A RECRIAÇÃO DA PERSONAGEM VICTORIA OCAMPO EM “LAS LIBRES DEL SUR”, DE MARÍA ROSA LOJO

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A RECRIAÇÃO DA PERSONAGEM VICTORIA OCAMPO EM “LAS LIBRES DEL SUR”, DE MARÍA ROSA LOJO Fernanda Ap. RIBEIRO1 Resumo: Em seu livro En busca de la identidad (2004), Mercedes Giuffré declara que o romance histórico contemporâneo é uma forma de reescritura da história e de interpretação do passado histórico pelo viés da imaginação. É justamente esse caminho que a escritora argentina María Rosa Lojo (1954- ) percorre no romance Las libres del Sur (2004) para recriar a trajetória da escritora Victoria Ocampo nos anos que antecederam à publicação da revista “Sur”. Através do olhar de uma personagem feminina, Carmen Brey, a vida de Ocampo se descortina em meio ao contexto cultural argentino e europeu dos anos vinte do século XX, enquanto a narração apresenta questões e reflexões sobre o papel da mulher na sociedade e a opinião pública sobre mulheres que não vivem conforme as normas sociais. Nesse sentido e concordando com a asserção de Gardarsdóttir, em La reformulación de la identidad genérica en la narrativa de mujeres argentinas de fin de siglo XX (2005), conclui-se que a literatura argentina escrita por mulheres do final do século XX e, consequentemente, do início do século XXI parte da noção de “protesto” e de “descobrimento” postulados pela feminista americana Elaine Showalter em “A literature of Their Own” (1986). Palavras-chave: María Rosa Lojo. Las Libres del Sur. Romance Histórico Contemporâneo. Crítica Feminista. No romance Las libres del Sur (2004), a autora María Rosa Lojo (1954- ) recria a trajetória de Victoria Ocampo (1890-1979), nos anos de 1924 a 1931, anos que antecederam a fundação da revista Sur, por meio do olhar de uma personagem fictícia,

Carmen

Brey.

As duas mulheres,

entre

outras

personagens femininas, por causa de suas atitudes de buscar a realização pessoal, entrarão em choque com a sociedade que ainda preserva com afinco a ideologia patriarcal. Carmen Brey é uma jovem galega, órfã, que vai para a Argentina em busca de seu irmão e é contratada por Victoria Ocampo para ser acompanhante de seu hóspede, o poeta indiano Rabindranath Tagore. Sua função, na narrativa, é descrita pelo próprio narrador: “Carmen, confidente de ambos [Tagore e Ocampo], se sentia às vezes como a escritora destinada a 1

Professora Adjunta de Literatura Espanhola e Hispano-americana do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Unifal-MG, Alfenas - MG, Brasil. E-mail: [email protected] / [email protected]

unir duas personagens suscetíveis e rebeldes, fascinados um pelo outro, e com frequência sem comunicação entre si.”2. Pode-se dizer que Carmen não é somente a confidente de Ocampo y Tagore, mas também de um séquito de personagens históricos que povoam o romance, unindo-os sob o mesmo enredo: Evita, Jorge Luis Borges, María Rosa Oliver, José Ortega y Gasset, Waldo Frank, Robert Arlt, Leopoldo Marechal, entre outros. A narrativa de Lojo insere-se na categoria de romance histórico, protótipo que foi teorizado primeiramente por Lukács (1885-1971), conhecido como o romance histórico clássico. Conforme o crítico, o escritor escocês Walter Scott (1771-1832) foi o primeiro escritor a elaborar esse tipo de narrativa que, em linhas gerais, possui as seguintes características: um telão de fundo, de cunho histórico, no qual as personagens históricas atuam conforme o momento descrito e em episódios registrados pela história. Sobre esse telão de fundo, desenvolve-se a anedota fictícia, na qual as personagens, também fictícias, agem e são caracterizadas conforme os parâmetros históricos registrados, ocupando o primeiro plano da narração e o foco principal do enredo, sendo relegados ao segundo plano as personagens e os fatos históricos, cuja função é de criar o contexto no qual se desenrola a ação principal. Na Europa do século XIX, conforme assinala Figueiredo (1998, p. 480), havia uma “profunda fé historicista” que possibilitou a construção de uma tradição literária e cultural. Contudo, ao longo dos anos e décadas, o otimismo na história vai sendo abalado lentamente, o que gera transformações graduais no modelo clássico do romance histórico. A América Latina do século XIX passou pelo processo de literatura de fundação, uma tentativa de inventar uma tradição por meio da visão histórica importada da Europa, mas que não era compatível com a relação dos latino-americanos com a sua própria história. Assim, já entrado o século XX, os escritores elaboraram uma visão crítica em relação à história, reinterpretando o passado sem as amarras da “fé historicista” que predominou na Europa do século XIX.

“Carmen, de ambos confidente [Tagore e Ocampo], se sentía a veces como la novelista destinada a unir dos personajes quisquillosos y rebeldes, fascinados el uno por el otro, y a menudo incomunicados entre si.” (LOJO, 2004, p. 47-48) 2

O novo romance histórico – como Fernando Aínsa (1991) e Seymour Menton (1993) denominam o novo modelo de romance histórico que surge na América Latina em meados do século XX – tem como características, entre outras, propor novas leituras do fato histórico, impugnando a versão oficial da historiografia; colocar fatos e personagens históricos no primeiro plano da narração, algumas vezes retratando-os em contextos distintos daquele que a história legitima; apresentar questões sobre a narrativa literária e histórica; revisar a história de cada país, no intuito de apresentar a sua versão particular, entre outras. Em La narrativa histórica de escritoras latinoamericanas (2004), a organizadora Glória da Cunha aponta que o romance histórico escrito na América Latina por mulheres segue um processo parecido às mudanças formais e ideológicas dos romances escritos pelos homens. No capítulo específico ao romance histórico de escritoras argentinas, Corina Mathieu (2004, p. 37) assevera que as mulheres escritoras, tal como os autores latinoamericanos, assumem uma atitude de contestação frente à história e à sociedade argentinas e essa “tomada de consciência as impulsionará a abordar temas relacionados com a luta da mulher para estabelecer sua verdadeira identidade em uma sociedade tradicionalmente patriarcal”3. É exatamente esse caminho que María Rosa Lojo trilha para escrever o romance Las libres del Sur. O livro retrata o embate de várias mulheres contra a sociedade, na tentativa de se desvencilharem das normas sociais e de buscarem uma identidade própria. Um dos objetivos da Crítica Feminista é desmascarar a repressão dos papéis femininos legitimados pela ideologia dominante na sociedade e pela literatura canônica. Em geral, os enfoques feministas podem ser divididos em três grupos: o feminismo britânico, orientado pelas teorias marxistas; o feminismo francês, que se baseia na psicanálise; e o feminismo estadunidense, que é essencialmente textual. Uma importante representante desse último enfoque é Elaine Showalter, que enfatiza a expressão. Em “A Literature of Their Own” (1986), Showalter analisa os textos de escritoras inglesas do século XIX e demonstra que o desenvolvimento da “toma de conciencia las impulsará a abordar temáticas relacionadas con la lucha de la mujer para establecer su verdadera identidad en una sociedad tradicionalmente patriarcal”. 3

tradição seguida pelas autoras é semelhante em qualquer subcultura literária. Ela propõe uma classificação para essas fases históricas das subculturas literárias escritas por mulheres dos Estados Unidos: feminine, feminist e female. A primeira, feminina, é a fase inicial em que as autoras imitam modelos e tradições da literatura dominante (leia-se: masculina) e outorgam às suas personagens femininas papéis secundários. A segunda, a fase feminista, é uma fase de protesto, em que se insurge contra a condição subordinada da mulher na sociedade e na sua representação na literatura, mas não se consegue se desvencilhar completamente da literatura dominante e de seus modelos. Já a última fase, muitas vezes traduzida para o português como “da mulher”, aponta para uma identidade e autonomia feminina, na qual as mulheres encontram um conhecimento de si mesmas e dos problemas em questão e o interesse se volta para os textos escritos por elas mesmas. Essa classificação pode ser válida para literaturas escritas por mulheres de outros países, como da Argentina. Gardarsdóttir (2005, p. 173) afirma que no “contexto da literatura argentina do final do século escrita por mulheres devem necessariamente partir das noções de protesto (feminista) e de descobrimento (identidade)”4. Isto é, a literatura escrita por mulheres na Argentina já passou pela primeira fase – a feminina, de imitação – e o crítico literário deve partir ou da noção de protesto, que é a segunda fase denominada feminista, ou mesmo da fase “da mulher”, em que se busca a identidade. É o que se pode perceber no romance Las libres del Sur, no qual a escritora recria a personagem histórica Victoria Ocampo, como um sujeito feminino que sai de uma situação passiva para se tornar uma escritora ativa no meio cultural. Victoria Ocampo pertence a uma família abastada da emergente Buenos Aires, que a educou e queria que ela continuasse vivendo sob as regras sociais embasadas na ideologia patriarcal: a mulher era obrigada a ficar confinada no espaço privado da casa, enquanto se julgava como imorais aquelas que exerciam suas atividades no espaço público. Por isso, o narrador comenta qual seria a reação do pai de Victoria caso ela quisesse ser atriz: “O senhor Manuel “contexto de la literatura argentina finisecular escrita por mujeres debemos necesariamente partir de las nociones de protesta (feminista) y de descubrimiento (identidad)”. 4

Ocampo havia jurado estourar os miolos se, em algum dia infame, uma filha sua subisse ao palco” (LOJO, 2004, p. 37)5. Ao subir ao palco, a mulher expõe seu corpo para o público e essa era uma atitude condenável aqueles que subjugam as mulheres e as proíbem de se “expor” nas ruas. Em seu livro Mulheres Públicas (1998), Michelle Perrot observa que desde a Antiguidade grega a sociedade exclui a mulher do espaço público e que o lugar dela só é entendido na dualidade: enquanto os homens sempre tiveram pleno acesso à esfera pública, aos espaços abertos e à política, as mulheres foram confinadas ao espaço privado, à casa, tornando-se as “rainhas do lar”. A autora assinala que a “mulher pública constitui a vergonha, a parte escondida, dissimulada, noturna, um vil objeto, território de passagem, apropriado, sem individualidade própria” (PERROT, 1998, p. 07). Um dos objetivos da Crítica Feminista é derrubar tal concepção, fazendo com que a mulher tome parte também do espaço público, tendo respeitados seus direitos, deveres e diferenças. Entende-se, aqui, a esfera pública em dois aspectos: “por oposição à esfera privada, designa o conjunto, jurídico ou consuetudinário, dos direitos e dos deveres que delineiam uma cidadania; mas também os laços que tecem e que fazem a opinião pública” (PERROT, 1998, p. 07-08). Assim, pode-se perceber que, no romance de Lojo, ao proibir a filha de ser atriz, o senhor Ocampo compartilha da ideia recorrente na época de que a mulher não podia participar das atividades no espaço público e aquelas que transgrediam a essa regra eram tidas como mulheres cujo exemplo não devia ser seguido. Inclusive, o cerco que as famílias faziam às mulheres não lhes permitia conversar e conhecer melhor os seus noivos – quando esses não eram impostos pelo pai para ter sua filha “bem casada”, com um homem rico e/ou que pertence à mesma classe social, e, nesse contexto, a mulher era um objeto a ser negociado entre os homens. Victoria Ocampo não se casou obrigada pela família, mas, como afirma no romance, ela tinha uma intenção: “Mas nos havíamos visto e falado poucas vezes. O protocolo do cortejo não permitia

“El señor Manuel Ocampo había jurado saltarse la tapa de los sesos si, en algún día infame, una hija suya subía a las tablas”. 5

outra coisa. Se não fosse para escapar da tutela permanente da minha casa, não teria me lançado nesse matrimônio”6. Ao tentar libertar-se de uma situação opressora, Ocampo lança mão dos recurso oferecidos pela sociedade. Contudo, o casamento não a liberta do jugo masculino, ao contrário, o marido a considera como um objeto a ser preservado do “olhar público”, como ela afirma a Carmen: Era somente inveja de proprietário. Enciumava-se porque se considerava desonrado, posto em ridículo. E a suposta desonra tinha motivos tão fúteis: bastava que eu fumasse num salão, que me dirigisse, sem sua permissão, a palavra a outro homem; chegava ao cúmulo se fazia um elogio incidental a alguma pessoa 7.

A pesar de viver em uma sociedade que oprime a mulher, Victoria luta para se libertar dessas convenções sociais: ela própria dirige o carro, dispensando o motorista; também se separa do marido e tem um amante; escreve sobre temas considerados polêmicos, como o adultério, em artigos de jornais; mantém relações de amizades com inúmeros escritores, inclusive, dando-lhes hospedagem quando se encontram na Argentina, entre outros. A autoridade que o pai de Victoria exerce sobre ela é tão forte que ela, mesmo quebrando algumas regras, não consegue se libertar totalmente do vínculo estabelecido pelo pai: “Não pude fazê-lo então, e mesmo que me tenha separado, agora tampouco tomo, por amor a ele, outras decisões que deveria tomar”8. O que pesa, aqui, é a opinião social, pública, que afetaria o pai de Ocampo e o “nome” de sua família. Para não ver o pai constrangido, Victoria Ocampo renuncia a sua liberdade. Com essa caracterização inicial, a narrativa descreve uma mulher que se pauta nas convenções sociais, mas que, ao mesmo tempo, tem vontade de transgredi-las para satisfazer as suas vontades. Para conciliar a aparência e seu desejo, Victoria escolhe ter um amante e manter esse relacionamento em segredo. Ela é uma personagem consciente de sua condição feminina: “Pero nos habíamos visto y hablado tan pocas veces. El protocolo del cortejo no permitía otra cosa. Si no hubiera sido para escapar de la tutela permanente de mi casa, no me habría lanzado en ese matrimonio” (LOJO, 2004, p. 35). 7 “eran sólo celos de propietario. Me celaba porque se consideraba deshonrado, puesto en ridículo. Y la supuesta deshonra tenía motivos tan fútiles: bastaba que yo fumara en un salón, que le dirigiera, sin su previa anuencia, la palabra a otro hombre; llegaba al colmo si hacía de alguno cualquier elogio incidental” (LOJO, 2004, p. 35). 8 No pude hacerlo entonces, y aunque ya me he separado, ahora tampoco tomo, por amor a él, otras decisiones que debería tomar” (LOJO, 2004, p. 36). 6

Eu não gosto do papel que a História atribui às mulheres, por bajulador que ele acredita [José Ortega y Gasset]. Estar quietas para encantar e atrair os homens com nosso esplendor, como se fossemos um lâmpada de pé o uma planta de ambiente fechado. Que espantosa chateação. 9

Carmen já é uma personagem feminina que aproveita melhor as oportunidades e faz prevalecer a sua vontade. Ela estudou em uma cidade diferente da sua, não quis o casamento que seu pai (e madrasta) aprovavam, mas prefere ficar solteira e até encontrar um parceiro ideal. Ela viaja sozinha da Espanha para a Argentina para procurar o seu irmão e ela mesma provê o seu sustento, com seu trabalho. Leila Guerreiro, em uma entrevista com Lojo, aponta a diferença de Carmen y Victoria: Carmen e Victoria são muito diferentes. Carmen é mais independente, anima-se a cortar os laços familiares, que Victoria nunca se atreveu a cortar. Victoria transgride, engana, vende jóias para pagar a estada de Tagore porque sua família não lhe dá dinheiro, mas não se anima ao confronto direto. Este romance mostra o trânsito de Victoria Ocampo, a mutação em esses dez anos, de 1924 a 1931. ‘A passagem, disse Lojo, na qual Ocampo deixou de ser discípula e musa para ser ela mesma, um sujeito criador’10.

O romance apresenta, inicialmente, Victoria Ocampo como uma obediente seguidora de outros escritores, como Tagore, Ortega y Gasset, Keyserling e outros mais, a quem admirava como deuses e, que, ao final, torna-se uma escritora ativa no campo cultural, criando a revista Sur, interligando a vida literária argentina com a dos Estados Unidos e Europa e, principalmente, foi um canal de difusão das obras de escritores argentinos em outros países. Nesse sentido, a personagem Victoria Ocampo passa por uma evolução dentro da narrativa, ao ser retratada como uma mulher que quer se rebelar contra a dominação masculina e não alcança o seu objetivo por meios fornecidos pela sociedade, como o casamento. Somente quando é capaz de “No me gusta el papel que nos atribuye a las mujeres en la Historia, por halagador que él [José Ortega y Gasset] lo crea. ¡Estarnos quietas para encantar y atraer a los hombres con nuestro esplendor, como si fuésemos una lámpara de pie o una planta de interiores! Qué espantoso aburrimiento” (LOJO, 2004, p. 86). 10 “Carmen y Victoria son muy distintas. Carmen es más independiente, se anima a cortar los lazos familiares, que Victoria nunca se atrevió a cortar. Victoria transgrede, hace trampas, vende joyas para pagar la estadía de Tagore porque su familia no le da dinero, pero no se anima al enfrentamiento directo. Esta novela muestra el tránsito de Victoria Ocampo, la mutación en esos diez años, de 1924 a 1931. ‘El tránsito, dice Lojo, en el que la Ocampo dejó de ser discípula y musa para ser ella misma, un sujeto creador’”. 9

criar uma possibilidade diferente, ela se torna uma mulher-sujeito, atuante no campo cultural dominado pelo homem. The reinvention of the character Victoria Ocampo in “Las libres del Sur”, by María Rosa Lojo

Abstract: In your book En busca de la identidad (2004), Mercedes Giuffré states that the contemporary historical novel is a form of rewriting of the history and interpretation of the historical past through imagination. It’s this way that the Argentinean writer María Rosa Lojo (1954- ) goes through the novel Las libres del Sur (2004) to recreate the writer’s trajectory Victoria Ocampo in the years that precede the publication of the magazine. Through the view from a female character, Carmen Brey, Ocampo’s life tells apart in the middle of the Argentinean and European cultural context from the years of the XX century, for the narrative presents questions and reflection about the woman role in the society and the public opinion about women who don’t live according to social rules. In this sense and see agreeing with the Gardarsdóttir assertion, en La reformulación de la identidad generic en la narrative de mujeres argentinas de fin de siglo XX (2005), one concludes that the Argentinean literature written by women from the end of the XX century and, consequently, from the beginning of the XXI century starts from the notion of “protest” and of “discovery” required by the American feminist Elaine Showalter in “A Literature of Their Own” (1986). Key-words: María Rosa Lojo. Las Libres del Sur. Contemporary Historical Novel. Feminist Criticism. Referências: AINSA, Fernando. La nueva novela histórica latinoamericana. Plural. México, 240, p.82-85, 1991. CUNHA, Gloria da (Org.) La narrativa histórica de escritoras latinoamericanas. Buenos Aires: Corregidor, 2004. FIGUEIREDO, Vera F. de. Da alegria e da angústia de diluir fronteiras: o romance histórico hoje na América Latina. Cânones e contextos: Anais do 5º. Congresso ABRALIC. Rio de Janeiro, ABRALIC, 1998, vol. 1. p. 479-486. GARDARSDÓTTIR, Holmfrídur. La reformulación de la identidad genérica en la narrativa de mujeres argentinas de fin de siglo XX. Buenos Aires: Corregidor, 2005. GUERREIRO, Leila. La reina de las pampas entre el místico y el ogro. La Nación. Buenos Aires. Retirado de Acesso em 19 julho 2010. LOJO, María Rosa. Las libres del Sur. Buenos Aires: Sudamericana, 2004. LUKÁCS, Georges. La novela histórica. Trad. Jasmim Reuter. 3.ed. México: Era, 1977. MATHIEU, Corina. Argentina. In: CUNHA, Gloria da (Org.) La narrativa histórica de escritoras latinoamericanas. Buenos Aires: Corregidor, 2004. p. 29-68.

MENTON, Seymour. La nueva novela histórica de la América Latina, 19491992. México: FCE, 1993. PERROT, Michelle. Mulheres públicas. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998. SHOWALTER, Elaine. A literature of their own. In: EAGLETON, M. (Ed.). Feminist literary theory: a reader. Cambridge, Mass.: Blackwell. 1986. p. 11-15. ZOLIN, Lúcia O. Crítica feminista. In: BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia O. (Org.) Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 2. ed. Maringá: Eduem, 2005. p. 181-203.

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