“Invasores ou vítimas? Sobre a memória transnacional da guerra germano-soviética (1941-45)”, en Manuel Loff, Filipe Piedade y Luciana Castro Soutelo (coords.), Ditaduras e Revolução. Democracia e políticas da memória, Coimbra: Ediçôes Almedina, 2015, pp. 427-452.

August 10, 2017 | Autor: X. Núñez Seixas | Categoría: Fascism, Second World War, Eastern Front, Memories and Experiences of War
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Invasores ou vítimas? Sobre a memória transnacional da guerra germano-soviética (1941-45) Xosé M. Núñez Seixas1

A Frente Leste, denominação genérica para a guerra germano-soviética de 1941-1945 (ou, como foi denominada pela historiografia soviética e grande parte da pós-soviética, ainda a “Grande Guerra Patriótica”) é um ponto de viragem claro na história da II Guerra Mundial. Este foi um choque sem concessões entre dois sistemas ditatoriais que representam duas formas (com diferentes nuances) de totalitarismo, formulado desde o início como uma campanha de extermínio em que, por parte dos invasores germânicos, as regras da guerra convencional, e especialmente as estabelecidas pela Convenção de Genebra, não foram aplicadas de forma consciente. A cosmovisão racial e imperial do III Reich levou-o a perseguir o aniquilamento de uma parte substancial da população eslava do território soviético, começando com o assassinato sistemático de comissários políticos, abuso e dizimação dos prisioneiros do Exército Vermelho (pelo menos até meados de 1942), passando pela pilhagem

Doutor em História Contemporânea pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, catedrático da mesma matéria na Universidade de Santiago de Compostela e, desde outubro de 2012, catedrático de Historia Contemporánea de Europa na Universidade Ludwig-Maximilian de Munique. 1

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