A prática do método comparativo: Américas portuguesa e hispânica

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Descripción

Os estudos de Sérgio Buarque de Holanda e Richard Morse1 tornaram-se obras clássicas ao buscar analisar as Américas como parte de um todo, com raízes europeias comuns e instituicoes, por vezes, bem equivalentes. Os autores, porem, nao se descuidaram das particularidades, da tradição latina e anglo-saxã, das modernidades e dos arcaismos. Embora separados por algumas decadas, os livros Raízes do Brasil (1936) e Espelho de Prospero (1981/1988) promoveram sínteses inspiradoras e capazes de guiar os historiadores e docentes dedicados à História das Américas. Por vezes, superadas, suas teses guiaram várias gerações e ensinaram a não compartimentar as análises sobre as Américas portuguesa e hispânica, ibero-americana e anglo-saxã. O maior ensinamento é recorrer aos contrastes e similitudes para delimitar um problema histórico, ou seja, sua maior contribuição é metodológica. De fato, somente conhecemos os nossos objetos quando comparamos; sem relativizar as nossas certezas não seguimos em frente, permanecemos a repetir estereótipos criados e perpetuados por nossos antecessores.
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