Guerras Punicas

GUERRAS PÚNICAS
O EXÉRCITO ROMANO NO PERÍODO REPUBLICANO.
Nessa época o exército ainda não havia se profissionalizado nem era permanente, o que significa que nos períodos em que não havia guerra, seus membros voltavam às suas terras e desempenhavam suas profissões de origem.
A base da formação do exército era de cidadãos divididos conforme seu status social: A Cavalaria, formada por membros da elite, e a Infantaria, constituída por camponeses.
SOCIEDADE ROMANA
Os romanos estavam divididos estavam socialmente divididos em patrícios, os nobres, proprietários de terras; clientes, que eram servidores ou protegidos nobres; e plebe, congregando todos os outros habitantes. Nos primeiros tempos da República romana, os patrícios detinham todos os direitos políticos isso só mudou depois de dois séculos de lutas dos plebeus para conquistarem progressivamente direitos iguais aos dos nobres.
Seu governo era divido em: Senado,ou conselho de idosos, tendo grande influência sendo eles mesmos que escolhiam os cônsules. Cônsules, que detinham o poder militar e civil, havendo outros magistrados como os Questores (tesoureiros) dentre outros cargos.
AS FONTES
Sobre os conflitos e a própria sociedade de Cartago as principais fontes vem das narrativas de Políbio (208 -125 a.C) e Tito Lívio ( 59 a.C- 17 d.C).
Políbio entre as varias obras que escreveu, "História" é a que concentra a maior parte das informações sobre Guerras Púnicas. Tito Lívio dedicou toda sua vida à literatura escrevendo sua maior obra, conhecida como "história de Roma", em um período em que o Império Romano se estabelecia.
PRIMEIRAS CONQUISTAS ROMANAS PRÍNCIPIO DOS CONFLITOS
Ocorreram a partir do séc. III a.C quando os Romanos, passam a se dirigir para o sul da Península itálica(zona que estava sob influência e/ou domínio de Cartago). Eles entram em contato pela primeira vez com povos de origem grega, que vão se aliar ao Rei de Épiro, Pirro, que se diz descendente de Alexandre, O Grande. Os povos helênicos obtiveram inúmeras vitorias pelo fato de utilizarem elefantes que eram desconhecidos dos romanos. Pirro utilizou de um contingente de vinte elefantes de guerra indianos, atacando os exércitos romanos pelas laterais. Os romanos conseguiram vencer a partir do momento em que utilizaram javalis para afugentar os elefantes para o exército inimigo quebrando assim sua estratégia.
SOCIEDADE CARTAGINESA
Organizava-se a partir de três principais instituições: Os Sufetes, o Senado e a assembleia popular. Pouco sabemos sobre os poderes dos Sufetes, mas especialistas acreditam que estavam autorizados a convocar e presidir o senado e as assembleias. O senado constituía o poder executivo composto por anciãos, responsáveis pelo controle da Justiça, dos tribunais e da supervisão dos funcionários . Já as assembleias populares eram compostas pelos cidadãos e suas atividades também são pouco conhecidas, mas acredita-se que eram responsáveis pela eleição dos Sufetes e membros do senado.
O GENERAL ANÍBAL
Pertencente à poderosa família dos Barcides, Aníbal era filho de Amílcar Barca, conquistador de boa parte da Península Ibérica. Desde a infância, foi animado por uma vontade indomável de dar a Cartago uma revanche, por causa da derrota na primeira guerra púnica (254-241 a.C).
Militarmente, Aníbal foi formado pelos métodos helenísticos, introduzidos em Cartago em 240 a.C., e sua estratégia é semelhante à de Alexandre, o Grande: superar a inferioridade numérica em relação ao adversário, graças a uma guerra clara, com foco no centro do poder inimigo. Aníbal foi também inovador: vez por outra, criava unidades pequenas e móveis em seu exército, capazes de manobras complexas no campo de batalha. É considerado por muitos historiadores como o maior general que já existiu, ele sabia como administrar a inteligência de seus engenheiros tornando-o quase imbatível.
HISTÓRIA 1º PERÍODO NOTURNO ALEXANDERSON WRONSKI
O EXÉRCITO CARTAGINÊS
Era formado basicamente pelos númidas, um povo africano, e mercenários de outras regiões, já que o corpo de cidadão de origem fenícia era restrito e somente era usado para defender a cidade.

PRIMEIRA GUERRA PÚNICA (264-241 a.C.)
Por volta de 306 a.C Roma descumpre o acordo feito com Cartago tomando Mesina, atual Sicília, zona de influência das duas cidades. Os romanos se dirigiram à Mesina para apoiar seus aliados mamertinos (povos da região) contra mercenários aliados de Cartago. Cartago alia-se ao Rei de Siracusa e cercam Mesina. Os romanos cercam o acampamento do Rei de Siracusa e formam um acordo. Assim os Romanos permanecem na região e os conflitos são retomados, pois Roma queria expulsar de vez da ilha o cartagineses. As batalhas passam a ser em terra e no mar na costa da Sicília. Os romanos detém inúmeras vitórias na região, obrigando o general cartaginês Amílcar Barca a recuar, mas não conseguem atingir a África, sua vitória se deve a inovações no combate marítimo bem como o apoio de cidadelas da região. A guerra trouxe altos gastos para Roma porém compensavam pelos territórios anexados( Sicília, Sardenha e Corsica) e escravos capturados.
SEGUNDA GUERRA PÚNICA (218-201 a.C)
Cartago tinha perdido grande parte de suas terras e pago alta multa a Roma com o final da primeira guerra púnica o que a leva a conquistar terras na Espanha para angariar recursos, e lá perderá seu general Amílcar, passando o exército para Asdrubal. Anos depois o filho de Amílcar, Aníbal tomado desde cedo consumido de ódio por Roma, vai penetrar por terra dando a volta passando pelos Alpes com seu exército para final mente enfrentar os Romanos em terra já que as ilhas foram tomadas pelos romanos e seria quase impossível retomá-las. Aníbal coleciona vitórias até chegar no maior confronto das cidades a Batalha de Cannae que graças ao gênio estratégico cartaginês garante vitória para Cartago. Aníbal não dispunha de ferramentas para atacar Roma e permanece lutando com cidades do sul da Itália até ser obrigado a recuar para defender a Península Ibérica ameaçada por investida romana. Cipião General romano despontou vitória em território hispânico e posteriormente vence o rei da Numídia importante aliado de Cartago. Aníbal é posteriormente derrotado em Zama em 202 a.C. e teve que reconhecer a vitória romana, ele exilado acaba por suicidar-se. Cartago tem seu território reduzido e fica proibida de entrar em guerra mesmo que para se defender sem o consentimento de Roma.

TERCEIRA GUERRA PÚNICA (149 a 146 a.C)
Cartago já com território reduzido, encontrava-se ameaçada pela Numídia, e não podia se defender devido o acordo com Roma. Eles enviam um pedido a Roma que vai enviar delegados acompanhados pelo senador Catão para arbitrar a situação de Cartago e Númidia, que pela sua análise se encontrava uma Cartago ainda forte com um exército se reerguendo e ele vai a Roma e convence os senadores que o melhor era destruir Cartago de uma vez por todas. Cartago ainda possuía uma muralha que era a melhor de sua época sendo a cidadela mais fortifica, e isso garantiu sua resistência por mais de três anos, quando finalmente foi invadida e incendiada completamente e suas terras foram salgadas para que ali não se ergue-se nenhuma outra civilização.
CIPIÃO, O AFRICANO.
Importante general da história romana que venceu os ibéricos na Espanha e os cartagineses na África, derrotando o famoso general cartaginês Aníbal, na batalha de Zama (202 a. C.), pondo fim à segunda guerra púnica e, por este feito, passou a ser chamado o Africano. Instruído e refinado, era um profundo admirador da cultura grega. De uma família patrícia tradicionalmente dedicada ao serviço das armas, destacou-se desde muito jovem na carreira militar e lutou contra as tropas de Cartago na batalha do Ticino (218 a. C.), na qual, segundo o historiador Políbio, salvou a vida do pai, e na de Canas (216 a. C.), em que já ostentava o título de tribuno militar. Nomeado procônsul (210 a. C.), mudou-se para a Hispânia, aquartelando suas tropas na cidade de Tarraco, futura Tarragona, de onde deu combate aos cartagineses, tomou Cartago Nova, hoje Cartagena, garantindo o domínio romano na península ibérica, e voltou a Roma para assumir o comando da ilha da Sicília, com o cargo de cônsul. Participou ainda da campanha contra Antíoco III, rei dos selêucidas, e ao voltar a Roma (189 a. C.), novamente vitorioso, viu-se motivo de invejas e abandonou a vida pública e morreu em seu retiro de Liternum, perto de Nápoles. Era o pai de Cornélia e, conseqüentemente, avô dos irmãos Tibério e Caio Graco.


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