A Escola é nossa! - Trabalhando juntos por melhores resultados

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A Escola é nossa!

Trabalhando juntos para mélhorés résultados

Por Jorge Ferrão, Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano

O nosso Sistema de Educação expandiu-se de forma extraordinária desde a assinatura do Acordo de Paz em 1992. De apenas 1,3 milhões de crianças no ensino primário em 1992, em 2014 havia mais de 5,5 milhões de crianças. Em 1992, apenas 43.000 alunos frequentavam o ensino secundário, mas em 2014 esse número atingiu quase 1 milhão de alunos. A expansão criou oportunidades iguais para raparigas e para os mais pobres, particularmente nas zonas rurais. Raparigas que tenham ingressado na escola em idade certa, e tenham conseguido progredir normalmente pelo ensino primário, têm maior probabilidade de ingressar no ensino secundário do que os rapazes com a mesma idade. Em 2015, Moçambique é uma nação mais escolarizada que em 1992. Contudo, muitos desafios permanecem. De quase todas as crianças admitidas na 1ª classe, apenas metade conclui a 5ª classe. Muitas crianças que concluem o ensino primário, não dominam as competências de leitura, escrita e numeracia. O ingresso no ensino secundário estagnou e a taxa geral de alfabetizados melhora, mas lentamente. Estamos a trabalhar intensamente por forma a tornar as escolas mais eficientes. Moçambique apenas se poderá desenvolver mais e prosperar com uma vida dignificante para todos, se as nossas crianças adquirirem os conhecimentos necessários que lhes possibilitem assumir os desafios e beneficiar das oportunidades que a vida moderna oferece. Não se trata de um empreendimento fácil. Muitas escolas, primárias e secundárias, nem sequer possuem condições básicas em termos de salas seguras e disponibilidade adequada de carteiras, livros e professores. As condições de vida dos professores estão abaixo dos standards e limitam a sua capacidade de ensinar na sua máxima habilidade. As crianças chegam à escola com o estômago vazio ou simplesmente não comparecem porque não têm sapatos ou dinheiro para pagar as propinas. Como País, não temos (ainda) recursos financeiros suficientes ou a capacidade de abordar de uma única vez todos os problemas. Isto implica fazer escolhas e estabelecer prioridades. Nos próximos anos, vamos ter como foco da nossa acção assegurar que as crianças sejam capazes de ler, escrever e fazer cálculos básicos no fim do 1º ciclo do ensino primário para que tenham boas bases para aprendizagem futura e desenvolvimento. Ao mesmo tempo, trabalharemos no sentido de proporcionar às crianças que completam o ensino primário oportunidades de continuar uma educação de boa qualidade que as prepare para se tornarem cidadãos activos, envolvidos e produtivos.

Juntamos esforços aos dos nossos professores e directores para fazer o melhor uso dos recursos existentes, para ultrapassar os problemas do dia-a-dia e enfrentar a responsabilidade de garantir que as crianças e jovens aprendem nas nossas escolas. A participação dos pais e encarregados de educação na vida da escola pode ser feita de várias maneiras. Uma dessas maneiras é a sua integração nos Conselhos de Escola, que são um instrumento fundamental da gestão conjunta e participativa da escola. Exortamos os pais e encarregados de educação a mandar as suas crianças, tanto meninas como meninos, para a escola, todos os dias, a ajudá-los com os deveres de casa, a mostrar interesse na sua aprendizagem e sobre a vida na escola, e, sempre que possível, ajudar as escolas a fazer melhor. Pedimos aos alunos que se dirijam à escola, prestem atenção às aulas, divirtam-se e sejam solidários uns com os outros. Buscamos apoio dos nossos parceiros que trabalham directamente com as escolas e comunidades para melhorar a participação e gestão. Procuramos parceiros que nos ajudem a testar novas ideias ou boas práticas de outros lugares. Precisamos do apoio financeiro contínuo para acelerar a construção de salas de aula com saneamento básico e carteiras suficientes. Solicitamos assistência que nos ajude a melhorar a nossa própria gestão interna. Até ao momento contamos com muito apoio. Muitas escolas são directamente assistidas por ONGs, organizações comunitárias e religiosas. Os nossos parceiros externos, anualmente, oferecem-nos meios financeiros para financiar as nossas principais intervenções. O sector privado investe no equipamento das nossas escolas secundárias e técnicas e dos institutos de formação de professores com computadores e conexões à internet que as liga ao mundo exterior, cheio de recursos de aprendizagem úteis. Nos próximos anos, continuaremos a intensificar o nosso compromisso com os nossos parceiros focalizando particularmente no envolvimento das comunidades locais e organizações na gestão e boa governação das escolas. Vamos explorar mais possíveis parcerias e financiamento do sector privado bem como melhorar o nosso diálogo com os bancos para facilitar o pagamento dos salários aos professores em áreas remotas e melhorar o acesso ao crédito por parte dos professores para construírem a sua própria habitação ou adquirir meios de transporte. Trabalhando juntos, vamos progredir!

A Escola não é somente minha, é nossa!

Jorge Ferrão Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano 2 de Abril de 2015

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