A INFLUÊNCIA DO FILTRO AFETIVO NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA

July 22, 2017 | Autor: Renato de Andrade | Categoría: Education, Linguistics, Learning, Physicology, Affective Filter
Share Embed


Descripción

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO




RENATO ANTÔNIO DE ANDRADE












A INFLUÊNCIA DO FILTRO AFETIVO NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA
EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO SUL GOIANO
























MORRINHOS
2010

RENATO ANTÔNIO DE ANDRADE









A INFLUÊNCIA DO FILTRO AFETIVO NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA
EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO SULGOIANO


Monografia apresentada ao Curso de
Especialização em Metodologia do Ensino
Fundamental do Centro de Ensino e
Pesquisa Aplicada à Educação da
Universidade Estadual de Goiás para
obtenção do título de Especialista.
Orientadoras: Prof.ª Mercês Pietsch
Cunha Mendonça e Profª Larissa Santos
Pereira.














MORRINHOS
2010

4






































































Aos alunos do ensino
fundamental professores e aos
colegas do curso de
metodologia.

DEDICO.


5

















































Agradeço a Deus, a
minha família e aos
meus pais in memoriam.




6














































"A educação sozinha
não transforma a
sociedade, sem ela
tampouco a sociedade
muda."


Paulo Freire




7























RESUMO


Este trabalho retrata o problema de aprendizagem da Língua inglesa
que ocorre com maior frequência na escola pública no nível do Ensino
Fundamental, em seus anos iniciais de estudo da língua, a pesquisa foi
fundamentada na teoria do filtro afetivo elaborado por Krashen (1982),
argumentado neste estudo e em outros estudos de linguística aplicada à
educação com seus possíveis efeitos em jovens estudantes do Ensino
Fundamental em seus primeiros contatos com uma língua diferente da língua
nativa com a qual o estudante já adquiriu certo domínio da linguagem falada
e escrita. Foram feitas observações com professores e alunos de uma escola
da rede pública estadual com amostras do universo de estudantes através de
pesquisas estratégicas sem preenchimento de formulários ou questionários e
constatado que há um baixo índice de estudantes afetados pelo filtro
afetivo.


Palavras Chaves – aprendizagem, educação, filtro afetivo,
linguística, psicologia.













8












ABSTRACT

This is work portrayt the problem of learning English Language that
took more frequency in the public school in the fundamental level, It began
in first years language learning, the research was elaborated and
fundamentaded in the theory affective filter fulfilled for Krashen(1982),
argued in this study and others aplicated linguistics studies in the
education with its possible effects in young students in the fundamental
level in his first contacts with different language with that the student
already obtained govern in a spoken language and written language.
Observations was done among teachers and students, in a public state school
with data the student's universe for strategic performance without
dictionaries and formularies and verified that there are few students
affected for affective filter.

Key words – learning, education, affective filter, linguistics,
physicology
























9

SUMARIO






RESUMO......................................................................
...........................................................07


ABSTRACT....................................................................
.........................................................08


INTRODUÇÃO..................................................................
.....................................................10


1 – O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NO CONTEXTO
ATUAL..................................11


1.1 - A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA LÍNGUA INGLESA NO CONTEXTO NACIONAL E
GLOBAL......................................................................
....................................11


1.2 – PANORAMAS
ESTADUAIS...............................................................
..................12


2 – O DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL FILTRO AFETIVO E ESTRATÉGIAS
PARA O ENSINO DA LÍNGUA
INGLESA.....................................................................
....15


3 - ANÁLISE DE
RESULTADOS..................................................................
........................18


4 - CONSIDERAÇÕES
FINAIS......................................................................
......................22


5 –
REFERÊNCIAS.................................................................
...............................................23






































10








INTRODUÇÃO


Um dos maiores problemas encontrados na sala de aula de Língua
Inglesa é, sem duvida, a desmotivação de estudantes, que ainda não
perceberam que o Inglês está cada dia tornando-se um idioma com uma
popularidade global, e seus termos, expressões e palavras aborda vários
aspectos da atividade intelectual na mídia e abrange aspectos linguísticos,
culturais, econômicos, sociais, estéticos, estilísticos, históricos,
geográficos e outros.


Por ser um idioma falado por países mais desenvolvidos como a
Inglaterra e Estados Unidos, o Inglês atravessou fronteiras e influencia a
cultura de outros povos e também é uma língua de grande divulgação na
mídia. É uma língua dinâmica falada por todo o planeta devido ao fenômeno
da globalização e com avanços tecnológicos na área de informática e o
advento da Web.


Neste contexto, a Língua Inglesa atua como canal de divulgação para
muitos que a dominam e não há, portanto, um motivo para que nos dia de hoje
alguém levante questões em sala de aula como: "Por que aprender Inglês?" ou
"eu não consigo aprender nada".


A explicação para este tipo de questionamento pode estar
relacionada com o "bloqueio" ou o filtro afetivo relatado por Krashen
(1982) que impede que o estudante ou falante de outra língua, aprenda um
novo idioma por influências psicológicas, com um alto filtro afetivo, já
que ele não teve contato proximal com o idioma ensinado nos anos iniciais
de sua existência.


O principal objetivo deste trabalho é observar se estudantes de uma
escola pública estão afetados pelo bloqueio e a causa deste bloqueio além
de analisar, por meio de uma observação assistemática, usando o método
estatístico, quais as dificuldades de aprendizado que estão sujeitos,
constatar se a dificuldade é geral ou só atinge poucos alunos e identificar
estudantes que estão com filtro afetivo alto.


É essencial para o estudante aprender a Língua inglesa, sendo esta
um canal de comunicação de abrangência internacional e ele pode interagir
com vários habitantes que também a usam para comunicar-se.


11


1 – O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NO CONTEXTO ATUAL


1.1 – A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA LÍNGUA INGLESA NO CONTEXTO
NACIONAL E GLOBAL


A Língua Inglesa é tão importante nos tempos modernos que não dá
para pensar no mundo sem a sua existência. Seguramente o idioma ficou
popularmente conhecido por ser o idioma dos países mais ricos no panorama
econômico mundial causando a necessidade dos outros países também dominá-lo
para negociar com os nativos dos países mais desenvolvidos.


Aprender a Língua Inglesa pode significar muito para alguns
estudantes. Significa compreender letras de música, filmes, e também ler
textos artigos de jornais, escutar rádios e outras mídias na internet que
veiculam seus programas na Língua Inglesa. Além disso, a Língua Inglesa é
um idioma tão difundido que a todo o momento nos deparamos com termos
expressões dela no nosso cotidiano.


Para outros estudantes, parece não significar nada, a desmotivação
para este desinteresse pode estar relacionado à ansiedade ou problemas de
ordem psicológica, entre eles o filtro afetivo.


No Brasil, um país de Língua Portuguesa, aprender a articular um
idioma que não é nativo não é tarefa fácil, pois além do filtro afetivo,
não há um estímulo nem vontade por parte de alguns profissionais da
educação ou escolas públicas, e assim, o ensino de Inglês fica em segundo
plano.


























1.2 PANORAMAS ESTADUAIS


No Estado de Goiás há um esforço de governo em priorizar o ensino
da língua focado na teoria dos Gêneros Textuais. Esta não é uma imposição
às escolas públicas, é um programa da reorientação curricular que enfatiza
uma forma única de trabalhar o idioma com estratégias diferenciadas.


O processo de Reorientação Curricular foi implementado na
rede com a parceria entre SUEBAS (Superintendência de
Ensino Básico), CENPEC (Centro de Ensino e Pesquisa
Científica), Universidade Federal de Goiás, Universidade
Estadual de Goiás e Fundação Itaú Social, num esforço
conjunto de ações que visam diminuir a repetência e a
evasão, em debates sobre a situação do ensino no Estado de
Goiás SEDUC (2009, p.9).


O conteúdo é aplicado de acordo com o nível de ensino, divididas em
tópicos das realidades: nacional, estadual e municipal de acordo com a
capacidade intelectual previsto para o desenvolvimento infanto-juvenil do
aprendiz.


Segundo Schneuly e Dolz (1983, p.11), "o debate apareceu, assim
como a construção de uma resposta complexa à questão, como instrumento de
reflexão que permite a cada debatedor e a cada ouvinte precisar e modificar
sua posição inicial". O questionamento é necessário tanto quanto o dialogo
para que questões relativas ao aprendizado da língua não se resuma em algo
monótono e sem significado para o estudante induzindo este a evasão e
repetência escolar, os autores enfatizam um convite à reflexão.


A Secretaria de educação do Estado de Goiás, portanto, vem com o
Projeto de Reorientação Curricular desde 2004, atravessou duas gestões e
continua ainda no esforço de implantar um novo Currículo em Debate com
participações de professores de todo estado. Muito se tem feito para
melhorar o ensino de Língua Inglesa no estado, professores são capacitados
periodicamente procurando novas técnicas de ensinar.

O Estado de Goiás investe muito em capacitação dos professores e a
Língua Inglesa não é mais uma disciplina lecionada apenas para ilustrar um
currículo, muitos tem levado a sério, porém há muita distorção ainda por
parte de algumas autoridades ligadas a educação que não vê a disciplina
como uma das mais importantes do conteúdo curricular.
De acordo com SANTOS (2001) estas são as maiores dificuldade
encontradas pelos professores de Língua Inglesa no decorrer de sua prática
diária e no cotidiano das instituições de ensino.
Por outro lado, não devemos descartar as inúmeras
dificuldades existentes na parte estrutural das
instituições de ensino, a falta de material didático e de
laboratórios adequados nas escolas particulares e
públicas, com uma ênfase maior para o sistema público que
tem sido ignorado constantemente pelas autoridades
estaduais e municipais. (SANTOS 2001, P.13)

A Sequência Didática (BRANDÃO et al, 2009, p.11, p.12, p.13 e
p.17, p.18), que é um conjunto de ações e estratégias para quem quer
ensinar, principalmente tratando-se de um idioma. Ao fazer um diagnóstico,
o professor pode perceber o conhecimento prévio ou alguma dificuldade que
um estudante tem.


Assim, o professor elabora um programa de estudos, numa sequência
contemplando todos os problemas de aprendizagem ou interesses do estudante
e aumentando a dificuldade de acordo com a idade e a capacidade de
aprendizagem. O trabalho didático também pode ser interdisciplinar e
considerar todos os aspectos cognitivos, de acordo com o tempo didático.


Numa abordagem moderna estão os Gêneros Textuais (BRANDÃO et al,
p.17, p.18) que é uma forma dinâmica e interessante para se trabalhar não
só a Língua Inglesa, mas também em todas as áreas do conhecimento. Esta
abordagem consiste em trabalhar a disciplina através de conteúdos textuais
ou discursivos, também denominados Gêneros Discursivos.


Os Gêneros Textuais também denominados discursivos são adquiridos
através de Jornais, revistas, propaganda, situações corriqueiras da nossa
realidade, seja ela global ou local, contextualizadas para que se possa
tirar algum elemento que provoque um deslumbramento e atraia a atenção dos
estudantes. Podem ser atas, cartazes, postais, anúncios, bilhetes, cartas,
panfletos, noticias, boletins, discursos, letras de músicas, enfim, tudo
que se possa textualizar ou contextualizar em proveito interativo do
conteúdo.


Em síntese de acordo com (NOVERRAZ & SCHNEUWLY, 2004) as
sequencias didáticas tem objetivos de possibilitar aos estudantes o acesso
as mais variadas práticas de linguagens e também proporciona uma interação
uma diversificada fonte de recursos imprescindíveis para adequar conteúdos
a varias situações da realidade. Os autores enfatizam a necessidade de um
diálogo ou de uma mudança do modo como se aplica o conteúdo tendo como foco
o estudante que se encontra sem motivação, pelo que esta vigente nas
escolas publica.


Isto quer dizer que o ensino de qualquer disciplina não precisa ser
muito rígido a ponto de fazer com que o aprendizado seja uma coisa
desinteressante para o estudante.































































15


2 – O DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL, FILTROAFETIVO E ESTRATÉGIAS PARA O
ENSINO DA LÍNGUA INGLESA.


No período de operações formais, que segundo Piaget (1976) ocorre
depois dos 11 anos, o jovem persistirá em toda sua vida adulta com maior
desenvolvimento intelectual, mas ele não adquiriu novos funcionamentos
mentais. Nesta fase então, passa a atuar o filtro afetivo e se ele
conseguir aprender um idioma, isto é, não for afetado pelo bloqueio, o
input (entrada) deve ser aperfeiçoado para o rompimento completo do filtro
e a abordagem natural não está descartada na aquisição da língua.


O professor deve ter a habilidade de interagir com outras
disciplinas, com Arte, Português, História, Geografia, Temas Transversais,
Filosofia e outras, a proposta está na Communicative Approach (Abordagem
Comunicativa), aplicada em varias instituições. Nos anos 60, foi criada na
Inglaterra, uma forma moderna e interativa de trabalhar com a Língua
Inglesa, explorando recursos audiovisuais e orais como forma de um
aprendizado estrutural e usando a psicologia (behaviorismo e
estruturalismo) e também baseando se nas teorias de (CHOMSKI E PIAGET apud
SCHUTZ 2007, P.1).


Assim, segundo Ricardo Schutz (2007, p.1), na abordagem
comunicativa, a unidade básica da língua, que requer atenção, é o ato
comunicativo, ao invés da frase. A função se sobrepõe à forma, e
significado e situações é que inspiram a planificação didática e a
confecção de materiais. Competência comunicativa passa ser o objetivo em
vez do acúmulo de conhecimento gramatical ou da estocagem de formas
memorizadas.


As aplicações da Teoria da hipótese do filtro afetivo de Krashen
(1982) baseada nas aplicações da Linguística e da Psicologia revelam que a
influência do professor na sala de Língua Inglesa é importante para o
desenvolvimento do estudante do idioma, atuando como mediador de
aprendizagem ele pode promover ações para que o estudante sinta-se mais a
vontade em sala de aula rompendo o medo, a ansiedade que fatores
psicológicos provocam e fazem à aprendizagem fluir e o estudante pode
adquirir a competência objetivada.


Tratando-se de literatura, na escola pública, encontra-se
dificuldades como é o caso do filtro afetivo de Krashen (1982), há pouca
divulgação dos problemas levantados por ele, sua teoria baseia se no
dispositivo da aquisição de aprendizagem, que provoca um bloqueio no
estudante por este não ter nos seus primeiros contatos visuais ou
auditivos, por ter nascido num país que se articula o idioma nativo do qual
ele adquiriu. O brasileiro, por exemplo, nasce e quando começa a ter os
primeiros contatos com falantes da Língua Portuguesa e aprende a falar o
idioma materno e com o passar do tempo ele começa a ter contato com a
Língua Inglesa, é natural que ele possa ser afetado pelo filtro afetivo que
atua como um bloqueio para que ele aprenda a Língua Inglesa na escola, onde
sempre isto acontece. Com o bloqueio rompido, abaixa-se o filtro e o
estudante pode aprender qualquer idioma como todo aprendiz em qualquer área
do conhecimento.


A ansiedade e outros problemas de ordem psicológica podem gerar no
estudante um alto filtro afetivo. Atitude positiva e implementação de
conteúdos adequados e otimizados podem abaixar o filtro fazendo com que
aprendizado se se desenvolva naturalmente.


É importante para professor de língua estrangeira conhecer este
processo e também se capacitarem para buscar recursos linguísticos
adequados para e diagnosticar e buscar novos métodos para aprendizagem,
para alunos que estiverem com o filtro alto e fazê-los adquirir a
competência na língua estudada.


Segundo Krashen (1982, p.82) na hipótese do filtro afetivo nosso
cérebro desenvolve uma área para aquisições de linguagem funciona como um
operador natural na aprendizagem de um idioma, mas quando ocorre o
denominado filtro afetivo que bloqueia a entrada de outro idioma que não
seja o idioma adquirido naturalmente pelo falante nativo no seguinte
esquema. Rompendo o bloqueio (filtro Afetivo) obtém-se a competência
almejada.


Figura 1 - Esquema do filtro
Afetivo



Outro aspecto que aborda o ensino da Língua Inglesa
está nos (PCN-LE BRASIL, 1997) prevê uma leitura de mundo de Paulo Freire
nos seus estudos e teorias, não defendendo uma abordagem monolinguística, a
Língua Inglesa é a mais articulada no mundo todo e ampliou muito sua
difusão com o fenômeno da globalização.


"Distanciando-se do seu mundo vivido, problematizando-o
"descodificando-o" criticamente no mesmo movimento de consciência o homem
re-descobre como sujeito da sua experiência." Freire (1968). O estudante de
Língua Inglesa tem a oportunidade de realizar a leitura de mundo
descodificando-a e interagindo com outra cultura com grande alcance no
mundo todo.


Uma abordagem behaviorista foi publicada por Figueiredo (1997) em
seu livro, prevê uma forma menos severa de trabalhar os erros do idioma com
a repetição enfática de conteúdos no idioma, para relacionar erros
cometidos, enfatizando a repetição da forma correta a ser incorporada.


No (PCN-LE, BRASIL, 1997), poderemos também trabalhar uma forma
interessante de aprendizagem prevista nos temas transversais com a
abordagem crítica dos seus conteúdos.


Embora seja certo que objetivos práticos – entenderem
ouvir, falar, ler e escrever - que a legislação e
especialistas querem fazer referência são importantes,
quer nos parecer que o caráter formativo intrínseco à
aprendizagem de Língua Estrangeira não pode ser ignorado.
Torna-se, pois, fundamental, conferir ao ensino escolar de
Línguas Estrangeiras um caráter que além de capacitar o
aluno a compreender e produzir enunciados linguísticos
corretos no nosso idioma, propicie ao aprendiz a
possibilidade de atingir um nível de competência
linguística capaz de permitir-lhe o acesso a informações
de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para sua
formação geral como cidadão. (PCN-LE, BRASIL, 1997 pp46-
63).


A (LDB, BRASIL, 1996) não enfatiza o ensino da Língua Inglesa,
diz apenas ser obrigatório pelo menos o ensino de uma língua estrangeira,
isto desobriga as escolas que não incentiva o aprendizado de uma segunda
língua específica, atualmente a rede pública oferece também o ensino de uma
terceira língua a Língua Espanhola.


















18














3 – ANÁLISES DE RESULTADOS


Investigando estudantes de vários anos do Ensino Fundamental em
diferentes turnos de uma escola pública e fazendo perguntas sem que eles
percebessem qual era o proposito, foram retornados os seguintes resultados.


"Eu estou na escola estudando Inglês eu não sei porque, nunca vou
utilizar isto" (Marcos, 8º ano noturno), a desmotivação de Marcos está
evidente por não perceber a importância de aprender um idioma diferente e
ter a possibilidade de interagir em muitas utilidades as qual estão
relacionadas com a aprendizagem da Língua Inglesa.


Quanto aos outros estudantes questionados no 8º ano noturno
(18estudantes) sobre os exercícios e provas foram retornados os seguintes
resultados:





Tabela 1 – Sobre exercícios e
provas


A estratégia também foi a mesma usada com o aluno Marcos, sem que
eles percebessem qual o objetivo do questionamento foi questionado como
eles se saiam com os exercícios e provas aplicados com os conteúdos da
Língua Inglesa, 52% responderam que é muito bom responder, 41% responderam
que são bons 5% responderam que são regulares 2 % responderam que é ruim.


No 7º ano vespertino (30estudantes) a pergunta foi como a ajuda ou
influência do professor pode ajudá-los a superar os problemas com a
aprendizagem da língua Inglesa.


A estratégia para perceber se o aluno possuía um filtro afetivo
alto no 7ºano do turno vespertino foi questioná-lo como se sentiam durantes
as aulas de Língua Inglesa e qual a importância da participação do
professor e qual o humor deles durante as atividades se eles se sentem
autoconfiantes, nervosos, calmos.





Tabela 2 – A influência do
professor


Dos alunos questionados 39% responderam que a participação do
professor tem muita importância para o aprendizado, 22% se sentem
autoconfiantes, 14% ficam nervosos durante as aulas e 25% permanecem
calmos.


No 6º ano do matutino (42 estudantes), foi questionado sobre o
comportamento deles ao seu primeiro contato com as aulas de Língua Inglesa.


Você se sentiu mais,

















Tabela 3 – Sobre o primeiro contato do estudante com a Língua
Inglesa






A estratégia usada com os professores foi diferente das usadas com
os estudantes, na sala dos professores há diálogos entre os próprios sobre
problemas de aprendizagem relatados por professores modulados em sala de
aula de Língua Inglesa, destacando e enumerando três professores como P1,
P2 e P3 e com as seguintes respostas ao serem informados sobre a
possibilidade do estudante estar com o filtro afetivo alto.


P1 - "Eles não se interessam nem pela Língua Portuguesa, o que
vão aprender de outra Língua.".


P2 – "A falta de interesse é muito nas minhas classes creio que
todos possuem um bloqueio.".


P3 - "Não estou-me importando se o aluno aprenda ou não, só quero-
me aposentar".


Estas respostas mostram um quadro crítico em relação ao
posicionamento de alguns professores que nada fazem para melhorar o ensino
de Língua Inglesa nas escolas públicas do interior o próprio professor está
desmotivado e como conseguir um bom desempenho em sala de aula se não há o
entusiasmo para tal empreendimento.


Sobre a pesquisa pode se observar que de um modo geral o professor
tem grande importância no processo ensino-aprendizagem da Língua Inglesa,
ele pode transmitir segurança aos alunos dependendo de sua prática e
participação no processo e que os estudantes não demonstram ter grandes
problemas psicológicos com o aprendizado do idioma.
















































































22











4. - CONSIDERAÇÕES FINAIS






O medo de errar e os problemas de aprendizagem constatados pela
pesquisa discreta realizada são comuns em todas as disciplinas do currículo
do ensino básico, assim como a ansiedade que acontece em todas as
disciplinas consideradas críticas por alguns profissionais de educação.


A pesquisa realizada mostra que apesar de alguns estudantes
demonstrarem desinteresse pelo ensino da língua Inglesa, eles não
demonstram possuir bloqueios afetivos altos na maioria dos casos, mas cabe
ao professor estar atento para que isto não aconteça e a proposta deste
trabalho é contribuir para que o professor em sala de Língua Inglesa se
aperfeiçoe em novas técnicas de ensinar o idioma e conscientizá-lo para os
efeitos negativos que a afetividade possa causar aos estudantes.


Afetividade é um recurso de grande poder no que diz respeito à
educação, significa ficar do lado do aprendiz, respeitá-lo em seus anseios
e ajudá-lo a realizar suas conquistas e colocá-lo na rota para que este
alcance o sucesso.






































23








5. - REFERÊNCIAS


BRANDÃO, Ana Christina de Pina e outros – Reorientação Curricular 1º ao 9º,
Currículo em Debate, Sequencias Didáticas Convite à Ação, Língua Inglesa,
6.8.2, ed. SEDUC-GO, Goiânia-GO 2009, pp.11-18.


BRASIL. Ministério da Educação e Cultura, Lei n.9.394, de 23 de dezembro de
1996. Fixa as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Ministério
da Educação e Cultura, 1996.


BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Língua Estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1997, PP 46-63.


FIGUEIREDO, Francisco Quaresma de, Aprendendo com os Erros, Uma Perspectiva
Comunicativa no Ensino de Língua Inglesa, Goiânia, Editora UFG, 1997.


KRASHEN, Stephen. Principies and Practice in Second Language Acquisition,
(Princípios e Prática na aquisição da Segunda Língua), Brochura ed.
Pergamon, New York, USA, 1982 p.82.


SANTOS, André Luís Pereira dos, A Realidade no Ensino da língua Inglesa nas
Escolas do ensino Médio com base nos Novos PCNs: Uma Visão Crítica
Comparativa. Trabalho Avaliativo (Licenciatura Plena em Letras) UNAMA –
Universidade da Amazônia, Centro de Ciências Humanas e Educação, 2001,
p.13. Disponível em:<
http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/REALIDADE.PDF>


SCHNEWLY, Bernard, Dolz Joaquim, Os Gêneros Escolares – Das Praticas da
Língua ao Objeto de Ensino, Revista Reperes, nº 5, 1997. Disponível em<
http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/rbde11/rbde11_03_bernard_e_joaquim.pd
f>


SCHUTZ, Ricardo – The Communicative Approach (Abordagem Comunicativa)
atualizada em 2 de julho de 2007. Disponível em 02 de junho de 2007.


SEDUC-GO. Currículo em Debate, Reorientação Curricular de 6º ao 9º ano.
Superintendência de Educação Básica. Núcleo de Desenvolvimento Curricular,
Goiânia-GO, 2009, p.9.
Lihat lebih banyak...

Comentarios

Copyright © 2017 DATOSPDF Inc.