Longuenesse sobre autoconsciência em Kant

Nesse trabalho apresento uma nova interpretação para a noção kantiana de consciência de si enquanto sujeito a partir uma polêmica com uma interpretação recente proposta por Longuenesse (2006). Meu objetivo principal é estabelecer uma interpretação sistemática da metafísica da consciência em geral. Defendo aqui novas interpretações para quatro noções centrais. Em primeiro lugar, apresento uma interpretação das intuições sensíveis como uma forma de re de representação mental com um conteúdo não-conceitual sem estruturação proposicional. Ela torna o sujeito consciente apenas no sentido em representa demonstrativamente o que lhe aparece. Na seqüência, apresento uma leitura da consciência empírica como o resultado de uma representação de primeira ordem. A introdução fundamental do §16 (O Eu penso) é interpretada aqui como exprimindo o que hoje se entende por consciência de acesso <access consciousness>. Por último, apresento uma interpretação da Apercepção transcendental como uma forma intransitiva de autoconsciência da criatura.