que a EAC pode contribuir na busca pela superação da alienação provocada pela ideologia neoliberal (dominante) ao desvendar as contradições desta sociedade, podendo, colaborar com a ampliação de uma visão crítica desta, incentivando uma maior participação dos seres humanos nos processos decisórios. PALAVRAS-CHAVES: Colônia de Pescadores, Pesca Artesanal, Educação Ambiental

Entre Imagens e Palavras: um exercício metodológico multidimensional em processos de Educação Ambiental. Andreia Carvalho Estrella NEMESS/PUC­SP ­Núcleo de Estudos e Ensino sobre Questões Metodológicas em Serviço Social O trabalho aqui apresentado, resultou de um estudo que teve como tema central a Ecologia Complexa, privilegiando a relação Homem-Natureza no fazer-se de uma comunidade tradicional caiçara e pesqueira do Perequê, situada na cidade de Guarujá, litoral do Estado de São Paulo. Em conjunto com esta comunidade procurou-se desvelar os modos de vida, as tradições, os saberes, valores e as dificuldades que vêm enfrentando para fazer valer sua existência, onde a Natureza é ponto central, de equilíbrio e ao mesmo tempo de desequilíbrio (ao passo em que é depredada), e a grande “professora” nos processos cognitivos, sociais, culturais, relacionais e afetivos desta comunidade que, ousadamente, resiste às agressões sofridas pelos vieses do desenvolvimento globalizado e pautado na economia do consumo. Alguns instrumentos e metodologias constituíram as bases de sustentação para o trabalho, mas foi a máquina fotográfica utilizada como instrumento e es tratégia de educação e pesquisa, que favoreceu a aproximação com a comunidade, a formação das “rodas de conversa e troca de saberes” e o estabelecimento do processo educativo. A fotografia transformou-se num passaporte de aproximação e partilha da intimidade local e do desvelamento, para a própria comunidade, de seus modos de vida quando foram convidados - jovens, adultos, idosos e crianças - a fotografarem aquilo que julgassem significativo em seus modos de vida e do cotidiano, e que gostariam de partilhar. À medida em que eram reveladas as fotos e devolvidas aos autores das mesmas, foram tomando contato de forma sistematizada com sua própria realidade, explicitando e explicando os conteúdos, contando suas histórias, avivando lembranças, expressando seus valores e sentimentos, e demonstrando os motivos pelos quais escolheram aquelas imagens como importantes para representar seus modos de vida, fazendo emergir sua essência e auto-estima, empoderamento e revalorização de suas raízes, bem como reflexões críticas a cerca do que vivem no presente. O Ato de fotografar auxilia a „transformar” e „resignificar” o que estamos viciados

a olhar, pois contém a imagem do real bem como o sentido subjetivo que nos conduziu a registrá-la – ela nos revela, em nossas escondidas intenções, saberes, ideologias, emoções, afetos. Ela é estática e ao mesmo tempo uma convulsão de movimentos. A fotografia e seu próprio ato, tornam-se importantes aliados dentro dos processos de educação ambiental e participação comunitária em qualquer que seja o território ou a população a ser trabalhada, por auxiliar a emergir a essência daquilo que necessita ser trabalhado, experimentado, e educado. PALAVRAS-CHAVES: Fotografia, Caiçara, Ecologia

Environmental education and adult literacy: pathways to participatory management Diógenes Valdanha Neto, Dulce Consuelo Andreatta Whitaker, Valéria Oliveira de Vasconcelos Universidade Estadual Paulista e Centro Universitário Salesiano de São Paulo It can be affirmed that some principles of the Brazilian Environmental Education (EE), academically grounded and legally sustained, are the valuing of cultural diversity, and the approaching of environmental issues in an integrated manner, considering their close relationship to social practices. Supported by these assumptions, this paper reports part of a Master thesis in Education developed in the Extractive Reserve of Lago do Cuniã in the state of Rondônia – Brazilian Amazon. The main goals were to comprehend elements of the traditional culture of the inhabitants, and how the local school dialogue with aspects of it. Inspired by a demand of the community, which has a high rate of non-literate adults, several meetings aiming adult literacy, guided by the method developed by the Brazilian educator Paulo Freire, were performed, attempting to obtain a greater understanding of local culture, since this method requires that the pedagogical process starts from the reading of the world, to the reading of the word. The riverine people that live at Lago do Cuniã have a range of valuable environmental knowledge linked to their cultural practices, which must be respected and appreciated. Following the methodological steps pointed by Freire, it was made a vocabulary survey and selected some generating words, which, considering their phonetic and semantic richness, subsidised the literacy meetings. The generating

words were: RABETA (most common craft in the region), DIANA (name of one of the participants of the meetings), NATURE, and SCHOOL. Due to the high isolation of some habitations, the activities were conducted at the residence of a traditional family, whose protagonists were two adults (one man and one woman) considered local leaders. Moreover, the companionship with the family was taken as a methodological perspective, allowing direct observation of the social interactions and records in a field diary. The key data revealed that previous actions with these adults literacy, developed disregarding the local context and vocabulary universe, hindered a critical learning of the signs of words. Furthermore, dialogues allowed reconsiderations about established gender relations and contributed to participants’ reflection on their role as persons with entitled rights, and creators of culture, what is constantly denied by the hegemonic ideology. Great environmental knowledge emerged during meetings and gatherings, and we believe that partnerships between adult literacy actions in traditional communities, permeated by EE, can configure a powerful tool for critical reading of reality, and contribute to community strengthening toward a more participatory land management. PALAVRAS-CHAVES: Environmental Education, Literacy, Amazon

Environmental education and territorial management: experiences with traditional communities from Brazilian Amazon Valéria Oliveira de Vasconcelos, Cristiano Tierno de Siqueira Centro Universitário Salesianos de São Paulo (UNISAL), Instituto Socioambiental (ISA) This article deals with a experience developed between 2010 and 2013, during a course focusing on Territorial Management with riverine residents in three Extractive Reserves (RESEX) located at Terra do Meio region of Pará/Amazon/Brazil. The course, developed by the Socio-Environmental Institute (ISA) in partnership with three RESEX communitarian associations and supported by the Chico Mendes Institute for Biodiversity Conservation (ICMBio), was organized in six modules based on the Pedagogy of Alternation, in Popular Education (PE) and Environmental Education (EE), standing

upon the principles of dialogue, participation and community empowerment. The theoretical and methodological framework was based, on the first module, into understanding the processes of migration and territorial occupation, aiming to comprehend the different stakeholders involved in the relations of domination that occurred in Brazil and the region. The second module had its focus turned to the understanding of land invasion processes occurred in the region over the past 40 years, and the relationships of favoritism/domination that followed until the intervention of the state in the early 2000s. The point was highlighted no longer on the history of occupation, but on the consequences of this history. In the third and fourth modules we sought a greater systematization of the local culture in order to contribute to build their own instruments to access rights based on the valorization of their ancestral knowledge. In the fifth module we focus on the processes of social, political and economic organization of the RESEX residents and identifying necessary skills and knowledge to participatory management, seeking to enhance the dialogue with the government and society in general. Finally, the sixth module were retaken themes about the region context, pressure vectors and different initiatives on Environmental Education as protection and land management for building future projects, from the individual level to a collective and regional perspective. Additional contents were understood as crosscutting: reading and writing, math, map reading, communication and community organization. The main results point to a greater appreciation of traditional culture and a more critical understanding of reality by the riverside people. It was noticed among the course participants a more assertive stance in dialogue with partners and also more autonomy in managing its territory. However, it is important to note that vectors brutally impacting the region -such as the construction of the Belo Monte Dam, among others - reflect in very high concentration of wealth and power, that jeopardize their sustainability. Sustainability is achieved only when associated with social justice and the preservation of life, nature, knowledge and different cultures. PALAVRAS-CHAVES: Education for sustainability, Traditional communities, Popular Education

Environmental education in rural areas in Morocco Afaf Mikou, Mariama Zbiry, Imane Mortaji, Ghizlaine Saadane, Btissam El Amrani Université Hassan II Ain Chock Casablanca Our Club called “Citizenship Science Club” was created in 2009 and is member of National Network (RNCST) for promotion and diffusion of Scientific and Technical Culture (CST) in Morocco (1). Alongside national institutions empowered to do so, the RNCST works towards defining and implementing an effective and coordinated CST policy in Morocco. The primary objective of the club is the environmental education and education for sustainable development. The activities of the Club vary according to Morocco’s specific audiences: urbanrural, educated-uneducated, which daily language spoken. Although it addresses all audiences, these activities are focused on youth, pupils and students. The tools are diverse and well known: interactive exhibitions (2), film projections, web radio programs (3), café-science, video-conference, thematic outings (1). A creative approach taken during some of the rural outings is to couple scientific experimental activities for children with health awareness and care for parents provided by accompanying physicians. This helped the rural population to improve their daily problems of water, hygiene and to respect their environment. This rural program was a great success and benefits to more than 10 000 children since 2005. This program has been awarded an international prize 4). References (1) « Diffuser la culture scientifique et technique au Maroc : éclairages et exemples » Aziz Bensalah et Afaf MIKOU . la lettre de l’OCIM 2012, n° 141 PALAVRAS-CHAVES: Environmental Education, Education for Sustainable Development, Rural Areas in Morocco

FET geography teachers knowledge and perceptions of climate change and an evaluation of the textbooks used for climate change education Jessica Olivia Saja Vujovic University of the Witwatersrand

Climate change education, at both primary and secondary school levels, has been recognised as a key approach through which to enhance the knowledge and understanding of climate change among learners. The success of climate change education is largely dependent on the resources through which learners acquire knowledge of climate change, namely teachers and textbooks. This two dimensional study investigates FET geography teachers’ knowledge and perceptions of climate change, and provides a critique of the geography textbooks used most frequently by these teachers in climate change education. To investigate teachers’ understandings of climate change, the study employed a qualitative non-experimental research design, which encompassed semi-structured interviews conducted with 32 geography teachers in Gauteng province, South Africa. A number of key inconsistencies, misconceptions and gaps were found to exist in teachers’ knowledge and perceptions of climate change. The value of the nine FET level geography textbooks for climate change education was assessed, and critiqued using a classification process based on criteria developed by the researcher. This assessment revealed a number of shortfalls in the textbooks’ provision of relevant, accessible and accurate information on climate change. It is important that these flaws and shortfalls in both teachers’ knowledge and textbooks representations of climate change are rectified as they are likely to have implications for the ultimate success of climate change education in schools. Gestión ambiental participativa en contextos de incomunicación, pobreza y ruralidad Meliza Umaña Fundación Temaiken La propuesta de Fundación Temaikén para el trabajo con las comunidades en sus proyectos de Conservación de especies amenazadas, involucra una perspectiva de la educación ambiental en la que se busca: la participación ciudadana, la articulación entre organizaciones, la generación de redes, la realización de acciones ambientales que vinculen a la comunidad y la profundización en el conocimiento de las problemáticas ambientales locales. Sin embargo, por las condiciones de las zonas geográficas en las

que trabajamos, nos encontramos con comunidades con escasos o inexistentes agrupaciones comunitarias, juveniles o de otra índole, que por su naturaleza involucren esta modalidad de trabajo, es entonces en la escuela donde se nuclea lo educativo, lo político y lo comunitario. Marcelo, profesor de Posta Cambio Zalazar de la Provincia de Formosa dice “Aquí los docentes también tenemos que ser intendentes, psicólogos, curas, amigos” ¿podemos entonces pedirle a la escuela también, la gestión participativa de la educación ambiental? ¿Es esta una responsabilidad más de la escuela? ¿Cómo hacerlo? Este es uno de los desafíos que el área de Redes y Educación comunitaria de Fundación Temaikén se ha encontrado al trabajar en Provincias y localidades del interior de la Argentina, teniendo en cuenta además que nuestra sede de trabajo se encuentra a cientos de kilómetros (en Buenos Aires) y que por la cantidad de provincias involucradas en nuestros proyectos solo podemos viajar 3 o 4 veces al año a estos lugares. ¿Cómo generar compromiso desde la perspectiva de trabajo que proponemos, cuando tenemos pocos espacios de encuentro y nuestra Fundación no es local? ¿Cómo generar confianza? ¿Cómo trabajar a distancia cuando no hay ni siquiera señal de celular? ¿Es posible promover la gestión ambiental participativa en escuelas tan apartadas, con escasos recursos y con sistemas educativos tan tradicionales? ¿Es posible pedirle éste abordaje a estas escuelas? Aunque todavía nos queda mucho camino por recorrer y seguimos adecuando nuestra metodología, el propósito de esta presentación es compartir algunos aprendizajes y las nuevas preguntas que nos han surgido en este recorrido. Fundación Temaikén es una organización que promueve la conservación de especies amenazadas, tiene un bioparque en Buenos Aires y diversos proyectos de investigación científica in situ y ex situ. Desde hace 5 años se vienen desarrollando proyectos en el interior del país en conjunto entre el área de conservación y el área de redes y educación. PALAVRAS-CHAVES: Participación, Conservación de Especies, Escuela

Gobiernos electrónicos para una educación ambiental local. Un análisis de comunicación ambiental en sitios web de áreas ambientales y educativas

municipales de la provincia de Buenos Aires, Argentina Cristina Carballo y María Emilia Garro Vidal Universidad de Quilmes El trabajo de indagación considera que los usos sociales de las TIC permiten a los gobiernos locales desarrollar nuevas estrategias de comunicación y espacios participativos dirigidos a promover instancias de educación ciudadana para la sustentabilidad. Entendemos una educación para la sustentabilidad local como una expresión renovada de la educación ambiental cuya función responde a las necesidades del desarrollo sustentable de las organizaciones más próximas a las sociedades, los municipios. Por su parte, el gobierno electrónico se define desde una perspectiva amplia ya que se define no sólo por el uso intensivo, extensivo y estratégico de las TIC por parte del Gobierno y la administración pública, sino como el principal generador de nuevos espacios de interacción con y de la sociedad.\r\n\r\nEl objetivo general es compartir y debatir sobre las estrategias de comunicación educativa en sitios web específicos de los gobiernos electrónicos de la provincia d e Buenos Aires que contiene 135 municipios y 15.625.084 habitantes, de gran heterogeneidad ambiental, social y política. Dada la complejidad del trabajo se organizó esta contribución en tres momentos: (a) una introducción conceptual que reconstruye el abordaje teórico metodológico sobre la relación entre educación ambiental y gobierno electrónico; (b) desde el diseño metodológico y técnico, se presenta el cómo se desarrollaron algunos indicadores para avanzar en el análisis de la comunicación ambiental en el entorno virtual de los municipios; (c) y finalmente, se comunican los principales resultados alcanzados, en el contexto de escenarios y no tipologías o clasificaciones cerradas-estáticas. Ello nos permite un análisis de los medios y estrategias de forma dinámica a partir de las cuales se propicia una educación para la sustentabilidad desde los gobiernos electrónicos locales del principal estado provincial del país. PALAVRAS-CHAVES: Educación Ambiental, Gobierno Electrónico, TIC

MEIO AMBIENTE, ESCOLA E GESTÃO TERRITORIAL: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE PROFESSORES DE UMA RESERVA EXTRATIVISTA Diego Ferreira Gomes, Diógenes Valdanha Neto, Maria Betanea Platzer Centro Universitário de Araraquara - UNIARA O Brasil, país de dimensões continentais, apresenta uma diversidade territorial que sustenta uma pluralidade cultural. Nesse espaço heterogêneo, encontram-se diferentes povos e populações tradicionais, os quais, nas últimas décadas, têm sido considerados pelas políticas públicas governamentais na criação das Unidades de Conservação (UCs) de uso sustentável, que visam à proteção do ambiente natural e da cultura das pessoas que nesses locais residem. Uma dessas UCs são as Reservas Extrativistas, frutos principalmente da luta de seringueiros e ambientalistas pelo direito a terra. A gestão das Reservas Extrativistas deve ser realizada por um conselho deliberativo que permita a participação ativa de representantes da comunidade local. Nesse sentido, consideramos de suma importância reflexões acerca das concepções de meio ambiente que esses representantes possuem, uma vez que estarão atuando diretamente na gestão territorial. Como as concepções de meio ambiente são também construídas na e pela escola, é de suma importância que estejam veiculadas concepções críticas acerca dessa temática, considerando que, nesse local, serão formados os sujeitos que, possivelmente, ocuparão o papel de membros do conselho. Diante desse contexto, este trabalho relata uma pesquisa qualitativa em educação, desenvolvida com os quatro professores que atuam em uma escola de Ensino Fundamental (séries finais), localizada na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã, Estado de Rondônia - Amazônia brasileira, visando a investigar as concepções de meio ambiente apresentadas por esses educadores e a forma como afirmam trabalhar a educação ambiental em sala de aula. No ano letivo de 2013, aplicamos questionários aos participantes e obtivemos informações relevantes referentes ao nosso objeto de estudo, analisando-as respeitando o contexto local, e com o auxílio de estudos consagrados no campo da educação ambiental. Os dados obtidos revelam que os sujeitos pesquisados definem, majoritariamente, o meio ambiente como tudo o que os cerca, manifestando uma percepção da relevância da conservação ambiental na atualidade. Em diversos momentos,

os professores revelaram instruir seus alunos no que se refere a cuidados pragmáticos com o meio. Verificamos, ainda, pelas respostas dos professores, a ausência de projetos sistematizados numa perspectiva dialógica e interdisciplinar. A pesquisa realizada aponta que, embora os professores tenham saberes sobre a problemática ambiental, há a necessidade do desenvolvimento de estratégias didático-metodológicas mais consistentes que contribuam para a formação crítica dos estudantes que, futuramente, poderão atuar na gestão territorial da reserva. PALAVRAS-CHAVES: Amazônia, Educação Ambiental, Trabalho Docente

Metodologia de Intervenção Educativa em Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis: foco no diálogo, emponderamento e autonomia Renata Castiglioni Amaral, Mateus Mendonça e Gabriela Marques GIRAL viveiro de projetos As cooperativas de catadores de material reciclável são parte fundamental do sistema de gestão de resíduos sólidos municipal, pois segregam e comercializam grande parte dos resíduos recicláveis coletados e produzidos nos municípios. Porém, apesar do grande avanço profissional das mesmas – inclusive, em alguns casos, prestando serviços para prefeituras e empresas privadas – muitas ainda carecem de um processo educativo constante e de assessoria técnica em alguns aspectos específicos da organização. Nesse contexto, vê-se a importância de um processo de ensino-aprendizagem dos cooperados como etapa complementar ao alavancamento da cooperativa como um negócio social. A partir de experiências em planejamento estratégico, formação e capacitação de cooperativas, a Giral viveiro de projetos desenvolveu uma Metodologia de Intervenção Educativa em Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis cujos objetivos são: o oferecimento de subsídios técnicos; o incentivo ao desenvolvimento da participação e a autonomia do cooperado; e, a contribuição para a qualidade das relações cotidianas de trabalho e suas dinâmicas. A metodologia consiste num processo de médio e longo prazo com uma formação multidimensional e territorial, orientada pelos objetivos da própria cooperativa e da legislação relacionada, trabalhando os eixos técnicos, culturais

e de cidadania. Ela utiliza de alguns instrumentos básicos e essenciais como a Roda - formato de compartilhamento e construção conjunta do conhecimento - e o Diálogo - desenvolvimento da fala e escuta como instrumento de enfrentamento de desafios e tomada de decisão conjunta. E trabalha seis temas principais divididos em módulos: Políticas Públicas, Gestão Administrativa Financeira, Qualidade de vida e relacionamento, Operações e Logística, Prestação de serviços e Comercialização em Rede e, Sensibilização e Engajamento. Porém, anterior a esses módulos técnicos, existem dois módulos nos quais são trabalhados: a prática do diálogo, o emponderamento e a autonomia – temas imprescindíveis para basear e facilitar todo o trabalho posterior. Ao final de cada módulo são elencados desafios a serem trabalhados em grupo com um plano de metas específico para cada um dos pontos levantados. Essas metas e desafios são monitorados periodicamente e re-elaborados, caso seja necessário. A inovação do método é incorporar a visão sistêmica do indivíduo, o contexto, a aprendizagem horizontal e a democracia como parte fundamental. Espera-se, então, que os cooperados não só tenham uma formação técnica e operacional, mas possam desenvolver a autonomia e a cidadania, a partir da apropriação da lógica cooperativista e da reaplicação de conceitos em práticas atuando como futuros facilitadores de formação da própria cooperativa. PALAVRAS-CHAVES: Educação, Cooperativa de Catadores, Diálogo

O tratamento do esgoto na lagoa da conceição: um esclarecimento aos moradores da região Manuel Vivanco Bercovich, Ana Paula Da Silva, Alex Cabral Dos Santos, Lais Gonçalves Fernandes, Camila Trteski Ribeiro Universidade Federal de Santa Catarina Uma das atividades humanas costeiras que altera o ambiente natural é o despejo de efluentes domésticos, que leva ao aumento nas concentrações de nitrogênio, fósforo e carbono na água. Em sistemas sensíveis, como as lagunas, esta poluição causa um processo de eutrofização que compromete todo o ecossistema local. A Lagoa da Conceição (LC) (Florianópolis-SC) é um exemplo de ambiente eutrofizado, devido à ocupação desordenada e sem

planejamento sanitário. Algumas moradias estão conectadas a rede coletora de esgoto, enquanto a maioria das outras têm como única alternativa num sistema de tratamento particular, com fossa, sumidouro, filtro (aeróbio ou anaeróbio) e vala de infiltração. Análises colimétricas feitas no verão de 2013 mostraram que tanto a região com rede quanto a outra sem rede se encontram em estado crítico de poluição por coliformes fecais (mais de 1000 coliformes em 100 ml de água). Este trabalho teve como objetivo principal, ir à comunidade explicar qual a situação atual da poluição por esgoto doméstico na LC e mostrar o que cada morador pode fazer para melhorar o seu tratamento de esgoto. Os objetivos específicos foram: (1) mostrar os serviços ecossistêmicos da lagoa, como acontece a eutrofização que leva à perda da biodiversidade devido à redução de oxigênio na água e quais as doenças vinculadas à falta de saneamento; (2) produzir um mapa do nível de poluição ao redor da laguna; (3) agrupar essas informações em 250 cartilhas e 40 cartazes; (4) explicar aos moradores qual o melhor sistema de tratamento de esgoto particular; (5) realizar visitas em 40 casas para distribuir as cartilhas, conversar com cada morador e fazer uma entrevista para saber como é o tratamento de esgoto da casa visitada e (6) colar os cartazes em pontos estratégicos onde milhares de pessoas tenham acesso. As entrevistas revelaram que: (1) 80% dos entrevistados aprenderam algo novo com a cartilha; (2) 60% dos moradores da região sem rede gostariam de se ligar a mesma, mas 40% afirmaram que não, pois já investiram em um sistema de tratamento particular eficiente; (3) dos moradores da região sem rede 90% garantiram possuir fossa séptica, 50% disseram ter sumidouro, apenas 20% filtro e 10% vala de infiltração; (4) 100% dos moradores da região com rede asseguraram que estão conectados a mesma e 80% disseram estar satisfeitos com o serviço. De uma maneira geral, ficou evidente o interesse da comunidade pela melhora da qualidade da água da LC. PALAVRAS-CHAVES: Efluentes Domésticos, Tratamento de Esgoto, Educação Ambiental

Percepção socioambiental de moradores de uma comunidade pesqueira no municipio de Raposa (Maranhão) Josimara Belfort Silva, Ana Paula Pereira Viana, Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta

Universidade Estadual do Maranhão No município de Raposa (Maranhão) encontra-se a maior e mais importante comunidade pesqueira do Estado, tendo como principal fonte de renda a pesca artesanal de espécies ícticas nobres. Entretanto, essa região litorânea sofre com a poluição e os impactos antrópicos produzidos em grande escala. Para entender as percepções dos pescadores sobre as consequências da poluição na atividade pesqueira foi realizado um diagnóstico socioambiental com 15 pescadores (maiores de 18 anos) no mês de dezembro de 2013. Foram realizadas entrevistas com questionários semiestruturados contendo perguntas relacionadas aos seguintes temas: espécies que diminuíram na região; poluição nos locais onde é realizada a pesca; impactos causados pela poluição nas espécies de peixes, moluscos e crustáceos; atores responsáveis pela poluição nos locais em que a pesca é realizada; providências a serem tomadas para resolver o problema da diminuição do pescado e da poluição. Os resultados das entrevistas indicam que a pescadinha (Macrodon ancylodon) e o peixe-serra (Scomberomorus brasiliensis) foram as espécies que tiveram uma relativa diminuição nos últimos anos. Grande parte dos entrevistados (97%) afirmou que o lixo doméstico, especialmente o plástico, é o principal tipo de resíduo encontrado nos pesqueiros. Os moradores (100%) afirmam que a maioria dos peixes ingerem os resíduos sólidos, tendo seu desenvolvimento prejudicado, especialmente a reprodução. Os entrevistados (100%) acham que os principais agentes poluidores são os moradores da própria comunidade pesqueira. A maioria dos pescadores (96%) afirma que são necessárias ações de fiscalização dos órgãos ambientais na região, a fim de resolver os impactos de origem antrópica. Esses dados indicam que a comunidade possui uma percepção ambiental coincidente com o conhecimento científico e apontam a necessidade de ações educativas direcionadas para a mudança de atitudes da comunidade frente aos resíduos sólidos. Trabalhos de sensibilização e educação ambiental junto à comunidade pesqueira deverão ser encaminhados como forma de propor soluções direcionadas para recuperar e conservar os pesqueiros explorados na região. PALAVRAS-CHAVES: Comunidade Pesqueira, Lixo, Impactos Ambientais

Percepções de uma comunidade rural sobre a criação de peixes de água doce na Área de Proteção do Maracanã, São Luís-MA Débora Batista Pinheiro Sousa, Lucenilde Carvalho de Freitas, Josielma dos Santos Silva, Jonatas da Silva Castro, Raimunda Nonata fortes Carvalho Neta Universidade Estadual do Maranhão Percepção ambiental refere-se ao ato de perceber o ambiente no qual determinada população humana está inserida, podendo ser utilizada para avaliar a degradação ambiental causada pelas atividades econômicas desenvolvidas localmente e indicar possibilidades de manejo dos recursos naturais. Neste estudo objetivou-se identificar a compreensão dos moradores do entorno dos empreendimentos de piscicultura da APA do Maracanã sobre o meio ambiente e a e a atividade de criação de peixes de água doce desenvolvida na região. Foi realizada pesquisa de campo e entrevistas com os moradores. As entrevistas seguiram o roteiro de um questionário semiestruturado, cujos temas abordados foram: benefícios gerados pela piscicultura, espécies de maior consumo, impactos ambientais oriundos da piscicultura, destino e valor comercial do pescado. Os resultados indicaram que os peixes de cultivo da APA do Maracanã são destinados, principalmente, para a subsistência. Segundo os entre vistados, a criação de peixes oferece vários benefícios aos moradores da região, dentre eles, incremento de renda para a comunidade, peixes frescos e de qualidade para consumo local. A maioria dos moradores (57,5%) afirmou conhecer de uma a três pessoas que cultivam peixes na APA, mas desconhecem se existem impactos ambientais oriundos da piscicultura. Uma parte desses moradores (55%) informou que consome esses peixes cultivados e 45% afirmou não consumir esses peixes cultivados na água doce. Os moradores que consomem peixes da APA afirmaram pagar cerca de 5 a 10 reais pelo quilograma de peixe, dependendo da espécie. A espécie mais valorizada foi o piau (Leporinus elongatus) com o preço sem alterações, seguido do curimatã (Prochilodus sp) e tambaqui (Colossoma macropomum), espécies que apresentaram algumas variações de preço. A valorização do pescado proveniente da piscicultura da região é um indicativo de que a população consumidora também necessit a de ações educativas relacionadas ao consumo consciente. Esses dados são relevantes

e apontam a necessidade de sensibilizar a população local para as questões ambientais locais que envolvem a produção desse tipo de pescado em uma Área de Proteção Ambiental, incentivando o consumo de produtos oriundos de piscicultores que apresentam cultivos que cumpram com as normas ambientais vigentes. PALAVRAS-CHAVES: APA do Maracanã, Percepção Ambiental, Pescado

Práctica de educación ambiental en comunidades rurales. Los límites de la participación María Alejandra Romeo Fundación Temaikén En apenas 30 años de retorno a la democracia, la República Argentina ha dado muestras de un marcado interés en desarrollar acciones participativas que promovieron nuevas políticas públicas en diferentes temas. Esto permitió una paulatina madurez y construcción ciudadana que se ve reflejada en un mejor ejercicio de los derechos y deberes de cada actor de la comunidad. En este marco, la educación ambiental ha sido tanto un derecho como un deber, como lo plantea el artículo 41 de la Constitución Nacional: ..todos los habitantes gozan del derecho a un ambiente sano, equilibrado, apto para el desarrollo humano... sin comprometer las de generaciones futuras, teniendo el deber de preservarlo. Con este eje, y concibiendo al ambiente en toda su complejidad, con la diversidad que lo caracteriza y con una mirada biocéntrica, Fundación Temaikèn lleva adelante Talleres Multiplicadores con las comunidades, promoviendo actitudes responsables y acciones participativas para la conservación del ambiente, fortaleciéndolas en redes colaborativas de aprendizaje. Estos talleres se realizan en el marco de proyectos de conservación de especies amenazadas y áreas protegidas. De este modo, las comunidades, representadas en la mayoría de los casos por instituciones educativas, son protagonistas del desarrollo y la ejecución de proyectos de mejora ambiental en sus localidades. Con estos proyectos se promueve el trabajo articulado entre diferentes niveles educativos, con áreas gubernamentales y otras organizaciones. Las zonas de trabajo son comunidades rurales del interior del país, así como localidades urbanas muy pequeñas y alejadas, tanto de la capital nacional como de las provinciales. Este dato es significativo en la medida que algunos de estos pueblos carecen de servicios básicos, como luz, agua

corriente, cloacas, rutas. Lograr el involucramiento y el compromiso de las comunidades en la propuesta es un desafío en sí mismo. Y en esto se pone en juego la participación ciudadana en su total magnitud. Pero el logro de este objetivo no depende sólo de lo atractivo de las propuestas. Influyen tanto la historia política reciente como la cultura propia de cada región del interior, que varía de acuerdo a las características del pueblo. Y esto es un factor decisivo en los límites de la participación posible.

to improve their income. Indeed, this project allowed the village women to contribute financially to their household needs using the farm products. This project were beneficial for several reasons: strong reduction of pollution, agricultural development, creation of social links in a context of informal housing, development of water resources and reduce of poverty. The pilot project linking agriculture to informal housing has been developed through a research program MoroccoGerman on Urban Agriculture in Casablanca.

PALAVRAS-CHAVES: Educación, Ambiente, Participación

PALAVRAS-CHAVES: Agroecology, Training, Gender, Planted Filter, Urban Agriculture, Aridity, Casablanca, Reuse of Waste Water

Waste water reuse purified through a planted filter for the development of agriculture in a solidarity farm of Casablanca suburban (Morocco) A.Saidi, F.Amraoui, B.Elamrani Hassan II University, Faculty of Science Ain Chock The Greater Casablanca with a population of 4 million people is the largest economic and industrial center of the country. This city attracts, especially during drought, a rural population looking for better living conditions. This migration to the big city is accompanied by an extension of the urban area with a number of dysfunctions, especially in suburban areas: informal settlements, insecurity, poverty, pollution…Peri-urban agriculture can be an alternative to the development by linking urban and rural areas through the various social, economic and environmental realities. Also, in a context of scarcity and of the pressure on water resources, treatment and reuse of wastewater allows the development of a such agriculture. This is the case in Douar* Ouled Ahmed where a planted filter has been implemented to purify the wastewater of a “Hammam”(public bath) to reuse treated water for irrigation of small farm plantations held by women of the village. The implementation of the planted filter required the characterization of water, evaluating the flow for sizing the basins, and the use of phragmites mauritanius “reeds” for the purification of effluents. Subsequently, a physico-chemical and biological monitoring protocol has been established for the evaluation of treatment efficiency in the climatic conditions of the site. One of important aspect of this project was the training of women in agro-ecology,

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