2010 - Marinha de Guerra Portuguesa 1880-1900

July 25, 2017 | Autor: António Teixeira | Categoría: Portuguese Studies, Portuguese History, History of the Portuguese Empire, Historia, História de Portugal
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Descripción

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(Trabalho realizado no, ver Conclusão)
Ano Lectivo: 2010/2011
Centro de Competências de Artes e Humanidades
1º Ciclo Ciências da Cultura

Disciplina: História Contemporânea de Portugal

Docente: João Adriano Ribeiro




Marinha de Guerra Portuguesa 1880-1900










Discente:
António João da Mata Teixeira
N.º 202090
Índice

Introdução …………………………………………………………………….p. 3

História marítima portuguesa ……………………………………..………….p. 4
Difusão ……………………………………………………….…………...p. 4
Consequências …........................................................................................p. 5
"Armada Invencível"..…………………………………………………….p. 5

Marinha de Guerra Portuguesa 1880-1900 ………………………..….............p. 6
Canhoneiras..………………………………………………………...........p. 6
Antes de 1880 …………………………………….…....…………p. 7
Após 1880 ………………………………………......…………….p. 7
Lanchas Canhoneiras ..………………………...………………...……….p. 8
Corvetas………………………………………..………………...………..p. 9
Couraçados……………………………………………………...……….p. 10
Torpedeiros……………………………………….……………..……….p. 10
Fragatas…………………………………………..……………..……….p. 11
Vapores………………………………………….……………..………...p. 11
Cruzadores……………………………………….…………..…………..p. 11
Bloqueio da esquadra portuguesa em Moçambique……………………...p.12

"Apontamentos sobre a Marinha de Guerra de diversos países".…..………..p. 12
"Esquadra Inglesa no Tejo".…………………………………...………...p. 12
Couraçado Itália……………………………………………..…………...p. 13
Couraçado Trafalgar……………………………………………………..p. 13
Submarino Nordenfeldt………………………………………………….p. 14

Esquadras de Navegação Terrestre…………………………………………...p.14

Gravuras……………………………………………………………………...p. 16

Conclusão…………………………………………………………..………..p. 24

Introdução

No âmbito da disciplina o tema Marinha de Guerra Portuguesa entre 1880-1890. Primeiramente abordarei os antecedentes históricos para deste modo, enquadrar o trabalho na sua época histórica.
Para tentar contrariar alguns trabalhos já realizados sobre o tema da marinha de guerra portuguesa, pretendo pormenorizar os aspectos chaves das embarcações: nome, ano, local de construção, comprimento e largura, motor e velocidade, armamento.
Começarei pelas canhoneiras, na medida em que foram as embarcações de maior relevo nas colónias, pois tinham a capacidade de alcançar lugares que as embarcações de maior porte não conseguiam.
Considerei oportuno referir alguns aspectos tecnológicos da época e das suas personagens históricas.
Por último, falarei sobre as carismáticas Esquadras de Navegação Terrestre.

História marítima portuguesa

"O maior acontecimento desde a criação do mundo, depois da encarnação e da morte d´ Aquele que o criou." Francisco López de Gómera, dedicatória na História Geral da Índias ao imperador Carlos V, 1552.

"A descoberta da América e a da passagem para as Índias Orientais, através do cabo da Boa Esperança, são os dois maiores e mais importantes acontecimentos de que há notícia na história da humanidade." Adam Smith, economista político escocês do século XVII.

2.1-Difusão

Portugal desde 1415 até 1975 foi um império colonial, que abrangia quase todos os continentes. Dos arquipélagos à América do Sul, por entre as Áfricas ocidentais e orientais até Ásia, com passagem na Oceânia, a influência portuguesa ficou marcada por onde passou.
Ainda hoje estas influências estão presentes na língua, cultura, economia. Com a expansão marítima criaram-se laços entre os povos indígenas, mas com o passar dos séculos e tendo em conta a exploração desumana muitos laços foram destruídos, sendo apenas alguns reatados recentemente.
Portugal, juntamente com a Espanha foram os principais propulsionadores da fé cristã para fora da Europa, ensinando-a aos indígenas tentando convertê-los ao Cristianismo, o que só se verificou em grande escala nos futuros descendentes. Esta propagação da palavra de Cristo pelos países agora descobertos valeu a bênção do Papa, visto que era um serviço à Igreja.
O descobrimento de novas rotas marítimas para Índia foi o principal factor destas viagens, para contrariar as terrestres realizadas pelos muçulmanos. Esta nova rota trouxe uma prosperidade económica para a Península Ibérica, que pôde acompanhar a corrente renascentista que desabrochava na Europa.



2.2- Consequências

Do ponto de vista dos colonizadores (Portugal, Espanha, entre outros), a conquista de terras além-mar foi considerada uma mais-valia para os reinos Ibéricos, que depois de séculos em luta contra os muçulmanos, agora procuravam uma oportunidade de prosperar economicamente no ultramar. As consequências do estabelecimento nessas regiões trouxeram a prosperidade que tanto Espanha e Portugal procuravam, mas à custa da subjugação e destruição dos povos indígenas.
Os países da costa ocidental africana e os índios da América do Sul e Central foram os que mais sofreram com estas conquistas ferozes que assassinavam, mutilavam, violavam e escravizavam estas ricas populações. A imposição deste domínio era feita através da manipulação e da força das armas.
Estas culturas não estavam preparadas para este desafio desumano, que de um momento para o outro foram obrigados a fazer, deixando tudo para trás, juntamente com a esperança de algum dia reaver as suas vidas.
Esta dizimação a que os europeus chamavam de prosperidade, destruiu grandes civilizações cuja cultura era inestimável, tais como, os Maias, os Azetecas, entre outros. Deixaram apenas ruínas, que agora recordam sem arcar com as culpas.

2.3- "Armada Invencível"

Em 1588 o Rei Filipe II de Espanha (I de Portugal), reuniu uma frota de cerca de 135 navios, com 8000 marinheiros e 30000 homens, para atacar Inglaterra. Esta batalha teve vários pontos de combate, nomeadamente entre as forças navais Ibéricas e os saxónicos. A frota de Filipe II era composta por elementos provenientes das várias nações do Império espanhol, entre os quais, portugueses que consideravam pouco oportuno estar em navios portugueses e serem comandados por espanhóis.
O Império espanhol foi derrotado, e o maior prejudicado foi Portugal, visto que os barcos que foram destruídos eram utilizados na protecção das colónias. Este factor contribuiu para o desmembramento da supremacia portuguesa nos mares das suas possessões.
Marinha de Guerra Portuguesa 1880-1900

A primeira metade do século XIX foi péssima em termos militares para Portugal devido às invasões napoleónicas, na qual perderam-se muitos efectivos das já debilitas forças navais portuguesas.
Em 1831 a frota lusitana estava reduzida a apenas onze embarcações com 330 peças de artilharia e 1500 homens, e só viria a piorar em Julho do dito ano quando o Almirante Roussin, a comando de uma esquadra francesa irrompeu pelo Tejo, para atacar Lisboa. Neste ataque seis embarcações portuguesas foram apreendidas pelos franceses.
Durante as lutas entre absolutistas e liberais a marinha de guerra teve um papel preponderante para a vitória dos liberais. Em 1865 o ministro Mendes Leal manda fabricar oito navios à qual se vai juntar aos seis adquiridos pelo Marquês Sá da Madeira.
Após três quartos de século atribulado e desorganizado em termos militares, foi no último quarto que se registou uma melhor organização. Esta organização trouxe a aquisição de novos navios para a protecção da zona marítima e das colónias, que estavam constantemente sobre pressão das potências europeias.

3.1- Canhoneiras

Para esta protecção, Portugal adquire a partir de 1880 novas Canhoneiras, navios com deslocamentos médios de 200 t a 600 t, compostos por 3 peças de artilharia, uma a meio do navio e outras duas na amurada. Estes eram de baixo custo e de fácil fabrico, inicialmente construídos em madeira, passaram a ser de ferro com a evolução tecnológica. As aquisições das canhoneiras serão referidas em seguida por ordem cronológica (ponto 3.1.1.).


3.1.1- Antes de 1880

1- Rio Lima, Sado e Tâmega 1875, Inglaterra, media 48,8 metros de comprimento e 9 metros de largura, os seus motores debitavam 500 cavalos e atingiam uma velocidade de 16 km/h.

2- Tejo 1869, Douro 1873 e Quanza 1877 – Fabricado no arsenal da Marinha, Lisboa, media 47 metros de comprimento e 8 de largura, possuía canhões de 15 cm, motor 550 cv, atingiam 16 km/h (10 milhas).

3- Mandovi e Bengo 1879-1880 – Construídos no estaleiro Laird Brothers, (Birkenhead, Inglaterra), eram barcos idênticos, com 38.1 metros (125 pés) de comprimento, 7.3 metros (24 pés) de largura (boca). Os motores eram constituídos por 420 cavalos com uma velocidade média de 15.3 km/h (9.5 milhas). O seu armamento era composto por uma peça de 15 cm (6 polegadas) e outras duas de 50 cm (20 polegadas).

3.1.2- Após 1880

1- Rio Ave 1880-1882 – Construído no arsenal da Marinha, tem 36.574 metros (119.9 pés) de comprimento, 6.5 metros (21.3 pés) de largura. O motor era da canhoneira Guadiana e tinha uma velocidade média de 12.8 km/h (8 milhas).

2- Zaire e Liberal 1885 – Construídos no estaleiro Laydrs, Inglaterra, ambas mediam 42.60 metros (139.7 pés) de comprimentos e 7 metros (22.9) de boca.

3- Vouga 1882, modificado em 1885 – Construído no arsenal da Marinha, tinha 49 metros (160.7 pés) de extensão e 8 (26) de largura, o motor foi aproveitado de outro barco, com 600 cavalos, atingia os 14.4 km/h (9 milhas), a artilharia era composta por 4 peças na amurada.

4- Zambeze 1886 - Construído no arsenal da Marinha, motor de 400 cv com andamento de 14 km/h (9 milhas), era composto por 3 bocas-de-fogo.

5- Diu 1889 - Construído no arsenal da Marinha, Lisboa, era de madeira, media 45 metros comprimento e 8 de largura, com 500 cavalos e aguentava uma velocidade média de 8 milhas.

3.2- Lanchas canhoneiras

Dentro da categoria das canhoneiras, surgiram as lanchas canhoneiras para actuarem sobretudo, nos rios dos territórios de África. O seu fundo achatado permitia deslocamentos médios de 20 t a 40 t, cujas principais armas eram metralhadoras. Elas tiveram um papel importante no apoio às tropas terrestres e nas campanhas de pacificação ultramarina da transição do século XIX para o XX. Entre as lanchas canhoneiras, destacam-se:

1- Lacerda, Roberto Ivens, Hermenegildo Capelto, Serpa Pinto 1895, Construídos no estaleiro naval da Yarrow & C.ª, de Poplar. Media 27 metros de comprimento e 8 de boca.

2- Hónorio Barreto, Estaleiro Hugh Parry & Son 1894, media 32.6 metros de comprimento e 6 de largura.

3.3- Corvetas

A corveta, "1- navio menor que a fragata, semelhante a ela em mastreação, mas de uma só bateria na tolda e armada de 20 a 28 peças. Era de maior velocidade. Apareceram nos finais do século XVIII, para substituir as fragatas e os brigues em missões de reconhecimento ofensivo, em que estes eram demasiado fracos para as levar a cabo, e aquelas poderosas em excesso. Desempenhavam missões de aviso, transporte de munições; de surpresa; etc. As fragatas ligeiras de umas 24 bocas-de-fogo, denominadas fragatinhas passaram a classificar-se corvetas, e, bem assim, as grandes brigues da mesma força. As fragatinhas Andorinha, Benjamim, Salamandra, Temível Portuguesa, de 24 peças passaram depois a corveta; o bergantim Voador, de 24 peças foi mais tarde considerado corveta. A última corveta de vela portuguesa dói a Damão (1861-1871). 2- No séc. XIX apareceram as corvetas mistas de vela e vapor. Eram desta categoria as corvetas Bartolomeu Dias, Sagres, Estefânia." As corvetas tiveram um papel preponderante na marinha de guerra portuguesa, na medida que trouxeram mais mobilidade.
Neste período (séc. XIX) existiam algumas corvetas, tais como:

1- Affonso de Albuquerque 1884- Media 62.4 metros (205 pés) de comprimento e 10 (33 pés) de largura, o seu motor podia ir até os 1400 cavalos, atingindo uma velocidade máxima de 21 km/h (13.3 milhas), o seu armamento era composto por duas peças de 0.15 e cinco de 0.12.

2- Sá da Bandeira, Duque de Palmela, Infante D. João, Duque da Terceira 1864- Foram construídas no arsenal da Marinha, Lisboa, a corveta Duque da Terceira media 58.4 metros de comprimento e 10 de largura, o seu motor debitava poucos cavalos e tinha uma velocidade média de 11 km/h. As suas armas eram constituídas por seis peças de 12 cm em bateria na tolda, duas peças de 65 milímetros nos dois bordos em cima da ponte e uma metralhadora de 8 no tombadilho.

3.4- Couraçados

Durante o século XIX e inícios do XX, o grande poder de uma marinha, residia nos couraçados. Estes navios eram extremamente protegidos nas suas "partes vitais" e empregavam uma artilharia forte capaz de dizimar o que lhes aparecesse à frente.

1- Vasco da Gama 1877- Foi construído no estaleiro da Thames iron Warks & Ships, media 60.9 metros (200 pés) de tamanho e 12 metros (40 pés) de boca. Tinha dois motores com 500 cavalos nominais e 3200 efectivos, atingia velocidades na ordem dos 21 km/h (13 milhas). O seu armamento era constituído por quatro peças de calibre 9, uma metralhadora.

3.5- Torpedeiros

O barco torpedeiro e os transportes a vapor, foram outra aquisição da marinha de guerra portuguesa para a protecção das suas colónias. Visto que este tipo de embarca ão tinha uma grande tecnologia de ponta, Portugal pôde assim, marcar impacto para com os países que cobiçavam as suas possessões e alegavam que Portugal não tinha poder de fogo.
Existiam diversos torpedeiros, nomeadamente:

1- O Fulminante 1880 – Fabricado na Thames iron Warks & Ships, media 22 metros de comprimento e 4 de largura. O motor tinha 159 cavalos e atingia os 15 km/h. Os armamentos eram compostos essencialmente de torpedos.
2- O Espadarte ou nº1 -1882 – Fabricado em Yarrow Poplar (Londres, Inglaterra), media 36 de comprimento e 3,6 de boca. O seu motor possuía 700 cavalos.
3- N.º 2, nº 3, nº4 -1886 – Estaleiro da Yarrow Inglaterra, mediam 36 de comprimento e 3.6 de boca, motor de 700 cavalos, o armamento era composto por duas metralhadoras e dois tubos lança torpedos.
3.6- Fragatas

As fragatas tiveram um papel activo nas esquadras do século XVIII, na qual tinham como finalidade abrir fogo nos intervalos que deixavam as naus perseguir os navios em retirada. Também eram usadas para rebocar navios, como demonstra o episódio da batalha no cabo S. Vicente, quando a fragata Tristão salvou a nau Nelson de entre as naus espanholas a 14 de Fevereiro de 1797. No último quartel do século XIX, estas já eram couraçadas e a vapor.
Fragata:
1- D. Fernando - 1843 – construído em Damão, Índia portuguesa – feito de madeira – navegava à vela, com 19 bocas-de-fogo.

3.7- Vapores

1- Júlio Vilhena? – Construído em Inglaterra sobre ordens do Sr. Mackrow, media 28.8 metros de longitude e 4.8 de largura. A sua protecção era realizada através de uma metralhadora.
Massabi, Cacongo 1896 - Construídas em Inglaterra
Mac- Mahon 1889 - Inglaterra

3.8- Cruzadores

Navio de guerra, menor que o couraçado, fortemente armado em que a velocidade tinha preferência em relação à couraça e ao armamento.
Cruzadores:
1- Adamastor 1896 – Livorno, Itália, tinha 73.8 metros de comprimento e 10 de largura, o seu motor possuía 4000 cavalos de potência com velocidade de 28 km/h (18 milhas). O seu armamento era: 2 x Ansaldo 15.0/cm 30 Cal Mod.1895 (Calibre: 150mm/Alcance: 14Km), 4 x Krupp 105mm GR Mod. 1895 (Calibre: 105mm/Alcance: 9Km), 8 x Hotchkiss & Comp. 4.7 cm/44 Mk.I Mod.1886 (Calibre: 47mm/Alcance: 7.2Km), 3 tubos lança-torpedos e 3 metralhadoras.

2- S. Gabriel e S. Raphael 1900, construídos por Forges et Chantiers, tinham 75 metros de comprimento e 10 de largura, com um motor de 2650 cavalos. O armamento era composto por dois canhões de tiro rápido, quatro de 12 cm, oito de 47 polegadas, duas metralhadoras e um tubo lança torpedos.


3.9- Bloqueio da esquadra portuguesa em Moçambique

Este bloqueio decretado pelo governo português em Moçambique, impôs a paragem das exportações e importações de armas e munições, à excepção da capital Lourenço Marques.
Este decreto vem na sequência do tratado de Berlim, do qual Portugal saiu muito prejudicado, perdendo algumas das suas possessões coloniais. As embarcações enviadas para essa região foram as corvetas Affonso de Albuquerque; Mindelo e Rainha de Portugal, as canhoneiras Tâmega; Liberal; Douro; Zaire e Quanza, para marcar presença e controlar os nativos.

4-"Apontamentos sobre a Marinha de Guerra de diversos países"

4.1- "Esquadra Inglesa no Tejo"

Em 1880, Portugal recebeu uma esquadra inglesa, composta por quatro fragatas couraçadas: Minotaur, Northumberland, Agincourt e a Achilles. Estas foram construídas no início da década de 60, as primeiras três em estaleiros particulares, e a Achilles no arsenal real de Chatam, sendo todas totalmente construídas em ferro. A Minotaur, Northumberland, Agincourt tinham um comprimento de 121.9 metros (400 pés) e de boca 17.9 metros (59.3), os seus motores debitam 1350 com velocidades de 22.5 km/h (14 milhas), o seu armamento foi melhorado e passou de 4 peças de 9 polegadas e 22 peças de 7 na bateria ("1- Antigamente era o conjunto de peças de um pavimento onde elas jogavam. Numeravam-se de baixo para cima, sendo em navios de três baterias, a do convés denominada terceira bateria e as outras duas primeira e segunda. O número de baterias classificava o navio. 2- Hoje as peças de bordo agrupam-se em baterias de acordo com os seus calibres. Há duas: bateria principal, ou das peças de grosso calibre, e secundária ou de pequeno calibre, quer se superfície ou antiaéreas. Modernamente há ainda baterias de torpedos e de mísseis.") de amurada, para17 peças de 12 toneladas juntamente com uma bateria para salvas. A quarta fragata couraçada media 115.8 metros por 17.6, tinha 1250 cavalos que lhe proporcionava uma velocidade de 22.5 km/h. O seu armamento era igual aos demais.
Esta esquadra pertencia ao canal da Mancha e era comandada pelo Almirante A. Hood, tendo à sua disposição 3315 praças.

4.2- Couraçado Itália 1880

Este navio esteve em Lisboa para o casamento do príncipe Carlos. Foi construído em Catellemare, com um comprimento de 120 metros e 22 de largura, 18000 cavalos o que lhe garantia uma velocidade de 27 km/h ou 17 milhas. O seu armamento era constituído por quatro canhões de 100 toneladas, mais dezoito canhões de 4 toneladas.

4.3- Couraçado Trafalgar 1887
Este enorme couraçado foi construído em Portsmouth, possuía 12000 cavalos de potência e atingia os 28 km/h (18 milhas), tinha quatro canhões de 67 toneladas para sua protecção.

4.4- Submarino Nordenfeldt 1885

A tecnologia naval evoluiu tanto, que em 1885 as experiências realizadas com submarinos tiveram êxito. A possibilidade de navegar debaixo de água iria mudar as regras do panorama mundial nos anos vindouros. Este submarino, Nordenfeldt (ficou com o nome do seu inventor) tinha 19.50 metros e 3.65 de largura, os torpedos eram colocados na dianteira. A sua tripulação era constituída por seis homens.
Em Portugal o proporcionador deste invento foi o 1º Tenente da Armada Portuguesa, Sr. João Fontes Pereira de Mello, no qual estabeleceria algumas mudanças no comprimento e diâmetro, passando o submarino a medir 20 metros por 5, com duas hélices, e movido a electricidade. O seu armamento seria composto por quatro torpedos Nordenfeldt e dois Witehead, seria munido de um aparelho óptico de modo a permitir visualização sem ter que subir à superfície.

5- Esquadras de Navegação Terrestre

As Esquadras de Navegação Terrestre surgiram em 1880, organizado pelas classes sociais mais altas da Ilha da Madeira, que tinha como intuito o divertimento e a convivência entre os seus membros. Com o desencadear da 1ª Guerra Mundial o entusiasmo desvaneceu e foi sugerido pelo Comandante Militar da Madeira, Coronel Alencastre, a desmobilizarem.
A primeira a surgir foi a Esquadra Submarina de Navegação Terrestre, era designada «submarina» porque quando «atacavam» as embarcações inimigas (uma adega predefinida cujo o dono fosse previamente avisado desta incursão, para os receber benevolentemente), deslocavam-se furtivamente através de poios, por onde passavam por baixo da folhagem de canaviais e bananeiras. A dita «navegação terrestre» era assim designada visto que era sobre os terrenos que a esquadra movimentava-se.
A Esquadra Torpedeira de Navegação Terrestre surgiu em 1903, através de membros desertores da submarina, na qual estes tinham o objectivo de torpedear a submarina. Por último, surgiu em 1905 a Esquadra Independente de Navegação Terrestre.
Com o passar dos anos, estas organizações tiveram um papel de disciplina para os seus membros, sendo que estes seguiam os rituais da marinha de guerra portuguesa.
Eram constituídas por Almirante, Vice-almirante, Contra-almirante, Capitão-de-mar-e-guerra, Capitão-Tenente, 1º Tenente, 2º Tenente, Guarda-marinha, Aspirante a oficial.






















6- Gravuras
6.1- Canhoneiras

Tejo
Mondavi e Bengo

Rio Ave

Vouga

Zambeze
6.2- Corvetas

Duque da Palmela e Sagres

Duque da Terceira

Affonso de Albuquerque
6.3- Couraçados
Vasco da Gama
6.4- Cruzador
Adamastor
6.5- Fragata

D. Fernando














6.5- Esquadra Submarina de Navegação Terrestre
6.6- Esquadra Torpedeira de Navegação Terrestre

6.7- Esquadra Independente de Navegação Terrestre
6.8- Submarino Nordenfeldt








7- Conclusão

Este trabalho trouxe-me um conhecimento mais profundo acerca da marinha de guerra do séc. XIX, onde podemos estabelecer uma linha temporal que nos permitirá ver a evolução da tecnologia e armamento nos navios das marinhas mundiais. Fiquei de aprofundar os conhecimentos da tecnologia submarina.
É de salientar que a marinha de guerra portuguesa foi muito mais que uma força militar de combate, estas embarcações também ajudavam no transporte de todo o tipo de mercadorias, como por exemplo em 1884 no transporte de animais de África para o zoo de Lisboa, em Portugal.
A marinha portuguesa acompanhava as deslocações da família real portuguesa ao estrangeiro, contribuía para adquirir conhecimentos geográficos, e prestava serviços de socorro a embarcações naufragadas.
Esta nobre força foi criada com o objectivo de proteger e preservar os interesses de Portugal além-mar.

O objetivo final deste trabalho para o Dr. João Adriano Ribeiro era que, nós familiarizássemos com as fontes periódicas. Decidimos manter o documento original, para não faltar à verdade académica.


História Universal p. 1978-1981
http://www.marinha.pt/pt/amarinha/historia/historiadamarinha/pages/instabilidadepoliticaeepocadecrisenamarinha.aspx
Revista Occidente, N.º 156, 21 de Abril de 1883, p. 91- Questão do Zaire
http://dicionario.sensagent.com/canhoneira/pt-pt
Revista Occidente, N.º 299, 11 de Abril 1885, p. 85 e 86, Revista Occidente, N.º 418, 1 de Agosto 1890, p. 171
Revista Occidente, N.º 52, 15 de Fevereiro 1880, p. 28
Revista Occidente, N.º 101, 11 de Outubro 1881, p. 227
Revista Occidente, N.º 218, 11 de Janeiro 1885, p. 11
Revista Occidente, N.º 224, 11 de Março 1885, pp. 60 e 61. Revista Occidente, N.º 418, 1 de Agosto 1890, p. 171
Revista Occidente, N.º 372, 21 de Abril 1889, p. 91. Revista Occidente, N.º 418, 1 de Agosto 1890, p. 171
Revista Occidente, N.º427, 1 de Novembro 1890, p. 242. Revista Occidente, N.º 431, 11 de Dezembro 1890, p. 274
Revista Occidente, N.º 602, 15 de Setembro 1895, p. 206
Revista Occidente, N.º 602, 15 de Setembro 1895, p. 206
Dicionário Ilustrado da Marinha, Comandante António Marques Esparteiro, editora Livraria Clássica pp. 171 e 172
Revista Occidente, N.º 214, 1 de Dezembro 1884, p. 267
Revista Occidente, N.º 563, 11 de Agosto de 1894, p. 187
Dicionário Ilustrado da Marinha, Comandante António Marques Esparteiro, editora Livraria Clássica p. 175
Revista Occidente, N.º 67, 1 de Outubro de 1880, p.159
Revista Occidente, N.º 66, 15 de Setembro de 1880, p. 151
Revista Occidente, N.º286, 1 de Dezembro de 1886, p. 266
Dicionário Ilustrado da Marinha, Comandante António Marques Esparteiro, editora Livraria Clássica p. 278
Revista Occidente, N.º116, 11 de Março de 1882, p. 63
Revista Occidente, N.º 287, 11 de Dezembro de 1886, p. 276
Revista Occidente, N.º 514, 1 de Abril 1893, p. 75
Dicionário Ilustrado da Marinha, Comandante António Marques Esparteiro, editora Livraria Clássica, p. 175
http://museu.marinha.pt/Museu/Site/PT/Extra/Popups/OcruzadorAdamastor.htm
Revista Occidente, N.º782, 20 de Setembro de 1890, p.208
Revista Occidente, N.º 431, 11 de Dezembro de 1890 p. 274, (uso do título)
Dicionário Ilustrado da Marinha, Comandante António Marques Esparteiro, editora Livraria Clássica p. 81
Revista Occidente, N.º 51, 1 de Fevereiro 1880, p. 22
Revista Occidente, N.º270, 21 de Junho de 1886, p.139
Revista Occidente, N.º402, 21 de Fevereiro de 1890, p. 43
Revista Occidente, N.º250, 1 de Dezembro de 1885, p. 267
As Esquadras de Navegação Terrestre, César Pestana, editora "Ilhatur", 1981, 3ª edição
Revista Occidente, N.º 299, 11 de Abril 1885, p. 84
Revista Occidente, N.º 52, 15 de Fevereiro 1880, p. 29
Revista Occidente, N.º 101, 11 de Outubro 1881, p. 232
Revista Occidente, N.º 224, 11 de Março 1885, p. 64
Revista Occidente, N.º419, 11 de Agosto 1890, p 184
Revista Occidente, N.º290, 11 de Janeiro 1887, p12
Revista Occidente, N.º563, 11 de Agosto 1894, p189
Revista Occidente, N.º214, 1 de Dezembro 1884, p269
Revista Occidente N.º67, 1 de Outubro 1880, p. 157
Revista Occidente, N.º666, 30 de Junho 1897, p140
http://alvarescabral69-71.blogspot.com/2008_10_12_archive.html
As Esquadras de Navegação Terrestre, César Pestana, editora "Ilhatur", 1981, 3ª edição, p.3
As Esquadras de Navegação Terrestre, César Pestana, editora "Ilhatur", 1981, 3ª edição, p. 29
As Esquadras de Navegação Terrestre, César Pestana, editora "Ilhatur", 1981, 3ª edição, p. 49
Revista Occidente, N.º250, 1 de Derzembro 1885, p. 272

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